Simplesmente Escolha escrita por Ju


Capítulo 35
Sabia o que deveria fazer. Sabia o que podia fazer. Não sabia o que queria fazer.


Notas iniciais do capítulo

Oieee :3

COMO EU AMO VOCÊS!! PELO AMOR AOS DEUSES! É MUITO AMOR! A FIC CHEGOU A MAIS DE 10.000 VISUALIZAÇÕES!
Esse capítulo estava pronto, então postei! E também para certificar a todos que eu estava viva e Simplesmente Escolha mais do que nunca!
MAS ESTOU AQUI! E ESTOU AVISANDO A TODOS! AOS QUATROS CANTOS DO MUNDO:

O capítulo de 10.000 (Chorei) visualizações está chegando!!

Sinto muito novamente pela demora... Enfim...

Por favor não me abandonem! Senti muitíssima falta de umas queridas no último capítulo! Cade vocês? PRECISO DE VOCÊS, mais do que nunca!

E o final se aproxima?

Amaya chan: "é a primeira fic de A seleção que eu li,e nunca vai deixar de ser a minha preferida,aquela que nenhuma outra pode se comparar!!!!!!!" MEU DEUS SEM PALAVRAS PARA AGRADECER!



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"...Como um grito desesperado, o alarme soou, anunciando o ataque..."

Olhei para frente. E lá estava ela, esperando uma resposta. Uma decisão.

Minha simples escolha.

Numa fração de segundo, me perguntei, se Maxon se sentia assim, em relação a sua própria escolha. Afinal, seria sua escolha de vida.

Afinal, essa era minha escolha de vida. Afinal essa era minha vida. Afinal minha nova vida.

Corri em direção aos olhos verdes (perfeitos) que me fitavam. Corri sem pensar. Mas logo senti um par de braços em volta de mim. Não segui muito depois disso.

Apenas encarei Samanta e ela me encarou. Vi confusão, medo, dor, mas principalmente alívio em sua feição. Ela assentiu e Victor a puxou, e ela se foi por onde havia vindo, tão rápido quanto da primeira vez.

Depois disso, não lembro de muito. Apenas, que, fiquei imaginando, o que aquele breve aceno com a cabeça significava.

***

"Por favor que tudo seja um pesadelo" suplicava em silêncio.

Minha mente sabia que eu estava segura. Mas por quê me sentia cada vez indefesa?

Os mesmos braços que me levaram até ali, saíram apenas um minuto de minha volta, mas voltaram para ficarem em volta dos meus ombros novamente. Não queria me afastar, mas lá no fundo (o único pequeno espaço que sobrara racional, em minha mente) gritava furiosamente, para sair dali. E quem disse que eu ouviria o lado racional? Justo agora?

***

Não sabia quanto tempo havia passado, mas quando "voltei" estava no Grande Salão novamente. E uma voz baixa, aumentou gradativamente.

–Senhorita America! Senhorita America!

–Não! - gritei e então olhei a minha volta.

Kriss, Elsie, Celeste, Daphane e Nicolleta estavam como verdadeiras estátuas humanas, me olhando. O rei e a rainha me olhavam também, mas falavam com alguns guardas. Giovane estava do lado de Maxon. Então eu descobri de quem era a voz.

Aspen.

–Eu preciso.. -Não terminei a frase. Então Aspen me segurou, antes que o chão viesse.

***

Quando recobrei a consciência, a luz forte fez meus olhos arderem. Olhei em volta. Num sofá a frente, vi uma cena um tanto.. cômica, para a situação.

Maxon, Giovane e Aspen sentados ali. Na verdade... meio que... deitados, um no ombro do outro.

Não contive um sorriso, o mais espontâneo, de dias.

Aspen foi o primeiro a se mecher. Ele estava na ponta esquerda. Giovane na direita e obviamente, Maxon no meio.

Aspen acordou e olhou pro lado. Ele estava deitado (literalmente) no ombro de Maxon.

Trocamos um olhar silencioso e Aspen se levantou rapidamente. Eu revirei os olhos.

Aspen se aproximou da minha cama e sorriu, cansado.

–Como está? - Sussurrou.

–Bem.. - Falei no mesmo tom.

–Por que você não me respondeu de imediato? E depois caiu ? Por que tem estado tão distante ? Por que...

–Não tenho respostas Aspen. Não agora. Tenho tantas perguntas quanto você mas..

Um barulho nos sobressaltou.

... Maxon roncando ? RONCANDO? Ri internamente.

–Acho que ele não é tão perfeito assim.. - Disse Aspen, ácido. Revirei os olhos novamente. - Por favor, preciso falar com você... mas me diga: eu estou em uma corrida perdida ou apenas muito disputada?

Não precisei falar para ele entender a resposta. Mas ele merecia meu olhar.

O encarei, num pedido de desculpas silencioso.

Aspen entendeu sem nenhum "mas". Beijou minha testa e se foi murmurando alguma coisa.

Esperei que a dor viesse. Se tinha alguma esperança de que ela não viria, ela me inundou e as lágrimas silenciosas escorreram. Molharam meu rosto. Meu travesseiro. O lençol branco. O colchão.

Mas nenhuma quantidade de lágrimas, seria o suficiente para tentar sequer, amenizar aquele vazio no peito.

Sei que não deveria ficar assim naquela hora, ainda conversaríamos. Mas era inevitável. Esse havia sido apenas um "até logo." Então porque toda essa dor? Porque mesmo nesse breve "até logo", a ficha finalmente caiu.

O adeus estava mais próximo do que nunca.

O adeus existia.

O adeus viria.

O adeus me destruiria.

Parei de chorar, quando ouvi o barulho no sofá. Tentei retirar o que dava das lágrimas com as mãos, em silencio absoluto. Fechei os olhos e afundei o rosto no travesseiro.

Outro ronco de Maxon. Dessa vez, não achei graça. Não senti absolutamente nada. Mas estava consciente, quando senti um par de mãos tocando meu rosto. Abri os olhos por reflexo. E lá estava ele.

Com o cabelo embaraçado. Sem paletó. E os olhos aflitos. Meu.. Meu.. Meu o que?

Giovane.

Essa seria a discrição mais correta..

–Você está bem? - Perguntou-me.

–Deveria? - Arquei a sobrancelha.

–Bem... O doutor disse que sim. Você recebeu um choque emocional grande, graças ao ataque, mas ficaria bem... - Disse Giovane, convicto.

–Graças ao ataque? Fala sério. Já passei ataques piores.

Me ajeitei na cama. Continuei:

–Tem certeza que quer continuar com isso?

–Continuar com o que? - Perguntou inocente.

Bufei. Revirei os olhos.

Maxon se mexeu. E eu me assustei com seu ronco dessa vez.

–Você tem razão. - Falou Giovane depois de alguns minutos de silencio. - Chega de teatro.

–Chega?

–Sim. Mas aqui não é lugar e muito menos hora da verdade. O lindão ali - Ele apontou para Maxon suspirando. - Pode acordar. Ou alguém entrar.

–Tudo bem. Com tanto que a verdade venha e logo..

–Virá.

Não fiz questão de responder. Eu sabia que Giovane sabia, que 1) A verdade viria, 2) De um jeito... Ou de outro. Eu queria a verdade. Queria sair desse mundo de ilusões que eu sempre vivi.

–Você arruinou a nossa festa sabia? - E a máscara da ironia volta.

–Está me comparando com um ataque rebelde? - Perguntei ríspida.

–Não, não... Bem... - Um brilho de zombaria passou por seus olhos. - Enfim, o ataque foi curto. A festa iria continuar, se você não apagasse por tanto tempo.

–Quanto tempo exatamente?

–Umas 14 horas.

–Mas...

–O doutor ainda vem aqui. Aí ele te explica.

–Vocês ficaram aqui esse tempo todo?

–Sim.. e não. Bem entenda: Temos necessidades. - Ele fez uma pausa. - Exceto ele - Aponto para Maxon novamente. - Está aqui há 14 horas exatamente. Bom metade do tempo apagado assim, mas... - Ele riu. - Pelo visto, ele não tem necessidades. O guarda também veio assim que pode. Asp... Aspen Leger.

–E você? - Mudei imediatamente de assunto. Seu nome, era o pior de tudo.

–Saí e tomei um banho. Peguei umas frutas... Estou aqui há aproximadamente 13 horas.

Peguei sua mão.

–Obrigada. - Sussurrei, afastando as lágrimas.

Aspen ficara ali até o último minuto. E eu o magoei.

Maxon sempre estava lá. E eu o magoaria, mais cedo ou mais tarde.

Giovane sabe da verdade. A mais dolorida das verdades.

–Ta tudo bem? - Giovane me tirou de meus devaneios.

–Hum...

–Sendo assim, acho que vou... - O olhei. Não queria a solidão tempo para pensar. - Eu volto. E então tentarei adiantar a sua alta.

–Quanto tempo?

–Duas horas?

–Tudo.. Tudo bem.

–Cinquenta minutos?

–Não, não. Leve o tempo que precisar. Vou dormir mais um pouco.

–Tudo bem. Meia hora então.

Giovane saiu dando uma piscadela. Suspirei. Não demorou muito até o pequeno curativo - a voz de Giovane - cair. Com a ferida aberta, o silencio voltara. A dor viera. As lágrimas caíram.

***

Dois dias depois...

Eu estava sendo tratada como uma criança. Ou melhor, como um bebe. Estava com horário pra tudo.

"-Não se estresse. Siga as recomendações senhorita!" – Falava Anne.

Nunca estava sozinha. Ou com quem eu queria. Não havia conseguido minhas respostas, tinha cada vez mais perguntas. Quando conseguia chegar a uns centímetros de Giovane, e exigia minhas verdades, ele recuava:

"-Lembre do médico! Nada de estresse... Eu vou contar na hora certa." - Sabia que, por ele essa hora jamais chegaria.

Maxon, se tornou meu "pai" por hora.

"-Cuidado. Nada de estresse. Precisa de alguma coisa?" – Era seu discurso pronto.

E além de todos os mimos que estava ganhando ou toda essa coisa contra "meu super estresse", uma das minhas criadas sempre dormia comigo. Ou seja:

Nada de Aspen! Ou nosso adeus definitivo. Isso estava acabando comigo.

"Adiar a dor, é pior que do que aceita-lá." Kenna me falara, uma semana antes de sair de casa. E eu estava fazendo exatamente o pior.

Adiando. Adiando. Adiando.

Meu lado racional discutia com meu lado emocional. Ninguém ganhava. Era sempre um empate técnico. Isso significava que, 1) Deveria procurar Aspen, 2) Não queria sentir dor alguma. Ri amargamente. Eu queria apenas o... impossível.

Sabia o que deveria fazer. Sabia o que podia fazer. Não sabia o que queria fazer.

***

Quando me deixaram, sair da cama sentei-me na sacada. Observei o jardim e lá embaixo estava um cabelo longo e dourado, seu modo de se vestir deixava ver que ela era visivelmente uma criada. Seu olhar encontrou o meu.

Reconheceria aqueles olhos verdes em qualquer lugar.


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Notas finais do capítulo

Valeu a pena êê, valeu a pena êê ... ??

E O CAPÍTULO DE 10.000 VISUALIZAÇÕES VEEM LOGO!


Comentem! Isso acelera meu processo criativo hein? Me deem opiniões?

Obrigada mesmo! Bjão :3 :3