Little Hell escrita por Diana


Capítulo 18
Capítulo 18


Notas iniciais do capítulo

Ei!
Vou nem pedir desculpas pela demora, porque.. Cês vão me bater

Betado pela linda, maravilhosa e fofa da Srta With

Boa leitura!



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Capítulo 18

 

PIPER

O cheiro de café forte praticamente a despertou, nauseante. Seu estômago pareceu revirar bem antes de sentir o gosto da bebida. Piper tentou abrir os olhos, mas a luz fraca que entrava pelas cortinas lhe fez doer as vistas. A garota ainda segurou a vontade de vomitar. Com dificuldade, ela conseguiu se sentar na cama em que estava. Sua cabeça doendo como nunca antes. Os sintomas clássicos de uma ressaca.

Lentamente, ela retomou a tentativa de abrir os olhos. Dessa vez com mais sucesso. Ela reparou no quarto em que estava. Nada ali lhe parecia familiar. Livros estavam bem dispostos em uma estante, uma escrivaninha se punha do lado da janela, como se a pessoa que ali morasse gastasse mais tempo naquele pedaço do móvel do que qualquer em outro lugar. Ordem: Era essa a mensagem do quarto. Tudo estava limpo e em seu devido lugar, salvo o que, com espanto, Piper reconheceu ser suas próstava limpo e em seu devido lugar, salvo, o que com espanto, Piper reconheceu ser suas prcomo se a pessoa que ali morasse, gastprias roupas.

Com temor, ela se obrigou a olhar para si e, aliviada, notou que estava devidamente vestida. Mesmo que as roupas que ela usava não fossem suas, mas isso era um problema que ela poderia lidar mais tarde. Decidida a obter respostas, ela saiu da cama, lutando contra a própria dor de cabeça e enjôo, provenientes do excesso de álcool. Cambaleando e tropeçando na barra da calça de pano bem maior que suas pernas, ela seguiu o cheiro bom até alcançar a cozinha do pequeno apartamento.  Uma sensação maior de alívio e segurança lhe despertou no peito ao reconhecer a figura rígida e alta de Reyna.

— Hey... – Piper decidiu lhe chamar a atenção. A morena se virou para ela. Seu olhar alternando entre o raivoso e preocupado.

— Ei. – A mais velha decidiu ser seca e Piper se ressentiu disso, mas achou melhor não forçar a barra. – Como está se sentindo?

— Parece que tem um tanque de guerra fazendo festa na minha cabeça e meu estômago quer sair do lugar. – Reyna deu um sorriso debochado e voltou sua atenção para o café. Piper decidiu se sentar numa pequena mesa que havia lá.

— Você mora aqui? – Ela sabia que a pergunta soava mais estúpida agora que saíra de sua boca, mas ela não estava disposta a enfrentar todo aquele silêncio pesado e reprovador que a mais velha lhe oferecia sem recesso.

— Sim. Eu e minha irmã.

— Não sabia que você tinha uma irmã. – Piper viu Reyna se encolher.

— Ela não passa muito tempo aqui. – A morena lhe entregou um copo cheio de café. Piper notou que a quantidade de líquido ali poderia deixá-la acordada por dias. – Vai melhorar sua ressaca até te deixar no colégio.

— O quê? – A mais nova encarou sua professora incrédula.

— Fui buscar umas roupas suas com sua amiga... Annabeth? – Piper assentiu ao ouvir o nome da loira. Um olhar rápido no relógio de ponteiro da parede e a adolescente constatou que ainda não eram nem oito.

— Mas... Eu.. – Piper se calou ao notar o olhar firme sobre si. Um olhar que lhe dizia que Reyna não aceitaria ser contestada e de que Piper estava passando dos limites.

— Deixei-as no banheiro, junto com uma toalha limpa e um sabonete. Tome um banho rápido. Eu ainda tenho uma prova hoje. Preciso voltar a tempo.

— Você não manda em mim! – Piper gritou sem querer. Sua dor de cabeça piorando ao confrontar Reyna. Ela sabia que estava sendo irracional e impertinente e que a mais velha só estava tentando lhe ajudar. Mesmo assim. Algo no jeito autoritário e arrogante de Reyna lhe tirava do sério.

— Piper... – Ela viu Reyna levar uma mão aos olhos, como quem está cansado demais para qualquer argumentação. – Apenas termine o café e tome um banho. Te levarei ao colégio.

— Só isso? Nenhuma explicação sobre a noite de ontem? – Reyna se aproximou perigosamente de Piper, deixando seus rostos a milímetros de se tocarem. Piper conteve seu impulso de fechar a distância e beijar a morena.

— Você sumiu. Te encontrei na calourada de Filosofia. Você bebeu demais. Te tirei de lá e te trouxe para cá antes que algum dos calouros ou você fizesse uma besteira maior. Satisfeita? – Reyna disse cada palavra pausadamente, como se para esvair toda a raiva que ela passara durante a noite anterior.

— Não. – Piper grunhiu e se levantou. – Não preciso que você me leve a lugar nenhum.  – A garota disse resoluta, e a passos pesados se dirigiu ao banheiro.

Reyna bufou e lançou um olhar desapontado a sua aluna – sim, uma parte de sua mente ainda lhe martelava essa informação – e decidiu se arrumar. Aquele seria um longo dia.

ANNABETH

Annabeth praticamente roía as unhas de preocupação. Ela estava na porta do colégio, à espera de Piper. Quando seu telefone tocou às seis da manhã, a loira praticamente surtou. Em questão de minutos, e com toda a prática e racionalidade que ela tinha, Annabeth conseguiu assimilar as palavras de Reyna e seguir conforme a mais velha lhe orientara. Ela separou umas roupas de Piper que ficava em sua casa – era um costume delas deixar uma ou outra vestimenta na casa da amiga – e as entregou a uma Reyna com uma expressão cansada na porta de sua casa.

A loira queria estapear Piper quando a visse! Reyna lhe contou rapidamente o ocorrido e a cada palavra Annabeth sentia a raiva crescer dentro dela. Contudo, Piper teve sorte. Se Reyna não estivesse por perto... Bem, ela não queria nem pensar na possibilidade. Foi quando ela sentiu uma mão pousar em seu ombro e lhe chamar atenção. Annabeth não precisou nem cogitar a resposta: Clarisse. A loira reprimiu um sorriso e se virou para a wrestler, que rapidamente notou seu olhar preocupado.

 

— Aconteceu alguma coisa? – A morena lhe perguntou, tomando uma de sua mão.

— Não, quer dizer, sim! – Annabeth se atrapalhou com as palavras. Ela notou os olhares dos outros estudantes que passavam por elas. Suas bochechas queimavam.

— Sim ou não, Annie? – Clarisse a olhou, confusa.

 

— É só Piper. Estou a esperando. – Clarisse fez um muxoxo de entendimento

—  Posso esperar com você? – A morena perguntou gentil e doce, e Annabeth quase não reconheceu a figura mandona e arrogante que Clarisse geralmente se mostrava

— Cl-claro, mas... – A loira deu de ombros e arriscou a olhar os olhos castanhos. Ela e Clarisse estavam bem próximas. Os fofoqueiros da escola deviam estar adorando aquela cena.

— Mas? – Clarisse arqueou uma sobrancelha, segurando a outra mão de Annabeth.

— Temos prova daqui a pouco, você poderia entrar e pegar um lugar para a gente. – Annabeth ajeitou nervosamente uma mecha atrás da orelha e desviou o olhar do de Clarisse.

 - Que desculpa esfarrapada! – A wrestler pareceu se indignar, mas logo Annabeth pegou o tom de brincadeira. – O que mais tem naquela sala são carteiras! – A loira riu e percebeu o brilho divertido nos olhos de Clarisse.

Como imãs, elas se aproximaram. Annabeth estava encantada por aquela Clarisse La Rue, ela sabia disso. E, quando os lábios da outra tocaram os seus próprios, na porta da escola, Annabeth sabia o que aquilo queria dizer: Que Clarisse La Rue estava com ela. Clarisse estava praticamente a assumindo. E a loira não soube precisar bem a dimensão daquela informação ou do que ela acarretaria. E para ser sincera, ela também não estava lá muito interessada nesses pormenores por agora. Tudo que ela sentia naquele instante era Clarisse.


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Notas finais do capítulo

Aguardo vocês nos reviews ^^



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