Little Hell escrita por Diana


Capítulo 17
Capítulo 17


Notas iniciais do capítulo

Olá!

Pessoal, quero tratar de um assunto sério com vocês. Recentemente, encontrei no Nyah uma fanfic muito, mas muito parecida com Little Hell, e, sinceramente, fiquei meio chateada, a ponto de não mais querer postar a fic.

Por motivos éticos, não posso postar o link da fanfic aqui. Mas, caso vocês encontrem alguma outra história parecida a minha, peço, por favor, que denuncie à equipe do Nyah, por apropriação de ideia.

Muito obrigada a quem puder me ajudar nessa! ;)

Outra coisa, de agora em diante, vou colocar o POV dos personagens..Foi uma sugestão e acho que realmente facilita o entendimento da história. =D

No mais, boa leitura!



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Capítulo 17

 

 

ANNABETH 

 

Os dedos de Annabeth tamborilavam pelo teclado do celular. Seus olhos cinzentos estavam fixos no botão “ligar”. Subitamente, ela havia pego o celular e, sem querer, digitado o número de Clarisse. Como ela havia decorado o número da wrestler tão rápido? Ela não fazia sequer ideia. E por que ela queria ligar para Clarisse? Nenhuma ideia ou pista também.
Depois de incontáveis minutos apagando e rediscando o número no visor, ela finalmente se decide e aperta “chamar”. Um, dois, três, quatro, cinco toques e nada. Sem entender bem por quê, desapontamento lhe bate firme. Será que Clarisse estava ocupada? Será que estava com alguém? Após o nono bip, com alívio, Annabeth ouve a voz grave da wrestler do outro lado da linha.

— Alô? — A garota parecia cansada.


— Clarisse? Te atrapalhei? – Annabeth se embola. Ela começava a se xingar mentalmente pela atitude. Clarisse tinha treino até mais tarde hoje por conta da competição inter-escolas que se aproximava.

— Chase? Não, não. Eu estava juntando minhas coisas para ir embora. – Foi a vez de Clarisse se embolar, Annabeth notou, e não deixou de sorrir.

— Ainda está no colégio?

— Sim. Estava treinando com a equipe. E você?

— Estudando. – A loira disse. – Prova prática de química amanhã.

— O quê? – A voz da atleta saiu esganiçada e, dessa vez, Annabeth não conteve o riso. – Você ri?

— Eu acho bom você estudar, porque a prova é em dupla.

— Então, eu não preciso estudar. – Clarisse disse, triunfante.

— Por que não?

— Porque, até a última aula, você era minha dupla.

— Engraçadinha. – Annabeth se fingiu de irritada. – A senhorita Laelia pode mudar de ideia.

— Você sabe que eu não vou estudar. Não por vontade própria. Por que você não vem me ajudar?— Annabeth sabia que a melhor resposta àquele convite era não, mas ela também sabia que não estava em seu juízo perfeito quando discou para Clarisse, ou quando matou a aula de literatura para ficar com Clarisse, ou quando... Enfim, quando tinha Clarisse no meio, a loira sabia que não agiria conforme o que se esperava dela.

— Onde te encontro?

Na biblioteca, eu acho. É onde vocês, sabichões, gostam de ficar.— Annabeth conteve o desejo de responder à provocação

— Tudo bem. Estou indo, então. Que horas a escola fecha?

— Às sete.

— Me espere. Tchau.

Tchau. – A morena desligou e Annabeth já começava a se arrepender de ter ligado. A loira olhou o relógio, que já marcava quase cinco, e suspirou. Era melhor ela se apressar.
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REYNA

 

A vontade de Reyna, naquele instante, era encontrar Piper e lhe dar uma bela de uma bronca! Após levar a garota à biblioteca – e ouvir quase uma hora de reclamações e questionamentos, aos quais a morena sabiamente ignorou –, Reyna finalmente concorda em levar a outra a seu mini-escritório na faculdade.

Contudo, qual não fora sua surpresa ao notar que, com a perícia de uma criança travessa, Piper, em menos de dois minutos – Reyna cronometrou – sumira de sua vista. Mas, a surpresa maior estava por vir. Após várias ligações não atendidas – caídas e esquecidas constantemente na caixa-postal -, e, após Reyna percorrer de leste a oeste o campus, a morena finalmente recebe uma mensagem de Jason acerca do destino de sua convidada inesperada: A calourada de filosofia.

Reyna disse a Jason para vigiar Piper até ela chegar e encerrou a ligação praticamente bufando, o que deve ter dado ao rapaz uma dimensão da raiva que ela estava sentindo. Em questão de minutos, ela cruzou as construções acadêmicas até o antigo prédio de Filosofia, onde a tal festa era organizada.

“Calouros”, ela pensou com desdém ao ver um bocado de jovens pintados, bêbados e alegres. O cheiro de álcool preenchia a atmosfera além do suportável. Reyna, agora, não queria só ralhar com Piper. Queria estapear a garota até tirar o sorriso desafiador que a mais nova, certamente, esboçaria ao lhe ver. Aquela situação poderia trazer complicações e aborrecimentos a Reyna.

Ela até podia imaginar sua orientadora a olhando de maneira fria e inquisidora, questionando-a onde ela estava com a cabeça quando deixara uma menor de idade frequentar aquele tipo de festa. E, se a identidade de Piper, como filha de um ator famoso, viesse à tona, problemas sérios lhe bateriam à porta. Reyna não queria nem imaginar o tamanho da encrenca que a aguardava, caso não conseguisse tirar Piper daquela maldita festa.

Novamente, a morena cerrou seus punhos e trincou os dentes ao encarar a fachada séria do prédio contrastando tão fortemente com o que acontecia em seu interior, e entrou. Ela ignorou um ou outro colega, e seus olhos logo focalizaram os azuis preocupados de Jason. O rapaz lhe deu um aceno, indicando onde Piper estava. Reyna gemeu. Aquilo seria mais difícil do que imaginava.

Cercada pelos novos estudantes, dançando no meio da roda criada por eles, Piper McLean exibia o torpor e sorriso bobos conhecidos dos embriagados. Os olhos caleidoscópicos captaram os seus e, num impulso, a garota abriu a roda e correu para Reyna. Os braços finos enlaçaram seu pescoço e o hálito forte e alcoolizado logo se fez sentir. A mais nova tentou lhe roubar um beijo, mas Reyna desviou o rosto. Seus olhos negros estavam impassíveis, ela sabia, capazes de aterrorizar qualquer um, mas Piper parecia não notar isso. Como também parecia não notar o desapontamento escondido no fundo deles.

— Vamos lá, Rey! Só um beijinho! Esses caras não acreditam que eu sou lésbica. – A garota acenou para o círculo de jovens imberbes que assistiam, atentos e luxuriosos, à cena. Reyna ameaçou cada um deles com o olhar.

— Estamos de saída, Piper. – A morena a segurou pelo pulso e tentou tirá-la dali, mas Piper conseguiu escapar.

— Não! Estou me divertindo aqui. Já até fiz amigos! – A garota tornou a apontar para a roda e os novatos acenaram para Reyna. – Esse é o Alfred, Leon..

— Outra hora eu os conheço, Piper. Vamos. – Reyna tentou dissuadir Piper, mas a tentativa se mostrou infrutífera. A garota tornou a falar com os novos “amigos”.

— Viram? Eu disse a vocês que minha namorada é ciumenta. – Se Reyna não estivesse com tanta raiva, teria caído para trás. Piper acabara de lhe chamar de namorada? Agora era mais do que óbvio que a garota não estava em seu juízo perfeito. A bebida lhe afetara mais do que a morena supunha.

— Piper, vamos. Já chega. – A mais velha segurou sua mão e Piper aproveitou a deixa para conseguir lhe roubar um beijo.

Mesmo apesar do gosto da bebida, a morena não teve forças para retesar o contato e afastar Piper. De fato, sua atitude de resposta foi segurar, possessivamente, a cintura esguia e aprofundar o beijo, sob as palmas e assovios dos calouros do curso de filosofia. Reyna sentiu o rosto ruborizar, mas não se afastou. Ela mal se importou, na verdade. Ali estava ela e, trocando um beijo no meio de uma recepção de calouros, com uma garota uns cinco ou seis anos mais nova. Mas Reyna não se importou. Tudo que ela conseguia captar era o gosto da boca de Piper, as mãos de Piper bagunçando seus cabelos, o corpo de Piper, tão esguio e feminino, colado ao seu. Tudo que importava era Piper McLean. Assustada, Reyna notou que também não estava em seu juízo perfeito.

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CLARISSE

 

Clarisse mal pôde conter o sorriso que teimava em quebrar seu semblante sério e irritado de sempre ao ver Annabeth se aproximar da entrada da biblioteca, onde a wrestler a esperava impacientemente. A ligação da loira a pegou desprevenida, mas Clarisse, afinal, conseguiu usar o fato ao seu favor. E, contra todas a expectativas, a loira concordara em lhe encontrar fora da rotina escolar. Quer dizer, elas estavam ainda dentro da escola e iriam estudar para uma prova, mas, após a cena no jardim, Clarisse sabia que podia considerar-se extremamente importante. E que, se tratando de Annabeth Chase, aquela tentativa de estudos de última hora, era quase um encontro.

A wrestler se segurou bastante para não sair correndo e abraçar Annabeth. “Melhor não”, ela pensou. Apesar de tudo, ela ainda era Clarisse La Rue. E Clarisse La Rue não passava a imagem de garotinha apaixonada. Por mais que, com Annabeth, ela estivesse agindo como uma. Como uma garotinha apaixonada. Ela engoliu seco quando a loira se postou a centímetros de si e seu coração pareceu falhar uma batida quando a loira a cumprimentou com um selinho.

— Podemos? – A loira perguntou, evitando sorrir ao perceber o sorriso bobo no rosto de Clarisse.

— Claro. – Clarisse lhe deu passagem e ambas entraram. Annabeth suspirou, torcendo para conseguir realmente ensinar Clarisse e não se distrair além do necessário com aquela sessão de estudos apressada.


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Notas finais do capítulo

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Beijos da tia Diana



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