Little Hell escrita por Diana


Capítulo 16
Capítulo 16


Notas iniciais do capítulo

Ei!
Mais um capítulo!

Annie começa a se dar conta de que Clarisse mexe com ela e que, talvez, isso vá ser um problema
Piper continua importunando Reyna
E Clarisse sabe que suas lutas mais difíceis estão por vir!

Capítulo ainda não betado. Qualquer erro, me avisem!

Boa leitura!



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Capítulo 16

 

— Você está atrasada. – Annabeth quase pulou de susto ao fechar a porta de casa e ouvir a voz áspera. A loira mal conseguiu se virar para encarar os olhos inquisidores da mãe.

— O ônibus demorou um pouco hoje. – A menina deu de ombros e esperou que a Sra Chase caísse na mentira. Claro que isso não aconteceu. Em questão de segundos, a mulher a entregou uma folha de caderno cheia de anotações, que Annabeth reconheceu, com espanto, ser sua resenha pra aula de literatura.

— Você esqueceu sua tarefa em casa. Há algo acontecendo, Annabeth? Você tem estado muito distraída e relapsa ultimamente.

— N-Não, mãe. – A loira disse e tentou encarar a Sra Chase sem piscar ou fraquejar. – Foi só um dever, nada mais. – Ela viu o olhar da mãe se estreitar.

—“Só um dever’’. Espero que seja a última vez que aconteça. Ano que vem, você deve se preparar para escolher seu curso numa universidade.

— Eu sei. – A loira suspirou pesadamente antes de ser deixada na sala de estar.

Passos pesados a levaram até o quarto, onde ela deixou a mochila num canto e se jogou em sua cama. Logo, seus pensamentos a levaram até Clarisse e os momentos que ela dividira com a wrestler. Instintivamente, a loira sorriu. Era notório que, desde a noite do baile, ela estava vendo Clarisse com outros olhos. Ela nunca imaginou que um dia mataria aula só pra ficar abraçada com alguém, ainda mais alguém como Clarisse La Rue.

Annabeth levou uma mão até o bolso da jaqueta que usava. Seus dedos longos logo encontrando o metal frio. A loira sorriu enquanto tirava do mesmo um par de brincos em forma de coruja. Cortesia de Clarisse. Algo sobre a coruja ser um símbolo dos sabichões e tudo, segundo a explicação da morena. Annabeth encarou com carinho o presente. Mal a wrestler sabia que a coruja era seu animal preferido. Infelizmente, ela não teve tempo de perguntar o de Clarisse. E, enquanto ela ponderava qual poderia ser, ouviu novamente a voz da mãe lhe chamando para comer alguma coisa.

A loira suspirou e decidiu obedecer o quanto antes. Ela nem queria imaginar a reação que sua mãe teria se soubesse o real motivo do seu atraso.

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— Então, um bando de mulheres, que foram raptadas pelos romanos, simplesmente chegaram no campo de batalha e botaram ordem? – Piper ouvira atentamente a história de Reyna sobre a fundação de Roma. E achou, no mínimo, estranha.

— Sim. O rapto das sabinas. – A mais velha assentiu enquanto bebericava seu café. – Tem um quadro sobre o ocorrido.

— O que te fez se interessar por essas coisas? – Piper a encarava num misto de incredulidade e horror e divertimento. Reyna franziu o cenho para a mais nova.

— Eu achei que estávamos nos entendendo aqui. – Reyna disse e fez um gesto para Joanne. Ela queria a conta. Dessa vez, foi Piper quem fechou a cara ao perceber a figura loira se aproximando com um sorriso maldoso e um olhar felino.

— Está adotando também, Reyna? – A loira provocou e Piper cerrou os punhos.

— Adotando? – A morena não entendeu a pergunta e a garçonete apontou Piper com o olhar.

— É. Adotando alguns pirralhos. Soube que eles estão aos montes pelo campus hoje. – Foi demais para Piper. Num impulso, ela se levantou da cadeira e já ia avançar na garçonete se Reyna não tivesse sido mais rápida e a segurado.

— Não, Joanne. – Amuada, a morena tirou o dinheiro da carteira e o deixou na mesa.  – Ela é só uma aluna.

— Ah. – A garçonete se afastou, mas não sem antes oferecer um olhar divertido na direção de Piper. – Até amanhã, Reyna.

— Até. – Reyna respondeu sem graça e se levantou. Ela não acreditava na cena que acabara de ocorrer.

— Onde você vai me levar agora? – Piper a perguntou de supetão, como se sua presença fosse algo difícil de notar.

— Para o ponto de ônibus. – Reyna respondeu rudemente, enquanto se retirava da lanchonete a passos largos, sabendo que estava sendo seguida pela garota.

— Ei, ei.. – Piper correu e se pôs a frente da morena. – Me desculpe por agora a pouco. Eu.. Eu não sei o que me deu.

— O que você realmente quer comigo, Piper? – A morena cruzou os braços e deu ênfase a sua fala. Seus olhos pareciam ler a cherokee de um modo indizível.

— Quero que você volte a me dar aulas particulares. – A garota respondeu ensaidamente. Ela contava que Reyna a faria essa pergunta.

— Só isso? – A morena arqueou uma sombracelha. Desapontamento ameaçava lhe corroer por dentro, mas a cena de Piper na lanchonete ainda lhe deixava muitas dúvidas.

— Eu não sei. – Timidamente, a garota se aproximou de sua professora.

Os olhos caleidoscópicos lhe encaravam com inocência e Reyna começou a se perder neles. Só saindo do torpor imposto pela dona deles quando sentiu as mãos suaves de Piper em sua cintura, enquanto a garota se colocava na pontas dos pés para lhe alcançar os lábios com os seus próprios.

Um leve roçar. Foi tudo que Piper deixou antes de se afastar um pouco. Reyna ainda se encontrava de olhos fechados quando ouviu a voz de um colega a cumprimentar. Ela estava cônscia de que estava em seu local de estudo e trabalho. No local em que a maior parte das pessoas de seu convívio social estavam. Contudo, ser vista ali com Piper não a incomodou. Pelo contrário, lhe trouxe uma sensação cálida ao peito. E, quando ela se viu capaz de encarar a outra, sentiu sua garganta secar. Ela não sabia o que dizer. Não sabia se Piper estava brincando com ela. A garota era bem bonita e interessante para fazer qualquer um de marionete. E ela não queria ser feita de marionete. Definitivamente, não queria

— Então – A garota ajeitou uma mecha de cabelo. – Aonde vamos agora? – Reyna engoliu seco. Àquela altura, tal pergunta tinha um milhão de significados. Por fim, Por fim, ela optou pelo mais simples deles.

— Vamos à biblioteca.

— Você está de brincadeira, certo? – Piper esganiçou.  – Com tanto lugar pra você me mostrar, justo uma biblioteca?

— Qual o problema? – Reyna perguntou, achando graça da birra que a garota estava fazendo.

— Nenhum. – Piper cruzou os braços e encarou sua professora particular. – Exceto o fato de que eu, praticamente, vivo numa biblioteca com você.

— Vem logo! – Reyna não se deixou convencer pelo tom doce de Piper e se pôs a caminho.

— Reyna! – Piper gritou e foi atrás da mais velha, resmungando. Reyna agradeceu por estar de costas, pois assim Piper não a perceberia rindo da atitude infantil.

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— Hey, o que está ouvindo? – Clarisse se assustou quando Silena se sentou ao seu lado e lhe tirou um dos fones. – Coldplay?

— É. – A garota disse meio sem jeito.

— Não foi você que, dias atrás, me disse que Coldplay era banda de gente fresca? De “viadinho” e tal?

— Foi. – A morena respondeu emburrada.

— E por que.. – Silena disse, petulante. Ela sabia bem o motivo de Clarisse estar ouvindo Coldplay, ainda mais aquela música especificamente.

— Annabeth me passou essa música, se você quer tanto saber. – A morena ralhou com a amiga, que deitou no seu colo.

— Eu já sabia. Só queria te encher o saco. É a mais bonita deles. – Clarisse deu de ombros. – Por que está no jardim da escola até agora?

— Tenho treino mais tarde. – A morena disse. – E decidi ficar um pouco aqui.

— Annabeth faltou à aula de literatura hoje. – Silena alfinetou a wrestler de novo e viu um leve rubor tomar conta do rosto bonito.

— Sério?

— Clarisse, você não sabe mentir. E não devia nem tentar. Ainda mais pra mim.

— Se você já sabe, por que fica me perguntando? – A morena encarou Silena e fingiu estar brava.

— Porque eu adoro te ver bobona e apaixonada! – A garota lhe deu um beijo estalado na bochecha. – Bom treino!

Silena já ia saindo do jardim de nome pomposo – que Clarisse tinha esquecido, mais uma vez, de perguntar a Annabeth o nome – quando se virou de novo para a amiga.

— À propósito, ela gostou dos brincos?

— Sim! Valeu pela dica! – Clarisse sorriu e Silena piscou para ela.

— Eu nunca erro nessas questões! O que você deu a ela?

— Um par de corujas.

— Uau! E Clarisse La Rue vence um round contra Annabeth Chase! – Silena brinca e sai, deixando a morena ali, fingindo se concentrar em seu treino e se concentrando numa certa nerd loira. 


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!
Até!



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