Little Hell escrita por Diana


Capítulo 15
Capítulo 15


Notas iniciais do capítulo

Feliz ano novo meio atrasado, maaas! =D

Desculpem a demora. De novo =(

Capítulo não betado ainda. Qualquer erro, avisem tia Diana, sim?

Boa leitura!

Beijão!



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Reyna tentou falar, mas as palavras não saíam. Tudo que a morena conseguia fazer era olhar pra Piper. Só olhar. Um milhão de perguntas lhe vinham à cabeça, contudo, ela não conseguia focar em uma só. Tudo que ela conseguia fazer era olhar para a figura esguia de Piper. Os cabelos cor de chocolate brincando com o vento e deixando uma amostra do perfume cítrico da garota pairando entre elas, os olhos caleidoscópicos, o tom de pele. Tudo em Piper parecia feito para drenar a atenção de Reyna para si.

Por fim, foi a própria Piper, cansada daquela competição de quem encarava mais a outra, quem quebrou o silêncio. Como uma gata, ela se aproxima de sua professora particular e sorri.

– Você ainda se lembra de mim, certo? – O olhar de dúvida de Piper deixa Reyna sem saber se a garota estaria só brincando com ela.

A morena quis gritar quando terminou de ouvir à pergunta. Como Piper ousava dizer aquilo? A única coisa que ela praticamente tinha feito era se lembrar de Piper. Aulas, trabalhos, teses. Nada mais parecia capaz de preencher sua mente além daquela bela garota que agora estava na sua frente.

– Piper McLean. – Reyna disse asperamente e, recuperando um pouco da própria compostura, cruza os braços.

– Decorou meu nome. – Piper brinca e percebe o erro quando vê a expressão de Reyna se fechar um pouco mais.

– O que quer comigo, Piper? – A morena suspira, dando a entender que estava cansada daquela situação.

– Nada. Só estava passando por aqui e fiquei curiosa para saber o que você faz. – A garota dá de ombros e Reyna prefere não cair.

– “ Passando”?

– É. Feira de profissões. – Piper aponta para um bando de adolescentes indo e vindo pelo campus e Reyna se lembra de uma colega de classe ter comentado sobre os ‘pirralhos’ na faculdade.

A ironia era que ela estava quase certa de que tinha se apaixonado por uma pirralha. E a simples constatação da possibilidade fez Reyna se arrepiar.

– Então... – A mais velha dá de ombros e se aproxima de sua alua, sabendo que aquela não era a atitude mais prudente a se tomar. – Você já sabe o que pretende cursar?

– Bom, eu tenho uma ideia. Mas, sinceramente, eu não vim aqui para assistir a palestras sobre os cursos. – A garota piscou para a morena, se divertindo com o leve rubor que percorreu as bochechas da outra.

– Uma palestra pode te ajudar a se decidir e... – Reyna não sabia exatamente o que estava dizendo. Tudo que ela sabia é que ela tinha que continuar falando e falando para afastar aquele desejo estranho de beijar Piper de supetão ali, bem na entrada do prédio em que estavam.

– Reyna, eu não vim aqui pelas palestras. Vim para te ver. – O olhar sugestivo de Piper não estava ajudando em nada a mais velha a manter o controle.

– Como sabia que eu estava aqui?

– Eu não sabia. – Piper ajeitou uma mecha de cabelo atrás da orelha e manteve o olhar nos olhos negros de Reyna. A garota disfarçou um sorriso ao perceber o efeito que suas ações produziam na outra. A morena parecia querer pular nela a qualquer instante.

– Mas me achou. – Reyna desviou o olhar. Ela sabia que Piper estava a lendo como um livro, e esperava não ser um livro muito fácil para adolescente.

– Não foi difícil. – Piper deu de ombros. – Eu sei seu curso, sei que gosta dessas velharias. Agora, você poderia parar de ser rude e se oferecer para me pagar um café ou uma bebida alcoólica? – Reyna riu e arqueou uma sombracelha.

– Você não tem idade para beber. – Piper fez uma careta e revirou os olhos. – Mas, tem uma cafeteria ótima aqui.

– Foi tão difícil? – A garota cruzou os braços e seguiu Reyna pelo corredor de entrada.

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Se Annabeth soubesse precisar o que lhe deu para pedir a Clarisse um beijo, ela não poderia dizer. Mesmo quando Clarisse hesitou, o mundo pareceu girar mais devagar. E, quando Clarisse a beijou, ela pareceu ser capaz de entender todas as metáforas que as pessoas apaixonadas dizem. Espera aí! Ela não estava apaixonada por Clarisse, estava?

– Eu já disse para parar de pensar tanto. – Annabeth ouviu a morena grunhir a poucos centímetros de seus próprios lábios.

– O quê? – Ao abrir os olhos, ela tremeu quando encontrou a preocupação sincera estampada nos castanhos de Clarisse.

– Dá pra ver suas engrenagens trabalhando aí. – Clarisse disse e a loira sorriu.

Sorriu e recostou sua testa na da wrestler. Ela não conseguia entender o por quê de não querer sair daquele abraço agora. Sua mente gritava o tempo todo para sair dali, que era um erro, mas... Os braços de Clarisse em torno de sua cintura lhe passavam uma sensação de segurança que ela só tivera, talvez, na infância. O perfume forte da morena tomava conta do local e a instigava a ficar ali. Sentir toda a linha de músculos das costas de Clarisse, a respiração quente batendo em sua pele.... Se Annabeth pudesse escolher um momento para enlouquecer, seria aquele. Ela não sabia o nome de metade das reações que estavam acontecendo em si.

E, mesmo quando o sinal tocou, as avisando do fim do intervalo e retomada das aulas, Annabeth não quis sair dali. Não que Clarisse se importasse. Ela sabia que devia ser alguma aula estúpida mesmo, mas ela não pode deixar de sorrir triunfante ao perceber que a loira sabidinha – por qual ela vinha tendo uma queda desde sabe-se quando – estava tão distraída dentro do abraço que dividiam que mal se importava em ir para aula.

– Chase... – Clarisse não conseguiria resistir em provocar a outra. – O sinal tocou.

– Eu sei. – Annabeth murmurou, mas não fez menção nenhuma de se afastar.

– E...

– E... – A loira começava a ruborizar. Ainda bem que seu rosto estava escondido no peito forte de Clarisse. – E daí que eu esqueci de fazer a resenha para a aula de literatura!

– O quê? – Clarisse fingiu espanto. – Como você pôde, Annabeth? A senhora Mardy ficará desapontada com você.

– Culpa sua. – A loira de repente percebeu-se sendo alvo de brincadeira da wrestler.

– Minha? – Clarisse finge-se de ofendida e se afasta um pouco para encarar os olhos cinzentos da outra.

– Sua! – Annabeth cruza os braços e emburra. Ela sabia que estava sendo totalmente infantil, mas não conseguia evitar. – Porque você me chamou para treinar no meu horário vago! Era quando eu ia fazer a resenha.

– Claro. – Clarisse disse divertida. – Ou você pode simplesmente ter se esquecido e aproveitou para jogar a culpa em mim!

O olhar que Annabeth lhe ofereceu assustou Clarisse mais do que qualquer “encarada” que ela teve de trocar com suas oponentes no esporte.

– Idiota. – A loira simplesmente murmurou e voltou a recostar sua cabeça no peito de Clarisse.

– Então, não vai para aula de literatura? – Clarisse provocou.

– Você está reclamando? – Annabeth rebateu e a morena riu antes de tomar os lábios da outra mais uma vez para si.

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Piper queria deixar Reyna louca, ou irritada. A mais velha ainda não tinha certeza de qual dos dois. Desde o instante em que entraram na cafeteria e até escolherem uma mesa, Piper reparou e comentou tudo. Como a decoração era velha, mas elegante, como algumas pessoas eram estranhas, como outras eram tão bonitas. Reyna ousava dizer que a adolescente flertou com uma ou outra estudante do local.

– Boa tarde! O que vão querer? – Reyna suspirou aliviada quando a garçonete foi atendê-las.

– Boa tarde, Joanne. – Reyna cumprimentou a moça e notou o interesse de Piper se desviar da decoração do local para Joanne.

– O de sempre para você e o que a mocinha ali vai querer? – A garçonete sorriu simpática e Piper a fitou com seus olhos caleidoscópicos curiosos.

– Eu não sei, Joanne, o que você me indica? – Piper disse, deixando claro o tom de desafio na voz. Reyna sente um suor frio percorrer seu corpo. Piper não estaria criando caso com a garçonete, estaria?

– Bom, acho que você não é fã de café puro, como Reyna aqui, mas...

– Um espresso pra mim e um cappuccino com chocolate para ela, Joanne. – Reyna interrompe a possível cena que poderia se desenrolar ali. Agora ela tinha certeza de que Piper queria enlouquece-la. A garçonete anota o pedido e o deixa na mesa. – Obrigada.

– Uau. – Piper resmunga. – Essa aí está caidinha por você.

– O quê? – Reyna encara Piper incrédula. Os olhos caleidoscópicos estavam fixos na garçonete loira, como se estivessem calculando algo muito difícil.

– Não me diga que não percebeu. Você vem aqui todo dia?

– Sim, mas.. – Reyna não conseguia encontrar as palavras.

– Então você é mais lerda do que eu pensei. – A garota revirou os olhos e ajeitou melhor a pena que usava no cabelo, dando o assunto por encerrado e deixando um clima estranho na mesa. E deixando em Reyna a certeza de que ela queria enlouquece-la e irritá-la. E estava conseguindo.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!
Até o próximo!
Beijos!



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