Fall No More escrita por Má Rocha


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Demorei, mas postei! Agora voltei de férias da faculdade, tenho muita coisa pra fazer socooorro!



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– Mycroft, acho que você tem muitas coisas para me explicar, não acha? Qual é a sua relação com esse... Doutor quem? – disse Sherlock, profundamente irritado

– Sherlock, eu... – começou Mycroft

– SHHHHHHHHHHHHHIU. Calem a boca! – mandou o homem de fez na cabeça – Sherlock, eu esperava mais de você. As explicações você consegue mais tarde, agora dá para prestar atenção no quadro? Obrigado.

Com o silêncio repentino, todos se voltaram para observar o quadro. Sherlock não soube por que estava obedecendo aquele homem tão estranho, mas assim o fez.

– 3D de novo? – perguntou Clara

– O padrão dos cacos de vidro... Foi quebrado do lado de dentro, mas como isso é possível? – disse Sherlock intrigado

– Isso não estava assim antes. Havia umas criaturas estranhas na pintura, mas elas não estão mais lá. – disse Mycroft

– Então você está querendo dizer que essas criaturas quebraram o vidro e saíram por aí? E onde estão elas? – disse Sherlock com um tom de voz claramente cético

Nesse momento três figuras conhecidas resolveram se reunir na sala

– Sherlock, você aqui? Você não vai acreditar no quadro que a Molly acabou de me mostrar, ele parece ser maior do lado de dentro, nada parecido com algo que a gente já tenha visto, incrível! – foi tagarelando John Watson

– Oi Sherlock, como veio parar aqui? Não te vi entrar... – disse Tom, um pouco assustado

O Doutor ficou meio impaciente com todos aqueles encontros e começou a andar de um lado para o outro na sala. De repente um clarão apareceu na sala, e uma espécie de rachadura brilhante apareceu flutuando no ambiente. Aquilo estava ficando muito irritante para Sherlock porque aquele dia estava ultrapassando a cota de improbabilidades aceitável para um detetive humano.

– Tudo bem, com isso tudo posso deduzir que você, esse quadro e esse clarão são todos aliens, certo? – perguntou Sherlock para o Doutor

– Sim, sim, caro Sherlock Holmes. Alien, e.t., ser de outro planeta, o que você preferir.

– Mas Doutor, o que é esse clarão? – perguntou Molly

– Finalmente alguém que faz as perguntas certas! Isso, Molly, é onde eu entro! – disse o Doutor, jogando o fez pelo clarão, que aparentemente era um portal para outro lugar

– Heeeey! Espere aí um momento! Você vai se jogar por esse portal e vai nos deixar aqui fazendo o quê? – perguntou Sherlock, não acostumado com o fato de estar sendo deixado para trás

– Sherlock, investigue a areia na sala anterior junto com a Molly. Você não é um químico ou algo assim? Divirta-se! – dizendo isso, o Doutor saiu correndo em direção ao portal gritando – GERÔNIMOOOO!

– Doutor, você vai me deixar aqui? – reclamou Clara Oswald, meio incomodada por estar num lugar onde todos se conheciam, menos ela

Por alguma razão que ninguém ali compreendia muito bem, a passagem não se fechou e dava para se ouvir alguns murmúrios vindos do outro lado. Clara ficou prestando atenção no que se passava lá, enquanto Sherlock Holmes e John Watson tentavam entender o papel de Mycroft, Molly e Tom naquilo tudo.

– Então, até quando vocês iam me esconder que fazem parte de uma conspiração alienígena? E Molly, pelo amor de Deus, o que é esse cachecol horroroso? – perguntou o Holmes mais novo

– Sherlock, eu... – começou Molly naquele tom de voz baixo típico dela

– Deixa Molly, logo ele entra no palácio da mente e vai entender tudo. Agora, podemos por favor investigar a areia da sala de esculturas? Tenho todo o equipamento necessário aqui. – foi interrompendo Mycroft

Mycroft então deixou Clara na sala dos quadros e encaminhou Sherlock e John, Molly e Tom para a sala estranha cheia de areia. Havia todo o equipamento necessário para a analisar a sala, e John Watson, que era a pessoa que menos estava entendendo aquilo tudo, se indagou como os microscópios, computadores e o que quer que aquelas máquinas fossem pararam ali. Se sentindo meio inútil, apenas observava enquanto Sherlock e Molly analisavam as amostras que Tom colhia.

– Vocês estão realmente acreditando nessa história boba de alienígenas? Eu não estou entendendo mais nada... – reclamou John Watson

– Eu acredito no Doutor! – exclamou Molly – Se podemos prosseguir, bem... Aqui tem mármore, granito, muitos tipos de rocha, mas parece que nada caiu da estrutura do prédio.

– Parece que uma estátua caiu no chão e se esfarelou, tem alguma faltando? – sugeriu John

– Eu acho que não. De qualquer forma, quem iria fazer isso? Estou tão cético quanto o John. Aliens quebradores de estátuas? Francamente... – disse Tom, com uma voz que não demonstrava muita certeza

De repente Sherlock olhou para o nada e assustou todos com o olhar espantado.

– Você está bem? – perguntou John

– John, Molly... Vamos sair daqui. Agora. – disse Sherlock

– O que foi que aconteceu? – perguntou Tom

– Molly, sinto em dizer, mas aquilo por baixo dos panos não são estátuas e seu namorado não é humano. – disse Sherlock, puxando John e Molly para perto da saída

– Mas o quê? Eu conheço o Tom, não é possível...

Nesse momento Clara entrou na sala meio confusa e perguntou:

– Oi gente, algo de errado?

Quando olhou para o lado, Clara notou que onde deveria estar Tom, estava na verdade uma cópia sua, de vestido vermelho e tudo. Ao mesmo tempo, as estátuas que estavam por debaixo dos lençóis brancos começaram a se mexer, e saíram de lá as criaturas com as características mais alienígenas que um ser humano podia imaginar. Não que os únicos humanos da sala estivessem com muito tempo para imaginar qualquer coisa. Eram criaturas de um tom de vermelho repugnante, com uma aparência repugnante e com ventosas igualmente repugnantes saindo da pele (se é que aquilo era pele e não um exoesqueleto, pensou Sherlock).

– Clara, corra! – disse Molly dessa vez

Saíram em disparada pela sala que precedia o lugar cheio de areia em que estavam. Atrás deles, podia ouvir a voz da falsa Clara ordenar:

– Livrem-se de mais esses humanos! Não podemos deixar eles saírem.

Tentando se livrar dos aliens, eles fecharam a porta que era também um quadro da rainha Elizabeth com o homem de All Star. Como descobriram em poucos segundos, aquilo não impedia que as criaturas passassem, porque elas rapidamente quebraram o quadro sem levar em conta o valor artístico e histórico da obra. Sherlock, John, Molly e Clara se viram encurralados entre os et’s e o portão de metal.

Molly, que parecia conhecer aquele lugar melhor do que o resto, logo correu para apertar o botão que levantava o portão. Ele logo começou a subir, mas numa velocidade tão lenta que agoniava todos os humanos da sala e deixava os aliens repugnantes bem alegrinhos. Assim que a porta levantou o suficiente para os terráqueos passarem, Molly, Clara e Sherlock se esgueiraram pela passagem. Assim que passou para o outro lado, Molly apertou o botão que baixava o portão. O plano era deixar os aliens do outro lado, já que não tinham outro método para enfrentá-los. Acontece que além dos extraterrestres, quem estava quase preso do outro lado também era John Watson.

Desesperado, Sherlock ajudou a puxar o amigo por uma fresta mínima, e naquele intervalo de tempo em que John esteve com os alienígenas, um deles copiou a aparência de Watson. Logo a porta se fechou, os aliens repugnantes e as cópias de Clara e John ficaram trancados lá dentro.

– Molly, você estava planejando me deixar preso com os et’s mesmo? – gritou John, irritado

– Me desculpa John, é que eu tinha que ser rápida! – disse Molly

Eles saíram correndo pela Galeria, e logo encontraram com Mycroft que parecia estar ocupado com alguma daquelas ligações super confidenciais. Eles explicaram rapidamente o problema com os et’s-vermelhos-repugnantes, e Clara adicionou:

– Bom, se ajuda em alguma coisa, o Doutor falou algo sobre estar indo para a Torre de Londres...

– A Torre de Londres! Lá fica o quartel general da UNIT, tenho algo que pode nos ajudar! Vamos para lá. – disse Mycroft

Saindo da Galeria, o grupo de dividiu em dois carros. Mycroft, Clara e John foram num carro, Molly e Sherlock foram em outro. Ao entrar no carro, Molly caiu em um choro desesperado e incessante. Sherlock, sem muito jeito para lidar com essas situações, mas treinando a sua empatia com os problemas dos outros, deu tapinhas no ombro da moça. Molly aproveitou o apoio e se jogou contra o peito de Sherlock, que não era muito afeiçoado a contatos físicos repentinos, mas abraçou Molly e deu tapinhas nas costas dela como incentivo.

– Erm... Calma, Molly... Vai ficar tudo bem. Eu acho. – disse Sherlock

Cessando o choro tão rápido quanto começou, Molly enxugou as lágrimas e disse em tom sério:

– Sherlock, eu tenho muita coisa pra te contar.


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Notas finais do capítulo

Revi o especial de 50 anos de DW umas 2 vezes pra escrever esse capítulo hahahaha. Espero que tenham gostado! :)



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