O herdeiro de Hera escrita por Len Baran, Lah S Conde, Juliana Moreira


Capítulo 3
Amber encontra um cachorrinho.




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AMBER

Amber nos contou uma história quase impossível de acreditar, mas ninguém poderia desmentir o que ela contou, nós prometemos e se não o fizéssemos, ela ficaria triste conosco... Vou ditar para vocês o que exatamente ela disse, usando as próprias palavras que ela usou para descrever tudo que aconteceu.

"Eu tive um pesadelo muito ruim, todos vocês estavam lá, e tinha um rapaz com uma camiseta laranja que dizia 'Acampamento Meio-sangue', na camiseta tinha um desenho de um cavalo com asas. Esse homem parecia ter uns 30 anos talvez, tinha pele bronzeada e olhos claros, junto dele tinha uma moça, acho que tinha a mesma idade, era loira e seus olhos eram acinzentados e demonstrava inteligência. Ela estava chorando em meio à um acampamento em chamas e vários outros campistas com camisas laranjas e roxas estavam correndo e lutando contra monstros horríveis. Vi um monstro que parecia um dragão com várias cabeças e cuspia acido de todas elas, tinha também um touro todo de bronze e um gigante com só um olho no meio da testa que derrubava as árvores em volta do acampamento.

O homem que a moça chamou de Percy, estava ajoelhado ao lado dela também chorando, em frente a eles tinha um homem que por mais incrível que
pareça, tinha pernas de bode da cintura pra baixo e chifres na cabeça... – Quando Amber disse isso, David olhou nervoso para Edson, então seu amigo olhou para a mesa parecendo mais nervoso do que David estava. – Esse homem-bode sangrava muito e tinha uma flecha cravada em seu peito e ele respirava com dificuldade, então ao nosso lado surgiu uma mulher, mas ela não tinha pernas, no lugar, tinha dois rabos de cobras gigantes, e Percy gritou 'Dracaenae!', puxando uma caneta que se transformou em uma espada de bronze brilhante quando ele à destampou, então o monstro partiu pra cima dele e eu acordei respirando forte e suando.

Desci para a cozinha do orfanato para tomar um copo d'água e ouvi barulhos vindos daqui, do refeitório, andei devagar e quando olhei, tinha um cachorro preto gigantesco naquele canto. – Amber apontou para um canto do refeitório que tinha uma mesa quebrada, ninguém tinha notado até ela apontar, era ao lado da escada, então ninguém percebeu que havia alguma diferente coisa ali. – Me aproximei do cachorro, ele parecia estar chorando, eu só queria ajudá-lo... – Ela choramingou quando disse isso, mas continuou. – Quando cheguei perto, ele pulou para a parede escalando como uma aranha e depois pousou em cima da mesa que nós quatro nos sentamos sempre, eu caí com o traseiro no chão, me assustei quando ele pulou. Ele começou a rosnar para mim e eu corri para a escada e me tranquei no banheiro das meninas, ouvi os passos do cachorro e ele farejando a porta do banheiro, mas a cada vez que ele cheirava, parecia doer, pois ele choramingava a cada fungada que dava na porta, eu tinha notado que o seu focinho estava sangrando quando o vi aqui no refeitório, ele pareceu não sentir meu cheiro, bateu a cabeça contra a porta e saio, eu abri a porta do banheiro dez minutos depois, mas ele tinha desaparecido, sentei em um dos vasos no Box 3 e comecei a chorar de medo, então Sophie apareceu e me trouxe de volta pro refeitório e ficamos esperando vocês chegarem pra que eu contasse a história."

– Mas você está bem, não é? – David perguntou abraçando sua irmã. – Nenhum ferimento?

– Sim, maninho, estou bem. – Ela disse, sorrindo. – Só com meu bumbum doendo. – David deu uma leve risadinha ao ouvir isso, e isso fez meu coração acelerar e eu acabei sorrindo também.

Mas nossa alegria durou pouco. Em menos de 2 segundos a parede do orfanato explodiu em pedras e um monstro de 3 metros de altura entrou olhando para nós. Era a tal Dracaenae que Amber havia mencionado em seu sonho, mulher da cintura pra cima e dois rabos de cobra da cintura pra baixo. Quase tão rápido quanto à parede explodindo, Edson pulou do banco. Não sei como um garoto que usa muleta pra andar poderia pular daquele jeito, mas parecia
que ele não precisava mais das muletas.

– Isso é uma dracaenae?! – Perguntei assustada.

– Você pode vê-la? – Edson perguntou, parecendo mais assustado que eu.

– É claro que eu posso vê-la, é um monstro de 3 metros de altura, como eu poderia não ver isso?!

– Por que a Névoa não está funcionando em Sophia?

– Névoa? O que é isso, do que você está falando? – Eu estava totalmente confusa. Edson começou a me cheirar, ignorando a mulher-cobra.

– Sophia, você cheira à... Não pode ser! Sophia é uma semideusa. – Ele falou e seus olhos quase saltaram pra fora de seu rosto.

– Semideusa? O que? Esse negócio de Semideus é um mito grego, eu não sou isso, deuses não existem!

– Nós precisamos sair daqui... Agora! – Ele gritou e Sra. Baynes desceu as escadas correndo.

– Mais que baru-... lho... – Ela gaguejou ao ver o monstro. – Leve esses três daqui, leve eles para o acampamento, depressa!


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