O herdeiro de Hera escrita por Len Baran, Lah S Conde, Juliana Moreira


Capítulo 2
Amber estava chorando?


Notas iniciais do capítulo

Segundo capítulo pra vocês xD'
Até as notas finais o/



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SOPHIA

Eu passei mais ou menos 10 minutos olhando nos quartos até ouvir um som de choro vindo do banheiro das meninas que ficava no andar de baixo do orfanato, pelo que eu conhecia das meninas de lá, nenhuma teria motivos pra estar chorando, mas quem sabe decepção amorosa ou coisa do tipo?

– Amber, é você? – Nenhuma resposta... Senti-me em um filme de terror, daqueles que a pessoa pergunta se tem alguém, como se o assassino fosse gritar: "Sim, estou aqui no banheiro, quer sabonete?”.

– Sophie? – Era assim que ela me chamava, eu sempre gostei desse apelido, e a voz doce de Amber, me chamando assim, sempre me acalmava, mas ainda sim, ela estava chorando e senti no peito que deveria ajudá-la.

– Sim, querida, sou eu, você está chorando? – Me senti idiota fazendo essa pergunta... – O que houve?

– Deixa pra lá, você não iria acreditar em mim. – Disse ela de dentro do terceiro Box do banheiro.

– Vamos lá, Ambie... Seu irmão estava desesperado procurando por ti, vem comigo, você pode nos contar oque aconteceu lá no refeitório, David está procurando Edson, ele também sumiu hoje de manhã. – Tentei falar com uma voz calma para convencê-la, mas isso é mais difícil do que parece, mas funcionou, por que ela saiu do banheiro, com os olhos vermelhos e as bochechas molhadas de lágrimas. Aquilo doeu no meu coração... Nunca tinha visto Amber chorar...

– Oi, Sophie... – Disse ela, chorando. Então correu e me abraçou forte.

– Ambie está tudo bem agora. Vamos, vamos encontrar David e você nos conta o que ouve, combinado?

– T- tudo bem... – Ela gaguejou e esboçou um sorriso fraco. – Promete que vai acreditar? Por mais absurdo que seja...

– Prometo Ambie, prometo de coração! – Eu e ela, éramos como melhores amigas, sempre brincavam juntas. Quando eu tinha cinco anos, Sra. Baynes me deu uma boneca Cindy, eu gostava muito dela, aonde eu ia a levava junto, e quando Ambie fez 10 anos, dei Cindy à ela de presente, ela ficou tão feliz e aquilo também me fez feliz, sempre gostei de ver minha cunha- quer dizer... Minha amiga feliz...

Então fomos para o refeitório e sentamo-nos à mesa que nós quatro sempre costumamos sentar pras refeições, é a menor mesa do refeitório, na maioria das vezes só nós quatro sentávamos. Nós duas ficamos esperando David aparecer com Edson, conversamos sobre a escola, ela frequentava uma diferente da minha, ela fazia a 4ª série, e na minha escola era a partir da 6ª. Amber não quis contar o que tinha acontecido que fez com que ela chorasse, ela disse que esperaria até que nós todos estivéssemos juntos. Passaram por volta de meia hora até que eles estivessem descendo as escadas. David estava estranho, ele olhava pra Edson como se não acreditasse em algo que seu amigo disse, Edson tinha vestígios de sangue na boca, quando ele percebeu que vi, limpou rapidamente seus lábios com a mão e passou na calça... Até eu fiquei com nojo, provavelmente você também ficaria se estivesse vendo o que eu vi.

David olhou para Amber aliviado e feliz, ver aquele sorriso no seu rosto fez meu coração bater tão rapido que subitamente pus minha mão sobre meu peito, então, tão rapidamente quando fiquei feliz, veio à minha mente o choro de Amber e minha tristeza voltou. Senti meus olhos arderem, mas limpei com a manga de minha blusa as lágrimas que se formavam acima dos meus cílios... Eu não costumava usar maquiagem, David dizia que eu não precisava, mas naquela manhã eu havia passado um rímel que ganhei da Amber no meu aniversário de 12 anos, parecia ter borrado, a manga de minha blusa ficou com uma mancha preta, dobrei-a para esconder.

– Ambie! – David gritou e correu em direção a nós. – Onde você estava maninha? Eu fiquei tão preocupado... Você estava chorando? Seus olhos estão vermelhos, o que aconteceu?

– Maninho... Eu quero contar a vocês, mas vocês nunca iriam acreditar em mim. – E novamente, seus olhos encheram-se de lágrimas.

– Ambie pode contar, eu irei acreditar... – David olhou para Edson e disse: – Tem coisas que você pensa serem impossíveis de se fazer ou de acontecer, mas quando você menos espera, elas acontecem... – Tudo bem, tudo bem. Eu vou contar, mas vocês todos tem que prometer que vão acreditar em mim, mesmo que pareça absurdo...

– Eu prometo maninha. – David disse sorrindo.

– Pode contar Amber, eu irei acreditar. – Disse Edson olhando para um prato na mesa como se fosse comê-lo.

– Ok, ahn... Por onde eu começo? – Amber tamborilou a mesa com seus dedos, nervosa.


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Notas finais do capítulo

E então, gostaram? Espero que sim :3' não esqueçam de comentar com oq posso melhorar c:



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