A Verdadeira Filha de Illéa escrita por Carol M


Capítulo 8
Noite Longa


Notas iniciais do capítulo

Oi gente.
Não, eu não morri.
Apesar de vocês devem estar querendo me matar.
Saibam que não abandonei a fic. Estava sem inspiração e quando tinha inspiração não tinha tempo.
Mas o importante é que o 8° cap ta aí.
EEEEEEEEEEEE
Também é importante que essa é a melhor fic que eu já fiz na minha vida e não vou abandona-lá tão fácil assim.



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Pov Melody

–Alteza. - chamou Janie me sacudindo com força.

–Mais cinco minutinhos. - resmunguei cobrindo a cabeça com a coberta.

–Alteza levante, por favor. - percebi a urgência na voz dela e me levantei.

Janie, Liane e Alexandra estavam com os rostos pálidos. Entendi o que estava acontecendo imediatamente. Corri até meu armário e puxei um roupão colocando-o ao redor dos meus ombros.

–Corram até o abrigo. - ordenei.

–Mas Alteza... - começou a protestar Liane.

–Agora.- Não esperei para ver se tinham me obedecido. Virei e corri até o segundo andar. Como eu suspeitava: os guardas estavam muito ocupados protegendo o palácio e se esqueceram de acordar os selecionados.

–ACORDEM!! - sai gritando e abrindo as portas de todos os quartos.

Os garotos saíram dos quartos aos poucos. Com os rostos sonolentos e de pijamas.

–Qual o problema? - perguntou Peter de olhos fechados como se ainda estivesse dormindo.

Olhei para os outros selecionados. Robert estava apoiado na soleira da porta, Thomas devia ter acordado as pressas, pois seus óculos estavam tortos, e Will parecia ser o único em estado de alerta.

Levei dois dedos à boca e soltei um assovio estridente que ecoou pelo corredor. Os garotos se assustaram e me encararam com olhos em alerta. Muito melhor assim.

–Rebeldes. No palácio. Me sigam. Em silencio. Agora.

Comecei a andar calmamente através dos vários corredores. Os garotos me seguiam de perto, mas sem barulho algum.

Foi quando ouvi passos vindos do corredor seguinte. Fiz sinal para que os selecionados ficassem em silencio. Olhei ao redor. Não havia nada que eu pudesse usar como arma. Até um salto-alto seria útil naquele momento. Os passos estavam cada vez mais próximos. Já estava pronta para dar um soco na cara de quem quer que fosse. Quando vi que era um dos guardas do palácio. O mesmo que me escoltou da biblioteca até meu pai.

Ele parecia espantado em me ver.

–Alteza... o que está fazendo aqui?

–Sou sonâmbula e decidi dar uma voltinha por aí enquanto o palácio está sendo atacado! - Não foi a melhor resposta, nem a mais educada, mas estávamos sem tempo para perguntas idiotas.

Todos ficaram chocados comigo.

–Me sigam. Conheço uma passagem para o abrigo real. Mas cuidado. Fiquem juntos. – ele disse depois que o choque passou.

–A passagem mais perto é por aqui. – disse apontando para a esquerda.

–Não sei se é uma boa idéia ir por aí... – começou o guarda. Mas eu o ignorei e comecei a correr naquela direção. Não demorou muito para todos eles me seguirem.

–Alteza... – começou o guarda.

–Qual é o seu nome? – perguntei.

–Perdão?

–Seu nome. Você tem um. Não tem?

–Jake.

–Ótimo. Apenas me siga, Jake. E fique atento. – Disse usando a voz mais autoritária que eu possuía.

Subi as escadas que levavam a minha biblioteca.

Abri as portas com força e corri até os fundos onde ficava uma pequena estante, praticamente escondida para qualquer um que não conhecesse o lugar. Comecei a mexer em todos os livros da estante enquanto Jake me olhava boquiaberto.

–Alteza – ele praticamente cuspiu as palavras. –Não temos tempo para brincadeiras. Temos que ir para o abrigo. Agora!

Ignorei-o e continuei a mexer nos livros. Claro que ele não entenderia o motivo. E também, eu estava sem tempo para explicar.

Bufei de frustração enquanto ainda fuçava os livros.

Finalmente achei o que eu queria. Era um livro antigo. De capa dura e vermelha. Sorri e o puxei.

Ouvi vários cliques enquanto as engrenagens giravam e a passagem secreta se abria.

Quando se abriu totalmente, revelou um grande lance de escadas que nos levaria até a segurança do abrigo real.

Virei-me e lancei um sorriso triunfante na direção de Jake que me olhava boquiaberto.

–Vamos. - dei um passo para o lado e indiquei a passagem com a cabeça.

Como a passagem era pequena, os selecionados tiveram que passar um por um. Will foi o último. Assim que ele passou me virei e dei de cara com Jake me encarando.

–Você não vem? – perguntei.

–A senhorita primeiro, Alteza.

Dei de ombros e entrei pela passagem. O ambiente era mal iluminado e os degraus altos. Parecia que eu estava andando por um bloco de gelo. Quando sai correndo do meu quarto me esqueci de colocar as pantufas. E agora eu estava mortalmente arrependida disso.

–Porque essa passagem foi construída? – perguntou Will.

–Psiu – reclamou Charlie.

Eu o ignorei.

–Depois que os meus pais me deram a biblioteca, eu passava o dia inteiro enfurnada aqui dentro. Meu pai ficou com medo de que os rebeldes atacassem o palácio comigo aqui dentro. Então criou a passagem.

O resto do caminho se seguiu em silencio. Eu já estava cansada de tantos degraus. Já estava considerando a ideia de me deitar em um deles e dormir até o fim do ataque para poder finalmente voltar para minha cama quente e confortável quando vi uma luz determinando o fim da longa descida. A famosa luz no fim do túnel.

Assim que meus pés descalços tocaram o chão do abrigo minha mãe veio até mim voando e me abraçou de um jeito que me deixou sem ar.

–Já pode me soltar agora mãe.

Ela me soltou. Mas me olhou furiosa.

–Melody Schreave Singer da próxima vez que a senhorita ficar passeando pelo palácio enquanto os rebeldes atacam... eu nem sei o que eu faço com você. – ela estava me ameaçando. Eu sabia que ela com certeza estava furiosa, mas foi tudo por uma boa causa! Afinal, se eu não tivesse ido, quem acordaria os selecionados?

–Mãe eu não estava passeando! – reclamei.

–Ficamos muito preocupados Mel – meu pai disse em tom suave enquanto me abraçava.

–Tudo bem. Desculpem. – falei olhando pra eles com um biquinho.

Meu pai riu.

–Tudo bem querida. – ele disse sorrindo.

Minha mãe revirou os olhos. Mas deu um sorrisinho também.

Pov Will

Umas duas horas depois, um guarda surgiu e disse que estava tudo bem, que os rebeldes só chegaram até o portão e por isso o castelo estava em perfeita ordem e que podíamos ir para os quartos sem nos preocuparmos.

O rei e a rainha foram os primeiros a sair do abrigo seguidos pela princesa. Apesar de tudo ela estava... radiante. Todos os garotos, incluindo eu, estavam de pijamas, com a cara amassada do travesseiro, olhos sonolentos e cabelos espetados. Melody estava o total oposto disso. Ela ainda estava de pijama, apesar de ter colocado um roupão por cima, mas mesmo assim parecia ter se arrumado. Eu sabia que garotas tinham um talento a mais para ficar bonitas, três irmãs acabam te ensinando muita coisa, mas ninguém conseguia ficar tão bonito assim, principalmente quando se é acordado no meio da noite por causa de um ataque rebelde.

Todos nós subimos em silencio. Chegando ao topo da escada só havia a princesa e as criadas dela no corredor.

Ela deu um sorriso cansado e disse:

–Bem, hoje a noite foi bem longa. – como se pra provar isso ela soltou um bocejo. –Mas a noite ainda não acabou. Então... durmam bem.

Ela se virou como e se foi pelo corredor. Seguimos seu exemplo.

Assim que cheguei ao meu quarto, pulei na cama dormi como nunca.


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Notas finais do capítulo

Prometo que o próximo sai amanhã. Ou nesse caso hoje ainda já que é duas da manhã :0



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