Eternon escrita por Mutiladora


Capítulo 4
Não é o fim


Notas iniciais do capítulo

hey



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POV Percy

Já estava escurecendo e ainda estávamos procurando o maldito isqueiro. Sim, passamos a tarde toda na escola procurando essa porcaria e eu já estava começando a ficar sem paciencia.

— Vamos embora Kemy, já chega. – digo a ela nervoso.

— eu já disse que não saio daqui sem meu isqueiro. – ela diz teimosa.

— é só um isqueiro Kemy, só um maldito e simples isqueiro. – digo alterando a minha voz

Ela se vira pra mim e eu vejo o ódio em seu olhar, parecia que estava se decidindo qual era a melhor maneira de me matar com muita dor.

— pode até ser um “maldito isqueiro” pra você, mas pra mim é muito mais que isso e você mais do que ninguém deveria entender por quê. – diz alterada e dando um empurrão me fazendo cair e bater nos armários do corredor.

Aí percebi o que acabei de falar. Ela tinha razão, não era só um simples isqueiro, era o isqueiro que o seu pai deixou com ela. Era a única coisa que fazia Kemy se sentir ligada com sua origem.

— Me desculpe Kemy, me desculpe mesmo – digo ao me levantar e a abraço, mas ela não retribui. – olha, nós vamos encontrar ele okay? –olho em seus olhos – mas agora não dá mais, amanhã conversamos com o zelador e reviramos os achados e perdidos, vamos encontra-la nem que tenhamos que arrombar a casa de cada professor, funcionário ou aluno dessa escola. – dito isso ela solta uma risada.

— tudo bem Percyana, como eu sou muito diva e misericordiosa, eu te perdoou. – Minha irmã sorri e me da um soco de leve no ombro.

Saímos pela a porta dos fundos que vai direto para o estacionamento, nosso plano era pegar nossas bicicletas ir à oficina dos pais de Leo Valdez e chama-lo para irmos para uma lanchonete, mas todos esses planos foram interrompidos quando em um canto escuro encontramos um garoto de cabelos escuros e pálido com sangue escorrendo pelo o nariz e boca sendo segurados por um garoto de cabelos pretos e enrolados enquanto o outro loiro e alto dava vários socos nele.

 

Assim que Kemy o viu ela correu na direção do garoto loiro e o derruba no chão começando a bater no cara. O cara que segurava o garoto derruba o menino com tudo no chão e parte pra cima da minha irmã.  

— A minha irmãzinha não desgraçado. – rosno.

Parto pra briga também e agarro o garoto moreno que ia pra cima de Kemy junto com o loiro e dou alguns socos nele. Ele ia me dar alguns,  mas era lento demais e eu sempre desviava.

— isso é pra você aprender a não mexer mais com a irmã dos outros. – dou mais outro soco que o derruba.

O garoto meio que andando e gatinhando sai correndo, o loiro ia junto, mas minha irmã o segura empresado na parede.

— eu te avisei não avisei Octavian? – ela diz segurando o loiro pelo o colarinho da camiseta. O engraçado é que ela é muito mais baixa que ele e o garoto teve que ficar inclinado. – eu não avisei pra ficar longe do Nico? – Kemy grita.

Agora está explicado porque ela quis arrebentar esse carinha hoje mais cedo.

— sabe, eu tô muito afim de terminar o que meu irmão não deixou hoje mais cedo. – ao falar isso ela se vira pra mim pedindo permissão.

— deixe ele ir Kemy. – Digo calmo. – lembre-se de que ele é mais um mauricinho com o papai cheio da grana que pode te processar.

— estraga prazeres. – minha irmã bufa e solta Octaviam que sai correndo chamando por Dakota que eu acho que é o garoto que bati.

Kemy vai até o garoto pálido no chão.

— Nico fale comigo, você está bem? – ela sacode Nico.

— você o conhece? – pergunto me abaixando do outro lado do garoto.

— sim, ele é o Nico meu parceiro de laboratório e temos Matemática juntos. – diz tentando levanta-lo e eu a ajudo.

Carregamos o garoto até um banco de concreto que tinha ali próximo e o sentamos lá. Enquanto Kemy ligava para alguém da família de Nico eu fui pegar nossas bicicletas.

—... Não precisa se preocupar ele é só meu irmão. – escuto Kemy dizer ao me aproximar.

— tudo bem – diz Nico olhando de relance pra mim.

— e ai camarada como você se sente? – pergunto pra ele.

— meio dolorido, mas bem – tenta mexer o ombro esquerdo – obrigado galera.

— não foi nada. – eu digo.

De repente uma Mercedes preta aparece em alta velocidade no estacionamento e freia com tudo. Dele sai uma mulher de cabelos escuros e olhos cinzentos e uma loirinha com os olhos da mesma cor... Espera aí... Ai papai é a mesma Garota Infernal que queria me devorar na aula de história.

— Nico! – a loira diz indo correndo e abraça Nico. – oh céus o que aconteceu com você?

— fui assaltado, mas eles me ajudaram – Nico aponta para Kemy e eu. – os caras fugiram e não deu pra ver quem eram. – mene Nico.

Eu não entendi porque ele mentiu eu ia desmentir, falar a verdade, mas meu doce de irmã me deu um pisão bem dolrido no pé e eu calo a boca.

A mulher me olha de cima a baixo e me lança um olhar assustador e com Kemy ela faz o mesmo. Já a garota loira encara Kemy com raiva e a mim com... Tristeza? Qual é o problema dessa loira?

— Quanto vocês querem? – pergunta a mãe de Nico.

— Perai, o que? – arqueio uma sobrancelha.

— não se faça de desentendido garoto. – a mulher diz impaciente. – vocês ajudaram meu filho agora querem uma recompensa, típico de gente da laia de vocês.

— da nossa laia? – se pergunta Kemy. – o que... – ela se interrompe e fica pensativa e então seu rosto fica vermelho de raiva.

— pare com a enrolação e me fale quanto vocês querem. – diz a mulher batendo os pés.

— olha aqui madama pega essa porra de dinheiro e soca bem no meio do seu c... – antes que Kemy terminasse, eu a puxo pra trás tampando a sua boca e ela se debate. – me xoun-am em-um um-ão... – epa eu entendi isso e a aperto mais.

— fica na sua, e me chamar de cuzão não vai me fazer te soltar. – sussurro no seu ouvido. – olha dona assim a senhora nos ofende, não ajudamos Nico por dinheiro e sim porque era o certo a se fazer. – digo firme para a mulher

— mãe para com isso e vamos embora. – a loira se manifesta.

— tudo bem. – a mulher diz bufando.

A loirinha ajuda o garoto a se levantar Antes que Nico entrou no carro sorrio e acenou para minha irmã que sorrio de um jeito suspeito e acenou de volta e então o carro partiu, mas antes que ela entre no carro, a garota vem até mim e coloca algo na minha mão enquanto sussurra “Sua Namorada é linda”, olha para Kemy e entra no carro.

Kemy se preparava para parti já na sua bicicletaa quando olho para o que a menina me deu.

— o que é isso? – minha irmã pergunta se aproximando de mim.

— acho q é da loirinha. – digo sem dar importancia.

— é melhor devolver antes que te prendam. – diz Kemy

Analiso o cordão e fico com a minha garganta presa, meu coração acelera, minhas mãos estão tremendo e minha respiração estava ofegante porque ali, bem ali na minha mão estava o colar que eu havia dado a Annabeth a minha anja sabidinha.

— Percyana o que é que você tem? – Kemy pergunta preocupada.

Eu olho para ela e mostro o colar e minha irmã fica espantada e surpresa.

— Não, esse não pode ser o nosso fim. – foi a única coisa que consigo dizer. – subo na minha bicicleta.

— acho que não vamos até o Leo hoje. – responde ela virando seu boné para trás me seguindo.


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