Eternon escrita por Mutiladora


Capítulo 5
Te amei, te amo e sempre vou te amar


Notas iniciais do capítulo

ola



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Eu não entendo o porque dela querer desistir de nos dois, eu não me conformo com isso. Apenas pedalo seguindo o carro, mas o perco de vista, não fui rápido o bastante, paro e jogo a bicicleta longe xingando.

Respiro fundo passando as mãos pelo rosto e fito o horizonte tentando entender o que ela viu, pois sempre fui fiel a ela, meus amigos e primos me chamavam - e chamam até hoje - de gay porque não dava moral pra garota nem uma.

Sento no meio fio e fico me balançando pra raciocinar o que fazer. O que ela quis dizer com minha namorada é linda? Eu não poderia esperar até amanhã, eu tinha que encontra-la. Estou chorando? Nem isso eu saberia responder, o que eu faço? O que eu vou fazer? Ouço alguém me chamando, mas estou perdido demais em meus pensamentos.

Meu momento de choque é interrompido por algo se chocando contra meu rosto me fazendo cair de lado e minha boca sangrar.

— me desculpa por isso mano mas você não reagia eu chamava, chamava, chamava e chamava seu nome mas você não me ouvia só ficava ai sussurrando coisas parecendo um macumbeiro eu fiquei preocupada hoooooo se fiquei então eu te dei um soco pra ve se te despertava desse seu transe de macumbeiro. - Kemy disse tudo  rapidamente engolindo todas as virgula.

— tudo bem, sei que se preocupou, mas não acha que um simples tapinha não iria resolver? – respondo ao me levantar e limpar sangue q escorria de minha boca na gola do meu uniforme.

— e eu lá sou garota de dá tapinha Percyana? Por favor, né? - ela suspira. – Como está se sentindo? 

— nem um pouco bem, eu não entendo Kemy, nunca a traí.

— pelos deuses como ele é lerdo. - diz minha nada doce irmã com a mão cobrindo seus olhos.

— não me diga que você entendeu? 

— mas é claro sua anta.

— não precisa me ofender. - murmuro. - me explique então. 

— ela acha que sou sua namorada, simplesmente isso. - kemy solta isso como se fosse a coisa mais obvia do mundo.

— como é que é? - grito indignado. - isso é uma loucura, nós somos irmãos. 

—tecnicamente não...

— somos sim meu p...

— eu sei, mas cala a boca porra e me deixe falar! 
Fico calado e gesticulo para que ela continue.

— acontece que ninguém daqui que somos, a não ser Thalia, Jason e Piper, quem nos viu hoje andando juntos pelo o corredor acharia isso. - ela da de ombros.

A garota estava certa, isso é uma merda mesmo, agora a garota da minha vida quer se afasta de mim porque acha que eu estou traindo ela, mas a garota com quem ela me viu é nada mais nada menos que a MINHA IRMÃ. Nossa Percy como você é observador.

Subo de volta na minha bicicleta e começo a pedalar, vou encontrar Annabeth nem que eu tenha que bater de porta em porta, afinal Olimpo não é uma cidade tão grande assim.

— Pra onde você tá indo?- pergunta Kemy pedalando tentando acompanhar o meu ritmo. 

— Vou achar ela agora. – respondo quase sem folego.

— ah, você não vai não. - ela diz em um tom firme. – É melhor você esperar até amanhã. – ela desvia de um carro.

— eu vou sim e ninguém vai me impedir. - digo enquanto levanto um pneu para subir em uma calçada.

— Você ta parecendo uma criança! – Ela resmunga

Aumento o a velocidade e a deixo para trás, porem Kemy também acelera e me ultrapassa, para no meio da estrada dando cavalo de pau ficando de um jeito que bloqueava minha passagem.

Para não bater nela me jogo para o lado e acabo desequilibrando e caindo da bicicleta. 

— por que você não me deixa ir? - grito zangado ao me levantar. 

— porque você está indo pro lado errado jumento. 

— e como você sabe onde ela mora? 

— se ela mora com Nico eu sei onde ela mora.

— e como você sabe onde o Nico mora? 

— não te interessa! - ela responde brava e corando.

— Ia doer se tivesse me falando antes? – reviro os olhos e respiro fundo.

— e ai Romeu vai ficar ai me interrogando ou vai querer encontrar a sua julieta? 

­– Você ainda me pergunta? – digo recuperando o folego e subindo de volta na bicicleta.

~ POV Annabeth ~

— por que não devemos denunciar o assalto? - pergunta minha mãe pela a trigésima e oitava vez desde que chegamos.
Nico já estava exaltado e eu irritada. Não só pelo fato da nossa mãe está nos irritando como também por ele. Ele estava lá e pra piora a namoradinha dele também, ela salvou meu irmão e agora eu tenho uma divida com aquela garota.

— mãe deixa o Nico. 

— mas por que...

— AAAA MAIS QUE SACOOO ME DEIXA EM PAZ, PORRA! - grita Nico e sai correndo subindo as escadas.

— o que deu nesse garoto? - ela pergunta. 

Olho pra ela o mais zangada possível:

— como se você se importasse. - digo seca e saio correndo atrás de Nico.

O garoto entra em seu quarto e bate a porta com toda a força. Vou até ela e vejo que está trancada.

— Nico, por favor, abra a porta. - peço batendo na porta.

— vai embora. - ele grita com um tom de choro.

— Não Nico, me deixe entrar. - continuo batendo.

Desta vez não escuto respostas e me desespero.

— Nico? - ele não responde. - Nicooo? - bato na porta descontroladamente. - Nicoo! 

A porta se abre devagar me revelando um garoto com os olhos inchados de tanto chorar e no seu pulso está cheio de sangue escorrendo de cortes.

— Nico eu não acredito que você fez isso de novo – falo em um tom triste segurando seu pulso com delicadeza. 

— eu pensei que aqui ia ser diferente. - ele diz como que em um sussurro

— o que aconteceu de verdade Nico? - ele não me responde. - não foi uma tentativa de assalto né. 

— não, não foi. – Meu irmão diz e se solta de mim.

— Me conta então o que aconteceu, por favor.

Nico suspira e anda até a janela e se senta no batente dela.

— Esse garoto me topou no corredor me chamando de esquisito e... Gay, me irritei com ele e o mandei calar a boca, o garoto me arrastou até um lado sem movimento na escola e ia fazer o que todo valentão faz. - Nico fez uma pausa e continuou. - mas antes que ele fizesse meu anjo da guarda chegou e impediu o garoto, ela bateu nele e ia continuar mas o irmão dela chegou e separou os dois e arrastou eles pra fora com a ajuda de um zelador, só que hoje na saída ele veio, se vingar só que desta vez ele trouxe mis um amigo.

— e foi ai que aqueles dois chegaram e te salvaram. - eu completo.

— sim, sabe acho que me apaixonei pelo o meu anjo da guarda, mas ela nunca olharia para mim.

— hey não diga isso.

— eu sei que não. 

— quem é ela? 

— ela é...

Antes que ele falasse eu notei pela janela duas pessoas de bicicleta vindo tocar a campainha e meu coração quase para, pois era ele, ele e sua namorada. Desço correndo as escadas e eu mesma atendo a porta.

— o que você quer? - pergunto para ele.

— precisamos conversa,agora eu sei que é você. - ele sorri e retira do bolso o colar com âncora. 

— nós não temos nada o que conversarmos. - digo já fechando a porta.

— não Annabeth espere você precisa saber que...

— eu ja sei, você ja tem outra, não se preocupe eu não vou atrapalhar. 

— Annabeth nã... - antes que ele termine fecho a porta. – adeus Percy.

Assim que fecho a porta, não consigo me controlar e deixo as lagrimas caírem. Então Nico vem correndo gritando.

— é ela, é ela.

— ela quem Nico? - pergunto limpando minhas lágrimas. 

— a garota pela a qual eu estou falando.

— e ela? – pergunto incrédula. 

—sim!

— eu não sei como te dizer isso, mas ela ta namorando aquele garoto que estava com ela. - digo arrasada. 

— o quê? Eles não são namorados. - diz Nico quase rindo.

— claro que são eu os vi juntos na maior intimidade.

— é claro, porque eles são irmãos. – Nico diz em um zombo.

— quem te disse isso? – pergunto quase sem ar.

— os dois. 

— ai meus deuses como eu sou idiota. - digo e saio correndo pela a rua.

Percy estava um pouco distante na sua bicicleta. Saio correndo gritando por ele como uma louca e ele para, se vira pra mim, desce da bicicleta e sem pensar eu o abraço forte assim que eu o alcanço. 
— me desculpa eu... eu... 
— eu sei. - ele diz sorrindo. – Não tem o que se desculpar. – ele me aperta no abraço e beija o topo da minha cabeça.

Então nossas respirações se aceleram e vamos nos aproximando aos poucos e então nos beijamos intensamente. Pode parecer estranho a gente mal nos reencontrar e ja se beijando, mas é como se os anos que ficamos separados nunca tivesse existindo, como se por toda a vida estivamos juntos.

Percy se separa de mim e diz:

— saiba que eu te amei, eu te amo e sempre vou te amar.
Então sela nossos lábios com mais um beijo.


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