Eternon escrita por Mutiladora


Capítulo 2
Loira, Estranha e Psicótica


Notas iniciais do capítulo

heyhey



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POV Percy

Estava tão perdido em totais pensamentos que não percebi minha irmã de cabeça pra baixo me observando da sua parte de cima do beliche.

— sonhou de novo com ela, não sonhou? – ela diz me dando um susto.

— meus deuses Kemy que susto! – digo pondo a mão em meu coração.

Ela pula da sua cama e senta na minha encostando-se em mim.

— sonhou ou não sonhou? – ela pergunta impaciente segurando  a medalha.

— por favor, não conta para o nosso pai, ele vai achar que estou maluco. – peço a ela pegando a medalha de volta colocando no pescoço.

— A: você não está maluco, você sempre foi maluco. – ela diz levantando um dedo. – e B: eu não vou contar pro popô, você sabe que sou a única que te apoia nessa sua castidade e espera do seu... – ela Poe as duas mãos no coração e pisca sem parar como uma donzela apaixonada dos filmes. -... Grande amor perdido. – e então ri.

— você é uma maluca sabia? – digo rindo a abraçando.

— sim eu sei e adoro isso. – ela diz em um tom convencido.

Kemy tem quinze anos e mora com a gente dês dos três, baixa, olho castanho claro, cabelos lisos e repicados na altura dos ombros, não importa o tanto que falem dela ela sempre mantém esse seu estilo louca de quem não está nem ai para os outros, se tornou skatista uns dois anos atrás, mas sem querer quebrou seu skate semana passada e ela está meio mal-humorada porque não esta praticando, porem não se importa pelo o fato de nosso pai ainda não tem grana pra comprar outro.

Apesar desse jeito dela rude e agressiva, herança de seu pai verdadeiro, ela é uma boa menina e sempre ajuda quando precisamos

— crianças já acordaram? – diz meu pai batendo na porta.

— já sim popô. – diz Kemy.

— estamos indo. – completo.

Kemy se levanta e vai em direção à porta e me olha desafiadoramente.

— eu vou ser a primeira a usar o banheiro. – diz e sai correndo do nosso quarto.

— a nem vem. –  digo saindo da cama em um pulo. – volta aqui sua pestinha. – saio correndo atrás dela.

POV Annabeth

Após me arrumar e vou para a cozinha tomar o café, chegando lá só encontro Nico, meu irmão adotivo, sentado sozinho comendo seu cereal com leite.

— bom dia. – digo para ele quando me sento. – onde está mamãe?

— ela já foi. – diz ele sem me olhar.

— não fique nervoso com o seu primeiro dia na escola. – tento tranquilizar meu irmãozinho. – as coisas vão ser diferentes dessa vez, eu vou está lá com você. – seguro sua mão.

— obrigado mana, mas eu tenho medo que nessa escola aconteça igual nas outras. – ele diz com seus olhos refletindo tristeza.

Nico é um garoto de quinze anos sempre quieto no seu canto, nunca sorrindo, totalmente ante social. E esse seu jeito atrai a atenção de babacas que acham que são melhores.

 Nico passou muito tempo sofrendo bullying e isso o tornou mais depressivo, porem nem sempre ele foi assim. Era um garotinho alegre e animado, até que em uma tragédia de ônibus matou sua irmã Bianca e sua mãe que por sua vez trabalhava para meus pais. Meus pais decidiram adota-lo.

Agora depois que minha mãe decidiu voltar para essa cidade, nos mudamos e temos esperança de que aqui seja diferente para ele.

— vai ser diferente dessa vez, você vai ver. – digo e ele da um sorriso sem ânimo

Assim que terminamos de tomar o café saímos pela porta da frente para eu pegar meu carro e irmos, mas uma coisa me chama a atenção. Três pessoas duas garotas, uma morena com cabelos castanhos claros e a outra estilo punk dos cabelos curto negros como a noite espetados e olhos azuis faiscantes, e um menino loiro dos olhos azuis como o da garota punk.

— calma Thalia não precisa se estressar assim. – diz a garota de cabelos castanhos para a punk que estava furiosa e chutando um carro sem parar.

— a Piper tem razão mana desse jeito você acaba quebrando o pé – diz o loiro que pelo o que me parece é irmão da punk furiosa.

— ficar calma é o caralho Jason, essa lata velha que nosso pai chama de carro sempre nos deixa na mão, e custa ele me dar um novo? – a punk berrava. – justo no nosso primeiro dia de aula.

Então eu noto suas camisetas de uniformes laranjas como a minha e de Nico e percebo que somos da mesma escola.

— se vocês quiserem eu posso dar uma carona pra vocês. – digo um pouco tímida.

— a gente te conhece? – pergunta a punk irritada.

— na verdade não. – me encolho tímida. – me mudei semana passada pra essa cidade, to percebendo que vocês estão tendo problemas com o carro e bom... Estudamos na mesma escola então eu pensei que vocês aceitariam uma carona.

— você ajudando a gente? – diz a punk intrigada.

— e por que não ajudaria?

— bem é que a gente viu sua mãe e... – o loiro ia dizer.

— e pensamos que você seria a maior patricinha, fresca e pé no saco. – completa a punk.

Isso me deixa irritada, sempre que as pessoas conhecem minha mãe acham que sou como ela, isso é um saco.

— me fala Nico por que todos acham que sou igual à mamãe? Mais que merda. – digo frustrada e Nico da de ombros. – eu sou completamente o contrario dela.

— então você não é nem uma fresquinha? – pergunta a punk desconfiada, mas sorrindo.

— pode crer que não, acredite. – digo sorrindo – e então aceitam a carona?

— só se for agora – diz a punk – e a propósito sou Thalia e esses são Jason meu irmão...

— e ai? – cumprimenta o loiro.

— e essa é a sua namorada Piper. – diz Thalia apontando para a outra menina.

— olá. – cumprimenta Piper.

— oi. – cumprimento – eu sou Annabeth e esse é meu irmão Nico. – Nico apenas acena tímido.

— Annabeth não é? – pergunta Thalia.

— sim por quê?

— não é nada, é só que eu tenho a impressão de já ter ouvido falar do seu nome com alguém... – ela fica pensativa – com um primo talvez... Ah, não esquece, vamos se não chegaremos atrasados.

— ok. – digo destravando o carro e todos entrando.

POV Percy

Depois de muita confusão quem acabou ganhando a ida pro banheiro foi Kemy, mas foi golpe baixo, ela me da um soco no estomago. E quando ela sai entro rapidamente para me arrumar. Depois que ambos estamos arrumados sentamos a mesa da nossa pequena cozinha.

Minha casa é uma casa pequenina e simples de madeira perto do mar, com sete cômodos de um andar só. Na entrada temos a varanda e depois a sala e a cozinha que são separadas somente por um balcão. Logo a frente tem um corredor que do lado direito fica meu quarto e de Kemy, do lado esquerdo o quarto de meu pai e no fim do corredor o banheiro. Por ultimo vem a nossa área de serviço que a entrada e na cozinha.

Pequena, mas simpática e aconchegante, meu avô que construiu assim que se casou com minha avó, meu pai viveu aqui e nunca quis se mudar, assim parece que vai ser comigo.

Quando estamos todos reunidos na nossa pequena cozinha meu pai é o primeiro a falar:

— estou tão orgulhoso de vocês – ele sorri. – meus dois filhos passou e estão estudando na Escola Meio-sangue. – ele batuca na mesa feliz – a melhor escola da cidade.

Kemy e eu sorrimos. Eu estou feliz por meu pai esta orgulhoso de mim.

— obrigado, pai. – digo sorrindo. – mas se não fosse Kemy me dando puxões de orelha pra gente estudar acho que não conseguiria.

— para tudo! – diz Kemy batendo palma e ergueu as mãos para o alto. – Percy Jackson admitindo que precisou da minha ajuda? Isso é novidade!

— pode parar com isso. – digo rindo.

— bem crianças eu já vou indo. – diz nosso pai se levantando e dando um beijo na testa de cada um. – se comporte em quanto estiver fora. – ele diz dessa vez serio para a gente.

—quanto tempo o senhor vai ficar fora? – pergunto eu.

— uma ou duas semanas, filho. – ele diz suspirando.

— tome cuidado no mar, viu? – diz Kemy.

Meu pai sorri e pega sua mochila.

— eu sempre tomo. – ele diz e sai.

Meu pai tem um barco e sempre esta fora em alto mar comandando a pesca em seu barco. No começo quando éramos menores ficávamos sob os cuidados de senhora La Rue. Ela foi a primeira mulher do pai biológico de Kemy e com ele teve Clarisse. Clarisse é como Kemy porem o que Kemy tem de bom a Clarisse não tem.

Após terminarmos de comer arrumamos a mesa e lavamos as louças sujas. É sempre uma confusão na hora de decidir quem lava, mas perdi na pedra-papel-tesoura.

— vamos se não chegaremos atrasados. – digo a ela enxugando as minhas mãos.

— e você não acha que está arrumadinho demais para ir pro Colégio? – ela diz eu reparo mais no que estou usando.

Uma calça Jens azul escura, um AL star preto comum e a camiseta laranja da escola.

— tenho que manter meu charme. – brinco com ela passando minha mão no cabelo – e você não acha que está rebelde demais pra ir para o colégio? – pergunto pra ela apontando para sua roupa.

Ela usava uma calça Jens com rasgos nos joelhos, um AL star cano médio vermelho, a camisa da escola com um colete de couro estilo motoqueiro por cima e seu inseparável boné de aba reta vermelha.

— essa velharia? Aff não é de nada, comprei há uma hora em Paris. – Kemy fala em uma hilária imitação das patricinhas que imaginamos encontrar lá.

— vamos logo – digo rindo e tacando nela o pano que usava para enxugar as mãos.

~****~

Até que o primeiro dia de aula foi moleza e como Kemy e eu suspeitávamos aquela escola era cheia de patricinhas frescas. Encontrei nossos primos Thalia e Jason na aula de Inglês e educação física, mas não pude me sentar com eles na hora do almoço porque minha doce e meiga irmãzinha (só que não) estava prestes a entrar em uma briga, que pra bolsistas como nós, ficar em detenção no primeiro dia de aula não era muito legal.

Finalmente estava no ultimo horário, aula de história com o professor Quíron, um professor cadeirante, mas muito gentil que em minha opinião foi o melhor professor dessa escola.

Por mais que a aula estivesse interessante eu não conseguia tirar os olhos de uma garota que estava sentada na mesa ao meu lado. Não estava de olho nela paquerando-a, mas sim porque eu tinha a impressão de conhecer aquela garota loira de algum lugar.

— ei loirinha? – eu a chamo. – nós já nos conhecemos?

— eu já ouvi essa hoje, garoto. – ela diz má humorada sem nem ao menos se virar pra mim.

— desculpa o que? – pergunto confuso.

— daí eu falo que nunca nos vimos antes e ai você chega e diz “ah então me passa seu numero gata para nós nos conhecermos melhor” – ela diz mais irritada ainda e se vira pra mim – olha garoto eu tive um dia muito estressante com um bando de babacas sedentos por peitos que não paravam de me encher de cantadas estúpidas então se você me fazer mais uma dessas sem originalidade eu juro que não me importo que estamos na escola e te dou um soco bem merecido.

Ok, eu fiquei morrendo de medo dessa loira, mas eu juro que não estava jogando nem uma cantada nela.

— calma loira eu não estava te dando nem uma cantada. – digo levando minha mão tirando a medalha de dentro da camisa e coçando a garganta desconfortado.

Então a garota paralisa, parecia estar em estado de choque ou coisa parecida e estava me assustando muito, vai que ela era possuída por algum demônio e queria me fazer de lanche? Tá eu assisti filmes de terror de mais, mas essa garota ficou muito esquisita.

~ TRRRIIIIMMM ~

A graças aos céus que o sinal tocou. Mais que depressa recolho minhas coisas e saio correndo daquela sala para encontrar com a minha irmã.


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Notas finais do capítulo

bay bay



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