Eternon escrita por Mutiladora


Capítulo 1
Nossa Velha Infância


Notas iniciais do capítulo

fic totalmente reescrita é melhor reler



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Pov Percy

 

Estava caminhando na praia para me acalmar e esquecer de que tudo aconteceu, de que ela se foi, de que ela deixou a mim, papai e Kemy, minha irmã mais nova, me recusava a aceitar que minha mãe havia morrido, isso só pode ser um engano...

 

De repente um grito fino e abafado de socorro, quando olhei para a direção da voz  meu coração quase parou. Era uma garota que parecia ter minha idade estava se afogando e para piorar a praia estava vazia.

Sem pensar duas vezes tirei minha camisa e corri em direção da menininha. Nadando na vertical em sua direção a reboquei de lá. Foi difícil para mim, às vezes pensei que iria afogar junto com ela, mas eu consegui nos tirar de lá são e salvos.

Ao chegarmos à praia tossimos e vomitamos água do mar e respirávamos ofegantes, me virei para a garota que estava quase debruçada na areia vomitando água salgada.

— vo... cê... Tá... Tá... Bem... – tentei dizer, estava exausto e sem fôlego.

A garota se virou para mim chorando, fiquei desesperado, não me sentia confortável com isso.

— não... Chora... Tudo bem... Agora. – tento acalma-la segurando seus ombros.

Reparando melhor na garota me encantei totalmente com ela. Com aqueles cabelos loiros cacheados, olhos cinzentos e tempestuosos me fazia lembrar um anjo... Ela era um anjo.

A garota me abraçou do nada e chorou mais ainda em meu ombro e eu fiquei congelado e mais desconfortável ainda.

— muito obrigada. – ela sussurra. – você me salvou.

— mas é claro que sim. – eu disse me recompondo e ela se afastou. – e o que você estava fazendo aqui sozinha menina? Você quase morreu!

A menina me encarou tímida como quem se desculpava:

— minha mãe vive pegando no meu pé e eu estava cheia disso então fugi pra essa parte da prai pra ficar sozinha e ai... – ela se encolhe.

— eu também vim aqui pra fugir. – digo para ela fitando o horizonte.

— da sua mãe? – ela pergunta curiosa.

Minha mãe... Não aguentei, me lembrei do que estava fugindo e dano a chorar.

— oh me desculpe eu não queria te magoar. – ela dizia desesperada.

— não tudo bem, é que... – abaixei a cabeça e respirei fundo, precisava desabafar com alguém e essa garota me parecia legal. – é que minha mãe morreu no hospital hoje mais cedo.

A garota tampo a boca com as mãos surpresa.

— eu sinto muito. – ela disse.

 Senti uma raiva subindo em mim, pois só o que tinha ouvido era isso. As pessoas não sentem muito essas palavras são somente algo que eles dizem para ter o que falar nessas horas. Eles não sentem muito eles não fazem a menor ideia do quanto estou sofrendo, do que estou sentindo.

— Olha você me parece uma pessoa legal, mas por favor não diga essas palavras. – avisei um pouco irritado.

— Me desculpa, eu me esqueci do tanto que é irritante quando as pessoas falam isso pra gente. – ela diz calma olhando para o mar.

— já disseram isso pra você? – perguntei intrigado.

— quando meu pai morreu em um acidente de carro a dois anos atrás. – contou triste.

— cara...

— eu sei isso é um saco. – ela completa.

Olhei espantado e surpresa para a garota.

— O que foi? Nunca viu uma garota falar saco antes? - A menina ri.

— você foi a única. – respondi deixando escapar um sorriso. - Então garota afogada de onde voce é? Porque eu nunca te vi por aqui.

 

 

— Moro aqui no condomínio, é que nunca vim pra essa parte da praia e você, mora onde?

— Ah... Você é uma princesinha, sem ofenças é como chamamos pessoas bem de grana que moram lá - ri - eu moro um pouco ali pra trás, aqui é a area dos pescadores. 

— Me chamo Annabeth. – ela estendeu seu punho fechado para que eu tocasse também.

— Percy. – disse tocando.

— quantos anos você tem Percy? – ela perguntou.

— doze e você?

— eu também. – ela falou sorrindo. – com doze anos e já se torna herói. – ela sorriu me fazendo corar.

Pov Annabeth

Passei o resto das minhas férias fugindo de casa para a praia e me encontrando com Percy no mesmo local de sempre, eu me sentia bem perto dele e ele me confessou que se sentia bem perto de mim por eu ser diferente das outras garotas “frescas” que ele avia conhecido.

Sempre riamos e brincávamos na praia num cantinho só nosso, ele se tornou meu herói e ele me disse que eu era um anjo. Sim isso me fez corar bastante.

Depois que uma onda o derrubou  o arrastando até a areia ele ficou com a cabeça cheia de algas e daí surgiu o seu apelidinho. Eu não fiquei para trás, depois de tantas vezes corrigindo Percy quando ele falava algo ou um fato errado ele acabou me chamando de sabidinha.

Eu não falei para ele por medo de que ele se afaste de mim, mas eu estava começando a gostar dele mais que um amigo e esse sentimento estava me assustando um pouco. Toda vez que via aqueles cabelos escuros bagunçados, aquele sorriso levado de quem aprontou algo, aqueles olhos verdes cor do mar... Meu coração dispara sinto borboletas no estomago e tudo que eu quero é ficar perto do meu Herói cabeça-de-algas.

Mas foi ai que aconteceu...

Pov Percy

Estava a caminho do nosso cantinho na praia quando Annabeth vinha correndo não meu encontro, ela não estava com uma cara muito boa e isso me preocupou.

— Percy!! – ela gritou com desespero.

— o que houve Annabeth? – perguntei preocupado.

— é minha mãe...

— o que tem sua mãe? 

— ela descobriu que eu vinha aqui pra me encontrar com você e disse que não queria ver eu me misturando com você, disse que você seria uma péssima influencia para mim ainda mais por ser filho de um.. – Anabeth se interrompeu e desviou o olhar.

— Um o que, Annabeth? - eu ja sabia a resposta, mas queria ouvir de sua boca.

— Percy...

— Um o que? - insisto.

— Um vagabundo fracassado... - ela disse quase que em um sussurro.

Isso me deixou irritado, meu pai é um homem honesto trabalhador, mas muitas pessoas o jugam pela a sua profissão e suas condições financeiras. Era difícil acreditar que ela era como as outras pessoas.

— e é isso que você acha? Que sou umapecima influencia quemeu pai não passa de um pescador fracassado?

— não Percy é claro que não. – ela  mais desesperada ainda. – isso é o que minha mãe acha e não eu, por favor, não pense que sou como ela. – Annabeth estava a ponto de chorar.

Eu a abraço forte, e ela me aperta mais ainda.

— Percy nunca mais irei voltar. – ela sussurra. –  minha mãe disse que vamos embora daqui, que ela recebeu uma proposta de emprego e vamos pra bem longe.

Essa noticia atingio-me em cheio. Eu não poderia ficar longe dela, eu estava completamente apaixonado por essa sabidinha e ela nem sabe disso.

— quando vocês vão? – pergunto quando nos separamos.

— hoje mesmo, eu só vim pra me despedir de você. – ela diz limpando uma lagrima em seus olhos. - agora eu tenho que...

— espere. – eu a interrompo. – eu tenho que te contar uma coisa antes de ir.

— contar o que Percy?

Então seria agora que eu falaria, ela não pode ir embora sem saber do que eu setia Respirei fundo e tomei coragem para falar.

— eu gosto de você e gosto de ficar com você, me sinto tão feliz com você e nunca me sinto só, e dês da primeira vez que eu te vi eu penso em você dês de quando eu acordo até quando eu me deito e isso é um sinal de que eu estou completamente apaixonado por voce.

Quando eu terminei de falar paro de encara-la e abaixo a cabeça.

— tudo bem se você me considera só como um amigo eu en...

— eu também to apaixonada por você- quando ela diz isso levanto a cabeça e fito seus olhos que tanto adorava e sorrio.

— você tá falando serio? – fiquei abobado.

— sim. – ela sorrio – e como vai ser agora Percy? – ela me pergunta tristonha.

 

Então eu tive a ideia que mudaria tudo.

— vamos fazer um juramento? – ela me encarou confusa. – não importa quando, não importa como, mas um dia vamos nos reencontrar e quando isso acontecer vamos namorar e depois casar. – eu digo serio e ela ri.

— casar Percy? – ela perguntou ainda rindo secando suas lagrimas.

— é casar. – afirmei ainda serio. – você aceita se casar comigo?

— mas é claro, você será o melhor marido do mundo. – rio ela corando um pouco.

— e você a melhor esposa do mundo. – concordei sorrindo.

— mas como vamos nos encontrar?

— sei lá, o destino talvez. –  dei de ombros e ela rio. – mas para saber que é você tome isso... – tiro meu colar feito de uma tira de couro com um pingente de ancora e a entreguei – use isso enquanto você ainda gostar de mim.

Ela fitou o colar, mas depois coloca em seu pescoço.

— sempre estará comigo. – disse agarrando o pingente. – mas tome isso... - Ela tirou uma corrente de seu pescoço, uma medalhinha, com o desenho de uma coruja cravada no topo. - Era do meu pai e ele deixou pra mim e o mesmo vale pra você. – eu pego a medalha e coloco em meu pescoço.

— eu nunca deixarei de usar. – digo a ela.

— até em breve meu herói cabeça-de-alga. – ela diz me abraçando.

Eu não sei de onde tirei coragem para fazer isso, mas fiz. Segurei seu rosto com minhas duas mãos e dei um selinho nela. Pensei que ela iria me dar um soco, mas o beijo foi correspondido.

— até em breve meu anjo sabidinha. – disse a ela sorrindo.

Enquanto ela ia se afastando não consigui conter minhas lagrimas e sai correndo pra minha casa  me trancando no meu quarto sem falar com ninguém.

~ Cinco anos depois ~

 

Acordei com o meu despertador tocando, me levanto e me espreguiço. Hoje será meu primeiro dia de aula na escola Meio-Sangue. Sim um nome idiota e esquisito, mas a minha cidade que vivo dês de que nasci se chama Olimpo vai entender não é.

A escola Meio sangue é uma das melhores escolas dessa cidade e só os filhos dos mais ricos estudam lá, mas os diretores decidiram criar uma bolsa de estudos para aqueles que não têm condições de pagar, para ganhar precisamos fazer uma prova e eu consegui passar nela.

Hoje sonhei com ela novamente, fazia tempo que não sonhava, no entanto, ultimamente, meus sonhos com ela se tornaram mais frequentes, será que isso é um sinal de que vamos nos encontrar?

Eu sempre a esperei, nunca me esqueci, mas é claro já beijei e fiquei com outras garotas depois dela, mas não senti nem um terço do que senti quando a beijei aos meus doze anos de idade.

— Ah sabidinha, quando é que a gente vai se ver de novo? - digo suspirando e fitando a medalha em minhas mãos.

Pov Annabetch

— Annabeth levante está na hora, vamos você vai se atrasar pro seu primeiro dia! – grita minha mãe na porta do meu quarto.

Levanto-me sem animo, mas um sorriso involuntário surge em mim quando me lembro com quem sonhei. Ultimamente meus sonhos com ele estão mais constantes, pois voltei e irei encontra-lo.

Fico tentando imaginar como ele está hoje, será que ele se esqueceu de mim? Provavelmente, agente era criança ele com certeza deve ter me esquecido, mas eu nunca me esqueci dele e o espero até hoje mesmo minha mãe tentando me empurrar para Luke Castellan e o mesmo não saindo do meu pé.

Vou para meu banheiro fazer minha higiene pessoal e quando me encaro no espelho seguro o cordão que me deu e que mesmo com as ameaças de minha mãe nunca deixei de usa-lo.

— ah cabeça-de-alga quando vamos nos ver novamente? – digo suspirando.


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Notas finais do capítulo

Comentem para que eu possa continuar Beijos e um tapa.



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