Mischief Managed escrita por VickyBlack


Capítulo 6
Um motivo para se chorar...


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Dessa vez eu não demorei tanto!



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19 de outubro - 10 horas - Cemitério de Godric's Hollow:

– Eu não sou muito bom com discursos - admiti assim que subi no tablado - Principalmente em uma situação como essas, então...aqui vai...Nós humanos, ou bruxos, tanto faz, - comecei - sabemos desde sempre, que assim como uma pessoa nasce, ela morre, na verdade, não do mesmo jeito, mas isso é uma metáfora. Enfim! Eu sempre soube que um dia meus pais e amigos iriam morrer, mas acontece, que por mais que tentemos nos preparar, tentemos colocar a ideia da perda em nossas cabeças, sempre vai ser um abalo quando alguém se for. A dor da perda é algo inexplicável, você sente que algo foi arrancado de você com uma faca, e não te deram anestesia. - falei para ninguém em especial - Eu tenho sorte, por ter um pai maravilhoso, e amigos maravilhosos para me dar suporte para seguir em frente - eu disse olhando para Lene, que deu um meio sorriso - Minha mãe foi uma pessoa muito amada por todos, sempre estava fazendo de tudo para de agradar, e com certeza é a pessoa mais teimosa que eu conheço, ganha até do Padfoot, e ô cara teimoso - falei e Sirius deu uma risada pelo nariz - Uma vez me disseram, que as pessoas que realmente amamos, nunca nos deixam, pelo menos não de verdade. Porque elas estarão sempre no nosso coração - disse olhando para Lily, que sorriu para mim - E é isso que eu espero que aconteça, que ela esteja sempre no meu coração! - falei terminando o discurso.

17 de outubro - 23 horas

P.O.V. Lily Evans:

Por mais que eu tente, acho que nunca vou conseguir ajudar o James! Já fazem 5 dias que eu estou aqui, e parece que as coisas só pioram. O Tio Charlus está de licença no Ministério (ele é chefe do departamento de aurores), para poder cuidar da esposa doente, e a Marlene está tentando vir a todo custo de volta para casa para poder ao menos se despedir da madrinha (a Tia Dórea). Tia Dórea, que está de cama com Varíola de Dragão, não consegue se levantar, nem comer ou beber, e fazer coisas do tipo. James está abalado, e eu tenho conversado muito com ele. Nos últimos dias, tem feito muito frio, tanto que está nevando. Não brinco quando falo. Eu estou congelando!

Neste exato momento, se encontra eu, uma ruiva diva, mas nem tão diva assim, que está com três cobertas, e mesmo assim está com os dedinhos brancos, roxo de frio. Lá fora, está nevando, a neve só faz o quarto parecer mais frio e congelante do que já é.

"Não dá mais!" pensei "Não dá mais para ficar assim!...Mas por Merlin, onde eu posso me esquentar? Eu poderia tomar um banho quente! Sim Lily, você ta roxa de frio e vai tira toda a gloriosa roupa que te esquenta" disse uma voz desconhecida pela minha cabeça. "Mas por deus! Então o que eu faço?"pensei desesperada. "Calma... Já sei! Vai pedir ajuda ao James!" Disse novamente minha consciência "Ta louca minha filha? 1° que ele deve estar dormindo,e 2° que... O.K., não tem segundo, mais ainda assim não! Espera, quem é você?Sua burra! Eu sou sua consciência! E ou você vai chamar o James, ou você morre de frio ai! " Respondeu a suposta consciência. "Ai! Pior é que você está certa! E não me chame de burra! Eu sou você, e se eu sou burra, você também é! Desculpa aê o Sherlock! Perdoada!" Parei de pensar, e me levantei da cama. Coloquei minhas pantufas de minions, e meu penhoar, e fui tremendo até o quarto de James, que era, á uma porta de distância.

Abri a porta cuidadosamente, e entrei em seu quarto. Assim que entrei, vi uma lareira acesa "Porque ele tem lareira e eu não?" pensei. Seu quarto estava bem mais quente que o meu, mais ainda assim estava frio, muito, mas muito frio.

– James! - falei me aproximando de sua cama, nela, ele dormia em posição fetal, embolado em umas cinco cobertas, e eu consegui ver que ele estava sem camisa. - James! - Chamei de novo e ele não respondeu. O.K., fui tentar balançar ele, e quando minha pele entrou em contato com a sua, ele pulou da cama, me fazendo levar um susto.

– Ahh! Socorro! Frio! Mostro gelado!... Lily? - ele disse me olhando estranho, e ainda meio sonolento

– James, me ajuda, eu estou virando um picolé ruivo! - eu disse desesperada, e ele olhou para minhas mão roxas de frio.

– Merlin, era você? deita aqui Lily! - ele falou, e foi me dando espaço na cama, eu hesitei por um segundo, mas logo eu me lembrei do frio, e entrei debaixo das cobertas. - Vem aqui! - ele falou e me puxou para perto de si, me fazendo ficar de conchinha com ele. No mesmo instante, senti um alívio - Melhorou? - ele perguntou.

Ele me abraçava por trás, e estava com o seu corpo colado no meu. Ele nos cobriu com os vários cobertores que ele estava usando, e eu sentia que sua cabeça estava próxima a minha nuca, e senti um arrepio. Senti seu tanquinho pelas minhas costar, e "Merlin! Será que eu posso tocar? Ta louca Lily? Não vai pegar em tanquinho nenhum não! Mesmo que seja um tanquinho gostoso como o do J...! Pare de falar do tanquinho gostoso do James! Espera! Você está com ciúmes? Não se tem ciúmes da própria consciência! Vai dormir vai Lola! Lola? Quem é Lola?Você! Agora vai embora desgraça!" Me ajeitei no travesseiro, e coloquei meus dois braços na frente dos seus, que estavam em volta da minha cintura. Finalmente, calor humano! É uma pena o James ser tão galinha! "Eu não disse? Você estava com ciúmes, e gosta do James!"Calada consciência!" Sai do meu devaneio, e respondi finalmente

Sim - respondi e em questão de segundos dormi

18 de outubro - 11 horas

P.O.V. James Potter:

Acordei abraçado na Lily, e no mesmo instante me lembrei do que aconteceu ontem a noite, onde a Lily estava virando um picolé humano, e veio deitar na minha cama. Percebi que ela dormia em um sono profundo, e não pude deixar de pensar em como ela fica bonita quando está dormindo. O.K., isso soou muito gay, me ignorem! Os cabelos ruivos dela cheiravam a morango, e eu não pude deixar de chegar mais perto para sentir seu cheiro. Parô! Velho, eu to muito gay hoje! Que horror! Eu preciso parar de conversar tanto com o Frank! A gayzisse dele está me contaminando! (N/Frank: Aê! Eu não sou gay!) XISPA DO MEU P.O.V. DEMÔNIO!

Senti a Lily, e mexendo, e logo acordando

– Bom dia! - ela falou bocejando, ainda estava abraçada comigo - Que horas são? - perguntou

– Onze eu acho - falei me espreguiçando.

– A quanto tempo está acordado? - ela perguntou

– Sei lá, há uns 15 minutos. To com preguiça de levantar - falei

– O que acha de sairmos hoje? Sabe, para esquecer um pouco tudo o que esta acontecendo! - Lily propôs. É, seria interessante

– É, ia ser legal! - falei um pouco animada

– Então, Sr. Potter, levante, porque nós vamos almoçar fora! - ela disse se levantando, e eu notei que ela estremeceu ao sair debaixo das cobertas - Caramba! Eu tinha me esquecido de como estava frio! - ela disse colocando o roupão

– É, eu costumo causar esse tipo de reação! - eu falei e ela me jogou uma almofada na cara, e saiu do quarto rindo.

Fui tomar uma ducha, e trocar de roupa.

15 horas:

P.O.V. Lily Evans Potter: (N/Lily: Ta de sacanagem comigo né autora?)

~Lily~rouba~o~teclado~e~digita~

P.O.V. Lily Evans Potter: (N/Autora: Espere pela minha vingança! Muahahahaha!)

Ok, essa autora da medo, mas voltando a história, eu não demorei 4 horas para me arrumar não, fiquem tranquilos. Eu só estava com preguiça de contar tudo o que fizemos, então eu vou resumir!

Eu e o James, fomos almoçar num restaurante bruxo, próximo á Godric's Hollow (James mora em Godric's Hollow), eu acho que era uma franquia do Três vassouras, mas não tenho certeza. Nós almoçamos, e conversamos muito, sobre tudo. Quando terminamos de comer, ficamos andando pelas redondezas do vilarejo. Agora, estamos próximos a um lago, ao qual eu me lembro que nadávamos nas férias, quando íamos á casa de James. Obviamente, quando vamos no lago não está nevando, então eu e James só ficamos olhando ele mesmo.

Sentamos em um banquinho que tinha ali

– Mas é sério, pergunte para o Sirius! Eu tinha um patinho de pelúcia! Foi o Brandon que me deu! - eu disse e ele me encarou horrorizado

– O seu irmão por acaso te odeia? Patos são seres malignos, nunca confie em um pato! - ele disse sério apontando para mim, e eu comecei a rir. Quem tem medo de patos? - Eu não to vendo a graça na situação! - ele falou emburrado, e eu dei beijo em sua bochecha, ou pelo menos pretendia, porque quando eu fui o fazer, ele se virou para falar alguma coisa, e nossos lábios se encontraram. Dando um selinho.

– Oh! Er... - eu ia dizer alguma coisa, mais ele tomou meus lábios em um beijo de língua, e eu não hesitei em coresponder.

Nossas línguas se moviam como se estivessem há anos esperando por isso, e talvez estivessem. Minhas mãos foram para seus cabelos, e as dele para a minha cintura, puxando- me ao seu encontro. Talvez um dia eu me arrependa de estar correspondendo a esse beijo, mais foda-se, porque ta bom demais.

Não sei dizer quanto tempo ficamos ali, talvez 15 minutos, 20... Eu só sei, que quando paramos, bem...

– Eu ainda continuo com a forte opinião, de que patos são seres do mal! Mas se quiser me beijar de novo... - ele falou fazendo um gesto com as mãos.

Eu te beijei? Quem me beijou foi você! - eu falei apontando para ele. O beijei de novo antes que ele respondesse - Agora eu beijei você! - eu falei e ele riu, assim como eu.

Voltamos para a Mansão Potter, conversando, de vez em quando nos beijando. Com certeza mais beijando do que conversando... A tarde realmente estava sendo muito boa.

Chegando na casa (N/Autora: Eu vou mesclar as palavras "Casa do James" e "Mansão Potter", porque se não fica muito repetitivo), e eu e James fomos para sala, onde encontramos o Tio Charlus aflito, com os olhos vermelhos, por causa de um suposto choro.

James olhou para ele, tentando raciocinar, mas eu acho que ele estava tentando se convencer de que não era verdade.

– Não! Não pode ser! - James disse e saiu correndo em direção ao quarto dos pais.

Eu não sabia o que fazer, e provavelmente, se fizesse alguma coisa, essa coisa seria uma grande besteira. Eu não tinha nem noção de como poder consolar o Tio Charlus, não tinha noção de alguma coisa que pudesse falar para ele, que não fosse o fazer ficar mais abalado. Então, eu corri atrás de James em direção ao quarto no segundo andar.

Ao chegar lá, eu vejo James ajoelhado no chão, ao lado da cama onde a mãe se encontrava. Ele tentava acordá-la, tentava chamá-la, desesperado, e seus olhos estavam vermelhos. Tia Dórea, estava pálida, ainda com as manchas devido a Varíola de Dragão, mas o mais apavorante de tudo, era que seus lábios estavam roxos, e ela não tinha nenhuma expressão no rosto. Seu peito não descia, nem subia, e eu comecei a ficar desesperada.

Fui até James, afastei as lágrimas dos meus olhos, que eu nem sábia que tinha derramado, e puxei James

– James! - eu disse tentando chamá-lo. Ele não me deu ouvidos, e continuava a tentar acordar a mãe desesperado. - James, por favor, ficar olhando para ela assim só vai te fazer mal! - eu falei tentando convencê-lo a ir para a sala, mas ele soluçava e não me dava ouvidos.

Até que ele levantou do nada, e jogou vaso no chão, e depois começou a chutar uma cômoda que tinha no quarto, e eu o olhava assustada.

P.O.V. James Potter:

Eu não sei o que acontece comigo. Não sei o porque de eu estar atirando tudo o que eu vejo pela minha frente no chão. Muito menos porque eu sinto raiva de tudo. Eu só sei que eu estou desesperado. Só sei, que a minha mãe morreu, e nada no mundo pode trazê-la de volta. Quero dizer, nada que não ilegal, ou nada que não seja um mito. Ela não pode mais voltar, não pode mais me abraçar, como ela sempre faz quando eu chego para as férias de verão, não pode mais tirar minha vassoura quando eu apronto alguma coisa em Hogwarts, não pode mais sentir o orgulho que eu queria que ela sentisse de mim.

Quando eu me dou conta, minha onda de raiva já passou, e eu estou sentado no chão, apoiado na parede, cobrindo o rosto com as mãos, e provavelmente parecendo uma cachoeira (por causa do choro). Sinto braços me envolvendo, e logo identifico, que Lily está me envolvendo com os mesmos.

Eu começo a falar palavras desnexas, e nem me dou conta, algo do tipo "Mãe...não...eu...morta...Lily...", e ela começa a murmurar um "Eu sei, James, eu sei...", e a acariciar meus cabelos.

– Vem James - ela me chama - Vamos para o quarto, você precisa descansar! - Eu nem contestei, só a segui em direção ao meu quarto, onde ela me fez deitar na cama, tirei os sapatos e o casaco grosso e ela fez o mesmo, e logo após, se deitou ao meu lado, voltando a acariciar os meus cabelos. Eu ainda murmurava algumas palavras desnexas, mas em questão de minutos, eu já estava dormindo, novamente abraçado à Lily.

19 de outubro - 8 horas

P.O.V. Lily Evans:

Dormi mais uma vez abraçada à James. Ele murmurava palavras sem sentido enquanto dormia. Não saí do seu lado á noite inteira, primeiro porque eu não queria deixá-lo sozinho, e depois, quem disse que ele me soltava? Dormiu a noite inteira me abraçando forte, como se eu fosse fugir, e ele não pudesse deixar isso acontecer em nenhuma circunstância. Acordei ao ouvir a porta sendo aberta, e assim que abri os olhos visualizei a silhueta do Tio Charlus. Ele tinha uma aparência cansada, como se não tivesse dormido a noite inteira, e ainda tinha os olhos vermelhos, indicando que estava chorando a pouco tempo. Assim que me viu ao lado de James, recuou na porta.

– Bom dia! - falei, e ele acenou a cabeça respondendo ao meu cumprimento.

– Quer vir tomar café Lily? Estão todos lá embaixo querendo ver vocês - ele perguntou apontando para mim e James

– Ele está cansado - disse me referindo a James - Já desço para falar com todos - falei e ele assentiu fechando a porta.

Tentei me soltar do aperto dos braços de James, mas era impossível! Se eu quisesse sair de lá, eu teria que acordá-lo.

– James! - sussurrei, e ele se mexeu um pouco - James! - falei um pouco mais alto, e ele respondeu um "Oi" - Estão todos lá embaixo - eu comecei e ele não teve nenhuma reação - Eu vou descer para falar com eles. Você pode ficar dormindo se quiser! - eu disse tudo em um tom mais baixo que o normal

– Tá! - foi tudo que ele disse, e me soltou de seus braços - Ahm! Lily, não deixe ninguém subir aqui! Por favor! - ele falou ainda com a voz baixa e os olhos fechados. Eu lhe dei um beijo na bochecha antes de sair.

Fui para o meu quarto, e tomei um banho, pois ainda estava com as roupas de ontem. Depois, coloquei roupas pretas para o velório. Por isso todos estavam aqui, para o velório. Em no máximo 15 minutos, eu já estava descendo para tomar café. O cômodo estava lotado de pessoas vestidas de preto. Todas conhecidas por mim, e dentre delas estavam os Marotos e as meninas, com exceção de Lene, que não estava lá . Logo que me viram, meio que pularam encima de mim, e começaram a fazer perguntas de não o quê.

– Lily! - minha mãe exclamou ao me ver. Ela veio e me deu um abraço. A última vez que eu vi os meus pais, foi quando eles me pegaram na estação King's Cross, quando eu estava voltando das férias. Um dia depois, eles viajaram e eu não os vi mais. Digamos que eles não sejam pais muito presentes. - Como está James? O pobrezinho, deve estar abalado! Ele vai descer? - ela falou e eu fiquei um pouco de pena. Sabe, eu tenho pena do Tio Charlus, por ter que ficar aguentando as pessoas falando coisas bonitas, que não vão mudar nada. Não vão diminuir a dor dele, e talvez até aumente ela.

– Não - eu falei - Ele pediu para eu não deixar ninguém subir! Quer ficar sozinho! - eu disse e ela assentiu me dando um beijinho na bochecha. Fui cumprimentar os Sr. e Sra. McKinnon, ou Tia Becky e Tio Carter, cumprimentei os Sr. e Sra. Meadowes (Tio Aaron e Tia Celiny) os Sr. e Sra. Longbottom (Tio Bob e Tia Augusta), e os Moon, Prewett, Weasley, Sheppard, Lupin, Weasley entre outras pessoas que estavam lá, como os irmãos mais novos, primos, avós e etc.

Todos estão aqui para o enterro da Tia Dórea, que será as 10 horas. Agora, estão tomando café da manhã.

– Lily querida, será que você poderia pedir para o James ir se arrumando? - perguntou Tia Becky (Mãe da Lene) - Eu vi o estado que ele está, pelo o que a Lene me falou, ele só deixa você entrar no quarto! - ela disse, e eu só assenti.

Me dirigi as escadas, e fui em direção ao quarto de James. Bati na porta, e ele não respondeu, mas mesmo assim eu entrei.

Encontrei James sentado na cama, já vestido com um terno todo preto, e encarando o chão.

– Achei que ainda estivesse dormindo! - falei e me sentei ao seu lado.

– Depois que você saiu não consegui mais dormir - ele falou com a voz rouca.

– Estão esperando por você lá embaixo. - eu falei e ele assentiu - James, lá eles provavelmente vão falar um monte de coisas bonitas sobre a sua mãe, o quanto ela foi maravilhosa, boa e generosa, e isso só vai aumentar a sua dor - falei olhando firmemente para os seus olhos castanho esverdeados - Mas dai, você vai voltar a sua rotina, em Hogwarts, e não vai sentir tanto a falta da sua mãe, mais ainda assim vai ser difícil, e depois, quando estiver voltando de férias, e ela não estiver te esperando na estação, você vai ser mais difícil ainda. Hoje, vão te pedir para fazer um discurso, o qual você com certeza não quer fazer, porque você acabou de perder sua mãe, e isso deve doer demais, mas eu quero que você se lembre, de que as pessoas que realmente amamos, nunca nos deixam, pelo menos não de verdade. Porque elas estarão sempre no seu coração. - eu falei e fiquei na sua frente - Você sabe que sempre pode recorrer a mim né? - eu perguntei e ele acenou com a cabeça. Eu lhe dei um beijo na bochecha e fui em direção a porta, mas parei quando ele falou.

– Obrigada, Lily. Por tudo! - ele falou e eu sorri e sai do quarto.

P.O.V. James Potter:

Ao descer para a sala, todos vieram me cumprimentar (sabe quando falam "Meus pêsames", então!). O clima estava pesado, e as pessoas todas vestidas de preto não ajudaram muito.

Cumprimentei meus amigos, e logo já estávamos a caminho do cemitério, que era à algumas quadras da minha casa.

Aparatamos lá, e tudo passou muito rápido. Logo já haviam me chamado para fazer um discurso que eu nem mesmo tinha escrito. Me fala, quem escreve um discurso um dia depois da mãe morrer? Eu sei, ninguém!

– Eu não sou muito bom com discursos - admiti assim que subi no tablado - Principalmente em uma situação como essas, então...aqui vai...Nós humanos, ou bruxos, tanto faz, - comecei - sabemos desde sempre, que assim como uma pessoa nasce, ela morre, na verdade, não do mesmo jeito, mas isso é uma metáfora. Enfim! Eu sempre soube que um dia meus pais e amigos iriam morrer, mas acontece, que por mais que tentemos nos preparar, tentemos colocar a ideia da perda em nossas cabeças, sempre vai ser um abalo quando alguém se for. A dor da perda é algo inexplicável, você sente que algo foi arrancado de você com uma faca, e não te deram anestesia. - falei para ninguém em especial - Eu tenho sorte, por ter um pai maravilhoso, e amigos maravilhosos para me dar suporte para seguir em frente - eu disse olhando para Lene, que deu um meio sorriso - Minha mãe foi uma pessoa muito amada por todos, sempre estava fazendo de tudo para de agradar, e com certeza é a pessoa mais teimosa que eu conheço, ganha até do Padfoot, e ô cara teimoso - falei e Sirius deu uma risada pelo nariz - Uma vez me disseram, que as pessoas que realmente amamos, nunca nos deixam, pelo menos não de verdade. Porque elas estarão sempre no nosso coração - disse olhando para Lily, que sorriu para mim - E é isso que eu espero que aconteça, que ela esteja sempre no meu coração! - falei terminando o discurso.

Desci do tablado, e esperei até o final do enterro. Não estava prestando muita atenção, estava meio fora do ar com tudo isso. Senti Lily segurar minha mão, e quando a olhei, ela me deu um sorriso reconfortante.

Lily sempre foi especial para mim, mas ela esta se mostrando ser uma pessoa que eu não sabia que era. Eu ainda não falei com ela sobre ontem no lago, nem deu tempo! Mas eu ainda vou falar com ela.

Não sei o que sinto por Lily Evans, mais sei que é muito mais do que só uma simples amizade...


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Notas finais do capítulo

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