Son of Hephaestus escrita por Lissandré, Sherllye


Capítulo 9
Chapter 9 - The Mouse, The Poppy and The Joviality.


Notas iniciais do capítulo

Oe, tudo bacon vocês?

BEM-VINDAS NOVAS LEITORAS o/

Cara, eu não sou de reclamar mas, não teve tantos reviews no outro cap (que eu mais amei escrever) do que nos outros D: #FeelingsBroken
Enfim, eu estou num sentimento confuso com esse cap e não consigo melhorá-lo, não que esteja ruim, eu só queria melhorar ele mesmo. Leiam-no e me deem sua opinião, ok? Ok. -A Culpa é das Estrelas (piada sem graça, essa, pqp)

Ai, Deuses, to no chão com o nº de pessoas que favoritaram e estão acompanhando a fic, amo vocês

GOGOGO o/



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–Ah, não, só pode ser brincadeira, né? – bufou Charlie.

Eles ainda estavam na clareira, a equipe azul já não comemorava mais. Eles olhavam de Quíron para Charlie.

–Charlie, a primeira linha da profecia está clara, “O Rato, a Papoula e a Jovialidade”. Isso se refere a um filho de Apolo, um de Deméter e um de Hebe. Lamento, mas essa não é sua missão.

–Mas o espelho é meu. Pelo menos alguma resposta eu mereço!

–Eu sei, Charlie, e você tem toda a razão. Mas, no momento, eu não tenho nenhuma.

–Ahm... – disse Nick, ainda meio sonolento. – Eu sou esse filho de Apolo, por acaso?

–Bem, Rachel foi até você para recitar a profecia.

–Porque, se for sobre mim, acho que a “Jovialidade” se refere a Lilian.

–Quem é Lilian? – perguntou Annabeth.

Nick corou e baixou a cabeça, evitando o olhar do grupo.

–É... Bem... Minha namorada. – murmurou, quase inaudivelmente.

Houve algumas risadinhas dispersas pelo grupo, mas pararam ao perceber uma movimentação do final da fila que veio se aproximando, alguns segundos depois uma garota com uma aura incrivelmente brilhante saiu do meio deles. Ela era alta e magra, cabelos compridos platinados e os olhos muito azuis. Mesmo com o clima meio pesado na clareira, ela trazia um sorriso no rosto, a face meio corada.

–Nick! – disse ela, uma voz meio infantil. Charlie se lembrou que o chalé de Hebe não estava participando do Capture a Bandeira desta noite. Ela correu até ele e o abraçou.

–Ah, o amor jovial. – murmurou Leo, para Charlie.

Ela reprimiu uma risada.

–O que houve? Por que está todo mundo aqui? – perguntou ela, olhando para o grupo.

–Acho que temos uma missão, Lily. – disse Nick.

–Uma... Uma missão? Mas... Filhos de Hebe nunca saem em missão.

–Por falta de oportunidade. Filhos de Apolo saem, às vezes, é o que esta acontecendo. Acabei de ganhar uma missão. – disse ele, sorrindo.

A menina retribuiu o sorriso com os olhos brilhando.

–Ok, mesmo sendo filha de Afrodite e tal, a ceninha de amor já ta... Blergh, desculpe Nick. Ok, temos o filho de Apolo e de Hebe, quem é o de Deméter? – perguntou Charlie.

–Katie? – chamou Quíron.

–Sim. – respondeu a garota, se aproximando.

–Temos algum...

–A Lana podia ir, não é Nick? – interrompeu Lilian.

–Lana é filha de Deméter, melhor amiga de Lilian. – explicou ele.

–Lana? – chamou Katie, mas a outra menina já estava ao seu lado.

Era baixa e magra, lembrava um esquilo com seu nariz pontudo e rosto redondo, seus cabelos eram curtos e castanhos claro com olhos da mesma cor.

–Você vai nessa missão, Lana? – perguntou Quíron.

–Eu...

–Só um pouco, vocês esqueceram o resto da profecia. – lembrou Nick. – É uma missão falha, antes mesmo de começá-la. “Mas o que sumiu não será devolvido, irá desaparecer despercebido, e voltar pra casa, é o que vai ser decidido.” Bem, da pra entender que o espelho vai sumir, não é?

–E para onde ele vai? – perguntou Quíron.

–E-E é pra mim que você pergunta? – gaguejou Nick.

–Exato, essa missão precisa acontecer agora para sabermos o que vai acontecer depois.

–A gente... A gente aceita essa missão. – disse Lana, hesitante. – A gente aceita, não é? – perguntou ela, por cima do ombro, para Nick e Lily. Eles afirmaram.

–Vocês partirão amanhã, ao amanhecer. – disse Quíron, os três afirmaram. – Dispensados!

Charlie esperou os campistas se afastarem para seguir seu caminho. Ela embainhou sua espada e suspirou, arrumando seus cabelos.

–Charlotte... Você está bem? – perguntou Quíron.

Ela deu de ombros. Ele a encarou por uns instantes, como se pensasse se devesse falar mais alguma coisa, mas, por fim, foi embora.

Ela começou a andar por entre as árvores, de volta ao acampamento, quando ouviu uma voz chamá-la:

–Ahm... Charlie!

–Ah... Oi, Will.

Charlie engoliu em seco, esperando Will Solace se aproximar.

–Então... Er, lamento você ter de ficar aqui enquanto... O Nick tem que levar seu espelho.

–Ah... Tudo bem, ainda tem muita coisa pra acontecer. – disse ela, sorrindo.

–Então... Eu queria saber... O 4 de Julho está chegando e...

–E...? – perguntou ela, hesitante. Não podia ignorar o nervosismo que começava a sentir.

–Hum... Eu queria saber se você não queria... Bem, ir comigo. – disse ele, baixinho.

–Ao 4 de Julho? – perguntou Charlie, sorrindo. Mas não os mesmos sorrisos que Leo conseguia tirar dela, pensou chateada. Ela levou a mão ao bolso, onde a miniatura da codorna parecia pesar 30 kilos. – Claro, porque não?

–S-sério? – perguntou ele, abrindo um sorriso.

–É... – disse ela, também sorrindo.

–Bem eu... Eu tenho que ir, te vejo depois, Charlie. – disse ele. Will deu um beijo de despedida em sua bochecha, sorriu, e foi embora.

Ela fez seu caminho pela floresta, um tanto atrás de Will, quando ouviu um galho quebrando atrás de si. Ela desembainhou sua espada quando sentiu uma mão em seu ombro.

–Leo! Sério, eu vou socar sua cara. Pare de me assustar! – disse ela, sorrindo. Exatamente o tipo de sorriso que Leo sabia fazê-la dar.

–Mas é que é tão engraçado ver você brava. – disse ele, passando o dedo no nariz dela.

–Ha ha, você é hilário, Valdez. – ironizou ela.

Ele piscou para Charlie e sorriu.

–Me acompanhe até o meu chalé, moça. – disse ele, estendendo o braço.

–O... Seu chalé?

–Não nesse sentido, sua pervertida, seu chalé fica na frente do meu! – disse ele, fingindo estar horrorizado.

–Eu não disse nada, você que interpretou errado! – defendeu-se ela.

“Mas, se quiser ir para meu chalé, não vou reclamar” pensou Leo. “É sério, de onde vêm esses pensamentos indecentes?”

–Que foi? Você está meio quieta. Não que eu reclame, você fala demais.

–Vai se foder, Leo. – disse ela, empurrando ele de leve, mas em seguida suspirou e deitou a cabeça em seu ombro. Leo tentou ignorar as cócegas que sentia em seu estômago. – Will Solace me chamou pro 4 de Julho.

Ele engoliu em seco, não queria que Charlie soubesse que ele sabia dessa história. E não, isso não o agradou nem um pouquinho. Ele havia queimado, sem querer, um graveto que tinha em sua mão quando ouviu o Solace dizendo: “Eu queria saber se você não queria... Bem, ir comigo”.

Na opinião, aquele cara era um idiota. Ou começou a parecer idiota de uns tempos para cá.

–Ah, é mesmo? – perguntou ele. – E você... Você aceitou?

–É, eu... Não é como se eu quisesse, realmente, ter um encontro com Will. Mas ele é legal, eu não tenho compromisso e estou solteira, porque não?

–Você não parece animada. – notou Leo.

–Não é com quem eu queria. – disse ela, antes que pudesse se segurar.

–E seria com quem? – perguntou Leo, tentando esconder o pingo de esperança que sentia.

–Ninguém em particular. – respondeu ela rapidamente, agradecendo aos deuses por estar escuro e ele não poder perceber o rubor em sua face.

–Você vai beijar ele? – perguntou Leo, tentando não se sentir derrotado, voltando ao seu antigo humor.

–Não! - disse ela, rindo. – Não, Leo, claro que não!

–O que foi? É só uma pergunta, nada de mais.

–Você to muito engraçadinho, senhor Valdez.

–Obrigado.

–E você, vai com alguém?

–Bem, não. Eu não tenho mais uma namorada nem outra... O fato é que eu vou ajudar nos fogos, já que não tenho nada planejado.

Nesse momento, eles chegaram a pequena fogueira que havia entre os chalés dos 12 Olimpianos - mantendo uma distância segura de Charlie - Eles se viraram de frente um pro outro e Charlie pegou a mão de Leo. Ela sentiu seus dedos quentes e se lembrou do poder sobre o fogo que ele tinha. Charlie pensou em soltá-la rapidamente, mas encarou seu medo a apertou mais forte, dando um sorriso.

–Lamento, a gente poderia ir juntos... Se Will não tivesse me convidado...

Charlie parecia incrivelmente fofa na luz do fogo, na opinião de Leo.

–Tudo bem. – disse ele. Leo começava a sentir suas orelhas queimando.

–Boa noite. – murmurou ela, e se virou em direção ao Chalé 10, enquanto Leo se virava para o 9.

As primeiras linhas de uma música que Charlie costumava escutar quando estava triste ecoava em sua mente: You should've known I love you, though I'll never say it too much, maybe you didn't get me.

–Por favor, me diga que isso é mentira. – murmurou ela, para si mesmo.

O chalé de Afrodite ainda estava, relativamente, acordado. Seus irmãos se preparavam para dormir.

–Você consegue sentir esse cheiro? – perguntou Lacy para Piper.

–Deve ser esse Chanel nº5 que Drew sempre usa. – murmurou ela distraída, colocando sua meia. Lacy sorriu como se tivesse descoberto uma mina de ouro.

–Não, Charlie está apaixonada! – disse ela.

Piper parou e olhou para Lacy com uma sobrancelha erguida.

–Sério? Sabe disso só pelo cheiro?

–Não, né Piper, é modo de falar! Olhe bem para Charlie.

Piper olhou para a menina que acabara de entrar no chalé, tinha o rosto corado e um ar caloroso que combinava totalmente com o sorriso bobo. Daquele tipo que você morde o lábio inferior pra não ficar tão na cara.

“Mentira.” Pensou ela, a primeira pessoa que ela relacionou a esse sorriso foi Leo. Desde sentiu um tipo de aura em volta deles quando Leo apresentava o acampamento para ela, Piper suspeitava de algo.

–Você sabe por quem, não sabe? – perguntou Lacy.

–Não, claro que não. – disse ela, voltando a colocar a outra meia.

–Sabe sim, me conta vai. – pediu Lacy.

Piper revirou os olhos e sorriu.

–Não, Lacy, eu não sei de quem a Charlie gosta, ok?

–Eu ainda vou arrancar isso de você.

–Não vai precisar, acho que logo a gente vai saber.

Piper se afastou da sua cama, em direção a de Charlie, que tirava seus pijamas de dentro de um baú.

–Alguém está bem sorridente, em comparação com seu humor na clareira. O que aconteceu?

–Nada... – suspirou Charlie.

–Ele te chamou para sair, afinal?

Charlie afirmou.

–Você aceitou, né? Me diz que aceitou, ta na cara que ele gosta de você!

–Hum... Você já tinha me dito isso, esqueceu? – disse Charlie, rindo.

–Sério? Eu não me lembro... Awn, você e ele são tão... – ela suspirou.

–Achei que era pra eu escolher o outro convite, que você falou.

–Espera... De quem você está falando?

–Do Will Solace. E você? – perguntou Charlie de cenho franzido.

–Do Le... Ninguém! – disse Piper, ela estava com vontade de bater com a própria cabeça na parede, pra sempre, o mais forte que pudesse.

–Você ia dizer Leo. – disse Charlie.

–Não, não ia.

–Sim, você ia. O Leo gosta de mim, sério?

–Eu não disse isso.

–Claro que disse! Você ia falar Leo, mas percebeu que ia falar demais e mudou de assunto.

–Você está ficando maluca!

–E você não está sabendo mentir.

–Como você é engraçada, Charlie.

–Eu sei. Você ainda não respondeu!

–Claro que respondi, eu não disse nada. – disse Piper, cruzando os braços.

–Anda, me conta, eu não digo para ninguém.

–Agora, é sério, Charlie, eu realmente não sei. É só que parece que... É sério, eu não sei.

Charlie se sentou ao lado de Piper na cama.

–Eu não sei, Charlie, sério.

–Sabe sim, você é a melhor amiga dele. Por favor, me diz!

–Por que está tão interessada? Você... Você também gosta dele, né?

–Eu não... Eu não disse nada. – murmurou Charlie.

–Você não mente bem.

–Igual a você.

Elas riram.

–Eu... Eu sinto que vou explodir se... Não contar para alguém...

–Você gosta dele. – disse Piper, sorrindo.

–Shhh, fale baixo! Eu... Eu não sei, ok?

–Como assim não sabe? Ou você gosta ou não.

–Não é tão simples, Piper. Que merda, é tudo... É confuso.

–Então... Você ainda não tem certeza?

Charlie afirmou.

–Leo é uma pessoa legal, vale a pena. – sorriu Piper, em seguida ela se levantou e murmurou “boa noite”.

Charlie tomou um banho, colocou seu pijama e se deitou para dormir, imaginando mil cenas em sua mente. Quando, finalmente, adormeceu, sonhou com uma mulher.

Ela era bela, como uma atriz de TV. Seus cabelos oscilavam diferentes tipos, hora castanho e liso, ou ruivo ondulado. Ela estava fraca, percebia-se pela sua expressão e seu ar ofegante, mas ainda assim, bela.

–Olá, Charlotte. Finalmente nos conhecemos. – disse ela, sorrindo tristemente.

–A-Afrodite?

–Certamente. – disse a mulher.

–O que... O que houve? Por que parece tão cansada?

–Poderes enfraquecidos... Sem meu espelho, você tem de descobrir quem e porque roubaram meu espelho.

–O que? Mas... O espelho estava comigo e... Nick está a caminho, ele irá devolver.

–Não, Charlotte, você é necessária. Mas... Esse não é o caso. Charlotte, eu só quero lhe avisar, esse amor será sua ruína. Eu lamento, mas amar esse garoto, Leo, irá te destruir.

–Como assim? Eu... O quê?

–Apenas me escute, é uma pena, vocês dois seriam um belo casal... Mas é impossível.

–É sério isso? Teve 15 anos para falar comigo e quando fala é para me impedir de ser feliz? Qual o seu problema?

–Estou aqui para te avisar, mesmo que a parte imortal não possa intervir na prole. Me escute enquanto pode, Charlotte. Isso é mais importante do que parece.

–Eu não... Eu não gosto dele.

–Ah, minha querida, não minta sobre o amor para a Deusa do Amor.

–Mas...

Antes que Charlie pudesse argumentar, seu sonho se dissipou em névoa e ela acordou em um pulo, se sentindo extremante triste e de coração partido.


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Notas finais do capítulo

Ahm, ja dise que tudo que queria dizer nas Notas Iniciais. Fui-me!

Bjs de Amortentia da EP :*



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