Son of Hephaestus escrita por Lissandré, Sherllye


Capítulo 10
Chapter 10 - Independence Day, Kisses and Jealousy


Notas iniciais do capítulo

oe :v

Unicorn Killer, seu review, gata. EU AMEI! Brigada mesmo e não tenham vergonha de deixar reviews gente, vou até ajudar:

—Se vc for nova, diga um: oi, nova leitora, aqui. Estou gostando/amando/odiando/calaboca (vai do gosto de cada um)
—Se for antiga e gosta: oi, amei o cap. Tenho essa ideia/amei isso/ que perfeito/ continue (daí vcs completam, ok?)

Dicas úteis da Tia Ester, mas ok...

Não me matem por ter demorado com o cap, por favor. Acho que não tenho nada importante para dizer de início então

GOGOGO o/



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Charlie saiu de seu banho, enrolada em uma toalha, e olhou em volta. O turbilhão de maquiagens que viu a deixou tonta e perdida. Com exceção de Piper, todos os seus irmão estavam eufóricos com o 4 de Julho. Piper comentara, mais cedo, que o chalé de Afrodite batia o recorde de encontros. Naquele dia, todos, sempre, tinham um encontro. Drew escovava seus cabelos que nem uma louca, Lacy escolhia o melhor sapato, Jena escolhia que calça combinava com a cor-de-rosa berrante. Os meninos se revezavam entre arrumar o cabelo e passar o perfume.

–Sério, é isso mesmo que ta acontecendo? – perguntou Charlie, tossindo ao passar pela nuvem de pó compacto que era Drew.

–Pior que é verdade, o bom que eu já saio daqui. Só falta colocar meu sapato. – disse Piper, colocando seus Chuck Taylor.

–Sortuda. – murmurou Charlie.

–Tenha cuidado, se você tentar sair desarrumada, como eu, elas vão pular em cima de você e dizer que não devemos dar desonra ao chalé, saindo que nem mendigas.

–E como você sai?

–Sou a Conselheira-Chefe, esqueceu? – disse ela, piscando para Charlie.

Charlie suspirou e pegou uma camiseta branca, qualquer, dentro de seu baú e calças jeans.

“Caramba, mãe, o que eu faço?” pensou ela.

Charlie não queria ir com Will ao 4 de Julho, não era dele que ela gostava. E se ele tentasse beijá-la? E se ele a chamasse para sair mais vezes? Ela queria... Outra pessoa, não Will.

Quando terminou de se vestir, escovou seus cabelos e passou seu perfume. Ele podia se misturar a todos aqueles odores exageradamente bons e piorar o cheiro do quarto, mas ela apenas o passou uma vez, em seus punhos.

–Você não vai assim, não é? – perguntou Drew, se aproximando.

–Vou, Drew, eu vou. – respondeu ela, distraída, colocando suas meias.

–Nem ao menos uma maquiagem? Um penteado? Você tem que zelar pelo nome de Afrodite! – guinchou ela.

Piper levantou o olhar para Charlie e revirou os olhos. Um sinal claro: “Eu te avisei.”

Charlie colocou seus tênis e se levantou, encarando o rosto de Drew, com o cenho franzido.

–O que foi? – perguntou ela.

–Acho que você errou seu rímel. Ta manchado, aqui. – disse Charlie, indicando a pálpebra da garota.

Drew fez um som estupefato e correu para o espelho mais próximo, tirando seu rímel não se sabe de onde.

Piper se levantou e disse:

–Jason chegou... O Will também.

Charlie parou, mordendo o lábio inferior.

–Mas... Já?

Piper afirmou e indicou a janela do lado da porta, com a cabeça. Will conversava com Jason.

–Que merda... – murmurou ela.

Piper riu e pegou a mão de Charlie, puxando ela em direção a porta. Antes de abri-la, Piper se virou para ela e a encarou.

–Você esta bem? – perguntou.

–O quê? Como assim? Claro que estou bem... – Piper a encarou, com a sobrancelha levantada. – O melhor possível, ok?

–Melhor assim. Agora, aproveite. Mesmo que não dê certo...

–Não vai dar. – murmurou ela.

–Mesmo que não dê certo, pelo menos tem o Leo. – disse ela, e abriu a porta, deixando Charlie pasma.

–Eu te odeio Piper. – disse ela, sentindo o rosto esquentar.

–Por quê? – perguntou Jason.

–Nada de mais, coisas entre irmãs, né Charlie? – piscou Piper.

Charlie revirou os olhos e se virou para Will.

–Oi, Will. – cumprimentou ela.

Ele sorriu, timidamente.

“Ele é fofo.” Pensou Charlie. “Definitivamente.”

Ironicamente, esse pensamento se queimou em sua mente, e ela pensou em Leo.

Ele definitivamente é fofo.” Concluiu.

Will estendeu o braço para ela, parecendo meio confuso se era isso que deveria fazer. Charlie riu e pegou seu braço. Eles se dirigiram a praia do acampamento, Piper e Jason mais a frente, rindo, conversando, trocando beijos. Era incrível o clima desconfortável que se estendia sempre que o casal se beijava.

–Bonita noite, não? – disse ele, tentando quebrar o clima.

–É...

–Jason nos convidou para sentar com o pessoal na fogueira. – disse ele.

Charlie hesitou por um instante. Pessoal? Isso incluía o melhor amigo dele, Leo, o que não era boa coisa.

–P-pessoal? Que pessoal? – perguntou ela, tentando parecer desinteressada.

–Ah... Não perguntei. Mas talvez seja os de sempre, você sabe, Hazel e Frank, Percy e Annabeth.

–Ah... Claro.

Eles ficaram em silêncio um tempo, até chegarem à praia. Quando a fogueira em que eles ficariam, era visível, Piper puxou a mão de Charlie até um dos lugares em volta do fogo. Para o horror de Charlie, era Leo quem estava arrumando a lenha, com as próprias mãos.

–Leo! – disse ela, se aproximando dele mas a uma distância segura do fogo. – Você... Não esta se queimando?

Ele se virou para Charlie e sorriu. Leo sentiu seu coração parar por um instante. O olhar preocupado, meio em duvida, dela era tão fofo. Os cabelos, ainda molhados, caindo pelos ombros. A camiseta branca, meio solta, de Charlie... Ela estava simples e linda.

“Meus Deuses, porque comigo? Por que ela não podia ser uma garota esquisita de Ares? Ela é perfeita...” pensou ele, angustiado.

–Eu... Meio que sou tão assustador que o fogo tem medo de mim. – respondeu ele, sorrindo.

–Ah, claro. – disse ela, rindo.

“Por favor, não ria. Por favor, não ria. Por favor, não ria.”

–Não, sério. Eu sou imune ao fogo, também. – disse ele.

–Realmente... Você é bem útil, Batman.

Ele sorriu, timidamente.

–Você... Está demais. – disse ele, antes que pudesse segurar. Leo sentiu suas orelhas queimarem.

Charlie percebeu o sorrisinho de Piper, atrás de Leo, e o pessoal da fogueira assistindo a cena.

–Obrigada Leo, você...

–Charlie? – chamou Will, passando o braço por cima dos ombros dela, lançando um olhar desafiador para Leo, que respondeu com uma piscadinha e um sorriso, para provocá-lo. – Vamos nos sentar?

–Hum... Claro... – disse Charlie, dando um sorriso para Leo e seguindo Will.

Alguém chamou Leo e ele disse:

–Tenho que ir, vou ajudar com os fogos e... Bem, vejo vocês depois. – disse ele, se virando e indo embora.

–Tchau, Leo. – disse Charlie.

Ele virou mais uma vez, deu um sorriso para ela, e se afastou. Charlie o acompanhou com o olhar até que ele chegasse à pessoa que o chamou e, sem seguida, olhou para o grupo. Piper mordia o lábio inferior, tentando não rir. Annabeth e Reyna a olhavam com as sobrancelhas erguidas. Jason olhou Charlie, e virou a cabeça na direção que Leo seguira, um sorriso besta em seu rosto, Hazel e Frank reprimiam risadinhas e Percy estava distraído demais, tentando abrir o pacote com marshmallows. Quando ela olhou para Will, ele estava vermelho, olhando fixamente as chamas.

–Que foi? – perguntou Charlie.

–Nada. – respondeu Hazel.

–Como nada? Por que está todo mundo me olhando com cara de debochado?

Quando ela disse isso, Piper não aguentou e começou a rir, seguida pelo resto do pessoal.

–Vocês são uns idiotas. – murmurou Charlie, corando.

–Ah, Charlie... – disse Piper, apertando a bochecha da menina. Charlie fez uma careta para ela, quando Ally chegou... Acompanhada.

Charlie a olhou, uma sobrancelha erguida. Ally corou, e se sentou ao lado de Will, com o outro menino ao seu lado.

–Oi, gente... Esse é o Alex, filho de Hermes. – murmurou Ally.

Alex era um garoto normal em questões de aparência, apesar de não ter as características de um filho de Hermes normal. Alto, porte atlético, musculoso. Além de loiro, olhos castanhos e um sorriso travesso estampado em seu rosto. Se Ally não tivesse dito, Charlie acreditaria que ele era um filho de Apolo. Parecia com a maioria deles. Ele parecia tímido. O que era estranho para um filho de Hermes, Ally o beliscou.

–Diga alguma coisa — sussurrou.

–É... Hum... Oi. – disse ele, sorrindo.

–Oi. – Todo mundo disse em uníssono.

–Marshmallows! – disse Percy, que finalmente tinha aberto o pacote.

Foi uma noite divertida para Charlie. Apesar de o único pensamento que tinha era: “Seria mais legal e engraçada se tivesse o Leo”. Mas, sempre que pensava nisso, se obrigava a focar em outra coisa. Não era justo com Will ficar pensando em outro menino. Ele também era bem legal, o Will. Ajudava Charlie com os marshmallows e cantava algumas músicas durante a fogueira.

–Você está linda. – arriscou ele, se aproximando do ouvido de Charlie.

Ela sentiu seu rosto corar e olhou para ele, sorrindo.

–Sério?

Ele afirmou.

–Eu nem me arrumei. – disse ela.

–E é por isso que está linda, porque nem se esforçou.

Se fosse possível, ela sentiu seu rosto queimar ainda mais. Ele consultou seu relógio e disse:

–Dois minutos para meia noite, vão começar os fogos. Vem Charlie. – disse ele, se levantando e pegando a mão de Charlie. Ela deu uma olhada para trás e viu Piper mandando beijinhos para ela e rindo. Charlie mostrou a língua para Piper e virou para frente.

Eles já haviam se afastado de onde estava a maioria do pessoal, só se viam alguns casais ao acaso. Depois de alguns passos, as areias e o mar se tingiram com varias cores, azul, verde, laranja, vermelho... Nesse momento, Charlie se lembrou de Leo... E se lembrou que ele não tinha um par para essa noite, e que ela agira feito uma boba quando ele estava na fogueira... Agora ela entendia os sorrisinhos idiotas do pessoal.

Eles pararam em uma pedra grande que tinha na areia da praia e se sentaram ali para ver os fogos.

–A gente saiu da fogueira pra sentar em uma pedra? – perguntou Charlie abraçando os joelhos.

Will riu e baixou o olhar.

–Está com frio? – perguntou, inclinando a cabeça.

–Não... Está uma noite bem agradável.

–É...

Eles olharam os fogos, em silêncio, por um tempo. Admirando um querubim de luz, que devia ser Eros, já que parecia um cúpido, voando com seu arco.

–Que fofo... – comentou Charlie, sorrindo de lado.

Eles ouviram risadinhas e, em seguida, Reyna e o garoto que estava com ela na fogueira, passaram correndo. Ela sorria abertamente enquanto o menino tentava alcançá-la. Eles não pareciam ter percebido Charlie e Will ali. Então o garoto finalmente a alcançara e a puxara pela cintura, beijando-a.

–A gente... Hum... Ignora eles ou fala algo? – sussurrou Will, para Charlie.

–Eu não sei... É meio desconfortável talvez...

–Parece que a gente ta segurando vela... – comentou ele, corando. Charlie sabia o que se passava na cabeça dele, apenas pelo tom com que falou aquilo.

–É... Mas eles são tão fofos juntos...

–Agradeço a consideração, Charlie, mas eu ouvi... Obrigada. – disse Reyna.

Antes que eles pudessem responder, ela deu um olhar malicioso ao garoto e o puxou para longe.

–Uau. – suspirou Will.

–Fico feliz por ela... Ao menos não está triste por Jason. – murmurou Charlie, assistindo-os desaparecer atrás de uma pedra.

–Por que ela estaria triste por Jason? – perguntou Will.

–Ela gostava dele... Tem a Pipes... Longa história. – suspirou Charlie.

–Gostei do olhar de malícia dela... – murmurou ele, pensativo.

Charlie o olhou com a sobrancelha erguida e um sorriso debochado no rosto.

–Quero dizer, não nesse sentido! – disse Will, ficando vermelho. – Charlie!

–O que foi? Eu não disse nada! – respondeu ela, rindo.

–Mas pensou!

–Ok... Ok... – disse ela, com as mãos em rendição.

Eles se encararam, sorrindo, por um tempo, quando Will perguntou:

–Você está gostando?

–Do que? – perguntou ela, olhando distraída com a cor dos olhos de Will. Em seguida, ela piscou e se forçou a prestar a atenção na conversa. Ela sorriu. – Ah, o encontro. Sim, está sendo divertido. Você é legal, cara.

–Você também, cara.

Eles riram.

O momento teria sido legal, se não fosse pelos fogos em forma de coração que surgira exatamente na frente deles e por Will estar se aproximando de Charlie. Então ele a beijou, puxando sua cintura para cada vez mais perto. Charlie se sentia extremamente culpada, ela gostava de Will... Mas também gostava de Leo, mais do que queria admitir. Ela sentia que o estava enganando, mas também não conseguia se separar daquele beijo. Ela pensou:

“Que se dane, não tem ninguém aqui.”

Ela colocou as mãos na nuca de Will e o beijou de volta, se aproximando mais ainda dele.

–Uhum... – alguém pigarreou, interrompendo-os. – Hum... Charlie? Nick, Lily e Lana voltaram. – disse Leo.

–Leo, espera, você... – Piper apareceu atrás de Leo, como se quisesse impedir ele de ir atrás de Charlie e Will. Ela agradeceu, mentalmente, por Piper tentar impedir Leo. Mesmo que isso soasse egoísta, ela não queria que ele a visse com Will.

–E Will, Quíron precisa de você para ajudar com alguns ferimentos. – disse Leo, Charlie percebeu um olhar de desprezo entre eles.

–Eu volto já. – disse ele, depositando um último beijo nos lábios de Charlie e indo em direção ao acampamento.

–Espera, Will, vou com você! – disse Piper, se afastando, com um olhar hesitante entre Charlie e Leo.

Eles ficaram em silêncio um tempo. Charlie desceu da pedra e, quando passou por Leo, puxou sua mão. Ele a olhou surpreso, mas ela simplesmente sorriu e guiou ele de volta ao acampamento.

–Will vai ficar bravo de ver você de mãos dadas comigo. – disse Leo, tentando parecer desinteressado.

Charlie o olhou sorrindo de lado. Leo tentou ignorar as borboletas em seu estômago* com aquele olhar meigo que apenas Charlie sabia dar. Ele odiava não conseguir ficar bravo com ela. Mesmo ela tendo beijado aquele cara idiota.

–Você está bem? – perguntou ela.

–Por que não estaria? – disse ele, soando mais rude do que esperava. Charlie ergueu as sobrancelhas e ele baixou o olhar. – Desculpe, eu estou bem Charlie.

–Você está bravo comigo.

–E porque estaria?

–Por que eu beijei o Will. – disse Charlie, em seguida se arrependeu. Leo a olhou, irritado.

–E quem disse que estou bravo por causa disso? Você disse que não iria beijá-lo e que, na verdade, queria ir com outra pessoa. Por que estaria bravo?

Charlie não pode deixar de sorrir, mas de felicidade mesmo. Leo estava com ciúmes, o que queria dizer que ele gostava dela... Pelo menos um pouco.

–Você está com ciúmes! – disse Charlie, ficando de frente para Leo.

–Não, não estou.

–Se não está, porque disse ficou bravo por eu ter beijado o Will?

–Por que você disse que não o faria e... Espera, eu não disse que estava bravo com você por ter beija... Eu te odeio, Charlie. – disse Leo, corando. Charlie começou a rir. Ela o abraçou forte, Leo pareceu surpreso mas, hesitante, a abraçou de volta, esperando que ela não pudesse sentir seu coração batendo mais forte. Ela deu um beijo em sua bochecha e, ainda com os braços ao seu redor, mas com os rostos colados ela disse:

–Eu te amo, Leo. Você é o cara mais engraçado, irritante e ciumento que eu conheço. Nunca mude. – ela sorriu.

Leo estava atordoado demais para associar as coisas, o lugar onde estava, que dia é hoje e etc. Ele apenas olhava Charlie se afastar, os cachos de seu cabelo longo e preto, voando atrás de si. Ele ainda sentia o cheiro do perfume dela, e isso fez ele sorrir do modo mais bobo possível.


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Notas finais do capítulo

*Gente, que clichê. Não gosto dessa expressão, é muito mimimi, mas não achei um sinônimo pra ela, então...

Eaê, gostaram? Ein, ein, ein? Tão começando a shippar Charwill, como eu? Mas calma, eu não vou interferir com Charwill demais, ok? ok.

esquema de sempre, né? Amo seus reviews, então deixem, até mesmo com opiniões para o próximo cap, uma recomendação tbm... Favoritos, Deuses, eu amei! Ta crescendo mt, suas lindas *O*

Bjs de Amortentia da EP :*



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