Edward’s POV

–Dra. Isabella Swan, maninho?

–Como é? –eu disse voltando a atenção para minha irmã.

Estava perdido em pensamentos com aquela mulher que eu acabara de falar. O sorriso... o mais lindo que eu já havia visto, que mulher era aquela? Sua pele branca, corava muito fácil, seus cabelos castanhos avermelhados, -apesar de estarem presos -, eram maravilhosos faziam contraste com seus olhos chocolates vibrantes, ela era pequena, mas mesmo assim era capaz de tirar o fôlego de qualquer homem, angelical e ao mesmo tempo totalmente sexy.

–Você, estava falando com a Bella. –Alice afirmou.

–Sim, estava. Incrível ela não?

–Bella é incrível mesmo. Mas muito misteriosa. Converso sempre com ela no horário de almoço, ela é simpática. –disse ela dando de ombros.

–Perfeita... –disse imerso em meus pensamentos.

–Edward! –ela fez com que eu voltasse à realidade, novamente. –Oras, por favor, ela é uma moça seria e então não tente fazer nenhuma gracinha. –ela disse piscando para mim.

–Sei que é. O que você quer dizer com isso? –ela revirou os olhos para mim.

–Sobre você e sua montanha russa do amor. Mas será que agora podemos ir para casa?

–Não sei se devo considerar esse comentário, Alice. Bom, vamos para a casa, eu vou voltar para cá à noite. –disse pegando minhas chaves e minha carteira em cima da mesa.

–Vai? –disse ela indignada.

–Sim, estou de plantão. –eu sorri para ela, colocando minha mão em seus ombros e a guiando ate a porta.

Alice Cullen, a melhor irmã do mundo. Ela havia se mudado para Nova York para junto de nossos pais, há seis meses, me deixando sozinho na Califórnia, e dando prosseguimento a sua carreira de medica pediátrica no Hospital de nosso pai. Eu tinha ficado sozinho, trabalhando em um hospital especifico de cardiologia, por mais que meu trabalho ocupasse meu tempo, não era o bastante para mim, eu sentia falta das pessoas que eu amava. Então decidi ir para a cidade mais populosa dos Estados Unidos também, moraria com meus pais até que eu comprasse um apartamento para mim, uma vez um homem sendo independente nunca mais conseguiria viver dependentemente. Era formado em medicina, e especializado em cardiologia, uma paixão desde a adolescência, e eu seria o vice-presidente do Hospital que meu pai deu a sua vida para construir. O orgulho da família.

Morei na Califórnia com minha família durante toda a minha adolescência, então fui para Massachusetts, cursar meu curso em Harvard, logo depois que acabei voltei para a minha cidade natal. Fui me especializando em cardiologia, e hoje além de ser filho do grande Carlisle Cullen, eu era Edward Cullen, um dos cirurgiões e cardiologistas mais conhecido do país.

Minha vida era legal, nem de longe perfeita, mas era legal, eu tinha os melhores pais e irmãs do mundo, uma boa e alta quantidade na minha conta bancaria, uma conduta, e um ótima aparência no mundo das mulheres. Mas ainda faltava algo, que eu não havia achado. Talvez fosse uma mulher, mas todas que eu sai, não faziam meu coração balançar. Elas eram... Normais. E eu queria algo diferente para mim. Depois de muito tempo, resolvi parar de tentar achá-la e percebi que no momento certo, as coisas aconteceriam.

Tanya, uma mulher linda de cabelos louros, alta, e com curvas exuberantes, uma das solteiras mais cobiçadas da cidade, foi minha namorada durante os dois últimos anos da minha faculdade, por mais que ela fosse legal, não era para mim, não tínhamos os mesmos ideais, ela só se preocupava em manter sua forma, não gostava de viver a vida e não respeitava meu trabalho. Não respeitava a parte que eu mais lutei para conquistar.

–Edward, quando vai me levar no shopping? –Alice disse olhando para o maior centro de compras de NY.

–Alice... Você é rica o suficiente para vir com um motorista, então me deixe em paz.

–Mas eu quero companhia, quero você como companhia. –ela fez um beicinho para mim, impossível de se resistir, eu revirei os olhos.

–Veremos isso depois. –ela deu pulinhos no banco.

–Te amo, você é o melhor do mundo. Já disse que senti sua falta? –ela disse sorrindo de orelha a orelha.

–Também te amo. E senti sua falta também, apesar de tudo. –sorri para ela, e voltei minha atenção para o trânsito. -Mas Alice, você mora aqui faz seis meses, e você não veio ainda?

–Ta brincando? Eu renovei meu guarda roupa cinco vezes, mas a questão é que eu senti sua falta durante as compras. –ela brincou comigo dando uma risada.

–Aham, ok. Fadinha abusadora de irmãos. –sorri irônico, e ela soltou uma gargalhada.

A nossa casa ficava em um condomínio de luxo em NY, me apresentei na portaria, e então entramos, parei meu carro diante a casa, e nós descemos.

–Que bom que vocês chegaram meus filhos. –Esme disse radiante, nos recebendo na entrada da casa.

–Realmente é muito bom, Alice estava me consumindo. –nós rimos.

–Sentiu minha falta que eu sei. –ela disse socando de leve me braço.

–Claro, e como. –disse indo em direção das escadas para ir até meu quarto.

–Edward? –Esme disse me chamando.

–Sim, mãe? –disse me virando para ela.

–Seu quarto já esta arrumado, tudo bem? Eu fiz questão de arrumar seu guarda roupa para você, e coloquei algumas roupas novas também que a Alice havia comprado semana passada. –olhei para ela que sorria encolhida.

–Ah Obrigado, Alice. –sorri irônico. –Obrigado mãe, ah e por falar em Rose cadê ela?

–Ainda não voltou do trabalho.

–Ahh, bom eu vou tomar um banho e depois eu desço. –ela assentiu sorrindo para mim e eu subi.

Rosalie era uma excelente advogada, e acabou admitindo seu amor por Emmett que era meu amigo desde os tempos de escola. Eles estavam em um relacionamento serio há dois anos. Alice em um de seus plantões no hospital conheceu Jasper, e desde então nunca mais o deixou ir, ele era um engenheiro civil. Minha mãe não tinha o que reclamar de nós, éramos formados, e bem sucedidos, o único que era mal sucedido no amor, sim, eu.

Fui para o banheiro tomar uma ducha, e aqueles olhos chocolates vieram em minha mente, Bella, eu queria vê-la novamente hoje, eu queria falar mais com ela, eu queria ser bem próximo dela, que mulher era essa? Em apenas poucos minutos de conversa e fez esse transtorno comigo.Terminei de me banhar, me sequei, coloquei uma boxer, e uma calça de flanela, com uma camiseta, fechei as cortinas e me deitei para descansar. Acabei adormecendo e quando dei conta de mim estava na hora do jantar, rapidamente desci para a sala, nos juntamos e fomos para a mesa. O jantar foi bastante agradável com uma ótima comida, e um bom vinho.

–O jantar estava ótimo, mas eu peço licença para me retirar. –Esme segurou meu braço.

–Aonde você vai filho? –ela me olhou confusa.

–Eu vou dar plantão no hospital mãe, preciso ver como é que funcionam as coisas.

–Não Edward, você não precisa fazer isso hoje. –disse Carlisle com uma voz firme. –Escute, você chegou hoje de viagem, realmente não precisa, amanha você vai la e conhece todo o hospital.

Não havia como discutir com eles, afinal não era o hospital que eu queria conhecer.

–Hm ta, tudo bem então, amanha eu vou para lá e resolvo tudo. –Esme sorriu para mim.

–Pai, e aquele jantar com o pessoal do hospital, como ficou?

–Ah sim, então Rose, ficou marcado para daqui um mês, é o tempo necessário para arrumar tudo não é?

–Sim, um mês esta ótimo. Então pode deixar comigo, vou arrumar o lugar o buffet, a decoração, os fotógrafos, tudo.

–Rose, posso ajudar? Diz que sim, por favor? –Alice fez seu beicinho irresistível, e Rose riu.

–Claro Alice, como se eu não fosse precisar de você. –ela sorriu pegando em sua mão.

–Eba. –ela deu pulinhos no lugar.

–Que jantar é esse que vocês estão preparando? –eu perguntei confuso.

–É um jantar com a diretoria, e os principais médicos e enfermeiros do hospital, e vão ter premiações, alguns médicos do conselho internacional vão estar por lá. –meu pai explicou.

–Vai ser coisa fina Edward, vai falar que nunca foi?

–Claro que fui Rose, mas não em um que minha família estivesse organizado, me soa estranho ser centro das atenções. –eu dei de ombros.

–Não precisa, eu vou ser por você Ed, sou bem mais atraente. –Alice disse me fazendo rir.

–Obrigado Alice, muito obrigado.

Bella’s POV

A manhã chegava e se findava mais um turno, tudo o que eu queria era ficar aqui, e não ter que voltar para a minha casa, ou voltar e ver que tudo isso foi um sonho, chegar em casa e encontrar Renesmee em seu quarto dormindo como um anjo.

Há um mês eu estava praticamente sozinha, Jacob havia ido para Seattle, ver Sue e Renesmee, assim que o deixei no aeroporto, tive que me segurar para não pegar um avião logo em seguida. Ou melhor, James me segurou.

Jacob, era meu melhor amigo meu irmão, desde que eu me conheço por gente, ele me conhecia até pelo avesso, de trás pra frente, ele era meu porto seguro, meu companheiro, meu protetor.

Quando me mudei para Nova Iorque com minha filha e James, um namorado da faculdade, logo entrei no hospital particular de Carlisle Cullen.

Desde que o irmão mais velho de James havia sido assassinado, eu sofria por ameaças, ameaças que por si me fizeram separar de minha filha que até então vivia com Sue.

Cheguei a meu apartamento, estava tudo apagado. Ótimo ele já havia saído de casa, fui o mais rápido possível para o banheiro tomei uma ducha, coloquei meu moletom preferido, e me deitei, estava exausta logo adormeci.

Estava em um sono profundo, quando fui acordada pela merda da campainha.

–Mas que merda é essa? –olhei no relógio já se passavam das duas da tarde, me levantei grogue de sono, dei uma arrumada nos cabelos, uma rápida escovada nos dentes e fui abrir a porta. –Mas caramba, já vai. –abri a porta e não acreditei. JACOB. AQUI.

–Hey Bella. –ele disse com um sorriso enorme.

–Jacob! OH MEU DEUS. JAKE JAKE, VOCE VOLTOU. –eu pulei em seu pescoço e ele me deu um abraço de urso, me tirando do chão. –Err Jake, não posso respirar. –ele afrouxou o abraço e me colocou de volta ao chão. -Entra Jake, por favor. Cadê Leah? –disse puxando ele pelo braço e fechando a porta.

–Leah, ela teve eu passar em seu trabalho, e ficou por la, mas amanhã ela vem ver você. –ele se acomodou no sofá e eu me sentei ao seu lado. –Estava dormindo?

–Sim. –eu sorri. –Jake, senti tanto a sua falta. –disse com lagrimas nos olhos e ele me puxou para seu abraço novamente.

–OH Bells, você também me fez muita falta, muita.

–Me diga como esta Nessie... –olhei em seus olhos.

–Nessie... Ela esta bem Bells, levei todo o dinheiro que você me deu para o tratamento dela, quando eu cheguei, ela ficou me perguntando se você estava comigo, ela não quis sair de jeito nenhum do aeroporto, ela dizia: “Eu sei que minha mamãe vai vir também, eu sei.” - meu coração estremeceu e eu liberei as lagrimas. -Leah conseguiu distrair ela, e nós saímos de lá. Ela chorou muito Bella, ela sente muito a sua falta, é insuportável ver essa distancia de vocês. –ele dizia com lagrimas também.

–Jake, eu, eu... -ele me abraçou novamente, e meus ombros sacudiam com a força de meu choro.

–Vai ficar tudo bem, eu prometo para você. Mas agora tenho um presente. –ele se afastou um pouco de mim, e limpou minhas lagrimas, e pegou algo no bolso da sua jaqueta. –Nessie mandou eu te entregar, e essa carta também.

Era uma caixinha vermelha com um laço prata em cima, eu abri e dentro tinha um amuleto, pendurado numa correntinha pequena, eu o abri, em uma banda estava estrito, “Mais que a minha própria vida”, e do outro lado uma foto recente nossa. Eu apertei com força perto do meu coração, e peguei a carta.

–Obrigada Jake. Vai ser meu amuleto. –disse sorrindo entre as lagrimas.

–Ela disse para mim te dizer que, ela te ama muito, mais do que tudo, e essa carta e para você não se esquecer dela. –nós rimos.

–Nem que eu quisesse, minha filha é tudo para mim. Obrigada por tudo.

–Que isso Bella. Sabe que eu faria qualquer coisa por você.

Eu sabia.

–Bom, você quer tomar ou comer algo? –perguntei me levantando, e limpando as lágrimas.

–Pode ser aquele seu chocolate quente?

–É para já chefe. –disse caminhando para a cozinha, e caminhou até mim se sentando na mesa de jantar. –Jake, me conte como estão as coisas por lá, sua mãe... Ela esta precisando de algo? Me diga tudo!

–Vou dizer Bells, vou te contar até as horas que eu fui ao banheiro. –eu franzi o cenho.

–Isso não é necessário, pelo amor de Deus. –nós gargalhamos.

Jacob ficou comigo até a noite me contando sobre a viagem, e foi embora quando Leah ligou para ele, me prometendo que voltaria amanha. James não havia voltado para a casa ainda, mas mesmo assim resolvi me deitar, guardei a carta que Renesmee havia me dado, não teria condições para abri-la hoje. E meus pensamentos me levaram até Edward.