Hand of Sorrow escrita por Sparkly Dark Angel


Capítulo 12
O "Acidente"


Notas iniciais do capítulo

Eis aqui o que muitos me perguntaram e estavam curiosos para saber! Estou muito contente com os comentários recebidos, embora sinta falta de alguns leitores... Bom capítulo!



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"--Tudo bem, ficarei de boca fechada! diz ele fazendo uma pantomima de boca fechada com zíper, reviro os olhos e começo a contar tudo sobre aquela noite."
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Flashback Kayla 8 anos:

Essa festa está muito chata, mas tenho que sorrir e ser educada como a mamãe pediu!
–-Você está muito linda nesse vestidinho, parece uma boneca! graceja uma senhora muito gorda e muito rica.
–-Obrigada. agradeço sorrindo simpaticamente, eu realmente pareço uma boneca nesse vestido! Uma boneca princesa! Meu vestido parece ser antigo, a saia bem armada e longa branca com um lenço bordô em cima e a parte de cima bem justinha das mesma cores e três rosas na cintura, meu cabelo estava ondulado com presilhas de miniaturas das rosas, blush rosado e batom bem clarinho, a mamãe disse que era para realçar meu rosto de anjinho!
–-Kayla, querida, onde está sua irmã? pergunta minha mãe com olhar distante.
–-Não sei mamãe, irei procurá-la!
–-Quando encontrá-la por que não vão brincar com aquelas crianças ali? Elas são filhas de um paciente do papai e de um possível cliente da mamãe, façam amizade com elas! diz ela indicando um grupo com algumas crianças mais velhas conversando entre si.
–-Mamãe, elas tem idade para brincar com Matt!
–-Não discuta comigo mocinha, faça o que eu disse!
–-Tá bom mamãe... digo olhando para o chão.
Depois que ela se afasta vou procurar Rose, com ele pôde me deixar sozinha nessa festa? Vejo minha irmã de cabeça baixa parecendo triste sair de um corredor que dava para o armário dos casacos, corro até lá:
–-O que houve? O que você fazia lá? Como pôde me deixar sozinha nessa festa chata?
Ela ri, mas ainda parece triste:
–-Não houve nada, estou entediada nessa festa, o que iremos fazer? pergunta ela levemente curiosa, ela está vestida da mesma forma que eu, apenas mudando a cor para um verde escuro muito bonito.
–-A mamãe disse para irmos brincar com algumas crianças mais velhas e fazer amizades, então, vamos?
–-Vamos!
Ela me estende a mão sorrindo, ela segura minha mão de forma bem apertada, como se tivesse medo de algo:
–-Ei, não se preocupe Rose, é só brincar com eles! digo para acalma-la.
–-Claro, vai ser fácil e talvez seja legal...
–-Isso aí! Vamos!
Caminhamos de mãos dadas arrancando alguns suspiros e que fofas! São idênticas! que ignoramos e fomos ao grupo indicado por mamãe, eles nos avaliaram de cima a baixo:
–-O que querem pirralhas? pergunta um loirinho.
Nossa, são muito educados!
–-Queremos brincar com vocês! digo lançado meu olhar inocente
Eles riem:
–-Bom, então querem brincar conosco? diz uma garota morena.
–-Sim! respondemos juntas.
Eles se encaram sorrindo de uma forma assustadora:
–-Bem, iremos brincar de pega-pega na floresta! diz a mesma menina: --Ainda querem?
–-Sim!
Eles nos guiam para fora da festa até a floresta mencionada, eu e Rose gostamos de lugares assim, ela fica brincando com plantas e fazendo-as crescerem ao meu redor, uma vez fizemos uma flor de fogo, mas ela morreu na primeira chuva...
Caminhamos até um lugar pouco iluminado pela festa e de frente para uma velha árvore, Rose é quem está mais perto da árvore:
–-Quem que pega? pergunta virada de costas para a árvore e de frente ao grupo, o grupo se entreolha com sorrisos estranhos e a menina que deu a dica de brincadeira se pronuncia:
–-Está com você! diz ela empurrando Rose.
Rose se desequilibra e acaba caindo e uma rocha estranhamente pontuda que não havíamos notado se crava em suas costas chegando a atravessar sua barriga:
–-Rose! grito e os demais olham a cena em choque: --Fica comigo Rose, não feche os olhos, vai dar tudo certo, nós vamos ao médico ou papai vai fazer algo e você vai ficar boa!
Ela ainda respira com dificuldade e me dá um sorriso triste trêmulo:
–-Está... Tudo bem Kay, não chore...
–-Não estou chorando... Tomei muita água e está saindo pelos meus olhos, sei que vai dar tudo certo!
Ela dá uma risadinha e tosse cuspindo sangue:
–-Me... Dá... Sua mão! me pede ela.
Dou minha mão e ela segura num aperto surpreendentemente firme, vejo uma luz de energia verde passar dela para mim:
–-Não Rose! Você vai precisar disso futuramente!
–-Então guarda para mim... diz ela e vejo um último brilho de sorriso passar por seus olhos antes de eles ficarem opacos e sem vida.
Viro-me com raiva para a garota que a empurrou, ela me observava assustada:
–-Você a matou!
–-N... Não! Eu não fiz nada de mais! diz ela assustada.
Eu pulo em cima dela e começo a bater, puxar cabelos, chutar, arranhar e tudo o possível, ela gritava tentando sair sem sucesso:
–-Chame a mãe dela! ouço alguém dizer e vejo alguém sair correndo, mas estou muito centrada espancando a menina que matou minha irmã!
Logo chega minha mãe que olha tudo espantada:
–- Mas o que? pergunta ela.
Levanto o rosto com lágrimas e digo com raiva:
–-Ela matou minha irmã!
Minha mãe paralisa:
–-Quem?
Levanto-me confusa e a garota que eu batia está inconsciente no chão:
–-Essa garota matou Rose!
–-Ah, Rose morreu...
–-Foi um acidente tia! diz o garoto loiro com lágrimas nos olhos.
–-Estávamos brincando e ela tropeçou na pedra! completa outro com lágrimas e minha mãe me olha com raiva:
–-Como você ousa culpar uma menina tão inocente quanto à filha do meu superior por ter matado Rose!
–-Mas...
–-Sem, mas!
Minha mãe abraça os outros que estavam com rosto cheio de lágrimas consolando-os e me deixa sozinha observando a cena chocada demais para dizer algo, ela não parece triste por Rose ter morrido e ficou com raiva por eu ter vingado a morte dela!
–-Conversaremos em casa mocinha! diz ela para mim.
Alguns dias depois:
Hoje é o enterro de Rose, minha mãe apenas chora quando há alguém por perto e meu pai força muito uma cara triste dizendo ser o marido forte, meu irmão está em choque e eu estou apenas olhando para o caixão dela sem coragem de ver como ela está lá dentro, não quero tornar isso mais real do que já é!
Com o canto do olho percebo a chegada das crianças que estavam conosco naquela noite, sues pais discutem com os meus e minha mãe se debulha em lágrimas de crocodilo, as crianças vão até o caixão e ouço a menina que bati sussurrar para Rose:
–-Teve o que mereceu pirralha, por ter tentado se aproximar de nós, agora seus pais irão pagar caro por sua irmãzinha ter me batido sua nojenta!
Não aguento ouvir ela falando besteiras para minha irmã, ela estava morta! Aproximo-me dela com raiva:
–-Não fala assim de minha irmã! digo avançando para cima dela novamente.
Ouço sons de surpresa e ultraje:
–-O que é isso? dizia alguém.
–-No enterro da irmã! Murmurava outro.
–-Tadinha, deve estar perturbada!
–-Sempre achei que eram anjinhos, mas olha isso!
Ignorei todos os comentários, mas meus pais não, senti meu pai me erguendo para me impedir de bater na futura finada:
–-Para com isso! diz ele em meu ouvido.
–-Mas...
–-Não quero saber, está nos constrangendo!
Passei o resto do enterro recebendo olhares irritados e assustados, logo após fui enviada para uma escola interna.
Flashback Off.
Ele me olhou chocado:
–-Foi isso que aconteceu?
–-Eu mentiria para você? Não responda! Sim, eu mentiria, mas sobre isso é a verdade, por isso eu disse para abrir seus olhos!
Ele suspira pensativo:
–-Bem, pensarei no assunto, agora vamos ao hospital, alguém profissional deve dar uma olhada nisso! diz ele indicando meu tornozelo.
–-Não é necessário!
–-Se você for eu a levo para ver Rose.


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Notas finais do capítulo

LEIAM POR FAVOR!
Sutil diferença de personalidade né? Bom, depois do próximo capítulo estou pensando em postar capítulos bônus, como por exemplo ela conseguiu a adaga, deu o tiro na professora (tenho esses dois escritos), não sei se vocês querem, favor me avisar por comentários e se quiserem, querem as duas historias juntas ou separadas como dois bônus? Comentem por favor e respondam!



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