The Four Secrets escrita por starqueen


Capítulo 8
Capítulo 7 - Lobos.


Notas iniciais do capítulo

Novo capítulo o/
Desculpe a demora, sério, escola enche demais. Mal começou as aulas e eu já estou cheia de trabalhos ¬¬' Ninguém merece ¬¬'
Enfim, temos um capítulo meio "revelador" ASHAUSHAUS
PRE-PARA ~le voz da Anitta



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Nos dois últimos dias, Jeff fazia o máximo possível tentando me ensinar tudo que ele sabia sobre a Área 51.

Ás vezes eu me perguntava o quanto o pessoal daqui era muito esperto, e ao mesmo tempo, muito burros. Eles jamais deveriam deixar Jeff entrar aqui, não importa o que ele faça a eles, é algo idiota. Deveriam suspeitar que ele uma hora ou outra iria contar isso para alguém.

E, no final, ele está contando tudo para mim.

Eu não sabia o porquê, mas eu não conseguia prestar atenção no que Jeff dizia. Ainda me lembrava do que Matt disse a alguns dias atrás. E Eu estava só me preparando mentalmente caso ele realmente descubra e alguma merda acontecesse. Droga, eu não conseguia tirar aquilo da minha mente. Sinceramente, se ele falar mais alguma coisa comigo eu juro pelo o mar que eu o mato na hora.

Jurar pelo o mar... Isso era coisa do meu irmão mais velho.

Eu tinha um irmão mais velho, sendo que eu não faço ideia do paradeiro dele. O nome dele era Christopher. Se eu não me engano, ele era uns cinco ou quatro anos mais velho que eu. Eu ainda me lembro dele perfeitamente no dia que o vi na última vez, algumas horas antes de eu perder a minha cabeça e fazer tudo aquilo. Ele tinha treze anos de idade na época. Ele era alto e magro, e tinha sua pele bronzeada por consequência de passar o tempo todo na praia, praticando surf. Seus cabelos eram cor de mel e cacheados, e seus olhos eram castanho claros, iguais aos da minha mãe. Eu acho que ele está morto ou sei lá. Eu ainda não me lembro muitas coisas daquela noite.

Eu respirei fundo, tentando tirar todos os meus pensamentos da minha mente.

Jeff estava na minha frente, explicando as coisas de detalhe por detalhe. Eu não conseguia prestar atenção. Não importa o quanto isso seja importante para mim, eu simplesmente não conseguia ficar concentrada no que ele dizia. Toda a hora esses pensamentos vinham a minha mente, e eu queria ir embora daqui o máximo possível. E para piorar: o próprio Jeff tira a minha atenção.

— Então, você vai... — ele ia dizendo, até que rapidamente se calou. Eu estranhei isso, então eu logo virei para trás de mim. E adivinha quem era?

Se disse Wright, está 100% correto.

Ah não. Esse cara só aparece quando as coisas estão ruins, ou quando ele quer esfregar na minha cara que eu estou errada e blá, blá, blá. Eu torcia mentalmente para que ele não me percebesse — o que era praticamente impossível, porque eu e Helena éramos as únicas garotas ali, e nós ficávamos sempre em “evidência” —, então abaixei minha cabeça e virei o meu rosto para o lado contrário que ele andava.

Wright andava com quatro soldados o cercando, como se eles fossem a sua barreira “poderosa” caso algo de ruim aconteça. Ele era um covarde, e disso eu tinha certeza. Sempre se escondia atrás daqueles soldados fortões e enormes, e ainda ficava com uma cara de quem se achava o tal.

— Srta. Watters. — ele disse.

Eu pensei um: Droga!, e rapidamente me virei, olhando a imagem do homem de meia idade e seu sorriso sarcástico. Ou seja, Wright parou de andar e ficou bem próximo a mim e me encarando de um jeito extremamente irritante.

— Wright. — disse. — O que quer?

— Ninguém lhe deu liberdade para falar assim comigo, Srta. Watters. — ele disse de um jeito meio severo. — Venha comigo.

Revirei os olhos, e contra a minha vontade, me levantei e o segui, pensando em mil maneiras de como mata-lo em um só golpe. Eu já estava cheia desse lugar e todas essas coisas idiotas, e só estava me segurando para não matar Wright. E, sim, eu posso matar ele em um só golpe, como fiz em várias pessoas e criatura sobrenaturais antes, mas eu só estava esperando criar meu plano perfeito de fuga, mata-lo e depois fugir.

Eu o segui em puro silêncio, sem dizer nada. Fomos andando em direção de um dos elevadores — caso não saibam, aqui tem por volta de vinte a trinta elevadores enormes— e entramos nele. Um dos soldados apertou o botão -59 e logo eu presumi que não havia coisa boa nisso.

59º andar... O penúltimo.

— O que querem fazer comigo? — perguntei com os dentes cerrados. Wright ignorou e logo o elevador desceu na velocidade mais rápida do mundo. Eu tentei me segurar, mas mesmo depois de ficar aqui por um tempo, eu ainda não me acostumei com isso. É... Eu parecia muito ridícula e fraca toda a vez que eu entrava nesse elevador.

Demorou apenas um minuto — ou dois, eu não sei — até que cheguemos ao 59º andar. Eu pensei que eu ia vomitar o meu intestino na tamanha velocidade que o elevador tinha — fazia as montanhas russas parecerem coisa de criança —, até que eu vi a coisa mais perturbadora na minha vida.

Esqueça todos os filmes de terror. Esqueça sangue. Esqueça todas essas frescuras com “bichos” nojentos. Sem cadáveres decepados ou serial killers. Esqueça o Slenderman. Eles não eram nada comparado a isso.

Era escuro e úmido. Haviam inúmeras celas e salas ao meu redor, e eu poderia ouvir alguns gritos agudos de dor. Tinha até um cheirinho de sangue naquele lugar. Era... Assustador.

Dentro das celas, você poderia ver vários animais, todos em estados tão desagradáveis que deixaria a PETA completamente revoltada e maluca. A maioria eram Porcos. Pela a primeira vez, eu vi porcos que não ficavam brincando em sua própria sujeira. Eu poderia ser péssima com animais, mais estava meio óbvio que eles não estavam nada felizes. Havia vários cortes em sua pele, e alguns deles estavam sangrando através desses cortes.

Havia outra cela, sendo que esta havia lobos. É, lobos. Eles não estavam tão ruins quanto os porcos, mas também pareciam bem ruins. Alguns pareciam até choramingar. E eu tive a leve impressão que eles eram lobisomens.

Ah, lobisomens são outra história bem longa. Prefiro não falar sobre a minha experiência com eles.

Foi ali que eu percebi que aquele era o andar de testes.

Vários soldados falavam desse lugar, sempre com muito medo em sua voz. Alguns deles nem queriam acreditar que havia um andar apenas para experiências em seres que não eram humanos. Helena já havia falado sobre isso algumas vezes, mas ela não temia, ela só não tinha certeza se deveria acreditar ou não. Eu acreditava nesse lugar, porque fazendo experiências em seres não humanos deveria ser o único jeito de fazer armas praticamente perfeitas contra nós. Eles não iam simplesmente criar armas sem nenhuma pesquisa ou noção de quem nós somos. É impossível.

Pela a primeira vez, eu odiava estar certa.

— Vão fazer testes em mim. — afirmei em voz baixa, evitando tirar todo o medo e temor que havia em minha voz. Eu não queria parecer que estava com medo.

Wright mexeu a sua cabeça, como se fosse um sim, afirmando que era aquilo mesmo que iria acontecer.

Naquele mesmo instante, eu pensei em todas as coisas ruins que eles poderia fazer comigo pelo o bem da ciência. Eram pensamentos tão assustadores e macabros, que se eu estivesse no mundo normal, fora da Área 51, iriam achar que eu era uma maluca paranoica. Eu tentava me livrar daqueles pensamentos e conseguir pensar algo direito, mas eu não conseguia.

Eles andavam pelo o corredor enorme e assustador, e eu os seguia em passos um pouco mais lento que o normal. Quando passei pela a cela dos lobos, eles começaram a latir e rosnar para mim, como se quisessem me matar naquele instante.

É, animais me odeiam.

Eles entraram em outra sala escura — nossa, que gente criativa, para falar o contrário —, e os soldados fecharam a porta, fazendo uma barreira nela, evitando que caso eu fizesse alguma coisa idiota conseguisse passar pela a porta e fugir. Wright me deu um sinal para que sentasse numa cadeira e logo eu sentei. Ele dava algumas voltas e parecia pensar cautelosamente o que iria fazer comigo.

Tomara que meus pensamentos estejam completamente errados.

— Sam Watters... — murmurou, parando de andar em voltas e logo se aproximou de mim, me encarando de um jeito meio assustador. — Creio que perdeu as esperanças de fugir daqui, não?

Não, eu não pedi, pensei. Eu vou te matar, seu velho idiota.

— Eu desisto. — menti.

Ele deu uma risada sarcástica.

— Se não tivéssemos feito um estudo de você, provavelmente eu iria acreditar nisso. — ele começou a bater palmas sarcásticas. — Aplausos para você, jovem dominadora.

Eu queria gritar e cuspir na cara dele. Mas eu não era nenhum Matthew Summers.

— O quê? — perguntei. — Qual o seu problema?

— Meu problema? — ele disse. — Eu não sou ingênuo para acreditar nisso e no que você diz, Watters. Eu sei que você é do tipo que nunca desisti. E eu sei que quer me matar e arrancar meu coração e pulmões com suas próprias mãos.

Eu fiquei surpresa. Minha boca provavelmente fazia um quase perfeito formato de “O”. Até os detalhes da morte dele esse idiota sabia.

Merda. Eu não deveria demonstrar que estava surpresa.

— O que sabe sobre mim, senhor fodão e sabe-tudo? — perguntei meio irritada.

— Eu sou superior e mais poderoso que você, então não me chame assim. — ele disse.

— Poderoso? Superior? — ri forçadamente. — Se eu quisesse, lhe mataria em apenas dois segundos. Mas claro, você é muito covarde e fica se escondendo atrás desses soldados. Você não faz ideia do que eu sou capaz de fazer.

— Ah, eu sei muito mais que imagina, Watters. — ele disse. — Deixe-me ver... — ele pegou uma pasta amarelada e começou a folhear, como se fosse procurar alguma coisa importante. — Aos dez anos de idade, matou Donna Anderson, uma idosa de sessenta e um anos de idade que parecia estar lhe ajudando. — ele deu uma pausa, lendo mais. — Matou quinze lobisomens aos onze. Aos doze, matou dois vampiros que pareciam ter outras intenções com você. Aos treze, matou quatro adolescentes de dezesseis anos de idade. Aos catorze, matou outro vampiro, sem motivo nenhum. Com quinze, matou três humanos, grande parte de uma matilha de lobisomens e um grupo homofóbico. — ele deu uma pausa, fechando o caderno e dando um sorrisinho. — Parabéns, jovem dominadora, você é uma máquina fria de mortes.

Como... Como ele sabia disso? Droga, droga e droga. Não... Eu... Ninguém viu isso! Eu sempre me mudava de cidade para evitar que me encontrasse. Eu era 100% anônima. Eu só matava pessoas que me ameaçavam, era... Era por legitima defesa! Eu não conseguia me controlar, era muito difícil. Eu não podia conhecer alguma pessoa ou qualquer coisa assim, eu nunca tinha certeza se podia me controlar e em algum momento de raiva mata-la. Merda. Eu deveria estar morta.

— Como...

— Você é pior que muitos psicopatas. — ele disse. — Poderia você ser uma?

Não, pensei. Psicopatas são inteligentes, não tem sentimentos e não se sentem culpados quanto matam pessoas. Eu sou o contrário.

— Como você sabe disso? — perguntei, ignorando sua pergunta. — Como? — gritei, quase berrando.

— Um bom mágico nunca revela seus segredos. — ele sorriu com sarcasmo. — Bem, onde está sua família? Não temos registros sobre a família Watters.

Família... Este cara está praticamente pedindo para morrer.

Eu não consegui me controlar, então senti a mesma descarga de adrenalina correndo pelo o meu corpo. Wright gritou algo para que os soldados me segurarem, então os quatro fizeram isso. Eu deveria estar rosnando, como se fosse um cachorro irritado ou um algum lobo quando encontra seu inimigo. Eu queria matar Wright àquela hora, e sinceramente, depois dessa, seu coração seria o maior prêmio do mundo para mim.

Ele riu com sarcasmo, enquanto eu rosnava e os soldados tentavam me segurar.

— Eu sei que você tem ou tinha alguma família. — ele disse. — Você domina perfeitamente o inglês e seu conhecimento básico de matemática é quase perfeito. Provavelmente, deve ter frequentado alguma escola particular. Seus dentes são bem alinhados e não são muito tortos, claro, ignorando seus caninos. Você tem um vocabulário amplo e sabe perfeitamente a geografia da Oceania. — ele deu uma pausa. — Onde está sua família?

— Eu nunca tive uma. — disse entre os dentes, me mexendo para que os soldados me soltassem.

— Você teve e eu sei disso. — ele disse. — Você foi criada numa família tradicional protestante de classe média alta, certo?

Merda. Ele sabe.

Eu usei toda minha força possível para me soltar, porém, eu ainda rosnava como se fosse um cachorro. Consegui que um dos soldados me soltassem, depois outro até que...

As luzes apagaram.

Eu ouvi gritos e pessoas correndo, lobos latindo alto e passos de vários animais correndo. Logo os lobos batiam nas portas. Os soldados se assustaram, mas mesmo assim, eles continuavam em segurando com força. Escutei alguns passos vindos de Wright e logo as luzes acenderam rapidamente. A descarga de adrenalina que estava passando pelo o meu corpo começou a diminuir pelo o susto que tive. O que... Que diabos estava acontecendo?

A pequena TV que havia no fundo rapidamente se ligou. A imagem estava meio chuviscada e cinza, mas aos poucos foi voltando ao seu normal. A imagem ficou meio desfocada, mas aos poucos foi aparecendo um cara mascarado e completamente esquisito.

Sua máscara era verde escura, e seu capuz também era de um tom bem verde escuro também. A máscara tinha alguns traços orientais, a máscara era incrivelmente perfeita, e parecia ter saído de alguma história chinesa, ou até aqueles festivais chineses que tinha em alguns países da América do... Uh, América do Norte, eu acho. Enfim, aquilo era muito estranho. Era estranho até para a Área 51.

— Wright. — disse o homem na TV, eu tive a impressão que havia auto falantes na Área 51 todinha, porque o som de sua voz estava muito alto.

— Quem é você? — Wright perguntou, entre os dentes.

— Eu sou a verdade. — o homem respondeu secamente. — Creio que esteja surpreso, afinal, invadimos o local mais secreto e mais seguro de todo o mundo.

— Quem. É. Você? — Wright repetiu pausadamente, com mais raiva em sua voz.

— Eu sou a verdade. — ele repetiu o que disse antes, sendo que agora ele deveria ter um sorrisinho sarcástico debaixo de sua máscara oriental.

— QUEM É VOCÊ, SEU FILHO DA PUTA? — Wright gritou, quase berrando. — VOCÊ NÃO PODE FAZER ISSO SEU... — ele deu uma pausa, estava irado. — EU SOU MAIS PODEROSO QUE VOCÊ! EU SOU O RESPONSÁVEL PELA A...

— Mais poderoso que eu? Sério mesmo? — o homem disse em tom de deboche. — Eu sei de tudo. Todas as mentiras dessa merda de país falso e tosco. Estados Unidos... — murmurou o nome do país. — Um teste: sobrevivam a isso e ganharão um pouco mais de atenção minha. Ah, boa sorte, jovem dominadora. Vai precisar.

Eu queria gritar, o xingando de todos os nomes ruins do mundo, mas eu não pude fazer isso.

As luzes se apagaram de novo, e por um instante, pensei que tinha meus seis anos de idade e ainda temia muito o escuro.

A porta se abriu.

Eu ouvi os latidos altos, e em questão de segundos, os lobos entraram na sala correndo e com uma sede de sangue. Eu escutei passos de um humano entrando na sala. Ele acendeu uma lanterna, e eu senti uma pontada leve de esperança. Sua pele era pálida, não podia ver seu rosto direito, mas eu pensei que ele tivesse uns vinte e cinco anos no mínimo, ele parecia normal.

Exceto pelo o fato que ele estava completamente nu.

— É hora de vingança, Sam Watters. — ele disse. — Nossos irmãos australianos não morreram em vão.

Ele jogou a lanterna no chão, tudo voltou a ficar escuro e ele virou um lobo em questão de segundos.

— Soldados! — gritou Wright.

Naquele instante, eu me arrependi seriamente de ter me defendido dos lobisomens há alguns anos.


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Notas finais do capítulo

Então, povo, o que vocês acharam? AHSUAHSUAS
É aqui que a treta começa ASHUASHUAS A Sam ta ferrada :P
Acharam algum erro de português? Se sim, digam nos comentários :D
O que acharam do capítulo? Quem poderá ser esse cara mascarado e bizarro que é "a verdade"?