The Four Secrets escrita por starqueen


Capítulo 7
Capítulo 6 - Planos.


Notas iniciais do capítulo

Hey guys! Me desculpem pela a demora, sério, eu tava com um pouco de preguiça (admito u.u) e não sabia direito como ia escrever esse capítulo e talz :P
Vamos ao capítulo o/



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— Hey, Sam, acalme-se! — meu pai gritava com medo. — Nó-nós não fizemos nada para você! É para o seu bem, querida, entende?

Eu o olhei com ódio.

— Como pode fazer isso comigo? — gritei. — Papai, eu não...

A cena mudou.

— Nã-Não! — minha mãe gaguejava, entre gemidos. Ela gritava algumas coisas que eu não conseguia compreender, talvez eu estivesse prestando mais atenção nas facadas que eu dava. Seu sangue estava nas minhas mãos e logo ela se calou. Eu ainda a sentia respirando e tinha certeza que seu coração estava batendo, afinal, eu poderia escutá-lo e até senti-lo de algum jeito. Dei uma última facada e quando ela lançou seu último suspiro, seu corpo ficou completamente paralisado, sem se mexer como estava fazendo antes. Seus olhos castanhos estavam parados, sem se mexer, e pareciam estar completamente sem vida. O seu sangue se espalhava, e aquela cena me trouxe ao normal.

Na minha frente, estava o corpo da minha mãe. E eu a matei.

Eu fiquei completamente maluca. Pensei que meu cérebro iria explodir ali, mas infelizmente, não aconteceu. Eu gritei o mais alto que pude, e uma lágrima involuntária caía do meu olho. Não havia mais nenhum som, e os meus pais haviam se calado para toda a maldita eternidade. Só escutava o vento forte passando pela a janela, e torcia para que seja algum pesadelo maluco.

Não, não era um pesadelo.

Eu ouvi alguns passos atrás de mim.

— Sa-Sam? — choramingou minha irmã mais nova, de apenas cinco anos, atrás de mim.

Eu me virei rapidamente, e toda aquela descarga de instintos se passava por todo o meu corpo. Nem parecia que a segundos atrás eu me sentia a pior pessoa no mundo.

Tudo ficou escuro. Eu só ouvi meus passos até a minha irmã, e logo seu grito agudo de dor.

— Sam! — ouvi Helena gritar, batendo um travesseiro no meu rosto.

Eu tive um espasmo e acordei rapidamente, suando um pouco. Helena parou de bater o travesseiro no meu rosto e me olhava com um olhar meio assustada, como se pensasse que eu fosse morrer ou matar todos ali. Eu não sabia diferenciar isso direito. Só sei que ela me olhava de um jeito completamente assustado e com um pouco de medo.

— Oh meu Deus... — ela disse. — Você está bem?

— Hã? — perguntei, me sentando na cama lentamente.

— Você.. Você não estava acordando. — ela disse. — Estava meio estranha e parecia estar em estado de transe, ou qualquer coisa assim. Eles não fizeram nenhum experimento com você ontem de noite? Ou...

— Eu estou bem. — disse. — Eu só tive um... Sonho ruim. Nada demais.

Helena não disse mais nada, então eu me levantei da cama e peguei uma roupa qualquer. Eu tentei disfarçar um pouco, tentando normalizar a minha respiração e tirando todas as coisas da minha cabeça. Por um instante, pensei que poderia ter falado algo enquanto em dormia e que Helena poderia ter ouvido, mas logo tirei da minha cabeça. Eu não era mais criança. Fazia muitos anos que eu não falava enquanto eu dormia. Mas, mesmo assim, meu cérebro meio paranoico ficava fazendo infinitas hipóteses sobre isso. Eu já havia passado por tantas coisas durante esse tempo que já não conseguia ser mais ingênua como eu era antes. Eu desconfio de tudo e todos, apenas pela a minha sobrevivência.

Todos esses pensamentos me levaram a ontem, me lembrando de Matt e o que ele disse. Eu vou descobrir quem você é, Watters, sua voz ecoava em minha mente. Eu vou descobrir quem você é, Watters. Quem você é, Watters. Eu vou descobrir...

Merda. Sua voz não saia da minha mente, e, provavelmente, aquilo é alguma pegadinha do meu cérebro meio masoquista. Eu sabia que Matt era meio impulsivo e difícil de entender, e logo agora que ele havia dito aquilo com tanta firmeza em sua voz, eu tinha certeza que não ia desistir. Eu temia que ele conseguisse. Eu pensei por que não o matei ontem, já que eu poderia muito bem arrancar a sua cabeça em menos de um segundo, sem que ele nem ao menos percebesse. Pra ser sincera, se eu me concentrasse direito, eu poderia muito bem matar todos os soldados em segundos, de um jeito sangrento, porém rápido. Mas eu não estava muito afim, brigar com o governo americano era mexer com o desconhecido.

Eu fui ao banheiro e fiz minha higiene pessoal, e depois troquei de roupa rapidamente, evitando me atrasar mais.

Eu vou descobrir quem você é, Watters, a voz ecoava pela a milésima vez. Eu não desisto tão fácil, entendeu? Guarde essas palavras.

Só podia ser alguma brincadeira comigo, certo? Por que diabos a voz dele ficava se repetindo toda a hora? Droga. Eu já estava completamente arrependida de não ter o matado. Ele estava tão perto de mim... Eu poderia arrancar sua cabeça em menos de um segundo.

Eu respirei fundo e saí do banheiro. Minha cabeça doía um pouco com aquelas coisas se repetindo, mas eu ignorei, na esperança que iria esquecer isso daqui a alguns minutos.

Helena já tinha saído do quarto, então eu presumi que ela foi ao refeitório antes de mim.

Ah, esqueci de falar do refeitório. Não, não pense nos refeitórios das escolas americanas, onde ocorrem todos aqueles grupinhos clichês completamente separados em “Nerds” e Populares. O refeitório daqui era no primeiro andar — ou chame de -1, como quiser — e era extremamente gigante. Era lotado por soldados, todos comendo, conversando, rindo e outras coisas assim. Uma coisa que eu percebi no pouco tempo que fiquei aqui, foi que: os soldados são extremamente leais a si mesmos e os outros ao seu redor. Eu achava aquilo incrível, porém eu os invejava pela a capacidade de ser leal ao seus amigos e líderes.

O mais estranho e interessante, eram que robôs nos serviam a comida. Não, não robôs tipo... Uh... Você sabe, aqueles meio humanos que fazem tudo, ou os do tipo de desenho animado infantil. Tinha um iPad e você colocava seu nome e automaticamente eles faziam o seu prato. Era legal. Ignorando que comíamos quase nada.

Assim que eu saí do meu “quarto”, dois soldados automaticamente me seguiram. Ótimo. Agora todo o lugar que eu vou sempre tem que ter dois malditos soldados me seguindo e me vigiando.

Assim que cheguei naquele refeitório lotado — mentira, aquilo era super hiper mega ultra lotado —, peguei o meu almoço verde e fui sentar numa mesa separada, completamente sozinha. Os soldados logo se separaram de mim, sabendo que eu não ia fazer nenhuma besteira ali. E caso fizesse, seus amigos soldados iriam me atacar em apenas um segundo.

Eu evitei de olhar para a minha comida — se é que posso chamar essa coisa de comida —, e antes que eu desse a minha primeira mordida, eu vi Jeff se sentar bem na minha frente, na mesma mesa que eu estava.

— Hey, garota da água. — disse Jeff, sorrindo.

— O que diabos você faz aqui, Jeffrey? — perguntei, surpresa. — Pensei que você estivesse na escola.

— Eu tenho dezoito anos. — disse, sorrindo. — Não estudo mais, esqueceu?

Foi aí que eu me senti uma idiota.

— Ah, é. — disse, meio sem graça.

— Olha só o que eu consigo fazer. — ele disse, pegando Waffles e colocando todos em sua boca. Depois, ele disse alguma coisa que eu não entendi direito pela a quantidade de Waffles em sua boca. Eu ri um pouco. Demorou um pouco para que mastigasse toda aquela quantidade de Waffles e engolisse tudo. Algumas pessoas frescas iriam achar aquilo nojento, mas eu achava bem engraçado. Me distraia um pouco e me tirava da tensão que enfrentava toda a hora. Bem, não só aquilo me distraia. O próprio Jeff me distraia um pouco.

— Ainda não acredito que esse cara tem dezoito anos. — murmurou Travis, se sentando na mesa. — Ah, oi Sam.

— Oi Travis. — disse.

— Finalmente! — disse Jeff. — Pensei que fosse ter um treco com tantos Waffles na boca.

— Você é maluco. — disse Travis.

— Pelo menos eu não tenho dezoito anos e ainda assisto desenhos... — murmurou Jeff.

— Anime. — corrigiu Travis.

— Tanto faz. — disse Jeff. — É coisa de criança.

— Assassinatos e Sexo é coisa de criança? — perguntou Travis, começando a ficar meio irritado.

— Assassinatos e Sexo? — perguntou Jeff confuso.

— Tem animes que são piores que muitos filmes de terror. — disse Travis. — Não generalize.

— Nerd... — murmurou Jeff.

— Dá pra vocês pararem de discutir? — perguntei.

— Me obrigue. — Jeff disse brincalhão, e ao mesmo tempo, tentando soar meio desafiador. Revirei os olhos.

— Eu preciso da ajuda dos dois. — disse, num tom de voz mais baixo.

— Diz. — disse Travis. — Alguma coisa a ver com os treinos?

— Claro que não. — disse. — Então, hã, Jeff, você vem pra cá desde quando?

— A partir dos meus catorze anos. — ele respondeu normalmente. — Por que pergunta?

— Então você conhece esse lugar perfeitamente, não? — perguntei.

— Sim. — ele respondeu. — Não perfeitamente, mas sim, eu o conheço bem.

— Ótimo. — sorri. — Eu preciso fugir daqui. Me ajuda?

Travis quase ia tendo um ataque cardíaco.

— Você está louca? — ele quase gritou. — Não tem...

— Cala a boca, Springs! — Jeff pôs a mão na boca de Travis, o calando. — Sim, eu posso te ajudar.

Se eu não estivesse com tantos soldados ao meu redor eu aposto que teria dado pulinhos de alegria e batido palmas de tanta felicidade. Só de pensar que Jeff iria me ajudar a sair daqui eu me sentia completamente feliz. O que era bem raro. Felicidade era quase impossível para mim.

Mas, por um lado, eu me senti meio estranha. Eu não queria deixar Jeff ou... Matthew.

Droga. Eu preciso matar Matthew Summers.

Ponto de Vista do Narrador.

Os seis homens estavam reunidos. Cada um representando seu respectivo continente: América, Europa, Ásia, Oceania, África e Antártida. O conselho continental se reunia raramente, apenas quando coisas realmente importantes acontecem. A última vez que se reuniram, foi na crise que ocorreu na Europa e se espalhou pelo o mundo todo. Mas isso é nada comparado com o que poderia acontecer agora.

— Algum problema? — perguntou o representante do continente americano.

— Problema? — perguntou o representante da Ásia. — Creio que essa palavra seja pequena demais para descrever o que vai acontecer.

— A Ásia vê o futuro agora, é? — debochou o representante da Antártida.

— Ao menos somos mais importantes que o seu continentezinho de merda, Lewis. — disse o asiático.

— Calem a boca, vocês, asiáticos, só servem pra fazer, uh... Pastel de “flango”. — zombou Sr. Lewis, representante da Antártida.

Sr. Yoshikawa revirou os olhos. Odiava esses estereótipos sobre seu continente tão amado, a Ásia. Ele não se irritou tanto, sabendo que esse estereotípico é completamente falso e até meio preconceituoso.

— Silêncio. — disse o representante da Europa. — Pode dizer, Sr. Yoshikawa. Somos todo ouvidos.

Sr. Yoshikawa pigarreou, e logo depois respirou fundo.

— Temos uma ameaça. — disse. — Uma grande ameaça.

— Como? — perguntou o representante da África. — Que ameaça?

— Sr. Campbell, é verdade que os Estados Unidos já capturaram os dominadores? — perguntou Sr. Yoshikawa.

— Sim. — respondeu o representante da América. — Eu já disse á vocês. Por que a pergunta?

— Você está com Sam Watters, a Australiana. — disse Sr. Yoshikawa. — Ela é um perigo.

— Perigo? — o representante da América começou a rir forçadamente.

— Então quer dizer que a nova dominadora de Água é do meu continente? — disse o representante da Oceania. — Então eu tenho poder sobre ela.

— Não, você não tem. — disse o representante da América. — Lembra-se do tratado de dominadores?

O representante da Oceania revirou os olhos.

— Sua ideia pode falhar. — disse Sr. Yoshikawa. — Acha que toda essa mídia exagerada do seu continente pode tirar o foco disso? Eles podem descobrir. O que vai acontecer quando toda a população descobrir?

Então algo os atrapalha.

A porta rapidamente se abre, mostrando um homem um pouco mais velho que eles. Cinquenta anos? Talvez. Seus cabelos eram grisalhos e ele tinha uma pele pálida, e seus olhos eram azuis, com uma pontada de seriedade. Era John Wright.

— Olá, representantes. — ele disse calmamente, cumprimentando cada um deles e depois sentando a mesa. — Devem me conhecer, não? Caso não, sou John Wright, representante da Área 51.

— O que faz aqui? — perguntou o representante da Oceania. — Estamos no meio de uma discursão importante.

— Tenho informações sobre Sam Watters, a dominadora de Água. — ele disse. — Vão ficar maravilhados com o que essa garota de apenas dezesseis anos faz.


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Notas finais do capítulo

Então, pessoal, o que acharam? Acharam algum erro de português?
Ficou confuso a mudança de narrador nesse capítulo? e.e Eu fiquei muito em dúvida se eu iria botar essa outra narração para complementar, e acabei colocando :P

O que acham que vai acontecer no próximo capítulo, muhahaha ~le risada maléfica. Tretas lokas esperaram vocês u.u