The Four Secrets escrita por starqueen


Capítulo 6
Capítulo 5 - Armas.


Notas iniciais do capítulo

Wow, novo cap :D
Leiam as notas finais, ok? e.e



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/464385/chapter/6

Já havia se passado duas semanas.

Definitivamente, aquelas foram as piores semanas da minha vida todinha. É completamente irritante. Eles mandam completamente na sua vida, querem saber o que faz e o que não faz, e ainda te seguem para todo o local que você vai. Era treinamentos pesados todos os dias, e eu ainda tinha que aguentar aquela cara feia do General Rodriguez toda a hora. Sem falar no fato que dormimos apenas cinco horas por noite. Bem, normalmente eu durmo menos, mas, ninguém iria gostar de acordar com um soldado berrando e gritando no seu “quarto” — se é que eu posso chamar aquele cubículo de quarto — e ainda por cima comendo um monte de gororobas “saudáveis”. Não, eu não estou dizendo que eles nos obrigam a comer legumes e coisas saudáveis, eles praticamente nos dão apenas espinafre e um copo de água, para “testar nossas reações com comida não processada”.

Eu e Helena dividíamos um pequeno cubículo com duas camas de solteiro e só. Era escuro, estranho e muito frio, e eles não se importavam. O lado ruim, é que Helena não ia muito com a minha cara, e passava o tempo todinho reclamando dali. Nunca pensei que ingleses fossem tão frescos assim. Não que eu esteja sendo dramática, é que ela só sabia reclamar. Como eu tentava ser uma pessoa legal, eu sempre concordava com um: “É”, “Aham” ou “Sim”. Eu só falava essas três palavras com Helena. Nada mais.

Matt era muito irritante. Claro, de início eu até achei ele legalzinho, mas agora eu não quero ver a cara dele nem pintada de ouro com listras de prata. Ele era tão... Uh... Irritante? Implicante? Dono da razão? Impulsivo? Oh, bem, eu acho que entenderam o quão idiota ele é.

Eu apenas me dou bem com o Travis, ele é legalzinho. Claro, eu não converso muito com ele, mas, ele foi o único que até agora eu não briguei ou me desentendi. Bem, ele e Jeff definitivamente eram as únicas pessoas que tinham um pouco de cérebro nesse inferno americano. Eu falava mais com Jeff, e como Travis, ele também era legalzinho comigo. Bem, Jeff insistia em me chamar de “A garota da água” só pra me irritar, mas fora isso... É... Ele é legalzinho.

Estávamos no treino de armas. Deveria ser umas... Uh... Dez horas da noite? Mais ou menos isso, eu acho. Só iríamos sair daqui à meia noite, então, eu acho que vou passar mais duas horas treinando armas pra ver qual presta para mim.

— Essa espada não presta... — Gordon murmurou. Ele procurava entre várias espadas que eram “relíquias” gregas e romanas, já que na cabeça dele, eu parecia muito com guerreiros romanos ou gregos. Eu não posso concordar, já que não sei nada sobre Grécia ou Roma. Eu só sei que fica na Ási... Não, Europa. Fica na Europa, certo? Eu preciso urgentemente saber mais de geografia. Então, ele abriu um sorriso, pegando uma espada enorme e fina, com um brilho prateado. Sinceramente, não parecia ser de mais de dois mil anos atrás. — E essa? — disse sorrindo.

— Eu acho que não, General Gordon, e...

— Gordon. — corrigiu. — Quantas vezes eu vou ter que repetir isso, Srta. Watters?

— Por que eles te obrigam a me chamar pelo o meu sobrenome? — perguntei. — Isso é irritante.

— Normas. — respondeu. — Não queira entende-las. São no mínimo... estranhas. E eu acho que você não queira saber tudo sobre elas.

— Ah.

— Segure. — me deu a espada.

Eu revirei os olhos, sabia que não ia prestar, então segurei com a minha mão direita. Sim, eu sou ambidestra. Mas na maioria das vezes, uso a mão direita. Apenas por questão de costume mesmo.

Ah, e adivinha o que aconteceu? A espada ficou pesada demais.

Normalmente, eu não sou lá uma pessoa muito fraca. Mas eu admito que não sou muito forte. Tenho uma força “normal”. Mas essa espada era tão pesada que pensei que o meu braço fosse cair no chão na mesma hora. Tinha ferro — ou sei lá que seja esse metal — demais na base da espada. Nem o Hulk iria conseguir segurar essa maldita direito.

Desculpe, eu estou brincando. Nunca duvide do Hulk.

— Genera... Hã, Gordon. — me corrigi. — A espada ficou um pouco... Bem... Pesada.

— Tem que ter alguma arma... — ele murmurou, procurando entre as espadas. Nem parecia ter escutado o que eu disse, então eu apenas fiquei esperando me dar outra arma para ver se finalmente funciona.

Travis estava treinando com arco e flecha. Esqueci de dizer o quão ele é bom com arco e flecha? Vocês não fazem a mínima ideia. Aquela Katniss dos Hunger Games parecia um nada perto dele. E eu não estou exagerando. Ele era bom mesmo.

Helena usava uma adaga. Ela tinha muita habilidade com a arma, porém se distraía muito fácil. Eu achei estranho, Travis era o cara mais distraído que eu já vi. Definitivamente, Helena não era distraída. Menos quando está treinando.

Matt estava na mesma situação que eu: nenhuma arma prestava. Ele tinha um pouco mais azar do que eu, porque todas as armas que ele havia testado foram péssimas. Ele encarava isso com humor, e gostava de se chamar de “Boy on Fire”, como um trocadilho para a música da Alicia Keys. Jeff gostou disso e agora o chama de “Girl on fire” só para irritá-lo mesmo. Era bem engraçado.

Gordon pegou a espada que estava em minhas mãos, e rapidamente disse:

— Você e o Matt são casos complicados.

— Você não deu um revólver a ele. — disse. — Por não tenta?

Ele deu um sorriso largo, e se estivéssemos em algum desenho animado, uma lâmpada se ascenderia em cima da cabeça dele. Naquele mesmo instante, eu agradeci por não ser uma personagem de desenho animado ou qualquer coisa desse gênero.

— Claro! — Gordon disse. — Por que não pensei nisso?

Ele saiu correndo para a parte das armas e começou a procurar uma boa arma para o dominador de fogo. Helena olhou para Gordon de um jeito diferente, o estranhando. É, esqueci de dizer que Gordon é meio, bem, “esquisitinho”. Na maioria das vezes parecia que a sua mente estava dando uma volta em Plutão enquanto toma algum refrigerante. Não, não me pergunte como alguém pode dar uma voltinha em Plutão e tomar refrigerante, eu nem sei se é possível isso. Mas Gordon era tão estranho, que dava a impressão que sua mente realmente fazia isso.

— Nosso treinador é estranho. — Helena murmurou.

— Não me diga. — Matt respondeu com sarcasmo. — Mas, graças a garota da água, eu vou finalmente arrumar alguma arma. — disse a última frase sorrindo.

Eu quase matei Matt naquela hora. Ninguém merece. Agora ele também havia pegado esse apelido?

— Cala a boca, Summers. — disse com um pouco de mau humor. Matt revirou os olhos.

— Aqui! — ouvi Gordon gritar de alegria. Presumi que ele havia achado a arma de Matt.

Então ele veio correndo até nós, com algo que não parecia nada com um revólver. Definitivamente, não era nada parecia com um revólver. Era uma espada. Ela parecia bem mais recente comparada as outras — que tinham mais de 2 mil anos de idade —, essa parecia bem recente mesmo. Sua lâmina prateada brilhava, e seu cabo era completamente negro e forte, mas tinha um brilho meio esverdeado. Era... Incrível.

— Essa tem que prestar. — disse Gordon. — Tome. — ele me entregou a espada na minha mão esquerda, pegando a outra que estava na minha mão direita.

E como a espada era?

Perfeita. Essa era a única palavra que meu cérebro lembrava para poder descrevê-la. Ela era perfeitamente leve, sua lâmina era tão linda que dava até medo de usá-la, com receio de sujar ou até arranhar aquela lâmina incrível. A sua base era confortável, se encaixava perfeitamente na minha mão, como se fosse feita especialmente para mim. Eu pensei que ela estava assim porque estava na minha mão esquerda, então coloquei a espada na minha mão direita e a espada ficou a mesma.

— Então... O que achou? — Gordon perguntou.

Eu fiquei sem palavras.

— Per-Perfeita. — gaguejei. — Como...

— Ela foi feita em 2005, pelos os japoneses. Eles haviam feito uma breve parceria com nós, e em menos de um ano param de fabricar armas. — Gordon explicou, antes que eu terminasse a frase. Era como se ele soubesse o que eu ia dizer. — Japoneses sempre são bons em tudo. E sim, isso é um estereótipo. — murmurou a última frase.

...

— Hey. — eu ouvi uma voz familiar.

Rapidamente parei de treinar e me virei, olhando para quem dizia aquilo. Era Matt.

— O que faz aqui? — perguntei — Pensei que fosse dormir.

— Pedi a Gordon um tempinho pra treinar mais. — ele respondeu calmamente. — Gordon nos deixou com dois soldados perto da porta.

— Ah. — respondi.

Ele revirou os olhos.

— Por que você nunca responde algo que presta? — ele perguntou.

— Porque eu não quero. — respondi com um sorriso forçado e meio sarcástico, ele bufou. — Então, me faça o favor de ficar quieto e me deixar treinar em paz, Ok?

— E se eu não quiser? — ele perguntou, me provocando. — O que vai fazer, garota da água?

— Então eu lhe forçarei. — disse. — E, bem... Não será uma coisa muito boa, não?

— Então vá. Me force. — ele disse, me deixando completamente irritada por dentro. — Quero ver o que você pode fazer.

Eu me virei, respirando fundo e contando até dez. Droga, meus instintos parecem estar gritando no meu ouvido, coisas como: “Vá, mate-o!” “Faça o que ele pediu, sua retardada!”, mas a minha sanidade falava exatamente o contrário. E eu estava afim de escutá-la um pouco mais que os instintos.

Droga, eu não poderia fazer nada com Matthew. Eu sabia que não ia me controlar, e que depois ele iria acabar morrendo. Eu deveria estar contando até dez pela a sétima vez, mas aquilo não me acalmava de jeito nenhum. Matt não faz ideia de quem eu realmente sou.

— Bem, já se passaram alguns minutos. — ele disse. — Não vai fazer nada?

Eu me virei, e em questão de segundos, eu estava na frente dele, o encarando e olhando o mais fundo que podia em seus olhos. Ele se assustou.

— Co-como você foi tão rápi...

— Eu não lhe machucarei. — disse friamente, o interrompendo. — Não quero mais problemas para mim, entendeu, Summers? Então eu acho melhor você dar um fora daqui, porque, da próxima vez, eu não serei tão piedosa.

Se houver próxima vez eu também vou me segurar e tentar não fazer nada. Mas, talvez uma ameaça fria e assustadora possa mantê-lo longe de mim. Aquele garoto me causava um efeito completamente estranho, e, pra piorar, ele era bem irritante. Eu poderia arrancar sua cabeça em apenas um segundo se quisesse.

— O que diabos você é? — ele perguntou.

— Eu sou como você. — disse. — Eu apenas sei mais dos meus poderes. — dei uma pausa. — Saia daqui, Summers.

Ele deu um passo para trás e me olhou com sua respiração acelerada. Ele parecia estar com muito medo, o que era muito bom para mim. Talvez ele nunca mais falasse comigo ou ficasse enchendo o meu saco com coisas assim.

Ele foi saindo, quando chegou na porta, se virou para mim e olhou para o meu rosto, deu alguns passos em minha direção e ficou atrás de mim. Logo ele sussurrou em meu ouvido:

— Eu vou descobrir quem você é, Watters. — ele sussurrou. — Eu não desisto tão fácil, entendeu? Guarde essas palavras.

E ele saiu da sala.

Definitivamente, eu odeio esse lugar. E eu preciso ter algum plano de sair daqui logo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Hey people, capítulo meio leve, sem muita coisa e talz, mas logo teremos mais explicações e coisas assim :)
Então... MUUUUUUUUUUIIIIITO OBRIGADA kimmy queen pela a recomendação, sério, isso me deixou feliz pra caralho :D E também muuuuito obrigada a toda a galera que comentou no capítulo anterior, vocês são demais :D

Então, o que acharam desse capítulo? Tem algum erro de português? O que acham que vai acontecer? MUAHAHAHA ~le eu com olhar malígno e que ta planejando alguma cosia aê.