The Four Secrets escrita por starqueen


Capítulo 5
Capitulo 4 - O treinamento.


Notas iniciais do capítulo

Hey guys ^^
Então, DESCULPA a pequena demora, é porque, bem... Tipo, volta as aulas e talz, então por isso eu demorei um pouco :P



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Eu me sentia estranha.

Não no sentindo ruim, mas no sentido bom. Eu não estava daquele jeito desde... Bem, eu nem me lembro mais. Eu tomei um banho — nunca pensei que ficaria tão feliz por tomar um banho, sério — e troquei de roupa. Elas me deram para vestir uma regata branca, uma calça jeans preta e um tênis que era... All Star? Esse é o nome, não? Enfim, eu deveria parecer bem melhor e mais agradável. E isso era ótimo.

Depois disso, Beatrice e Tess me levaram para outra parte da Área 51 — claro, com dois soldados me segurando porque ninguém confia em mim — e aquele lugar parecia mais com uma quadra gigante, sendo que completamente cinza. Por um minuto, eu pensei que talvez aquela quadra gigante e cinza pudesse mudar as paredes apenas com uma única palma. Mas mudei de ideia e percebi que o governo americano não tem nem um pingo de criatividade ou autenticidade.

Matt, Helena e Travis também estavam lá, todos usavam roupas parecidas com as minhas, então eu presumi que eles passaram pela a mesma coisa que eu.

Quando aqueles guardas finalmente me soltaram, eu andei na direção deles, em puro silêncio.

Eu poderia muito bem fugir daqui, afinal, a quadra não tinha um teto, certo? Errado. Tinha sim um teto. Era como se fosse um teto invisível meio elétrico. Um toque, uma morte. Simples assim. Beatrice e Tess me fizeram questão de me mostrar isso, afinal, Wright disse a elas que eu sou meio impulsiva e completamente imprevisível. Do mesmo jeito que eu acho que ele é um velho chato e retardado querendo mandar na minha vida.

Logo General Rodriguez apareceu, com sua expressão nada boa. Eu comecei a me questionar se o rosto dele era realmente assim, naturalmente irritado e nada agradável. O latino — presumi isso pelo seu tom de pele e sobrenome, sem preconceito — parou de andar quando ficou na nossa frente, simplesmente nos encarando. Aquela expressão — ou seu próprio rosto — séria assustava mais que muitos filmes de terror por aí. Fazia a Carrie, Samara ou até o Jason parecerem poodles assustados.

— Estão prontos. — ouvi ele dizer. Eu fazia o máximo para olhar nos seus olhos castanhos. — Creio que já me conhecem, afinal, os quatro me viram antes. — ele deu uma pausa, olhando para cada um de nós — Bem, sinceramente, eu não vejo nada demais em vocês. São um bando de idiotas, toda a vez que erram devem usar a simples desculpa que são adolescentes ou qualquer babaquice, certo? — ele deu uma pausa, esperando por um “sim”. Não respondemos. Ele riu forçadamente. — Vocês não fizeram simplesmente nada de especial. Só nasceram com essa droga de habilidade, e, infelizmente, eu tenho pena de suas pobres e fracas almas.

— Vai ficar nós xingando ou nos treinar, senhor fodão? — provocou Matt. Eu me segurei para não rir. Matt estava completamente certo, e disse o que eu pensava naquele instante. Eu me forcei para não sorrir. Naquela hora, General Rodriguez simplesmente se calou e olhava fundo nos olhos de Matt, como se fosse o matar apenas naquele olhar.

— Matt Summers, dezesseis anos, americano, não? — disse General Rodriguez. — O tipo estereotípico de um garoto americano. Eu tenho pena de você, garoto. Não é porque faz umas chamas aparecerem em suas mãos que pode ser melhor que eu. — ele se aproximou de Matt, e em questão de alguns passos, ficou apenas alguns centímetros de distância dele. Matt tinha altura mediana, então, General Rodriguez deveria ter ficado no máximo uns três centímetros mais baixo que ele. Mas de qualquer jeito, General Rodriguez era mais velho, alto e forte. Eu não achava aquilo tão justo.

Então Matt cuspiu na cara dele.

Eu quis bater palmas por essa atitude, mas me segurei. Pensei que General Rodriguez fosse mata-lo naquela mesma hora, com apenas um único e simples golpe. Ele cerrou seus punhos rapidamente, e quando ia fazer algo...

— Hey, General Rodriguez! — ouvi um garoto gritar.

A “pré-briga” foi interrompida. General Rodriguez rapidamente se virou, a procura de quem gritava isso. Era um garoto. Ele parecia correr que nem um louco, como se estivesse passando a notícia mais importante de todo o século. Não demorou muito para que chegasse até nós, já que estava apressado até demais.

— O que foi, Jeffrey? — naquele instante, a voz do General Rodriguez ficou suave, e eu fiquei assustada. Por que ele estava sendo assim com aquele garoto? Ele estava quase brigando com Matt! Ninguém pode mudar tão fácil de emoções desse jeito! Quem era aquele garoto?

— Jeff. — corrigiu o garoto, ele estava meio . — Pai, eu acho que... — ele virou nossa visão para nós. — Esses são os dominadores? Wow, que foda.

General Rodriguez o lançou um olhar meio que o repreendendo pelo o palavrão.

Logo eu pude perceber como era o garoto.

Ele era alto, bem alto mesmo. Parecia ter seus dezoito anos de idade. Ele era branco, com um tom de pele meio pálido e usava um gorro cinza. Seus cabelos eram castanhos escuros e alguns fios caíam pelo o seu rosto. Ele tinha um alargador, e um pouco em baixo da sua boca ele tinha dois Piercings, um de cada lado. Seus olhos eram castanhos claros, quase num tom cor de mel, e sinceramente, com a luz do sol batendo em seu rosto, ficava lindo. Ele usava uma camisa xadrez vermelha, e por baixo, uma camisa preta normal. Sua calça jeans estava bem surrada, e meio rasgada na altura do joelho. Seu All Star preto estava completamente surrado, e um pouco sujo também. De certo modo, ele era até que meio bonito.

Então foi mais ou menos aí que eu percebi quem ele era.

Ele era o filho do General Rodriguez.

A primeira coisa que passou na minha mente foi: que mulher burra iria... Uh... Você sabe... Com o General Rodriguez? Sério mesmo? Essa mulher era cega? E segundo: como esse garoto iria aguentar tem um pai tão irritante assim?

— Diga logo. — General Rodriguez disse pausadamente.

— Eu... Eu só queria ver se eles realmente estavam aqui. — disse o garoto. — É verdade que tem um dominador de água? Quem é?

General Rodriguez revirou os olhos.

— Advinha. — ele disse.

O garoto se virou, olhando para nós, e analisando cada milímetro da nossa aparência. Ele parecia um pouco confuso. Logo se virou para o pai.

— Nenhum deles tem olhos azuis. — o ouvi dizer em voz mais baixa. Logo se virou para nós e perguntou rapidamente: — Quem é o dominador de água?

Eu respirei fundo e levantei a minha mão.

— Eu. — disse. — Algum problema?

Ele arregalou os olhos.

— Vo-você é loira! E não tem olhos azuis! — ele disse. — Como ela pode ser...

— Jeffrey... — General Rodriguez disse de um modo autoritário.

— Jeff. — corrigiu o garoto. Logo eu percebi que o nome dele era Jeff. Ele revirou os olhos, deu meia volta e disse: — Wright disse que depois desse treinamento seu, você teria que leva-los até as salas das armas, no sétimo andar.

E foi andando para longe.

Eu achei ele meio estranho, mas decidi não falar mais nada. Os dominadores tinham alguma aparência “padrão”? Eu não sabia. Mas do jeito que o garoto dizia, parecia que sim. Pensei que dominadores de água tivessem olhos azuis, ou cabelo castanho, quem sabe. Do jeito que ele falou, deu até a impressão que eu não era quem eu pensava que era.

Ele era estranho e me fez sentir completamente estranha.

— O garoto era Jeffrey? — perguntou Travis.

— Isso não importa. — disse General Gordon. — Como eu dizia, hoje é o primeiro treino de vocês. Creio que sabem que serão treinados até seus vinte e um anos de idade, onde vocês finalmente estarão na fase adulta e nós perderemos parte de nossa autoridade sobre os quatro. Então, vocês quatro não são nada e não merecem...

Ele começou. O mesmo discurso idiota que havia dito antes. Eu bufei de raiva, então não prestei mais atenção no que esse chato irritante dizia. O que o tal de Jeff havia dito não saia da minha mente, e por algum motivo estranho, o meu cérebro masoquista ficava repetindo aquela frase mil vezes na minha mente.

Vo-você é loira! E não tem olhos azuis!, sua voz ecoava. Como ela pode ser...

Pelo o visto, havia muitas coisas que eu precisava saber.

...

O primeiro treino foi uma merda.

Não, chamar o primeiro treino de merda seria um xingamento a merda. Foi terrível, um saco, puxado demais, e de dez palavras que General Gordon dizia, onze eram xingamentos a nós e pelo fato de sermos “um bando de adolescentes mimados e fracos”. Eu me aguentava para não dar um soco naquela cara idiota dele, e pra piorar, meu cérebro masoquista ficava repetindo o que Jeff dizia. Para qualquer pessoa, aquilo não parecia lá uma coisa muito reveladora ou interessante, mas para mim era. Então os dominadores tinham alguma aparência típica? Tipo olhos azuis ou sei lá mais o quê?

Eu estava cansada demais. Nunca me senti tão cansada e esgotada na minha vida. Todo o meu corpo doía, da minha cabeça até a ponta dos meus pés.

General Rodriguez pegou pesado com nós, principalmente com Matt, como se fosse uma punição pelo o que fez antes. Ele gritava conosco a cada cinco segundos, nos obrigava a correr arrodeando aquela quadra enorme umas cinco vezes, e ficava jogando na nossa cara toda a hora em como nossa geração era uma droga e como éramos uma vergonha para toda a humanidade.

Esse cara fazia o próprio satanás parecer legal.

Logo, quatro soldados nos levavam para um lugar meio afastado. Pensei que fosse o segundo treino, com General Gordon. Só de pensar que teria outro treinamento, eu queria cometer suicídio, sem nenhum exagero. Eu não me lembrava o que esse cara iria nos ensinar a fazer, mas eu tinha a leve sensação que ele iria fazer quase a mesma coisa que General Rodriguez fez, sendo que, provavelmente, de um jeito diferente.

Os soldados nos levaram a um elevador, o que eu sinceramente, achei estranho. Não havia andares na Área 51. Aqui não existia edifícios ou coisas do gênero. Então, por que eles iriam colocar elevador num local onde não existe andares? Era bem estranho.

Foi aí que me surpreenderam.

Um soldado apertou um botão, que era -7. Logo senti o elevador descer numa velocidade tão rápida, que pensei que iria vomitar todos os meus órgãos. Travis acabou caindo no chão, o que eu iria rir, caso também não estivesse quase caindo. Matt estava com uma expressão assustada, e Helena parecia se segurar bem, não tanto, mas se segurava bem comparado a nós três. E os soldados riam da nossa cara e murmuravam algo como: “Amadores...”. Eu e Matt nos entreolhávamos rapidamente, mas eu não tinha lá tanta certeza o que significavam aqueles olhares.

Então o elevador parou.

Ele parou numa velocidade tão grande, que eu e Matt caímos no chão ao mesmo tempo. Helena segurou a risada, mas ajudou nós três — eu, Matt e Travis — a se levantar, então, os soldados nos levaram a algum lugar, em linha reta.

O que eu poderia dizer sobre esse lugar?

Estranho, incrível e ao mesmo tempo, surreal. Tinha andares debaixo da terra. Como não pensei nisso? Deveria ter, no mínimo, uns sessenta andares por debaixo da terra — eu vi nos botões do elevador —, e eu mentalmente batia palmas para eles. Isso era genial. Eles podiam fazer qualquer coisa aqui e ninguém jamais viria ou até imaginaria que ao menos isso existe. Era incrível. Tinha mais tecnologias aqui do que numa loja da Apple ou da Microsoft, e faria o Bill Gates, ou o falecido Steve Jobs se roerem de inveja. Bem, se eles não estiverem metidos com isso.

Outra coisa que eu esqueci de dizer: marcas famosas do mundo todo ajudam a Área 51. É, isso mesmo que você leu, é como se existisse uma elite oculta — não, não tem nada a ver com essa história de Illumitati ou algo assim — ajudando o governo americano em explorações e planos considerados “sobrenaturais”. Era algo tão inteligente e amplo, que faria as pessoas normais se sentirem revoltadas com tamanha mentira e enganação. E, claro, eles eram tão expertos que praticamente “reviveram” o mito dos Illuminatis, e fingem ser eles, para enganar muitos fanáticos por aí. Enquanto vários fanáticos perdiam horas e horas pesquisando sobre Illuminatis e achando que tem controle mental ou até venda de alma ao demônio, na verdade, isso não se passa de pura mentira para enganar as pessoas. O que eles realmente fazem, era operações completamente secretas a coisas sobrenaturais. Metamorfos, vampiros, lobisomens, e nós, dominadores, os mais importantes. Tudo isso existe. Sendo que é muito bem escondido. Empresas como a Disney, Viacom, Sony, Universal... Todas envolvidas nisso.

Isso era uma grande e perfeita mentira.

Eles nos levaram até uma pequena sala, e ficaram na porta, nos vigiando, caso tentássemos fugir. Eu os compreendia perfeitamente, eles desconfiavam muito de nós quatro, principalmente de mim, que já tentei fugir duas vezes em um único dia.

A sala não era tão grande comparada as outras, mas tinha mesas e várias armas nelas. Armas de todos os tipos e épocas estavam lá. Tinha de lanças até revólveres.

Um homem negro e alto entrou, e logo reconheci quem era: General Gordon. Diferente do Rodriguez, ele deu um sorriso tímido para nós, e logo ficou em pé na nossa frente, com uma expressão meio feliz, eu acho. De certo modo, ele me lembrava o meu falecido pai. Mesmo sendo bem diferentes fisicamente.

— Bem, eu sou o General Gordon, vocês devem saber. — se apresentou. — Bem, vocês precisam de armas. Principalmente para a defesa. E..

Ele começou a falar um monte de coisas que eu não prestei muita atenção. Logo começou a falar da Grécia e Roma antiga, sobre suas espadas e lanças perfeitas demais para sua época, eu quase dormia em pé de tanto tédio. Então ele partiu para a idade média, e depois para a Segunda Guerra Mundial, então eu me questionava se aquilo era para treinar armas ou uma aula de história.

...

A aula não foi tão ruim.

General Gordon me fez segurar um monte de espadas, mas nenhuma delas prestava para mim. Sempre eram pesadas ou leve demais. Ele disse que eu era boa com espadas, mas infelizmente, não tem nenhuma que preste para mim. Ele também me fez segurar um monte de lanças, e nenhuma deu certo. Eu tentei usar arco e flechas, mas, infelizmente, eu não sou nenhuma Katniss da vida. Revólveres? Sem pensar. Eu tinha uma péssima mira.

Ele me assegurou que eu iria arranjar alguma arma “perfeita” para mim, mas eu tinha a pura certeza que não iria encontrar.

Os soldados nos levavam até o elevador rapidamente, e eu estava cansada para olhar o redor e perceber as coisas incrivelmente fodas que havia ao meu redor. Meu corpo clamava por descanso, e isso eu não poderia negar.

Até que um idiota esbarrou em mim.

Olhe, se eu não estivesse na Área 51, eu prometo que iria, no mínimo, xingar essa pessoa de todos os palavrões possíveis. Mas como eu decidi usar o cérebro pelo menos uma vez na vida, eu estou tentando fingir ser uma pessoa legal, para dar logo um fora daqui.

E adivinha quem foi o idiota que esbarrou em mim?

Alto. Magro. Alargador. Cabelo castanho escuro. Olhos castanhos. Era o tal de Jeff.

— Ei! — ele gritou. — Não vê aonde anda, loirinha?

— Eu não tenho culpa se você é cego. — disse.

Ele pareceu reconhecer o meu rosto.

— Merda... — ele murmurou. — É a garota da água. Olhe, desculpe, mas...

— Vamos. — um soldado disse me puxando, e antes que eu pudesse levar algo, já havíamos entrado no elevador. Eu apenas podia ver Jeff olhando para mim de longe, apenas me observando.

— Quem esbarrou em você? — Travis perguntou.

Ninguém. — respondi calmamente.


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Notas finais do capítulo

O que acham? e.e
Eu queria que fosse menor, mas infelizmente, eu tenho meio que uma ideia do que vai acontecer, e só paro de escrever quando eu termino ela. Por isso os capítulos estão ficando enormes : Esse capítulo não aconteceu lá tanta coisa, mas nos próximos a história se desenrola :D
Eu tava ansiosa pra caralho, pq tipo, esse capítulo vocês conhecem o Jeff :3 Eu acho que vocês já podem esperar coisas demais dele como personagem, pq tipo, ele é foda u.u -sqn
Ah, caso tenha algum erro de português nos comentários é só dizer, ok? Eu ainda estou no oitavo ano, então eu não sou nenhuma expert de português (ainda u.u).
Eu já ia me esquecendo, cara, eu gostaria de agradecer muito aos reviews de vocês, sério, vocês são fodas demais < 3 Vocês fazem essa fanfic ser o que é :3