The Four Secrets escrita por starqueen


Capítulo 21
Capítulo 20 - A cidade da fama.


Notas iniciais do capítulo

Novo capítulo o/

MUUUUITO OBRIGADA pelos os reviews, sério, vocês são fodas o/

E aqui estou, toda inspirada e postando aqui ahsuahsuas E nesse cap teremos outro novo personagem... Ou não ahsuahss Se bem que ele apareceu bem antes aqui, porém vocês não sabiam o nome dele :3 Ah, e eu fiz esse capítulo estuprando o replay de R U Mine? do Arctic Monkeys, então...

Espero que gostem :3
Here we go...



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/464385/chapter/21

Lar doce lar. Ou como eu chamo, inferno azedo inferno.

Depois da luta — o que deu muito errado após um tempo —, os soldados resolveram interferir e rapidamente nos tiraram de lá. Isso significava que Travis e Matthew estavam praticamente “à beira da morte” — mentira, eles falavam isso para parecer mais dramático — e Helena estava começando a ficar fraca demais, já que havia usado toda a sua energia inicialmente. Eu também estava péssima, sentia as mesmas coisas que eles e estava sangrando bem mais, mas até que eu conseguia esconder isso muito bem.

Pela a primeira vez, eu nem ao menos me neguei ou fiz qualquer besteira para não entrar na Área 51. Eu ainda não me rendi, mas estava começando a usar a minha cabeça. Ao menos na Área 51 iriam curar meus ferimentos e ao menos iriam me dar um lar temporário, o que pode me ajudar por no máximo alguns messes. Eu não pretendia mais fugir.

Era de manhã, provavelmente, deveria ser bem umas nove ou dez horas. Eu havia acabado de acordar. Eu sentia como se todo o meu corpo tivesse sido esmagado por um tiranossauro Rex, mas eu estava bem. Completamente bem.

Eu estava na enfermaria, e tinha quatro dias de descanso para que eu finalmente me recuperasse e depois pudesse voltar a tortura que eu tinha aqui. Já estava até preparada para ouvir General Rodriguez berrar no meu ouvido, e também tinha 50% de certeza que eu talvez seja realmente sentenciada a pena de morte. Mas, sinceramente, seria bem idiota caso eles me curassem e depois me matassem com a pena de morte.

A enfermaria era algo bem separado, já que ela era bem enorme e costumava a tratar as pessoas por quatro níveis: Ferimentos leves, medianos, graves e quase morte. Eu estava no nível de leve, o que era um lugar enorme com várias camas, como um pronto de socorro do hospital. Mas, ontem, quando eu cheguei aqui me classificaram no nível mediano, e eu me curei bem, então, agora eu estou aqui.

Havia vários soldados feridos. Alguns com a perna quebrada, outros que haviam acabado de amputar algum membro do seu do seu corpo, aqueles que estavam quase recuperados de algumas cirurgias e aqueles que estavam tendo suas queimaduras cuidadas. Eu estava me perguntando se esse era o nível de ferimento “leve”, imagine só o nível de grave ou de quase morte. Tinha tantos ferimentos terríveis aqui, que, se fosse um filme, teriam que criar uma classificação bem maior do que a de dezoito anos.

Eu estava com muita preguiça, e o meu cansaço era tanto que eu tinha vontade de me virar e dormir de novo, mas eu não podia. Uma nova imagem havia surgido na minha frente. Algo que com certeza não significava descanso ou qualquer coisa assim, era conflito. Merda, eu ia ter mais conflito.

Sinceramente, quando eu iria ter um pouco de paz?

Eu vi um homem engravatado de meia idade, com quatro soldados ao seu redor que eram extremamente saudáveis e fortes, o que me fez concluir que nenhum deles iria curar algum ferimento. Eles começaram a falar com um médico, que inicialmente parecia negar alguma coisa, mas rapidamente cedeu. Era Wright e seus soldados. E eu tinha certeza que eles iam falar comigo. Adeus quase paz.

Ele andava em minha direção com um sorriso forçado, e com um leve toque de sarcasmo, o qual ele nunca conseguia fazer direito. Ele olhava fixamente para mim, e andava na direção da minha cama.

— Sam Watters, a dominadora de água! — ele exclamou, com um pouco de felicidade na voz, o que era estranho. — O gênio que conseguiu escapar três vezes e ainda fugiu de uma pena de morte! Como está?

Ele já estava bem próximo de mim. Eu me assustei com o que poderia responder. Eu tinha que tentar de ser passiva e fácil de se dar, assim o tempo aqui passa mais rápido e eu paro de me ferrar tanto.

— Hã, bem. Eu estou bem. — disse.

— Fico feliz de que esteja aqui, garota, você é o maior gênio que nós já vimos aqui. — ele dizia, ainda feliz. — Conseguiu fugir três vezes do lugar que é classificado como um dos mais rigorosos e seguros do mundo!

Eu me lembrei dos ataques dos The Owners quando ele disse “seguro”.

— É. — concordei sem ter o que falar mais.

— Ah, não fique assim, jovem dominadora. — ele disse. — Eu vou lhe apresentar uma amigo meu, ele nasceu no mesmo país que você, aquele país, hã... — parecia tentar se lembrar o nome.

— Austrália? — o lembrei.

— Exato! A Austrália! — ele disse. — Onde está o Sr. Webb? — desta vez perguntou ao soldado.

— Ele está vindo, senhor. — respondeu o soldado, com educação e muito temor em sua voz.

Em questão de um minuto ou menos, eu vi um homem andando na direção de Wright, ele era um engravatado também. Seu cabelo era castanho claro, e era perfeitamente arrumado graças as toneladas de gel que ele havia passado. Seus olhos eram azuis bem claros, e sua pele era bem bronzeada, porém, não daquele tipo de bronzeamento artificial. Ele andava com a sua coluna mais do que ereta, e parecia manter seu peitoral inflado para parecer mais forte ou até demonstrar mais poder do que possui.

— Desculpe pela a demora, Wright. — disse o engravatado. — Eu tive reuniões especiais.

— Certo, Sr. Webb. — disse Wright, pela a primeira vez, se “rendendo” ao poder de outra pessoa. — Creio que saiba quem essa garota é.

— Sam Watters? — ele perguntou a mim.

— Sim. Sou eu. — disse.

— Nossa, Wright, eu pensei que ela fosse, hã, diferente. — disse o engravatado. — Eu pensei que ela fosse mais alta e que parecesse mais forte. E ela não tem olhos azuis e nem tem nenhum traço de descendência nativa.

— Eu te disse, Sr. Webb, nessa geração os traços e lugares mudaram. — disse Wright. — Essa garota foi o gênio que conseguiu escapar daqui três vezes, e agora acabou de escapar de uma sentença de morte. Ela representa bem seu continente.

O homem deu um sorrisinho.

— O primeiro dominador da Oceania é um dos mais fortes que existe. — disse sorrindo. — Garota, quantos anos tem?

— Dezesseis. — respondi.

— Eu já lhe disse, Sr. Webb. — disse Wright. — Ela é muito jovem, seria uma boa arma, certo?

— Foi um prazer lhe conhecer, Srta. Watters. — disse o engravatado. — Falaremos mais tarde, em Los Angeles.

— Los Angeles? — perguntei, confusa.

— Eu vim para lhe contar isso. — disse Wright. — Você e os outros três dominadores irão viajar para Los Angeles hoje de noite, precisamos concluir alguns treinamentos lá e fazer outros testes. E claro, pegar logo o diploma do ensino médio de vocês para finalmente poder começar o treinamento de verdade.

— Eu não tenho nem o diploma do ensino fundamental. — disse. — Como vai...

— Não queira saber. — Wright me cortou com frieza em sua voz.

— Espere, não tem o diploma do ensino fundamental? — perguntou o engravatado. — Srta. Watters, poderia me explicar isso.

Wright revirou os olhos.

— Sr. Webb, isso não é importante.

— Eu preciso saber. — disse o engravatado. — Você fez até que série?

— Eu estudei até a metade da 3ª série. — eu disse, sem mentir.

O engravatado lançou um olhar quase que assassino a Wright.

— Você me disse que ela tinha no mínimo o ensino fundamental completo. — disse o engravatado a Wright.

— Eu supus. — ele disse. — Eu não prometi nada, Sr. Webb.

Então, o engravatado me lançou alguns olhares e logo foi embora, junto com Wright e seus soldados de merda.

É, eu ia para a famosa Los Angeles.

[...]

Já era mais de meia noite.

A única coisa que eu ouvi era algumas canções do Arctic Monkeys, que Helena ficava dando replay toda a hora — depois de um certo tempo, já ficava até irritante. Incialmente, Matt e Travis reclamaram e discutiram um pouco com Helena, também querendo o direito de escolherem suas próprias músicas, porém Helena ganhou, usando argumentos tão inteligentes que me fizeram sentir muito burra. Mas, se ela repetisse mais uma vez esse maldito CD eu juro que iria quebra-lo.

Uma dica para não estragarem um artista ou banda: nunca fique dando replay em uma música ou CD mais de vinte vezes seguidas.

Nessa hora, estava tocando uma música chamada “R u Mine”, eu só sabia o nome porque eu perguntei a Helena e depois pedi para que ela parasse (ela negou), e sem falar que o vocalista ficava dizendo no refrão: “Are you Mine?”.

Estávamos em um pequeno jato particular, o que soava como algo super foda e até me fazia sentir como uma pessoa interessante e rica. Mas, ao contrário do que devem pensar, era pequeno, cinza (como tudo na área 51), entediante e ainda por cima veio Wright e um tal de Sr. Webb na frente, e nem preciso falar que nós quatro estamos aqui atrás sendo “supervisionados” por uns três soldados.

Ao todo, deveria ter umas nove pessoas aqui.

Eu deveria estar parecendo um cadáver ali, eu estava tão entediada que poderia fazer as músicas da Lana Del Rey algo completamente incrível e animado. Sinceramente, eu não fazia ideia porque Wright inventou de ir a Los Angeles do nada e também nem queria fazer ideia porque “cancelaram” minha sentença de morte de um jeito tão fácil e simples, como se fosse algo completamente normal. Estavam até me tratando bem, o que nunca aconteceu antes, não importe o quão importante eu era ou sou.

— É impressão ou a garota Watters está morta? — Matt perguntou em um tom de que não queria resposta. Ótimo, ele começou.

— Talvez ela esteja aqui porque uma certa pessoa não tira logo essa música de merda. — disse Travis olhando para Helena, tentando voltar uma briga perdida.

— Aceite, eu ganhei. — disse Helena.

— Você não ganhou! Só começou a falar coisas estranhas e...

— Quer que eu continue a falar mais coisas estranhas que você não tem capacidade de entender? — disse Helena, desafiando Travis.

— Calem a boca, vocês dois parecem dois ridículos. — disse.

— Finalmente ela falou algo. — disse Matthew.

— Você também. — disse a Matthew. — Dá pra calar a boca e me deixar em paz?

— Não. — disse Matthew. — Por que está tão quieta, loirinha?

Eu não iria admitiu que estava pensando em Jeff, sua irmã e até o Aaron Knight, o cara bizarro que simplesmente apareceu do nada e desapareceu do nada, falando coisas estranhas. Ou seja, eu estava mergulhada em todos os pensamentos e possíveis respostas do que realmente aconteceu ontem à noite.

— Apenas cale a boca. — o respondi.

— Certo, senhorita rebelde, eu vou me calar. — respondeu Matthew. — Mas não hoje, eu estou com preguiça.

— Eu vou te fazer engolir essa preguiça. — o ameacei. Em questão de segundos, eu rapidamente fiz água surgir em minhas mãos e lancei na cara dele.

Travis riu.

Matthew revirou os olhos, mas não secou a água em seu rosto.

— Ela está quente, Watters. — ele disse. — Exatamente como eu. Quer provar?

O som da música ficava mais alto e forte, agora, estava no refrão.

— Chega! — disse Helena. — Vocês dois não, pelo o amor de Deus! É meia noite, estamos sobrevoando sobre a Califórnia, e eu não quero ver nenhuma briga idiota dos dois agora! Qual o problema de vocês?

Ele é irritante. — disse.

Ela é muito irritante. — disse Matthew.

Agora tinha um solo bem curto de guitarra na música.

— Isso não importa. — disse Helena. — Vocês nem tem um pingo de educação?

Eu não respondi nada. Só queria o doce silêncio naquele lugar.

Agora a música tinha ido numa parte calma, onde eu só poderia ouvir a voz do vocalista cantando.

E eu voltei a pensar no que realmente havia acontecido ontem e como diabos eu poderia ter escapado de uma pena de morte e agora ser louvada por Wright e esse tal de Sr. Webb, que parece me idolatrar como se eu fosse uma messias.

Então algo me tirou desses pensamentos.

— E voltamos ao silêncio. Ótimo. Hã, garota da água, poderia ao menos parar de ter essa cara de está pensando em algo inteligente e voltar a falar merda? Eu estou muito entediado. — disse Matthew.

Então voltou ao refrão da música.

Eu olhei para Matthew praticamente o desprezando.

— Eu quero que você morra, Matthew. — disse por final.

Então a música terminou.

[...]

Já era duas da manhã.

Fazia um tempinho que pousamos em Los Angeles, então, Wright e seus soldados tentaram agir o mais “discretamente” (lê-se não discretamente), e simplesmente cismou em ir ao melhor hotel da cidade e simplesmente pegar o seu último e penúltimo andar. Olhe, se eu estivesse chegando em uma das cidades mais idiotas dos Estados Unidos com quatro dominadores, soldados e agindo suspeitamente, jamais iria fazer uma coisa idiota dessas.

E como é óbvio, Wright ficou na cobertura (só para ostentar todo o dinheiro que esse idiota tem), e no penúltimo andar, separou os quartos. Um para eu a Helena, outro para Matthew e Travis, e uma suíte quase que perfeita para o Sr. Webb. Os argumentos de Wright foram que: “Eu não vou misturar garotos e garotas adolescentes para que não ocorram futuros imprevistos óbvios”, o que me fez pensar de como seria irônico caso eu e a Helena sejamos lésbicas, ou o Matthew e Travis sejam gays. Eu nunca pensei que ia querer ser lésbica só para irritar Wright, o que é muito infantil de minha parte.

Eu me sentia muito cansada, e com sono, o que era um milagre, já que eu era aquele tipo de pessoa que demorava a dormir e tinha muita insônia. Não demorou muito para que Helena murmurasse um “Boa Noite” para mim e rapidamente se jogasse na cama, pegando no sono. Eu me deitei, e mesmo que estivesse com um pouco de sono e completamente cansada, eu ficava me virando e tentando me tirar de meus pensamentos, tentando dormir. Porém, era algo impossível.

A noite anterior não saia da minha cabeça. Eu só conseguia pensar em Jeff, e estava começando a cogitar que eu talvez tivesse uma queda ou qualquer coisa do gênero. É, eu sei, isso é patético. Amor e qualquer coisa do gênero apenas são coisas idiotas criadas pelas as pessoas para nós possamos perder tempo, e no final (acredite, SEMPRE tem um final), fiquemos chorando que nem uns idiotas por causa dessa pessoa. É, eu não acredito em amor. E tenho todo o orgulho do mundo em dizer que eu jamais me apaixonei.

Então eu decidi me tirar desses pensamentos e abri meus olhos, só para olhar a escuridão daquele lugar e talvez puder pegar sono de olhar tudo aquilo.

O problema era o seguinte: não tinha só escuridão ali.

Eu vi um corpo se mexendo, aham, típica cena de filme de terror. Esse corpo se aproximava de mim, em passos silenciosos, mas fazendo o máximo para andar rápido em puro silêncio.

Aquilo me era familiar.

— Sam... — murmurou. Era uma voz familiar. Matthew, claro.

— Matthew...?

— SHH! — ele disse. — Eu preciso que me ajude.

— O quê? — perguntei, quase sussurrando.

— Eu ia pedir ajuda do Travis, mas, ele é muito certinho e não ia topar. Pensei na Helena, mas ela também é assim, então você foi a última alternativa. — ele explicava em voz baixa. — Por favor, vem comigo.

— Não, Summers. Me deixe em paz.

— É sério. Você acha mesmo que eu iria pedir a sua ajuda se não fosse algo realmente importante? — ele disse — Diferente do Wright, eu sei que você e um lixo e não fico puxando o seu saco só porque sabe controlar a droga de alguns litros de água.

— E eu te odeio mais, Summers. — disse. — Saia daqui.

— Por favor.

— Eu vou chamar o Wright.

— Ele está muito ocupado com as prostitutas de Los Angeles lá em cima, é sério, Sam! Por favor...

Eu respirei fundo e me preparei para dizer outro não.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

ASHUSHAUSHAUS, então, povo lindo, o que vocês acharam? :3 eu fiz tudo isso hoje, sabe, naquele clima de empolgação cheia de criatividade e querendo postar isso logo ahsuahsuas Mentira, eu tava revoltz pq é páscoa e eu só comi uns chocolates de uma caixinha de chocolate enquanto meus amigos esfregam seus 849494 ovos de chocolate na minha cara ahsushuas se bem, que eu decidi não ganha ovo e troquei isso por uns 100 contos que eu gastei ontem no habibbi's que nem uma babaca e.e

Enfim, parando de falar da minha vida (que não é interesante), o que vocês acharam? Quem poderia ser esse tal de Sr. Webb? HUUUUUM '-' Okay, comentem aê pessoal :) Caso tenha algum erro de português é só dizer. Aceito críticas construtivas tbm ^^