The Four Secrets escrita por starqueen


Capítulo 2
Capítulo 1 - Capturada.


Notas iniciais do capítulo

Wow, finalmente começando a fic com esse capítulol o/
Espero que gostem :D



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/464385/chapter/2

Eu acordei em um quarto pequeno.

Havia quatro camas de solteiro, e era completamente fechado, como se fosse um pequeno cubículo, o que talvez seria um pesadelo para qualquer claustrofóbico. Eu não me senti assustada, já era a segunda vez que eles realmente me pegavam. Só conseguia pensar em como eu poderia ter sido tão burra em deixá-los me capturar, como se eu fosse um animal selvagem ou algum item raro e caro.

Eu me chamo Sam. Na verdade, meu nome é Samantha Watters, é, meu nome não é estranho e não tem nenhum significado. É normal, e isso me agradava um pouco. Não estava afim de ser uma outra messias ou qualquer coisa assim.

Tenho dezesseis anos, quase dezessete. Moro na Austrália, não em uma cidade específica, porque... Bem, sem querer parecer alguma delinquente juvenil, mas eu costumo mudar de cidade a cada mês, algumas vezes antes, outras vezes depois de um mês... Normalmente é uma questão de tempo até que eles me percebam e eu tenha que partir.

É, esta é a minha realidade.

Antes que eu pudesse pensar em mais algo, a porta se abriu. Sinceramente, eu não estava lá tão surpresa como na primeira vez, há vários anos atrás.

Era a Área 51, muito famosa no mundo todo, talvez pelo o seu grande mistério e segredos que a cercam. Existem várias teorias sobre este lugar, porque, que tipo de paranoico não iria adorar essas teorias? Bem, tem teorias de que aqui tem Ovinis, armas de destruição em massa, documentos super secretos, a história "verdadeira" da Segunda Guerra Mundial... É, seria uma pena se eles descobrissem para que realmente serve este lugar. Ficariam frustrados até demais com a realidade daqui.

As portas daqui são automáticas, sem falar que a tecnologia aqui é tão alta que faria o resto do mundo parecer lento e atrasado. Definitivamente, eu não gostava muito aqui. Talvez porque me fazia lembrar que estava nos E.U.A, e que daria um trabalho mil vezes maior para eu fugir, atravessar o mundo, e por fim, chegar na Austrália.

Assim que a porta abriu, eu vi um homem.

Ele usava aquela típica roupa de general, talvez era um homem muito importante para o FBI, CIA ou o exército americano. Sua pele era branca, tinha uma cicatriz no rosto, e seu cabelo negro era curto e meio espetado. O homem ficava com o seu peitoral inflado, como se quisesse parecer mais assustador e fortão do que já é. Tinha alguns distintivos, e tinha altura mediana, talvez alguns centímetros mais alto que eu. Seus olhos eram completamente negros e sérios, e só de olhar para aquele brutamonte completamente sério eu pensei que para escapar dali seria mais difícil do que da última vez.

Ele olhou para mim, como se tivesse nojo ou medo.

— Venha comigo. — o homem disse autoritário.

Andou em minha direção, e segurou meu pulso com força, como se fosse arrancar ele ali mesmo, sem dó ou piedade. Antes que eu pudesse protestar ou dizer algo, o homem foi andando, e eu fui praticamente obrigada a segui-lo. Ótimo, outra coisa que mudou aqui: eles costumam a usar a força física mil vezes mais que há quatro anos.

— Ei! — protestei. — Vai arrancar meu pulso, o senhor general fodão que se acha o tal?

Ele parou de andar e olhou para mim secamente.

— Cale a sua boca, dominadora de água. — disse autoritário. — Sua rebeldia vai acabar, chega de viver fugindo de nós, ouviu? Faz quase duzentos anos que não temos um dominador de água.

Revirei os olhos.

Como sempre, eles me achavam apenas uma peça no tabuleiro deles. Só porque desde 1815 não nasce nenhum dominador de água, não justifica os problemas que acontecem no mundo.

— E se eu não dominar água? — disse. — E se eu for apenas uma... Humana?

— Vários policiais do seu país natal já relataram sobre você. — ele disse. — Costuma a confundi-los e depois fugir. Garanto que não será o mesmo aqui, Watters.

Revirei os olhos. Que cara chato.

Não respondi nada, e ele continuou a andar quase arrancando o meu pulso. Eu não prestei atenção nas coisas que tinham ao meu redor, já vi antes, eram muito avançadas, tecnologias que só seriam apresentadas a humanidade talvez daqui a uns quinze ou vinte anos, no mínimo. Eu não sei direito como eles desenvolviam essas tecnologias e por quê demoravam tanto tempo para mostrar as pessoas, e nem queria saber.

Aquele suposto general me jogou numa sala e deixou meu pulso vermelho. A sala era parecida com a anterior, sendo que era maior e mais vazia. Tinha apenas uma mesa no centro, duas cadeiras e um abajur no meio da mesa. Era a única luz naquela sala vazia. Dava a impressão que aquelas paredes eram feitas de ferro, eu não consigo explicar direito. Mas aquela sala era bem assustadora, me lembrava alguns filmes de terror.

— Sente-se, senhorita Watters. — disse um outro homem. Ele sentou numa cadeira oposta a luz e fez um sinal para que eu sentasse na outra cadeira. Mesmo não querendo, eu fui. O homem me parecia familiar, talvez porque eu havia visto ele há alguns anos.

— Interrogatório, certo? — perguntei. — Perguntar coisas da minha vida, minha família, e meu estado mental e físico, acertei?

— Sim. — ele respondeu. — Mas tem muito mais coisa que pensa, garota. Principalmente no seu caso, quando um dominador de água é muito raro nos últimos duzentos anos.

Revirei os olhos. Já estava cansada desse papo tosco, já estava se tornando clichê.

— Encontraram os outros dominadores? — perguntei.

— Não é da sua conta. — ele respondeu seco. Pensei que fosse um sim, sendo que eles não gostavam muito de ser questionados sobre os outros dominadores. Eles odiavam falar informações, sem falar do seu medo que o mundo saiba de tudo isso. Caso os humanos descubram sobre dominadores, a realidade da Área 51 e todas as coisas escondidas que estão acontecendo... Iria acontecer uma terceira guerra mundial contra os Estados Unidos. O resto do mundo tem razão disso, porém, os E.U.A também tinham sua razão. Eu concordava com eles pelo o fato de esconderem tudo, o resto do mundo não precisava se preocupar com isso. Eles tem vidas, não? Precisam viver as vidas deles sem se preocupar com nós. Somos apenas um bando de idiotas metidos a poderosos. É, eu tenho inveja dos humanos em quase todas as vezes.

— Então, quais são as perguntas? — perguntei.

— Eu preciso lhe avisar de algo, garota. — disse. — A senhorita pode ficar calminha, que, desta vez, você não vai fugir. Não é porque é de outro país no outro lado do mundo que não temos autoridade sobre você, só o fato de ser uma dos quatro dominadores nos dá direito de ter controle sobre você.

Eu me segurei para não dar uma bela resposta.

— Entendo. — disse. — Você e todo o resto da CIA, FBI e dos outros trabalhadores da Área 51 podem ficar calmos. Eu vou continuar aqui. — menti.

— Ótimo. — ele disse, se aliviando um pouco. Eu quis rir. Como um cara da Área 51 havia acreditado em mim? Sério, eles não acreditam em quase ninguém. Só no presidente dos Estados Unidos ou os seus superiores. Nada além destas pessoas. — Primeira pergunta: Quando dominou a água pela a primeira vez? Sem mentir. Temos um detector de mentiras aqui.

Um detector de mentiras não iria me assustar. Eu não estava afim de falar a verdade.

— Eu tinha treze anos e...

O detector apitou.

— Mentira. — ele disse. — Sinceramente, não se cansa disso, Watters?

— Está bem, eu digo a verdade. — disse, cedendo. Não iria acontecer nada de mal se eu falasse a verdade, não? — Eu tinha oito anos. Feliz?

O detector não apitou.

O homem deu um sorriso e escreveu algo em seu caderno.

— Precoce. — comentou. — Já passou por algum outro país fora a Austrália ou os Estados Unidos?

— Só esses. — disse.

Ele anotou mais alguma coisa em seu caderno, como se estivesse fazendo uma ficha de mim, e conclui que isso não seria nada bom.

— Família?

— Não tenho. — respondi mantendo a calma, mesmo que não gostasse de tocar nesse assunto.

Algumas pessoas acham que eu sou uma espécie de psicopata assassina que matou toda a sua família quando era criança, e eles estão quase certos. De certo modo, eu matei a minha família. Mas mesmo assim, eu odiava a palavra família. O jeito que ela soava, as letras, seu significado... Fazia minha cabeça doer, dar voltas, e por fim, cair e simplesmente parar de funcionar para sempre. Era uma fraqueza para mim. E eu precisava remover todas as minhas fraquezas e todos meus defeitos.

Eu me segurei para ficar normal.

— Não tem? — ele perguntou.

— Não. — respondi fria. — Eu não tenho.

Eu tive a sensação que ele se assustou com a minha frieza, mas olhou para o meu rosto, e logo voltou a escrever em seu pequeno caderno. Ele dava olhares rápidos a mim, como se estivesse me analisando, e não gostasse muito do que estivesse descobrindo.

— Tipo sanguíneo?

— Desde quando isto é importante? — perguntei.

— Tipo sanguíneo? — ele repetiu a pergunta, sendo que soava mais autoritário.

— Eu não sei.

— Como não sabe? — perguntou.

— Eu apenas não sei. — respondi friamente.

Ele escreveu em seu caderno de novo, e já se passava na minha mente, no mínimo, milhares de pensamentos em como ir embora desse país e voltar a minha vidinha.

Rapidamente, ouvi alguém abrir a porta — que era bem atrás de mim — e disse:

— Hey, cara, eu acho que alguém invadiu aqui.

Eu me virei rapidamente, e me dei de cara com um soldado, eu acho. Ele estava com seu peitoral inflado, e olhava para baixo, como se estivesse tentando esconder seu rosto. Mas ainda continuava com sua postura erguida, e, ao mesmo tempo, um pouquinho assustadora.

— Quem é você? — perguntou o homem friamente.

— Eu? Uh... Sou um novato. Você sabe. — ele respondeu.

— Novatos deveriam estar na área norte.

Deveriam. — disse o soldado. — Não devem.

O homem se levantou da cadeira, e logo deu alguns passos, ficando frente a frente com o soldado.

— Quem é você? — perguntou pausadamente, encarando o soldado.

— Vo-você não sabe? — ele perguntou gaguejando, com um pouco de medo do homem na frente dele. — Olha aqui, meu nome, Gerard Smith. — apontou para o seu distintivo, no lado esquerdo de sua camisa. O homem abaixou um pouco a sua visão, para que olhasse com clareza o distintivo. Assim que ele fez isso, o soldado deu um soco no homem, que o deixou inconsciente em questão de segundos. Eu fiquei boba. Como ele poderia ter sido tão forte?

Logo ele levantou seu rosto, mostrando sua face. Tirou o seu capacete rapidamente, mostrando completamente o seu rosto. Parecia ter uns dezesseis ou dezessete anos, seu rosto estava meio avermelhado, talvez porque aquela roupa todinha de soldado desse um pouco de calor. Tinha cabelos castanhos, um pouco curtos, porém pareciam bem rebeldes. Tinha um par de olhos, que eram, no mínimo, estranhos. Olhos castanho avermelhados, mais puxados pro tom de vermelho, como se fossem chamas em tempo real. Ele deu um sorriso bobo a mim.

— Venha comigo. — ele se aproximou e pegou no meu pulso, e rapidamente saiu correndo, e por consequência, eu fui obrigada a me levantar e vir com ele.

— Que-Quem é você? — perguntei confusa. — Você não...

— Sou como você, e eu vou lhe tirar daqui.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Quem será esse cara? TAN TAN TAN ~le música de suspense.

O que acharam do capítulo, pessoal? Devo mudar algo? e.e
Comentem! :D