The Four Secrets escrita por starqueen


Capítulo 1
Prólogo.


Notas iniciais do capítulo

Bem, este é o prólogo :) Eu não tenho lá muita ideia de como fazer um prólogo, pode ter ficado até grandinho demais, mas parece bom e dá uma "introdução" aos personagens principais :)Enfim, vamos ao prólogo o/



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Alburry, Austrália,

18:01.

Sam sorria ao ver a bela vista que tinha bem na sua frente. Poderia parecer tão normal e comum para a maioria das pessoas, mas para a garota, aquilo provavelmente era a coisa mais linda que havia visto nos últimos quase oito anos.

Seus cabelos loiros e bagunçados voavam um pouco com o vento — algo que, sinceramente, ela odiava — e seus olhos verdes pareciam ter um brilho especial graças ao reflexo do sol. Era um dia ensolarado e quente na Austrália, o que não era nada incomum, afinal o país é bem mais quente do que todos pensam.

Por um instante, Sam pensou em seu futuro. Ela sabia que logo iria fazer dezessete, depois dezoito e finalmente ser maior de idade. A garota estava certa de que isto iria ser um inferno, já que com a maior idade, vem muitas obrigações e uma delas seria provavelmente viver fixamente em algum lugar.

Ela tirou uma mexa de cabelo do seu rosto, e mentalmente agradeceu por não ter cabelo liso, pois sabia que caso seu cabelo fosse desse tipo, a ventania nele seria mil vezes pior.

Sam tinha cabelos encaracolados, não muito cacheados, porém, nada liso. Eles passavam a maior parte do tempo completamente bagunçados e sujos, talvez porque a dona estivesse mais preocupada em onde iria dormir naquela noite ou como poderia sobreviver. Sam fugiu de casa desde que completara seus nove anos de idade. Desde então, Sam vive andando de cidade em cidade, mas sempre tem que fugir de algum incidente que ela causa.

A água...

Ao pensar apenas nessa palavra, Sam sentiu um calafrio. Naquela hora, ela prometeu a si mesma que iria se preocupar apenas com aquela vista da cobertura de um pequeno edifício de dois andares.

A garota ouviu alguns passos atrás dela.

Rapidamente se virou, afinal ela tinha reflexos que eram, literalmente, perfeitos. Porém, a mesma não se dava conta disso, porque achava normal e que todas as pessoas tinham reflexos assim.

Ela apenas viu quatro soldados armados se aproximando dela, rapidamente, tentou fazer algo, lutou e...

Ela acabou apagando.

Phoenix, Estados Unidos da América,

13:20.

Matt estava muito encrencado. De novo.

Não que ele fosse um exemplo, ou qualquer coisa do gênero. Mas também ele não era um demônio como muitas pessoas — professores, padres, pastores protestantes, diretores, “colegas” de classe, familiares — diziam. Ele apenas estava na hora errada e no lugar errado. E normalmente, isso não ajuda muito o seu “problema com raiva”.

O diretor o olhava secamente, com raiva e ao mesmo tempo, nem acreditando nisso. Bem, não era nada normal um adolescente de quase dezessete anos incendiar uma quadra todinha por causa de uma briguinha idiota.

Matt não queria dizer, mas sentia uma pitada de medo de ser expulso pela a segunda vez. Seu padrasto matá-lo, e sua mãe iria ficar completamente desapontada. Só de imaginar aquele olhar triste de sua mãe, seu coração forte se partia em mil pedacinhos. Ele se sentia mal e meio culpado por ter feito isso, e o pior: cinco alunos saíram feridos por causa disso.

— Olhe, Sr. Stevens, eu não fiz queren...

— Se eu fosse você, garoto, eu teria vergonha. — o diretor o cortou secamente. — Co-como pode? Você queimou vários estudantes completamente inocentes por causa de uma briguinha idiota!

Matt se sentiu mais culpado ainda. Mas não queria se deixar ganhar por um velho irritante e careta. Seu orgulho jamais iria deixar isso.

— Vergonha? Se eu fosse você, de início, teria vergonha dessa sua cara idiota. — ele disse irado. — Você se acha o dono da razão, mas me diga coroa, por que todas as professoras que foram admitidas nessa escola tiveram que dormir com você antes?

O diretor se calou, exatamente como Matt havia pensado. O garoto sorriu e o diretor teve a leve impressão que os olhos castanhos claros do garoto estavam pegando fogo por dentro.

Sr. Stevens, o diretor, respirou fundo, tirou seu iPhone do bolso calmamente e disse:

— É ele quem vocês devem procurar. — disse. — Venham.

Matt arregalou os olhos. O garoto não fazia ideia do que estava acontecendo, e antes que pudesse falar algo, protestar ou até xingar o diretor que ele odiava tanto, a porta foi arrombada por dois soldados.

Sr. Stevens guardou o iPhone no bolso, e mesmo não estando bem com isso, abaixou seu olhar, para não ver a terrível cena que iria acontecer bem na sua frente.

— Peguem-no. — disse por final, meio seco.

Matt ficou assustado, começou a suar muito, e todos os seus sentidos foram completamente aguçados, exatamente como antes. Porém, antes de fazer algo, ele sentiu seus braços pegando fogo, literalmente pegando fogo, como na quadra. Por um minuto, ele se sentiu uma aberração e até achou que fosse um sonho.

Um soldado o acertou na cabeça.

Ele caiu no chão, e tentou se debater, mas um soldado o socou muito, fazendo-o ficar completamente inconsciente.

Londres, Inglaterra,

15:15.

Helena estava irritada.

A aula havia acabado, normalmente, ela ia ao seu dormitório trocar de roupa e passar um tempo com seu namorado, depois estudar e finalmente dormir. Mas hoje será diferente.

A inglesa havia namorado por sete meses um garoto chamado Harry. Ela realmente o amava.

Mas digamos que... Bem, Harry não sentia o mesmo.

— Hey, Helena! — a garota ouviu Harry a chamar.

— O que quer? — ela se virou perguntando secamente, evitando de olhar nos olhos dele.

— Eu... Me desculpa, Helena, mas...

— Isso não tem desculpas. — a garota disse. — Você e meu pai mentiram pra mim! Era uma farsa!

Harry respirou fundo. Sabia que Helena estava certa.

— Eu só queria pedir desculpas. — ele disse. — Seu pai... Ele apenas me pediu isso. Ele quer um bom futuro para você. Eu não pude simplesmente dizer não.

Por um minuto, Helena pensou que ia explodir como uma bomba relógio.

Ela fez o máximo para se acalmar, nunca fora uma pessoa muito briguenta ou encrenqueira. Helena sempre fora calma e gentil, considerada um exemplo para várias garotas bem mais novas que ela. Talvez sempre fora assim porque o seu pai e as pessoas ao seu redor queriam que ela fosse assim. Helena tinha que ser uma boa pessoa, para dar orgulho ao seu tão famoso pai.

Esses pensamentos passavam pela a sua cabeça. Harry não tinha culpa. A culpa era sempre do seu maldito pai manipulador. Sempre pensando no dinheiro.

A terra começou a tremer. Alguns alunos começaram a se assustar, e Harry começou a achar que talvez teria algum terremoto ou qualquer coisa assim. O loiro segurou no pulso de Helena e gritava algumas coisas para eles fugirem dali ou se proteger, qualquer coisa assim. O olhar apavorado dele estava bem na sua frente. Helena não escutava o que ele dizia, apenas via as imagens ao seu redor como se fossem em câmera lenta. Estava tão perdida em seus pensamentos, o que raramente acontecia.

E foi aí que ocorreu a primeira coisa anormal em sua vida.

Abriu uma fenda do chão e a terra tremia tanto que alguns alunos pareciam gritar e berrar de medo. A fenda ia entre Helena e Harry, e rapidamente, o garoto soltou o seu pulso e caiu dentro da fenda. Todos estavam correndo como loucos e Helena era a única que estava parada, em transe, apenas perdida em seus pensamentos.

Helena ouviu alguns caras armados correndo em sua direção. Rapidamente saiu do transe. A terra parou de mexer. Seu coração estava acelerado e todos os seus sentidos ficaram perfeitamente aguçados. Ondas de adrenalina percorriam por todo o seu corpo. Uma sensação completamente estranha passava pelo seu corpo, algo que era completamente contrário a sua personalidade ou até quem era. Pareciam... Instintos. E eram instintos bem bizarros.

Sua visão ficou escura e antes que fizesse algo, Helena desmaiou.

Ottawa, Canadá,

17:57.

Travis estava tirando a neve na frente da sua casa, junto ao seu pai. Era um inverno bem frio e rigoroso, como todos no Canadá. O moreno já havia se acostumado com aquilo, porém, definitivamente o inverno não era a sua estação favorita.

— Você vai se formar daqui a alguns meses. — disse seu pai. — Tem ideia de como vai ser a formatura?

Travis revirou os olhos.

— Estamos em Janeiro, pai. — disse Travis. — A formatura é só em Junho.

— Vamos lá, filho. — disse o pai. — Sua mãe está ansiosa. Ela mal consegue parar de falar nisso. Você não faz a mínima ideia de como ela está orgulhosa de você, e... Ah, e eu também estou.

Travis sorriu.

Travis era disléxico, e também era asmático. Não, ele não era um gordo ou um fracote. Ele era um cara normal, e, de primeiro olhar, ele não parecia ter essas doenças. Era alto, tinha a pele meio bronzeada e seus cabelos eram castanhos e bem bagunçados. Completamente normal. Mas, a dislexia sempre o atrapalhou na escola, o fazendo ser um dos piores alunos. Ele conseguiu ler só com seus sete anos de idade, e entrou na escola um ou dois anos atrasado. Quando tinha seus treze anos de idade, e estava na quinta série, ele estudou muito, se tornou o mais “inteligente” da turma e conseguiu pular uma série na escola. Nem ele mesmo sabe como conseguiu isso.

Agora, Travis tinha dezoito anos e estava quase terminando o ensino médio.

— Então, pai... — ele deu uma pausa. — Como vai ser a faculdade? É que eu ouvi dizer que...

— Eu nunca pude ir para lá. — confessou seu pai. — Mas você não deve se preocupar com isso. Não vai ser essa droga de dislexia que vai te impedir.

Travis se forçou a acreditar naquilo.

— Eu tenho medo que eles me encontrem. — confessou Travis. — E-Eu dominei o ar três vezes. E se eles...

— Shhh! — disse o outro. — Eles não vão te pegar, ok? Você é meu filho, e eu jamais os deixaria apenas tocar em você. Eles... Eles não podem mandar em outros países. Você não domina o ar, foi só impressão sua.

— Certo. — disse Travis, tentando acreditar no que seu pai disse.

Infelizmente, o pai de Travis estava completamente errado.


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam? Devo melhorar alguma coisa?Caso tenham gostado, comentem por favor. Se tiver algum erro, digam nos comentários :D