The Four Secrets escrita por starqueen


Capítulo 18
Capítulo 17 - Eu não sou a única.


Notas iniciais do capítulo

Hey galera, capítulo novo o/



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Eu estava condenada.

Normalmente, a maioria das pessoas ao saber que teria só mais dois dias de vida iria simplesmente pirar. Eu não. Eu não tenho medo da morte, só do jeito de como ela ia ser. Não que eu fosse igual a aquelas pessoas frescas e meio retardadas que querem morrer sem sentir dor, eu só queria morrer de um jeito que não fosse idiota. E, sinceramente, morrer daquele jeito me parecia interessante. Eu me sentia como uma Charles Manson fracassada.

Eu não tinha medo da morte. Eu não tinha família para voltar, e tinha toda a certeza do mundo que não havia nenhuma pessoa que iria ao menos se preocupar um pouco com a minha morte. Eu não tinha dinheiro, nenhum amigo de verdade, namorado, ou qualquer coisa desse gênero. Então, por que eu iria me preocupar com isso? Ao menos morta toda essa palhaçada iria terminar.

Eu estava dentro de uma sela, completamente sozinha, no escuro e privada de qualquer necessidade básica. Era de noite, então, eu sabia que amanhã seria o meu último dia aqui. Depois desse dia, eles iriam me matar. Ótimo.

Eu estava sem sono. Eram os últimos dias da minha vida, certo? Então, por que eu iria me preocupar em dormir ou fazer qualquer coisa assim? Esses eram dias perfeitos para eu dar uma de inteligente, refletir sobre a minha vida — ou fingir isso — e depois, antes de morrer, falar alguma frase incompleta tipo: “Eu tenho uma fortuna na...” e enganar o pessoal para sempre. Sejamos sinceros, isso ia ser hilário.

O silêncio daquele lugar chegava a ser preocupante. Normalmente, eu iria odiar aquele silêncio e ficar falando um monte de coisas quase poéticas tipo: “O silêncio deixa a minha mente barulhenta” e sei lá do que, mas era exatamente isso que eu queria agora. Deixar a minha mente barulhenta.

Então eu ouvi alguns passos.

Eu saí de meus pensamentos meio que instantaneamente. Logo eu comecei a prestar atenção nos sons ao meu redor e percebi que os passos ficavam cada vez mais altos e próximos de mim. Eu pensava em inúmeras coisas que aquilo poderia significar, mas ignorei o meu cérebro meio paranoico.

— Hey. — eu ouvi uma voz. Rapidamente me assustei, e meu cérebro se preparou para uma quase batalha (o que não aconteceu). Logo eu olhei para o outro lado das grades, e rapidamente percebi quem era. Jeff.

— Jeff...?

— Shhh! — ele fez o gesto, colocando o dedo indicador na boca, e logo eu fiquei completamente quieta. Ele tirou umas chaves do bolso e rapidamente abriu a cela, com um sorriso bobo em seus lábios. Eu fiquei praticamente sem palavras. — Vamos. Pode ir. Eu vou te ajudar.

— Como?

— Vem logo e me segue. — ele me disse, quase sussurrando. Eu não sabia direito o que fazer, então, eu saí rapidamente da sela e o segui meio que instantaneamente.

Então, andamos no mais puro e maldito silêncio até o elevador, depois fomos até o térreo e ele me levou a uma passagem que provavelmente deveria levar até o Arizona. Eu não sabia muito sobre a geografia dos E.U.A, mas sabia muito bem que as passagens da Área 51, eram de Nevada até o Arizona, próximo a algumas cidades pequenas, mas nada lá que chame muita atenção.

— Para onde você vai me levar? — perguntei.

— Eu não acredito que eu vou fazer isso, mas... — ele respirou fundo. — Para a casa do meu pai.

Eu olhei para ele como se fosse um retardado mental.

— Qual o seu problema? Justo na casa do homem que não aguenta nem ao menos olhar pra minha cara?!

Jeff forçou uma risada.

— Ele nunca está em casa. — disse Jeff. — Só chega em casa de uma hora da manhã e sempre sai ás cinco. Minha madrasta achava que ele estava traindo-a com outras mulheres, mas era o trabalho na Área 51 mesmo.

— Ela não sabe onde ele trabalha? — perguntei.

— Claro que não. — Jeff respondeu. — Ela acha que ele trabalha no exército ou qualquer coisa desse tipo. E sem falar que quando você aceita trabalhar na Área 51 tem que jurar pela a própria vida que nunca vai contar isso para ninguém que o governo não tenha interesse. Então, se ele falasse para ela, provavelmente iria rolar muito sangue.

Eu nem preciso comentar sobre isso. Preciso? Não, não mesmo. E com isto, eu só pude concluir finalmente que o governo americano é muito bizarro.

— Não importa. — fingi que estava nem aí. — Este é um péssimo local!

— Você não pode ficar no mesmo hotel aos pedaços que eu estou. — ele disse. — Aquele pedaço do inferno além de ser caro, seria bem fácil. Provavelmente, assim que derem conta que você desapareceu de novo vão logo atrás de mim, então, isto está fora de cogitação. — ele deu uma pausa. — Sem falar que ninguém iria suspeitar do famoso e respeitado General Rodriguez, mesmo que Wright não vá com a cara dele, o meu pai seria o último cara que eles iriam imaginar.

— Você... Merda, Jeff, você fugiu da casa dele? — comecei a raciocinar direito.

— Sim, garota da água, eu fugi. — ele disse. — Aquele cara... Por Deus, ele é ridículo.

Então ficou um silêncio constrangedor.

— Então... — tentei quebrar o silêncio.

— Você vai ficar no quarto da minha irmã mais nova. — ele disse. — Ela ainda é novinha, mas eu sei que ela vai me ajudar em qualquer merda que eu fizer. E a minha madrasta pode até tentar mimar ela como sempre tenta, mas nunca entra no quarto da minha irmã, então, eu tenho um plano quase perfeito. — sorriu.

Quase. — eu disse. — Quase perfeito.

— Droga, Sam, por que você sempre estraga tudo, hein? — ele disse. Logo puxou o meu braço. — Vamos lá, temos uma dominadora de água para salvar.

Eu revirei os olhos.

— Eu preferiria a pena de morte do que isso. — disse.

— Pare de reclamar, eu estou salvando a sua vida. — ele disse.

— Aham, ótimo, adoro quando as pessoas salvam a minha vida com planos mirabolantes e cheios de falhas. — falei com sarcasmo.

— Se você não parar de reclamar eu juro por Deus que te levo de volta para lá. — ele disse.

— Okay, certo, você é o meu salvador. É o Jesus com alargador e piercings. — disse.

— Ainda bem que sabe disso. — ele imitou uma voz engraçada. — Eu sou Jesus. Agora trate de me obedecer porque eu sou o filho de Deus.

Eu ri.

— Aham, Jesus, então o que você deseja?

— Prostitutas gostosas e muito dinheiro. — ele ainda imitava a voz engraçada.

Eu ri mais.

— Você é o Jesus mais fajuto que eu já vi. — disse.

Depois disso, fomos andando pela a estrada deserta do Arizona.

Não demorou muito, mas logo começamos a ver as luzes das cidades ao nosso redor. Aos poucos, alguns edifícios apareciam, juntamente com algumas casas que eram daquele típico e famoso estilo americano. Bandeiras americanas em quase todos os lugares. Pessoas andando e conversando nas ruas, pessoas rindo, famílias, crianças... É, uma típica cidade.

Eu estava cansada de andar, mas evitava de reclamar até porque isso não iria diminuir o cansaço, então eu tentei mudar o foco dos pensamentos.

— Essa é Kingman. — disse Jeff. — É aqui onde eu moro.

Kingman não parecia lá uma cidade muito grande, mas era uma cidade até que considerável.

— É... — falei, meio que sem assunto.

— Estamos perto. — ele disse.

Entramos numa rua, que parecia mais um subúrbio típico que você sempre via naqueles filmes americanos. Tipo, aquelas casas e tal, toda aquela vizinhança... Era exatamente igual. A diferença é que tudo isso não girava em torno de uma garota “Nerd” e um cara “popular” como em quase todos os filmes americanos.

Então paramos de andar assim que chegamos a uma casa vermelha, a maior de todas ali.

Jeff respirou fundo.

— Vamos lá. — ele disse.

— É aqui onde você mora?

— Sim. — ele respondeu. Ele soltou o meu braço e foi até o gramado, pegando uma escada que estava bem escondida ali. — Não vamos entrar pela a porta da frente. — disse. — Minha madrasta... Uh, você sabe. Ela não gosta de mim e nem deve saber disso.

— Como ela é? — perguntei.

— O sonho de qualquer homem. — ele respondeu. — Ela é bonita, mas é muito irritante. Depois que ela ficou grávida da minha irmã mais nova ficou com uma história de que estava gorda e fez o meu pai gastar um monte de dinheiro em remédios para emagrecer e academia. Okay, isto não é importante. — ele levantou a escada até a janela do lado esquerdo. — Vem logo, Sam. Não tenho a noite toda.

Revirei os olhos e fui andando em direção dele.

Logo ele começou a subir na escada, e eu o segui, de um jeito mais lento, porém menos desajeitado. Assim que ele subiu tudo, abriu a janela — com dificuldade — e entrou. Eu fiquei meio sem saber o que fazer, mas subi a escada e subi no quarto, evitando em pensar mais coisas.

— Jeff! — eu ouvi uma voz e logo eu vi uma garota abraçando ele.

Ela era baixinha, não deveria ter mais que um metro e meio de altura e também era um pouco gordinha. Seus cabelos eram negros e bem lisos, e eram de um jeito bagunçado porém bem interessantes. Eu tive quase certeza que seus olhos eram completamente negros, o que chegava a ser foda demais. Ela tinha uma pele meio azeitonada, como se fosse em um tom de quase moreno — não do tipo de bronzeamento artificial —, e tinha um monte de coisas rabiscadas com canetas em seus braços e mãos. Ela tinha algumas espinhas na cara, não eram lá muitas, mas ainda sim tinha. Sua camisa estava escrito algo tipo: “Fuck the School” e sua calça era bem surrada e folgada, mas estava rasgada em algumas partes. O seu tênis era um All Star preto, e também bem surrado e sujo.

— Seu idiota! — ela deu um tapa nele, terminando o curto abraço. — Você fugiu e....

— Shh! — disse Jeff, colocando sua mão na boca da garota, a calando. — Fala baixo, pirralha.

A garota revirou os olhos, e Jeff tirou sua mão da boca dela.

— Quem é ela? — a menina perguntou.

Jeff respirou fundo.

— Lembra quando eu disse que o papai tinha um emprego bem bizarro? — disse Jeff.

— Sim. — ela respondeu. — E o que essa garota tem a ver com isso?

— Ela... — ele respirou fundo. — Ela é igual a você.

— Como? — fui eu que havia perguntado. — O que você quer dizer com isso?

— Sam, a minha irmã mais nova consegue dominar a água. — ele disse. — Exatamente como você.

Então toda aquela história de que eu era a última dominadora de água dos últimos duzentos anos perdeu toda a lógica. Eu não era a única.


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Notas finais do capítulo

EITA PORRA, POLÊMICA AQUI GENT, A SAM NÃO É ESPECIAL, CABO MUNDO, CABO FIC, CABO TRETA, CABO ÁREA 51 D: -sqn

Foi mal pelo o capítulo meio curto e.e Eu queria deixar isso meio que no finalzinho pra deixar mais polêmico ahsuahsuahsus Mentira, mamilos são mais polêmicos que isso e.e

Cara, vocês são alguma espécie de advinha? Desde daquela tretinha do Jeff com o pai vocês já haviam descobrido isso .-.

Enfim pessoal, comentem o que acharam, é sério, isso ajuda demais e.e Eu gosto muto de ler o review de vocês (mas infelizmente eu tenho lag no cérebro e quase nunca respondo eles de um jeito legal daí eu fico meio que sem assunto pra responder e daora a vida '-' Eu não devia ter nascido tímida '-'), então, comentem aê o que acharam :D



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