Sinal escrita por Universo das Garotas


Capítulo 35
35º Capítulo




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35º Capítulo – Beatriz

Acordei mais uma vez com Fred, ao meu lado. Observei seu rosto, lindo, enquanto dormia. Sua cor morena, contrastava com o branco da minha, enquanto nossos corpos estavam unidos e nus.

Adorava quando a barba dele, estava por fazer há alguns dias, quando deixava de pinicar e se tornava macia em minha pele.

Ele era lindo, sexy e muito carinhoso. Sua reverência a detalhes do meu corpo me conduzia a um torpor quase diário. Eu estava viciada em seu cheiro, pele e principalmente seu olhar sobre mim.

Se eu tivesse que me separar dele, seria necessário uma reabilitação em um clínica para viciados. Eu jamais me recuperaria. Viveria com uma dor que até poderia ser amenizada, nunca curada.

E isso era o que eu mais temia: perde-lo.

Assim, eu não resistia e sempre acabava despertando-o, como agora, ao abraçar seu corpo para senti-lo pulsar e movimentar-se. Tão logo eu o tocava, seus braços me envolviam quase por reflexo.

E nunca, nunca mesmo conseguíamos acordar sem fazermos amor, toda manhã. Um ritual que me despertava para o dia.

Tomei um longo banho e coloquei a minha roupa de trabalho. Calça e blusa social. Tinha dispensado minhas saias e outros modelos pela praticidade de poder circular todos os dias pela fábrica da CEM.

– Hoje não irei para CEM com você, Bia – Fred me comunicou – passarei mais tarde e te encontro para jantarmos.

– Algum problema? Eu perguntei

Ele sorriu para mim e me abraçou, falando no meu ouvido:

– Só algumas horas de separação, até que finalmente encontrarei você e te prometo não desgrudar mais...

Sorri para ele, mas havia algo ali. Ele percebeu meu olhar curioso e completou:

– Vou encontrar com os novos proprietários da GlobalTime, finalizando a transferência das ações e dos ativos.

– Tudo bem – eu disse aliviada.

Segui com meu carro para CEM, após me despedir de Fred com um beijo. Assim que alcancei as portas giratórias da entrada, percebi uma sombra na calçada, mas quando me virei para olhar não vi ninguém.

Foi bem estranho. Sentia uma sensação esquisita de estar sendo vigiada. Mas dei de ombros, quando percebi a Recepcionista da CEM acenando, quando me viu do outro lado do balcão.

Ao longo do dia, troquei e-mails com fornecedores, contratei mais algumas entidades que promoveriam ações sociais entre os trabalhadores da companhia e recebi mensagens de Diogo sobre o escritório. As notícias eram as melhores: com a entrada do dinheiro das ações da GlobalTime, Diogo pode investir em contratar mais dois advogados e conseguiu com isso mais de mil ações judiciais novas. Eu elaborava as peças modelos para o ajuizamento dos processos e ele tocava os junto com Felipe. Este se tornou sócio, no último mês.

Mas até o meio dia, eu não tinha recebido nenhum email de Frederico. Nem mensagem via celular. Ou qualquer outra modalidade de comunicação.

Assim, comecei a ficar preocupada com algo que pudesse ter acontecido. Liguei mas todas as vezes caiu na caixa postal.

Meus pelos começaram a arrepiar. Peguei a minha bolsa, saí do escritório sem dizer adeus para ninguém e fui na direção do carro, para ir para a sede das empresas GlobalTime.

Mas antes que eu pudesse cruzar a rua, mãos me agarraram fortemente e não enxerguei mais nada do que me acontecia.

Perdi completamente os sentidos.


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