Teen Banshee escrita por Mr Cookie


Capítulo 8
Daylight


Notas iniciais do capítulo

Oi, gente! Primeiro eu quero pedir desculpas pelo atraso. Realmente sinto muito! Vocês são os melhores leitores do mundo, mas eu não sou o melhor escritor. Não tive tempo, não tive internet boa (ainda não tenho, e isso é uma merda) e não tive inspiração. Na verdade, eu tô seriamente pensando em parar de escrever. São motivos bobos? São. São pessoais? Não, mas se eu contar para vocês, vão querer me matar.
Quanto ao desenvolvimento da fic, perceberam que eu até atualizei o título para ‘’Teen Banshee (Hiatus)’’ por uns dias? Pois bem, o hiatus começa agora. Eu devo a vocês pelo menos este capítulo para avisar-lhes oficialmente. Acontece que eu não desenvolvi direito o roteiro de TB antes, tá tudo super desorganizado, eu não tô conseguindo mais pensar em nada sobre ela, tô desanimado, não gosto mais do que escrevo... Enfim. São ‘’n’’ motivos. Na verdade, nem sei se vou continuar. Mas vou deixar a fanfic onde está, não vou excluí-la, pra eu não perder as esperanças. ~le dramático~
Peço desculpas a vocês! É sério, quando eu postei essa história nem tinha pensado que teriam tantas visualizações e reviews quanto estou tendo! MUITO OBRIGADO, DE CORAÇÃO! Vocês fizeram dias tristes se transformarem em dias felizes pra mim.
É só isso que eu queria falar... Foi muito bom ler cada comentário e recomendação de vocês! Muito obrigado por tudo!



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Aqui estou eu esperando, tenho que ir logo embora
Por que eu estou esperando?
Sabíamos que este dia chegaria
Sabíamos o tempo todo, como chegou tão rápido?

— Daylight, Maroon Five

— Lydia!

Ela conseguiu distinguir a voz de Hanna sem ao menos vê-la por inteiro. A luz, por mais que fosse fraca, ofuscou-lhe por um momento (era Califórnia, e bem sabia ela o quanto dias ensolarados eram raros ali). Assim como o medo, e a aflição, e a adrenalina... Tudo o que Lydia Martin conseguia enxergar naquele pequeno período de tempo eram as madeixas azuis cintilantes esvoaçando no ar, na sua frente. E, logo após, uma torrente de chamas.

O calor do fogo fez-se sentir. Ela fechou os olhos por reflexo. Passara tão próximo que poderia senti-lo em outros momentos,mas não naquela hora. Tudo o que Lydia sentia era... nada. Nada além de confusão.

O monstro havia se deslocado tão rápido e ágil que a labareda não o acertara. A Banshee não podia vê-lo na hora, mas conseguia observar as chamas sendo lançadas por alguém que aos poucos se definia em sua visão deturpada pela forte iluminação. Era Richard. Ele se mantinha como um verdadeiro especialista: calmo, neutro, concentrado... Ou pelo menos era isso que sua face expressava.

A outra pessoa que estava junto a ele saiu da porta do lugar e correu na direção de Lydia, que estava muito ocupada em fechar os olhos a cada chama que passava próxima a si. Aquilo seria tão lindo — laranja, luminescente, árduo,materialmente impossível —, se não fosse tão mordaz.

A Banshee se olhasse um pouco para o lado, para a confusão de luzes, poderia ver a coisa que a torturara desviando das chamas com manobras e agilidade sobre-humanas. Era como se dançasse no fogo, ou brincasse com ele: por mais que as labaredas tentassem atingir o monstro, ele desviava lindamente.

— Lydia!

Novamente o grito. O grito que havia trazido Lydia à tona. À tona o bastante para perceber as mãos de Hanna desamarrando as cordas que machucavam seus braços e pernas, queimando-as com toques que deixavam uma ligeira sensação quente.

— Acorde, Lydia! Precisamos fugir!

Hanna a puxava, e aos tropeços a ruiva tentava seguir o ritmo da outra. A saída iluminada nunca parecera tão longe.

— Vão! — A face de Richard já não era tão neutra. Sua voz tampouco. Ele estava quase desesperado, mesmo que parecesse fingir o contrário. Ele as empurrou para a saída com uma das mãos, e Lydia sentiu sua tontura piorar com o solavanco.

O chão que parecia ser cimentado deu lugar a uma névoa fina, entrecortada aqui e ali pelo solo negro e barroso. Elas estavam de fora do lugar. E mesmo assim Lydia precisava olhar para trás, para aquilo que quase a matara.

A garota dos cabelos azuis acabava de realizar um salto mortal perfeito, desviando de mais uma tocha, quando os olhos cianos quase inteiramente sobrepostos por uma máscara negra encontraram os da Banshee. E por um momento, Lydia achou ter encontrado algo a mais do que fúria ali.

— Transferendum! — a voz do monstro soou, ecoando por cada canto da cabana. E, logo depois, o tufão flamejante que Richard lançara, deu lugar a um corpo de luz, como se a aura do monstro o sobreposse. Véus cintilantes, como se vários tecidos envolvessem-no, piscaram rapidamente num magnânimo show de luzes, e, num milésimo de segundo, antes que o fogo o atingisse, ele sumiu.

As chamas encontraram o fundo da cabana e perduraram rapidamente até cessarem. Lydia soltou-se de Hanna e desabou na terra úmida. Fitou a névoa que nunca se dissipava por um momento, com o coração a mil e a cabeça totalmente vazia.

— Eu te ajudo. — Era Richard. Lydia sentiu braços envolvendo-a e levantando-a. Ele tinha um delicioso aroma de perfume bom, alguma flagrância famosa que ela não soube identificar, que a acalmou um pouco enquanto eles se distanciavam da cabana.

O que ela sentia naquele momento? Ela não compreendia nada além da dor dos machucados físicos. Era um misto de medo, de adrenalina ainda pulsando em seu corpo, de tristeza, de tudo o que podia ser pior a ela. Estava tudo bagunçado, a mente vazia, e o coração doía a cada batida. E aquela sensação. Aquela sensação impactante que ela tinha sempre que alguém estava a prestes a morrer.

— Oh, Lydia... O que aquilo fez com você?! — Hanna disse, num misto de horror e pena. As partes onde o monstro a acertara estavam vermelhas, inclusive as marcas dos dedos que a enforcaram.

Sem ao menos pedir permissão, Hanna pôs as duas mãos no rosto de Lydia, levando-a a um leve sobressalto. Mas, milésimos após, o susto e tudo o que ela sentia há pouco passaram como se fossem instantaneamente sugados.

— Quando eu era pequena, meu pai me contava histórias sobre as salamandras. Ele dizia que todas tinha um dom original, dado pelas fadas. Tem aqueles que podem sentir cheiros que ninguém consegue, tem aqueles que sentem e despertam emoções e sentimentos, tem aqueles que conseguem se auto-regenerar, por mais que eu não saiba o que isso significa... Eu? Eu posso curar!

E, quando Hanna parou de falar, Lydia pode sentir-se novamente no mundo onde estava. Era como se ela estivesse em outro lugar, no paraíso, e como se toda dor física e a adrenalina que ela sentia finalmente tivessem acabado. E, de fato, ao passar a mão pelos machucados, ela percebeu que aquilo ocorrera.

A Banshee não pôde deixar de sorrir.

— Obrigada!

E, como da segunda vez que elas se viram, Hanna pegou as mãos dela e deu seu melhor sorriso.

— Nós estamos aqui para te ajudar!

Por um momento, Lydia lembrou-se de Stiles, de Scott, de Allison, do bando que ela deixara para trás, e de como a história parecia se repetir. Só que, dessa vez, talvez ela não saísse viva. E isso fez com que a jovem Banshee perdesse todo o olhar de esperança como o que agradecera outrora.

Alguém correu na direção deles, ofegando e grunhindo.

— Oh, Jesus! Ela está bem?! Como vocês foram lá? Vocês mataram alguém?! Preciso me preocupar em fugir por acompanhar criminosos homicidas?! — Tommas falava tão rápido quanto ofegava.

— Tommy! — Hanna exclamou.

— Eu preciso saber se vocês não fizeram um holocausto! Tenho dezesseis anos, uma carreira promissora pela frente e...

— Eu vou colar os seus lábios com fogo se você não ficar em silêncio — falou Rick, pela primeira vez em muito tempo.

Ele parecia calmo até quando fazia ameaças. Era assustador.

— Ok, Hot Boy! Não vou mais incomodar vocês! — Tommas respondeu com ironia e saiu de perto deles logo após.

— Ele não consegue ficar calado quando fica nervoso — informou Hanna, como se aquilo fosse extremamente importante naquele momento. —Rick, o que fazemos agora?

— Eu não sou a pessoa certa para responder a essa pergunta. — E, então, os dois pares quase idênticos de olhos verdes recaíram sobre Lydia. Ela crispou os lábios e arqueou as sobrancelhas.

— Uma ligação — disse, e os dois irmãos se entreolharam curiosos.

Rapidamente, Lydia sacou o celular do bolso da jaqueta (que ainda estava a salvo, apesar de tudo), o desbloqueou e digitou aquele número que tanto conhecia. O coração agora martelava o peito, mas dessa vez era de ansiedade.

Dois toques e alguém atendeu do outro lado.

— Allison?! — Lydia ouviu a própria voz falhar.


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