Love Conquers - 5

Pov. Bella

Eu tentava a qualquer custo esquecer que isto estava acontecendo, mas a realidade bateu na minha porta. Edward estava me olhando um pouco receoso, nós estávamos no terraço e tudo que eu queria era me jogar nos seus braços. E nunca mais sair de lá, mas não era possível.

– Edward... – Falei olhando para ele, como se fosse pela primeira vez.

– Eu simplesmente não posso lidar com isso sem motivos, Bella. – Ele falou andando até a grade escura do terraço.

Suspirei, seria o momento correto falar a verdade? Para a verdade não tem hora, eu tenho que me lembrar disto. Mas eu não tinha coragem para encarar seus olhos e falar o que meu pai fazia de tão ruim. Tanto que ele já tentou fazer comigo isto e foi horrível.

– Eu queria lhe contar o motivo, mas não tenho coragem. – Eu sussurrei temorosa, minhas mãos estavam trêmulas e este era o efeito Edward Cullen.

A Lua estava linda, a luz dela batia diretamente no rosto de Edward. O que o deixava mais lindo, se isso fosse possível.

– Então tem um motivo... – Ele falou mais para si mesmo, mas então balançou a cabeça. Confuso com tudo que eu tinha falado. – Não confia em mim?

– Não é questão de confiar... É questão de proteção, eu estou tentando te proteger. Eu abriria a mão da guarda de Gus se acontecesse algo que eu temo há anos.

As palavras minhas eram todas verdadeiras, meu pai não podia saber da existência de Gus na minha vida. Ele não podia saber que eu tinha um filho com meu ex-marido, que a mando dele eu tive que me divorciar.

– Prove então que não é questão de confiança. – Ele falou se aproximando de mim, então eu dei um passo para trás sem muita vontade.

Eu estava com saudades dos beijos de Edward, mas não poderia deixar isto acontecer. Isso faria com que eu ficasse mais apaixonada e mais ferrada diante da situação.

– Você tem medo de mim?! – Perguntou ele se aproximando ainda.

O quanto mais ele se aproximava, eu me distanciava. Mas eu sabia em que algum momento eu não iria ter mais onde fugir, a verdade sempre iria falar no final. Mas na minha situação temo que a verdade não vá ser saudável para todos, nem para Edward. Ele nunca vai me aceitar como mulher.

– Você devia sentir nojo, ódio por mim. – Eu falei tentando desviar o olhar de seus olhos verdes, os quais meu filho tinha herdado.

– Não vejo motivos para isso, além de você ter acabado nosso casamento sem nenhum motivo. Falando que era o melhor para mim, então o melhor sou eu ficar longe da mulher que eu amo e de meu filho?! – Ele perguntou ríspido e então suspirou fechando os olhos, focalizando o céu.

Engoli em seco, ele tinha todos os motivos para me odiar e também para me amar. Do mesmo modo que eu trouxe Gus para nossas vidas, eu também fiz com que ele ficasse feliz em alguns casos ou até mesmo ele me fazia feliz, sempre foi assim.

Edward era um remédio para minha tristeza, mas hoje nem ele vai me curar do quanto Charlie fez de mal comigo. Deixando-me traumatizada desde a infância, então tive que me mudar com minha mãe, Renée e lá eu conheci Edward... E me apaixonei.

Ao alto da campina, estavam duas crianças brincando de pega-pega. Eu as olhava encantada com o carinho e amizade que transmitiam, eram duas menininhas. Uma de cabelos ruivos cacheados e outra de cabelos castanhos – sendo que o cabelo estava feito uma trança, mas dava para perceber que era liso e macio -. Elas eram amigas, porque irmãs não podiam ser pelo fato de serem tão diferentes.

Aqui estava eu, sentada embaixo de uma árvore com um simples livro lendo. O livro falava sobre um amor impossível de dois jovens, que se conheceram em um acidente de carro.

Então senti mãos cobrirem meus olhos, dei um meio sorriso. Sentindo a respiração de Edward em minha nuca.

– Edward... – Falei em tom de repreensão.

Ele tirou as mãos dos meus olhos, então sentou ao meu lado me dando um beijo. Era normal ver eu e meu namorado nas praças da cidade, normalmente ficávamos conversando e namorando nessa hora. Já que era o horário que ele saía do trabalho de meio período, ele trabalhava em uma oficina e eu trabalhava em uma confeitaria. Porém meu turno era de manhã, escola à tarde e de noite era o único tempo livre que restava para ficar com Edward.

– Você ama ler esse livro, já leu umas quinhentas vezes. – Ele falou revirando os olhos.

– Quem muito ler, tem muito a dizer. – Falei dando um meio sorriso e fechando o livro.

– Soube que minha irmã vai morar com Alec em um apartamento?! Minha mãe tá louca com isso. – Ele falou franzindo o cenho e eu dei uma pequena risada.

– Nessie e Alec são uns sem juízo. – Falei respirando fundo, mas eles eram tão lindos juntos. Admiro que nunca vejo uma briga sequer no namoro inteiro, eles se conheceram no colégio.

Assim como eu conheci Edward, então Edward ter sido um pouco amigo de Alec... Ajudou bastante Nessie na captura do namorado.

– Nessie é louca para fugir com Alec. – Sussurrei enquanto eu arrumava meu livro dentro da mochila, que estava com meus cadernos e livros do colégio.

– Ah, mas eu não vim aqui para falar sobre Nessie. – Ele falou puxando-me pela cintura e me fazer sentar em seu colo, o que eu fiquei um pouco corada.

Ele acariciou minha bochecha e então nos aproximamos para beijar, o beijo foi incrível como sempre. Edward sempre exigia muito no beijo, ele era muito mandão em relação a isso. Porque era impossível não ter um beijo intenso com ele, para nós tudo era intenso demais.

As suas mãos estavam em minha cintura, mas então desceram para minha bunda. Então eu arfei surpresa, eu nunca tive um contato sexualmente verdadeiro com Edward. Enquanto Nessie já tinha transado com Alec, mas era quase impossível eu transar com Edward... Minha mãe sempre precisava de ajuda à noite.

Então foi aqui que decidi que tinha que ter mais contato com Edward.

– Edward... – Sussurrei enquanto ele beijava meu pescoço.

– Virei um tarado por você, tá vendo?! Levou-me para o caminho do mal. – Ele falou dando uma risada, que eu acompanhei.

Então minhas mãos desceram sobre seu tórax definido, na medida exata para mim. Eu beijei sua boca, deixei uma chupada em seu pescoço. Que claro eu estaria com uma grande marca no pescoço, que mal tem deixar uma em meu namorado?!

Voltei à vida real, quando Edward tocou minha bochecha. Do mesmo jeito do nosso beijo que eu lembrei, o mesmo jeito com seu olhar intenso. Eu não podia deixar que ele me beijasse, mas eu necessitava dele. Do seu beijo, do seu corpo e do seu amor.

– Edward... – Sussurrei com os lábios trêmulos.

Ele me deixou sem escapatória, estava prensada contra a parede cinza do terraço. Onde ele estava com suas mãos nos lados. Provavelmente eu não teria opção a não ser beija-lo e depois fingir que isto não aconteceu ou simplesmente deixar isso ir à diante.

Edward passou seus dedos delicadamente pelos meus lábios e eu os deixei entreabertos. Então ele se aproximou, ele estava mais perto do que nunca. Então suas mãos foram para minha cintura fortemente. E a sua outra mão foi para minhas costas e eu estava apavorada e apaixonada em sua frente, eu não iria conseguir resistir a ele.

Não, eu não podia cometer aquilo. Ia ser meu contrato para a morte, eu não era tão besta para fazer isto.

– Edward... – Sussurrei quando nossas bocas estavam a centímetros de distância, pouco na verdade.

– Bella, pelo menos... Pela última vez. – Ele falou segurando meu rosto e olhando intensamente para meus olhos, eu não podia negar o meu amor por aquele homem.

Eu já chorei tanto em minha vida por coisas que Charlie fez, por que não aproveitar?! Amar e sentir ser amada. E por que não tentar ficar com Edward depois de tudo isso?!

– Pela última vez. – Repeti e então seus lábios moldaram-se com os meus.

Ah... Como eu estava com saudades dos seus beijos, ele eram tão selvagens e carinhosos ao mesmo tempo. Seus lábios se entreabriam para ter um contato mais profundo, então eu cedi totalmente levada pelas emoções no meu coração e corpo. Minha mente neste momento se desligou, ao sentir lágrimas cair dos meus olhos. O beijo ficou com um gosto salgado e o gosto dos lábios de Edward, uma mistura entre menta e... Cereja.

– Eu te amo, Bella. – Edward sussurrou e voltamos a nos beijar, eu somente fiquei calada.

Eu não podia cometer mais um erro de falar que eu o amava que chegava a doer, mas eu sabia que ele sentia que eu o amava. Ele sempre foi meu homem, até agora está sendo. Mas depois de alguns anos ou meses, ele vai encontrar a mulher de sua vida. Que não sou eu!

– Edward. – Gemi ao sentir suas mãos em minhas nádegas, então entreabri meus lábios e ele me invadiu novamente.

E eu estava tão entregue ao beijo, que não sabia que já tinha índices de falta de ar.

Então quando ar foi necessário, nos separamos. Mas então Edward me abraçou, na noite fria e então seus braços parecia me proteger de todos os perigos que me rondavam. E eu tentava esquece-los a qualquer custo, mas era simplesmente quase impossível.

– E é por isso que não posso ficar com você. – Falei aninhando-me em seu peito, como se fosse uma despedida e uma lágrima solitária desceu por minha face.

Edward deu um beijo em meu cabelo e se afastou, confusamente me olhando. Então eu não tinha mais escolhas a não ser correr dali e deixa-lo sozinho, pensando.

Mas quando eu ia sair, ele me puxou novamente para si.

– Bella, eu sei que você me ama. Mas por favor, só uma vez... Diga. – Ele falou isso com os olhos fechados, eu acariciei seu rosto perfeito.

Edward era um pai perfeito, o tipo de pai herói e protetor. Ele era um marido perfeito e bastante compreensivo, até mesmo quando não sabia os motivos. Ele foi meu amor perfeito, mas por causa de certas pessoas esse amor tem que ficar somente guardado em minha cabeça. Não posso arriscar a vida do homem que eu amo.

– Eu te amo. – Eu falei dando um selinho nele e então andei em direção ao elevador. O deixando sozinho.

Entrei no elevador e comecei a chorar compulsivamente, minha mão passou levemente entre meus lábios e eu dei um sorriso bobo. Ele me beijou e falou que me amava, eu o beijei e falei que o amava.

Oh Droga! Devem estar sentindo minha falta na festa.

Pov. Edward

Realmente beijar Bella esta noite foi uma das melhores coisas que eu já tinha feito em minha vida, eu sorri ao saber que ela ainda me amava. Ela ainda me amava, não sei como. Essas palavras “eu te amo” não saiam de minha mente. Simplesmente eu amava tanto Bella que eu fiz de minha vida um mundo em que Bella e meu filho eram o centro dele.

Eu iria lutar por Bella, levando o tanto que fosse perigoso como ela dizia e o tempo. Paciência era algo que eu tinha que ter, então meu celular tocou.

Vi no visor e estava escrito Mãe. E então, com um sorriso eu atendi.

Claro, eu estava alegre por minha mãe ligar bem no aniversário do meu filho. Tanto que via alguns... Amigos. Emmett por exemplo.

– Edward, querido. Onde está Gus? – Ela perguntou entusiasmada.

– Ele está na festa. – Resmunguei.

– E você não está na festa?! Já foi embora?!

– Não, ainda estou. Mas... Eu estou no terraço, espere... Deixa-me descer e achar meu filho que te ligo.

Então minha mãe mandou um beijo para mim e desligou. Fui em direção ao elevador e voltei ao andar onde acontecia festa do meu filho, quatro anos... Vale a pena acreditar que um dia vai se tornar um homem! Vai ter uma família... Assim como eu tenho. Mas minha família está incompleta.

– Gus! – Exclamei ao ver ele com a vó Renée rindo.

E quando ele me viu jogou-se em meus braços, me apertando. Ri de sua alegria.

– Papai!

– Sua vó Esme quer falar com você. – Falei dando um sorriso, o qual ele deu um também.

– Eba! Vovó Esme.

E então eu fiquei só ouvindo e observando meu pequeno falar com minha mãe, o qual eu me lembrei de quando Renesmee era do mesmo modo quando falava com Esme... Quando ela viaja e então eu tinha que cuidar dele junto com uma babá.