Love Conquers – 6

Pov. Bella

Uma semana depois...

Já fazia uma semana que tinha ocorrido o aniversário do meu filho e também do meu beijo com Edward. Meu trabalho nessa última semana elevou muito, aliás, eu estava recebendo constantes ligações de Charlie na madrugada.

De certo modo isto me deixava feliz, mesmo que meu pai seja um cafajeste ele era meu pai. Eu fico feliz que ele esteja vivo e etc. Não o vejo como uma figura fraternal correta para mim, já que fui uma criança com traumas a serem resolvidos. Foi ai que me interessei por psicologia, o mercado de trabalho pouco valorizado e então seria diferente.

E então consegui me formar em psicologia, agora estou sendo uma das melhores psicólogas de Nova York. Claro que não pretendo viver o resto da minha vida nessa cidade, eu sempre sonhei morar em uma casa de campo.

Seria extremamente maravilhoso sentir a brisa do vento nas tardes, em uma cadeira olhando meu filho ou mais filhos brincarem na grama verde cheia de flores. E eu realmente queria Edward do meu lado, mais do que tudo.

Mas simplesmente não posso fazer nada para que eu o deixe protegido, assim como as chances de proteger Gustavo está quase impossível.

Então a campainha tocou em pleno domingo, onde neste dia Gus estava na casa de Edward. Provavelmente se divertindo com o pai, dei um meio sorriso e fui atender a porta.

Abri a boca em surpresa ao ver nada menos que Edward e Gus na porta do meu apartamento.

– O que estão fazendo aqui?! Não era para estar na casa do seu pai, Gus? – Perguntei tentando ser neutra, era impossível vendo Edward me minha frente.

Ele estava lindo, usava roupas casuais. Onde eu via poucas vezes no nosso casamento, porque ele vivia trabalhando. Só no final de semana que tínhamos algo para fazer juntos e sem interrupções, mas é trágico para ele... Já que precisa trabalhar muito.

– Olá Edward. – Eu estava começando a lidar com tudo isto, eu era mesmo apaixonada por ele.

O que um beijo não muda?!

– Oi Bella. – Ele falou e deu um meio sorriso olhando-me. – Gus queria passar o final de semana com você e...

Gus entrou no apartamento puxando Edward pelo braço, então praticamente ordenou que ele sentasse no sofá da minha casa e fez com que eu ficasse impaciente olhando para ele. Meu filho estava com uma cara de sapeca, isso não é nada bom.

– Gus. – Repreendi.

– Mãe, eu queria passar um final de semana... Como das outlas vezes. Eu, você e papai. – Ele falou fazendo um beicinho fofo.

– Nem tudo que queremos vamos ter. – Eu falei alisando o cabelo castanho dele, iguais aos meus.

Essa frase servia muito para mim, eu não posso ter tudo que eu quero. Então me assustei ao ouvir o meu celular tocando.

– Filho, ofereça algo para seu pai. – Falei e saí da sala.

Ouvi ainda que eles começaram a conversar algo sobre videogame, mas não dei importância. Peguei meu celular na bancada da cozinha e me assustei vendo que o número era o de Charlie, mordi os lábios quando vi Edward entrar na cozinha sem Gustavo ao seu alcance.

Eu tinha que atender, se não Charlie seria capaz de me matar. Oh Meu Deus!

– Edward... Acho melhor você ficar com Gus. – Falei e a música do meu toque de celular ainda ficava nos meus ouvidos.

– Ãhn... Eu queria falar uma coisa com você. – Ele falou bagunçando seus cabelos.

Uau, isso foi extremamente sexy.

– É... Depois tenho que falar com um cliente. – Falei e saí correndo para o meu quarto. Que era perto da cozinha, suspirei e atendi o celular.

– Me diga o motivo de estar demorando a atender minhas ligações, queridinha. – A voz do meu pai soou.

E então respirei fundo, mantenha a calma. Seu futuro e a vida de quem você ama está em jogo.

– Eu estava trabalhando. – Menti.

– Ora Isabella, sei que você é horrível em mentiras. Diga a verdade.

– Eu não estou mentindo, era um cliente Walton. Ele tem uns problemas e... – E então ele me cortou com a voz ríspida.

– Foda-se, eu quero saber que dia teremos outra noite filha querida.

Então as lágrimas caíram, eu não conseguia evitar. Ele foi tosco comigo quando eu era criança, uma inocente criança que não sabia de nada.

Eu tinha doze anos, mamãe e papai estavam no quarto fazia horas. E então eu estava sem nada para fazer, por que não se juntar a eles?! Eles podiam estar assistindo algum filme legal ou até mesmo namorando.

Ri com meu pensamento, nunca vi meus pais se beijarem. Então acho que eles namoram escondido de mim.

Abri a porta do quarto dos meus pais e minha boca se abriu com a cena a minha frente. Meu pai estava deitado por cima de minha mãe, eles... Estavam nus. E minha mãe com as pernas abertas mostrando suas partes íntimas para meu pai que estava do mesmo jeito, só que seu membro estava dentro dela. Dentro! Oh Meu Deus.

O que é isso?!

– Veio se juntar a nós?! – Perguntou meu pai virando-se para mim e dando um sorriso malicioso.

Renée se botou em minha frente, ela disse que era para eu correr para fora de casa. Que eu pegasse uma mala e lá tinha um dinheiro para eu ir morar com minha tia em Phoenix. Mas eu corri com todas as forças do meu corpo para cima do meu pai, dei um belo tapa no rosto dele.

Ele insinuou que eu teria que ficar nua na frente dele?! Eu que não fico, mamãe me disse que não podemos mostrar e nem namorar com os meninos nesta idade.

– Porco! Nojento! Ingrato! –Gritei com tudo, tudo que eu conseguia fazer era gritar.

Lágrimas caíram do meu rosto, o celular estava mais do que apertado pelas minhas mãos. Eu estava mais do que nervosa, apavorada.

– Mudou de ideia?! Acho que estou querendo ir te visitar. – Charlie falou com a voz maliciosa.

– Não! Eu tenho muitas coisas e trabalhos para fazer.

Eu falei e ele desligou em minha cara, então eu joguei o celular na cama. Sentei no canto do quarto e deixei minhas pernas levantadas. Botei meu rosto entre as mãos e comecei a chorar, eu chorava desesperada pela vida de Gus. Pela de Edward.

Só por um deslize eu os perderia dois, Charlie é cruel comigo. Com minha mãe, ele vai endoidar quando souber que ela ainda está viva.

Eu preciso de uma psicóloga, nada melhor que Alice. Rosalie é a única na face da Terra que eu falei este segredo, minha mãe já sabe porque presenciou demais.

– Bella, por que você... – Edward entrou em meu quarto. E meu rosto se levantou.

Ele não podia saber, mas ele precisava saber que eu era realmente. Para proteger Gus.

Pov. Edward

Eu estava na sala com Gus, mas Bella estava demorando demais para um simples telefonema. Fui até a cozinha e ela já não estava mais, então segui um corredor. Onde tinha algumas portas, uma era pro quarto do meu filho.

Dei um meio sorriso vendo os desenhos dele com eu e Bella nos papéis, ele queria mais do que tudo que eu ficasse junto de sua mãe. Mas Bella não deixava de nenhum modo eu me aproximar, não sei por que... Deve ser por causa do beijo que demos no aniversário de Gus.

– Bella, por que você...

Vi Bella frágil, ela chorava nervosamente e dava para ouvir alguns soluços. Por que ela estava triste? Por que ela não me amava mais?

Eu não podia ter respostas a estas perguntas, porque ela não me deixar saber de nada. Eu sou um inútil, então fechei a porta de chave. Para que Gus não visse sua mãe neste estado.

– Edward, vá embora. – Ela pediu fechando os olhos e fez uma cara de dor.

– Eu não vou até você me contar o motivo de chorar, você tem uma vida perfeita. Um filho, beleza... Rosalie sua amiga, Alice, sua mãe... E eu. Mas você não deixa falar nada contigo, simplesmente não gosta de minha presença. Por que se casou comigo então?! Você não me amava?! Por que não me ama mais?! Achou outro em sua vida?! – Falei tudo em um só fôlego desesperadamente.

E então eu abri a porta, sai do quarto com tudo. Vi Gus na sala e então fui até ele e o abracei.

– Filho, tive uma reunião de última hora. – Falei e dei um beijo em sua testa.

– Viu... Amanhã você vem? Pra gente ir jogar basquete na quadra?! – Ele perguntou com os olhinhos brilhantes, tão inocente.

– É claro. – Falei e demos um sorriso.

Saí do apartamento às pressas. Então entrei no elevador, botei para ir ao térreo. Mas então ele parou no décimo andar, uma loira entrou no elevador e deu um sorrisinho para mim. Então eu desviei o olhar.

Eu amo Bella, o físico não vai tomar conta do meu ser. Mas a mulher era linda, não importa mesmo. Bella dá de dez nessa.

Beleza, calma Edward. É só manter isso.

– Olá sou Irina. – Ela falou dando um beijo na minha bochecha.

E então a olhei extremamente irritado.

– Edward, eu tenho compromisso já ok? – Perguntei ríspido, a mesma se encolheu constrangida.

– Ok...

Ah, por que Bella não entendia o quanto eu a amava? Não viu que eu neguei uma mulher por causa dela? Faz meses que estou sem sexo, porque eu sou um bêbado apaixonado por Isabella Swan.