Just Friends escrita por Laia


Capítulo 3
Capitulo 3


Notas iniciais do capítulo

AAAAAAH *-*
Um novo leitor o/
Ignorem essa minha mania de ficar colocando carinha em tudo... Enfim, obrigada por ler seus lindos.
To super empolgada - acho que deu pra perceber - então outro capitulo pra vocês. Esse inicio ta meio água com açúcar, mas depois melhora, juro que to tentando.
Nesse capitulo tem novidade, o ponto de vista do Eduardo vai aparecer também. Se ficarem perdidos, é só falar que eu mudo o jeito de escrever.
Capitulo 3 pra vocês :)



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–Podemos até tentar começar de novo, mas saiba que não muda o fato de que o apartamento é meu entendeu?

Por favor, que eu aguentasse um semestre com aquele idiota arrogante! Deuses, eu me sentia em uma daqueles comedias românticas em que o casal começa se odiando... Mas o fato é: ficaríamos só nos odiando.

Forcei um sorriso falso e peguei minhas malas, puxando atrás de mim enquanto o seguia.

O apartamento não era longe, mais ou menos meia hora. Por mais que eu não seja uma garotinha indefesa e fraca, ele bem que poderia ter ajudado com as malas. Mas naaaaao, ele simplesmente tirou a chave do carro e saiu desfilando com os óculos de sol. Pelo menos ele esperou no elevador...

Subimos até o 7º andar e entramos no ultimo apartamento do corredor. Jogou as chaves no aparador e pegou minhas malas – pelo menos dessa vez. O espaço era amplo. Sala com uma pequena varanda, um pequeno armário e cozinha daquelas que só se divide da sala pelo balcão. O corredor dava para o banheiro de frente e nas duas laterais, reconheci os quartos. O da esquerda com a porta fechada, e o da direita, com a minha mala dentro.

–Vou sair, pode ficar a vontade só não... Mexe no meu quarto ok?

–Sim senhor.

Ouvi a porta bater e corri para tranca-la. “Calma Manuela, vai ficar tudo bem, ele não deve ser tão ruim”.

Positividade.

Entrei no meu quarto e tranquei a porta. Pelo visto, em cada quarto havia uma porta com acesso ao banheiro, isso seria um tantinho perigoso... Tinha que me lembrar de trancar as três portas – do meu quarto, do quarto dele e a do corredor – quando estivesse lá dentro.

Abri a mala e arrumei algumas coisas, já pegando uma roupa e uma toalha. Precisava de um banho.

Tranquei as três portas e deixei a água quente bater na nuca por alguns minutos. Lavei o cabelo e me enrolei na toalha, já ajeitando minhas coisas em um espacinho que achei entre as coisas dele. Só tinha meu sabonete, meu xampu e minha escova de dentes, ele não podia reclamar.

Voltei para o quarto e deixei a roupa ainda em cima da cama e comecei a guardar as coisas da mala dentro do guarda roupa. Com o tempo eu me organizava...

Meu cabelo sempre foi liso, então nem me importei em arrumar ou secar, apenas vesti a roupa separada – um short florido e uma regata soltinha branca – e calcei os chinelos. Que fome.

Fui até a cozinha separando os fios do cabelos com as mãos mesmo, e abri a geladeira procurando alguma coisa pra comer.

***

Juro que assim que a Suzy voltar, eu mato ela! A garota não parecia ser tão ruim, mas o que me irritou de verdade foi o susto dela ser uma garota.

As ordens da minha Irma foram diretas.

“Seja legal com a moça” ela disse. Como se isso fosse fácil... Disse que ela não parecia ser tão ruim, mas também não parecia fácil de lidar. Baixinha de nariz em pé. Os cabelos curtos presos em um daqueles coques mal feitos e o cachecol enrolado na bolsa pousada no ombro.

Quando ela atravessou o portão do desembarque, o que vi não me incomodou. Ela não usava maquiagem, nem salto ou acessórios. Apenas um casaco e um cachecol por cima da blusa básica e tênis. Infelizmente, era o tipo de garota que eu gostava: básica.

Mas não era nada disso que realmente me incomodava. Era que... Ela era idêntica a Rachel, minha ex.

Passei três anos com a Rachel, até que ela sofreu um acidente com os pais e não resistiu. Isso faz dois anos... Digo, não estou chorando por ai nem nada, mas me afetou muito. E agora ter que dividir apartamento com a Manuela só me faz lembrar que a Rachel se foi.

Elas tem o mesmo corte de cabelo, o mesmo jeito de se vestir e pude perceber que torce a boca quando é contrariada. Do mesmo jeito que a Rachel fazia...

Não digo que ela era o amor da minha vida, ela não era. Era perfeita até demais para ser real... E isso as vezes me dava nos nervos.

Dei algumas voltas de carro pela cidade e parei em um estacionamento qualquer, apenas para pensar com clareza.

Senti meu celular vibrar.

–Alo?

–Edu?

–Fala Suzy.

–Ta tudo bem?

Ela parecia meio arrependida por não ter me contado.

–Ta sim.

–E como ela é?

Respirei fundo.

–Igual a Rachel.

Silencio.

–Posso ser sincera? – eu não respondi, e ela continuou – Eu sei e você sabe que superou a Rachel, ela não era pra você Edu... Agora, a garota não tem culpa de se parecer com sua ex morta, então não desconte sua raiva nela. Me desculpe, mas é isso! Acabou, se foi. Tente pelo menos se dar bem com ela, sem grosserias e sem mal humor. Pelo que o Sam me disse, ela é uma boa garota. Por favor, me prometa que vai tentar.

–Prometo.

–Por favor Edu...

–Ta Suzy, prometo que vou tentar me dar bem com ela ok?

–Não banque o espertinho pra cima da moça entendeu?

Nem precisa pedir...

–Ta bom.

–E Edu – pude ouvir ela suspirar – Eu te amo.

Então ela desligou, e eu voltei pra casa, decidido que talvez uma nova companhia não fosse algo tão ruim.

***

Deuses, ele não come não? Na geladeira só tem algumas garrafas de água e alguns potes praticamente vazios com restos de comida.

Procurei pelos armários e só achei um pacote de macarrão. Ótimo, vai ser isso mesmo. Coloquei a água e deixei lá enquanto ligava a TV da sala.

Ele não demorou pra chegar. Novamente jogou as chaves no aparador e colocou a carteira e os documentos do carro juntos. Passou reto por mim e foi para o seu quarto com a cara fechada.

Eu não conseguia entender o motivo dele ter me odiado tanto.


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Notas finais do capítulo

Então? Mereço algo? Um comentario, um sinal de vida, um tapa?
Me digam, me digam, me digam!
Até quando eu pirar e postar de novo :*