Just Friends escrita por Laia


Capítulo 4
Capitulo 4


Notas iniciais do capítulo

Eu sei, eu sei...
É o terceiro que posto hoje, mas é que acabei de receber elogio e to ainda mais animada *-*
Obrigada por me incentivar :*
Então, capitulo 4 :)



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Tomei um banho e fui para a sala seguindo o cheiro de comida. Ela estava fazendo o almoço.

Tirou o macarrão da panela e serviu em dois pratos, me oferecendo um deles.

Estava realmente gostoso, isso eu tinha que admitir.

–Esta muito bom, obrigada.

Ela pareceu se assustar só de ouvir minha voz.

–De nada – o silencio voltou, ate que ela largou o prato e se virou pra mim – Eu fiz alguma coisa de errado?

Eu apenas neguei com a cabeça, mastigando a comida.

–Então por que fica com essa cara fechada pra mim? Se estou incomodando, me desculpa, mas não tive a intenção ok?

–Não ta incomodando.

–Então por favor, fala qual é o problema.

Larguei o garfo já irritado.

“O problema é que tu parece minha ex morta porra!”

Não, eu não disse isso.

–Não enche.

Coloquei o prato na pia e voltei para o meu quarto.

***

Faltava uma semana ainda para as aulas começarem e durante esse tempo, eu não fiz mais perguntas. Mas com o passar dos dias, fomos começando a conversar e nos conhecer, e dessa vez, sem grosserias de ambas as partes. Ele fazia faculdade de arquitetura e faltava dois anos para se formar. Contei sobre minha vida, e a cada dia, fomos falando um pouco mais.

No sábado acordei e a dispensa estava cheia, graças aos deuses.

–Bom dia.

Ele guardava as sacolas.

–Bom dia.

Ele se levantou e lavou as mãos. Estava bonito hoje, o cabelo estava bagunçado, usava uma blusa branca e uma bermuda preta.

Bem, ele não era nenhum deus grego, mas tinha sim o seu charme. Acho que era o corte despenteado, ou os olhos tão negros quanto os cabelos.

Ele se virou e eu percebi que eu estava observando.

“Droga Manu!”

–O que foi?

–Nada. O que quer hoje pro almoço?

Me sentia uma dona de casa perguntando isso, mas é que eu tava na casa dele, e sequer tinha procurado um emprego ainda, o mínimo que podia fazer era cozinhar um pouco. Se bem que desconfio que não seja tão boa assim na cozinha...

–Pode deixar que eu mesmo vou fazer hoje ta?

–Então o que teremos?

–Ainda não decidi, mas acho que bife e batata frita. Ta bom pra você?

–Ótimo!

Me encostei na bancada e peguei uma maça enquanto ele separava a carne e lavava as batatas.

–Onde tem um pano de prato?

–Armário em cima da geladeira.

Ele não se virou pra responder, mas eu vi o sorriso que formou. Ele sabia muito bem que eu não alcançava lá.

Mas não me importei. Peguei uma das cadeiras da mesa e subi. Abri o armário e vi os panos bem no fundo, mesmo no banco eu não ia alcançar.

–Eduardo?

Agora ele não escondia o riso.

–Fala baixinha.

–Pode me ajudar?

Falei quase em um sussurro. Mesmo nesse pouco tempo, ele já tinha percebido que eu era orgulhosa e me fazer pedir sua ajuda era sua diversão.

Ele fechou a torneira e veio esboçando um sorriso. Eu de braços cruzados e cara fechada. Ele só precisava se esticar um pouco, pegou o pano e me entregou, levantando uma das sobrancelhas. Puxei o pano com força e ai que começou a bagunça toda. Por acaso já comentei que sou uma das pessoas mais estabanadas da vida? Vivo caindo sozinha por ai, tropeçando no ar, e nem me faça contar de todas as vezes que já fui parar no hospital por causas das torções. Então, assim que puxei o pano, me desequilibrei com a cadeira balançando e me agarrei a primeira coisa que apareceu: a geladeira. Tentei me segurar e aquela porta menor do freezer abriu, jogando meu corpo para o lado oposto. Merda merda merda merda merda! Fechei os olhos já esperando pela dor da queda que seria, mas não. Eu só ouvi o barulho de algumas coisas caindo e senti ele me segurando. Abri os olhos, e dei de cara com os olhos dele, completamente espantados. Não sei como, mas ele conseguiu me segurar com uma mão nas minhas costas e outra na minha coxa, apoiando a cadeira prestes a cair no chão com a própria perna.

“Deuses, o que são esses olhos?”

Me apoiei em seus ombros e me levantei. O pano tinha ido parar longe, é claro. Ele levantou a cadeira e catou os congelados que caíram.

–Você ta bem?

Apenas acenei com a cabeça. Não conseguia falar. Peguei o pano e fui para a pia.

–Ta bem mesmo?

Dessa vez ele soltou uma risadinha leve.

–Aham, obrigada por me segurar.

–Teu orgulho ainda te mata um dia.

–Não se da próxima vez você pegar o maldito – lhe bati com o pano nele – pano – bati novamente- pra mim!

Já estávamos rindo da situação. Ele começou a fritar os bifes e eu cortava as batatas. Rimos ainda mais quando demos conta da maça que eu comia, jogada em cima do armário, do lado aposto da cozinha.


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Notas finais do capítulo

Então? Eles estão começando a ser dar bem...
Huuuuum
Até mais :*