Dia 25 de Dezembro:

– Oi – Mariah diz ajoelhada de frente ao tumulo de Henrique – Como foi o natal? – ela diz com os olhos marejados – Que pergunta idiota, já que você passou o natal aqui sozinho – Mariah fala e olha para o lado onde ver a sepultura de Mary Mellark – Bom quer dizer, você passou com o seu grande amor, não foi – Ela diz irônica – O que ela tinha que eu não tenho? – Mariah pergunta – Eu aqui te perguntando como se você fosse responder.

Mariah se levanta – Eu nem sei por que eu estou aqui, talvez seja por que eu quero me lembrar de quando nos conhecemos, quando aqueles homens me lavaram para a casa dos seus pais – Mariah fala triste.

Ela retorna a se ajoelhar em frente ao tumulo – Eu sei que você não vai me escutar, mais mesmo assim eu quero falar – Ela diz enxugando as lagrimas que insistiam em cair – Foi em um dia quente de verão que eu fui deixada na casa dos seus pais, eu sei que eles não queriam me adotar, mais naquela época, adotar uma criança faria a família ganhar “status”. Você sempre foi bastante amigo, você cuidou de mim enquanto os seus pais nem ligavam para mim, eu nunca liguei muito, pois eu tinha você, até que um dia quando éramos adolescentes, você me beijou – Mariah fala fechando os olhos com força deixando as lagrimas caírem – Como eu fiquei feliz naquele dia, passamos a namorar escondido, ate os seus pais descobrirem, eles queriam me mandar para longe mais você não deixou, depois tudo ficou esquisito, morávamos na mesma casa e nem podíamos nos falar, foi horrível aquela situação.

Ate que você conheceu a Mary – Mariah fala com desdém – Aquela chata e insuportável, devo admitir que ela era bonita, mais eu era mais, o que afinal ela tinha de tão especial? – Ela diz confusa – Quando você começou a namorar ela seus pais fizeram festa, você nem ligou para os meus sentimentos, depois quando você se casou com ela meu coração morreu, foi a partir daquele dia que eu jurei nunca mais amar ninguém, por que o amor machuca – Mariah fala triste – Anos mais tarde depois de quatro anos do seu casamento, quando seu filhinho Peeta já estava com dois anos, eu e você nos reencontramos, foi tão bom aquele dia, você tinha acabado de brigar com a Mary, e tinha bebido então nós ficamos juntos, foi tão boa aquela noite – Mariah fala lembrando-se de cada detalhe daquela noite – Mas de manha quando acordamos, você me desprezou, disse que amava a Mary e que não devia ter feito aquilo com ela, você foi embora, machucou meu coração de novo – Ela diz com raiva – dois meses depois quando eu descobri que estava grávida e fui lhe procurar disse que não poderia assumir a criança, pois amava Mary e ela nunca o perdoaria, eu fiquei com tanta raiva naquele dia, então você me propôs mentir, dizer que o meu bebê era filho de outro homem, você ia me ajudar a criá-lo, com apenas como seu sobrinho, dinheiro nunca ia falta para mim e meu bebê, eu aceitei, era a única coisa que eu poderia fazer – Mariah fala com tristeza com a cabeça baixa – Você me prometeu que ia colocá-lo no seu testamento, mais você morreu antes de fazer isso – Mariah fala e se levanta – Agora me diz Henrique, como eu vou contar que o meu bebê, e seu filho, como contar que o Cato é irmão do Peeta? Que o Cato é seu filho. – Mariah fala olhando para o horizonte deixando as ultimas lagrimas rolarem pela a sua face.