The Forgotten escrita por Panda Chan


Capítulo 5
Santinha


Notas iniciais do capítulo

Oi gente
Sei que esse demorou um pouquinho, mas foi porque eu estou de mudança :c
Vou de uma ponta da cidade pra outra e entre empacotar minhas roupas e as coisas da cozinha fiquei sem tempo pra entrar na inter :/
Não sei se semana que vem terá capítulo porque na nova casa não tem nem telefone ainda (pois é, nao me pergunte como vou sobreviver)
Obrigada por favoritar a fic Neko Kodokun e Laura Gonçalves
Boa leitura cupcakes



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Se você pensa que boates são lugares legais para se ir a noite está muito enganado.

Eu acho que boates são os cabarés do século vinte e um. Aqui tem belas mulheres dançando com os rapazes e usando peças minúsculas de roupa, tem bebidas coloridas regadas a álcool e um número considerável de caras querendo transar com alguém. Como eu disse, um cabaré do século vinte e um.

— Falta muita gente pra entrarmos? – Nana puxou sua jaqueta de couro marrom para mais perto – Estou com frio.

— Talvez se você tivesse vestido algo do seu tamanho – apontei para o minúsculo vestido preto com lantejoulas que ela usava – Não iria sentir tanto frio.

Ela fez uma cara de ‘cala a boca ou eu enfio minhas unhas postiças na sua cara’ e pegou seu celular no bolso da jaqueta.

— Acho que vou ligar pro Alex, ele não deve estar nos reconhecendo nessa fila imensa.

Enquanto ela digitava o número dele eu fiquei brincando com o pingente do meu bracelete.

Quando saiamos era sempre assim, Nana andava toda ‘diva’ com roupas curtas, apertadas e brilhantes como vestido preto de hoje com um par chamativo de sapatos rosa pink enquanto eu normalmente uso shorts ou calças skinny, como a preta que estou usando agora, com uma blusa uma pouco mais solta, uma jaqueta preta e botas ou all star.

Somos o oposto uma da outra.

Nana começou a pular acenando sem parar, nem precisei me virar pra saber que Alex estava chegando.

— Oi moças – ele estava lindo com uma jaqueta de couro preta, calça preta e uma blusa cinza. Parece um anjo negro.

— Oi Alex - disse sorrindo sem perceber.

— O que vocês estão fazendo aqui? – perguntou.

— Precisa pegar essa fila pra entrar nessa boate – Nana fez cara de cachorrinho triste – Mas vale a pena, o lugar é incrível.

— Eu nunca pego fila meninas – ele sorriu e enlaçou um braço no meu e outro no da Nana – Vamos.

Eu até quis protestar quando percebi que ele tinha a intenção de nos arrastar pra tentar furar fila, mas não estava nenhum pouco afim de ir pra balada hoje e acho que ver Alex quebrar a cara deve ser algo divertido.

Andamos os três lado a lado na calçada da boate ouvindo as pessoas xingando e reclamando por sermos tão descarados pra furar fila.

Paramos em frente a porta onde um segurança de no mínimo dez andares de altura cheio de tatuagens nos barrou. De acordo com seu crachá seu nome era Frank Carinha-Feliz.

A vida é uma bela ironia.

Nana parecia insegura agora que podia ver o quão assustador Frank Carinha-Feliz era. Alex nem se intimidou.

— Oi Frank, posso entrar com minhas belas garotas? – ele sorriu daquele jeito cafageste que só os homens conseguem.

Frank Carinha-Feliz nos deu passagem e três pulseiras para o camarote.

— Agora sim vi vantagem em sair com você, Alex – Nana balançava animadamente sua pulseira amarelo neon – Somos Vips! Dá pra acreditar nisso Ali?

Fiquei com cara de batata enquanto Alex colocava a pulseira no meu braço.

— Você está bem Alice? Está um pouco pálida.

Estou ótima! Super normal ganhar pulseiras vips por furar a fila, quase falei mas acho que seria maldade.

— Alex deixe de ser bobo, ela esta ótima. Ela é viiiiiiiiiiiiiiiiiip – Nana estava tão animada que começou a cantar uma música aleatória.

Andamos pelo extenso corredor que dava acesso á parte da pista de dança e entrada dos camarotes, eu não gosto desse corredor por causa dos casais se comendo nas paredes.

Andar com Nana era uma coisa, os garotos sempre paravam pra nos olhar e as meninas nos odiavam. Andar com Nana e Alex era um nível totalmente novo.

Assim que chegamos na pista de dança um grupo de meninas ficou encarando e se oferecendo pro Alex enquanto alguns garotos olhavam de forma bem maliciosa pra Nana.

Ótimo, sou o patinho feio do grupo.

A multidão praticamente se abriu enquanto andávamos em direção as escadas que dão acesso ao camarote.

Subimos para a área dos camarotes sem nenhum problema e nos sentamos em uma mesa que tinha a melhor visão possível da pista de dança e do DJ.

— Eu devia ter jogado na loteria hoje – disse em voz alta sem perceber.

— Por que? – questionou Alex.

— Nunca tive tanta sorte em uma única noite.

— Verdade – Nana fez um sinal com os dedos e logo um garçom apareceu com três drinks coloridos. Eu nem sabia que aqui tem garçom – Normalmente Ali e eu ficamos uma hora e meia na fila comendo doritos e depois em algum lugar mega apertado na pista de dança.

— Então acho que deveríamos sair juntos mais vezes – Alex deve ter percebido minha expressão ‘ ele é um panaca‘ porque se apressou em dizer – Quero dizer, pra ver se a sorte continua.

Sorte, ta ai algo que eu não sei o que significa.

Minha vida começa no dia em que eu acordei no hospital e agora estou tendo visões de antes dela . Isso não é ter sorte.

Peguei um drink azul e bebi em apenas um gole.

— Garotas deviam beber assim? – perguntou confuso.

— Deixe de ser idiota – Nana estava misturando um drink rosa e um azul no copo vazio do meu – É a Alice, ela pode beber e nunca ficar bêbada.

— Isso não é algo do qual me orgulhe – peguei o drink violeta que Nana criou e dei um gole – Está doce demais – devolvi o copo para ela.

— Posso me arrepender disso, mas como você descobriu que nunca fica bêbada?

— Não sou santa, querido – sorri do meu jeito convencida.

Alex me olhou surpresa e Nana sorriu daquele jeito malicioso dela provavelmente pensando que isso era um flerte.

— Ela está longe de se tornar aproxima Madre Teresa.

Antes que eu pudesse mandá-la tomar onde o sol nunca bate ela fez um sinal e se levantou atendendo o celular.

— Você não parecer ser safada.

As palavras de Alex me surpreenderam, mas disfarcei da melhor maneira que consegui.

— Você não parece ser direto.

Alex me olhou confuso.

— O que quer dizer?

— Você disse que nunca veio aqui antes e conseguiu pulseiras pro camarote além de furar a fila, eu venho aqui há anos e não tenho toda essa moral.

Sem falar que você me deu um estranho ursinho de pelúcia.

— Touché, já vim aqui muitas vezes na verdade – ele bebeu o drink verde – Então agora quero saber por que você está tão longe de ser santa.

— Nada demais – admiti – Sempre saio com Nana, ela fica bêbada e eu não.

— Só isso?

— Nana bêbada pode ser um pouco... Impulsiva. Ela gosta de fazer grandes besteiras.

— E você como melhor amiga faz junto, certo?

— Touché.

— Quer dançar santinha? – Alex estendeu a mão.

Ignorei o apelido que acabei de ganhar e sorri.

Acho que depois das lembranças de ontem preciso de uma boa dança.

— Claro – peguei a mão dele e descemos pra pista.

Como num passe de mágica a pista de dança que antes estava lotada agora estava mega lotada e cheia de pessoas. Assim que chegamos notei um grupo de garotas olhando para Alex com aquela cara de vadia com doritos na bochecha.

— Pra onde você está olhando?

Alex me encarava enquanto era empurrado pelas pessoas ao redor.

— Aquelas garotas doritos – apontei pro grupo de meninas com roupas minúsculas – Elas parecem gostar de você.

Alex olhou pra elas e torceu o nariz.

— Não fazem meu tipo – gritou tentando ser mais alto que a música.

— E qual é seu tipo? – perguntei.

— Talvez um dia eu te diga – ele respondeu.

— Estou curiosa agora.

Alex se aproximou mais, segurou minha cintura e disse no meu ouvido.

— O segredo é a alma do negocio.

Senti os pelos da nuca se arrepiando, ele logo se afastou e começou a dançar.

Anna brotou do nada bem do meu lado com um copo de vodka em cada mão e um menor no decote.

— Meu namorado disse que está vindo aqui, daqui a pouco ele chega – disse toda alegre.

— E por que você está com metade do bar? – perguntei apontando pros copos.

— Queridos, essa noite vamos nos divertir – ela entregou um copo pra mim e um pro Alex.

Olhamos um pro outro.

— Um brinde? – ele perguntou.

— UM BRINDE! – gritou Nana.

— Um brinde – concordei.

Erguemos nossos copos e fizemos o brinde que marcaria o inicio de mais descobertas, visões atormentadoras e tentativas de assassinato, na época eu não sabia disso, é claro.

— VAMOS NOS DIVERTIR! – gritamos juntos e depois bebemos os conteúdos de nossos copos em um só gole.

Acho que Stella vai me matar amanhã.


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Notas finais do capítulo

NÃAAAAAAAAAAAAAAAAO ME MATEM
~~~desviando das pedras e bombas~~~
Admito que é proposital deixar vocês curisosos... EI! QUEM JOGOU ESSE ELEFANTE? NÃO VALE ANIMAIS!
Enfim, em breve explico melhor
Beijos com granulado colorido e churros



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