The Forgotten escrita por Panda Chan


Capítulo 32
Temos que pegar!


Notas iniciais do capítulo

Oooi jovens power rangers, tudo bem com vocês? Olhem o milagre: EU FIZ UMA CAPA PRO CAPÍTULO 'O' Isso é pra mostrar que eu realmente gostei desse capítulo, tive um bloqueio ao escrevê-lo, mas quando terminei achei o resultado bem legal.
Quero dedicar esse capítulo aos leitores Giu ~~vulgo Loba Solitaria~~ e ao Lucas por tentarem de ajudar quando estava bloqueada (esses lindos que me enviaram músicas pra ajudar com o bloqueio e ficaram virabdo a madrugada no WhatsApp) e dizer que vocês devem ouvir essa música : https://www.youtube.com/watch?v=a6k0Sgm94D0&list=PL6F4332F1B937F9A1&index=33 . "Por que devemos ouvir essa música Panda?" Porque o nome do capítulo vem da primeira abertura do Pokemón e eu amo essa versão cover da música.
Como o Nyah já cortou três vezes as notas (acabou o amor por você, Nyah) não sei se posso escrever mais.
Boa leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/450583/chapter/32

Minha cabeça estava doendo como se milhares de pequenas agulhas me espetassem ao mesmo tempo em diversos lugares diferentes.

– Ai! – não aguentei fazendo careta de dor.

– Pare de reclamar – a voz feminina estava irritada enquanto continuava a puxar meu cabelo – E também pare de se mexer ou sua orelha vai se queimar.

– Churrasco de orelha me parece algo bem atrativo – comentou a garota mais sombria daquele recinto.

– Só quero que isso acabe logo – murmurei baixo.

– Se você continuar se mexendo e reclamando sem parar vai demorar ainda mais.

– Pobre, Alice – ouvi Pudim dizer – Se tornou vítima da Melody durante sua TPM lunar.

Tentei formar um sorriso sem graça no rosto, mas acho que ele ficou mais parecido com uma careta de infelicidade.

Eu estava sentada em frente á uma modesta penteadeira no quarto da Lilly, com as minhas poucas amigas do Instituto assistindo enquanto Melody puxa meus cabelos para formar cachos perfeitos.

O quarto da Lilly possui uma cama de solteiro que foi dominada por ela e Duda – minha querida amiga fada que não para de rir da minha desgraça -, um guarda-roupa simples que fica encostado perto da porta do banheiro, uma escrivaninha onde Pudim está sentada lendo um romance e a penteadeira onde eu estou sendo torturada.

O quarto é bem mais simples que o da Mel, mas suas paredes amarelas num tom bem claro e seus móveis da cor tabaco o tornam aconchegante.

– Ai! – exclamei sentindo o calor que o cacheador emanava próximo á minha orelha.

– Você não serve pra se arrumar, Ali-chan – o tom de voz dela estava mais brincalhão do que acusador.

– Será que ela vai sobreviver para ir se encontrar com o Morfeu? – ouvi Lilly perguntar.

– Espero que sim – Pudim respondeu – Caso contrário ele vai ficar reclamando com Melody por ter matado a pobre Alice por meses.

– Vocês são tão dramáticas – Melody comentou – Pode entrar – disse sem tirar os olhos do meu cabelo.

– Mas alguém bateu na porta? – ouvi Duda perguntar.

Lucas, um amigo lobisomem de Melody abriu a porta poucos segundos depois segurando duas sacolas de comida chinesa.

– É falta de educação entrar sem bater – Lilly comentou enquanto pegava uma das sacolas e depositava sobre a escrivaninha.

– Quando se tem um lobisomem perto, bater é desnecessário – ele comentou sorrindo.

Lucas é muito mais alto que eu, sua pele é um pouco bronzeada de forma natural ele tem cabelos pretos encaracolados que estão sempre bagunçados e olhos tão escuros que escondem totalmente a pupila.

A visão de Lucas agindo como “empregado que busca comida” de cinco garotas é um tanto engraçada já que ele é forte, ameaçador e alto, mas quando se conhece bem a peça é possível ver um garoto doce e amigável.

As meninas arrumaram as caixinhas de comida sobre a escrivaninha usando-a como mesa improvisada, logo todos estavam comendo yakisoba, frango xadrez e macarrão frito com carne.

– Os chineses têm gostos estranhos – Lilly comentou enquanto lutava com seus pauzinhos vulgo hashis. Ou seriam hashis vulgo pauzinhos?

– Espero que isso daqui seja frango mesmo e não pombo – Duda falou.

– Por favor, não voltou com as piadinhas de “flango”, “pombo” e “catupily” – Melody, a única com descendência asiática, revirou os olhos – Isso é racismo comigo.

– A vida faz bullyng com você – Lucas estava “pescando” pedaços do almoço da Melody e da Lilly. – Nasceu baixinha, asiática e mal-humorada.

Todos demos risada. Perto da lua cheia todas as lobisomens fêmeas ficam agitadas com os hormônios á mil por hora e com um super mau-humor.

Após esse almoço improvisado, as meninas terminaram de me ajudar com o cabelo (de acordo com todas existem poucas ruivas no mundo e era muito injusto que elas continuassem assistindo enquanto Melody arrancava os cabelos de uma das últimas da raça) e até passaram uma maquiagem leve em mim.

Tive que conter muito o riso enquanto Pudim passava o blush delicadamente em mim com um pincel grosso que fazia cocegas ou quando ela me dizia para onde olhar para passar o rímel.

Agradeci umas mil vezes enquanto saía do quarto, mesmo que elas tenha me forçado a vir até outro prédio para me arrumar não posso negar que o resultado ficou muito bom.

Caminhei no frio até o meu dormitório, cumprimentei Flor e corri para chegar ao meu quarto encontrando Alex deitado na cama com um mangá do Vampire Knight nas mãos.

– Como você consegue entrar aqui? – perguntei enquanto fechava a porta.

– A Morte pode entrar em qualquer lugar – ele respondeu dando os ombros e me encarando – Uau... Você está linda.

Virei o rosto para esconder o tom de rosa que eu tenho certeza que estava se espalhando por ele e abri a porta do guarda-roupa.

– Espero que Morfeu ache isso também – falei correndo com as roupas escolhidas em mãos para o banheiro.

Melody me disse que um casaco cinza chumbo estilo sobretudo com pelinhos que fazem cocegas pretos na parte da gola seria algo bonito e eu não pude discordar depois que vesti o casaco e arrumei o cintinho que veio com ele marcando minha cintura e deixando a barra um pouco prensada se abrindo, terminei escolhendo uma calça skinny preta com uma legging por baixo para ajudar a evitar o frio (Obrigada pela dica, Stella) e a última peça do meu “look do dia” ( existe algo mais idiota que isso?) foi um par de botas pretas com bico e salto fino escolhidas pela Pudim. Essa roupa deixou minhas economias bem próximas do fim, mas tenho que admitir que foi um dinheiro bem gasto.

Arrumei alguns fios soltos do meu cabelo e sai do banheiro deparando-me com Alex na mesma posição que antes com o mangá ainda em mãos.

– Você está mais bonita do que antes – falou.

– Obrigada – respondi pegando as luvas cinzas que Duda me emprestou sobre a escrivaninha.

– Não gosto de você bonita assim – Alex murmurou – Outros caras vão te ver desse jeito e saber como você é linda.

Mesmo no frio que atingia a parte negativa do termômetro senti meu rosto esquentar e logo em seguida ouvi uma batida na porta.

Morfeu estava mais lindo que o normal, usava uma jaqueta preta de couro por cima de uma blusa azul marinho e calça preta com alguns riscos cinzas. Será que eu me arrumei demais para algo tão normal?

– Caramba! – ele exclamou sorrindo – Você está estonteantemente linda!

– Obrigada – agradeci sorrindo também.

– Esse cara quer adiantar a hora da morte dele – Alex falou e eu ignorei.

Morfeu fez um sinal para que eu segurasse seu braço e juntos, caminhamos pelo corredor do meu dormitório para nosso primeiro encontro.

–x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-

(Autora)

Red é alguém que odeia falhas, ela foi criada em um ambiente que torna qualquer base militar um playground e os severos sargentos ursinhos de pelúcia.

– Não vou admitir mais erros estúpidos como esse! – o superior acertou um tapa no rosto da garota fazendo seu rosto virar para o lado – Você foi treinada para ser melhor do que isso, Red!

Gostaria de mostrar o resultado do meu treinamento para você, ela respondeu mentalmente.

O recinto onde ela estava era uma cela sem janelas e com apenas uma saída guardada por dois guardas muito bem treinados, mas ela não sentia medo da situação em que estava.

Tiras de couro encantadas amarravam firmemente os braços e os tornozelos da garota em uma cadeira fria e dura feita de prata e aço enquanto um homem de pele esverdeada com patas de bode no lugar das pernas a castigava.

O homem era um feiticeiro de tamanho mediano grandes olhos pretos que tinha uma grande paixão por sobretudos acreditando que eles escondem pelo menos uma parte da anomalia que ele se tornou.

– Ela teve ajuda – Red falou sentindo o gosto de sangue, resultado de um golpe anterior àquele tapa, inundar sua boca.

– Isso não é desculpa! – o homem acertou outro tapa no rosto dela sorrindo ao ver a marca de suas mãos na pele alva da garota – Você arrastou aquele garoto e mesmo assim não foi capaz de lutar contra uma simples fada – o feiticeiro trouxe seus lábios para perto da orelha da garota que tentava manter sua postura de indiferença mesmo temendo o que ele seria capaz de fazer – É por isso que eu sempre digo ao grande líder que ele devia ordenar sua morte.

– Eu não ligo para a minha morte – ela falou com escarnio - Tentar me intimidar dessa forma? Isso é algo idiota, seria grata se morresse.

– Então eu vou começar a recomendar que ele ordene a morte do seu amigo na sua frente e te deixe viva com a lembrança dos miolos dele espalhados pelas paredes do seu quarto para sempre.

O que aconteceu a seguir foi tão rápido que nem mesmo os guardas, que estavam muito bem escondidos em um canto da cela, tiveram tempo de reagir.

Red virou seu rosto e mordeu a orelha do feiticeiro com força fazendo com que um pedaço dela fosse arrancado. Ainda surpreso e tentando entender o que havia acontecido, o feiticeiro se afastou colocando a mão sobre o lugar do qual um pedaço de sua orelha fora decepado dando oportunidade para a garota agir.

Red cuspiu aquele pedaço de pele esverdeada sentindo nojo de si mesma pelo que fez enquanto dois guardas se aproximavam. Ela puxou seus tornozelos que estavam amarrados por tiras sentindo uma dor terrível ao fazer isso, ergueu a cadeira e com ela acertou o primeiro guarda que se aproximou. O segundo guarda, um pouco mais cauteloso, desviou habilmente das pernas da cadeira que estava sendo usadas de arma e tentou acertar as pernas da garota para desequilibra-la.

– Opa – ela disse fazendo cara de decepção caindo o chão de barriga para baixo.

– Não resista mais – o guarda disse enquanto se aproximava mais dela.

Red sorriu, satisfeita com a aproximação, enquanto o guarda a ajudava a se levantar com a cadeira presa em suas costas como um casco de tartaruga. Mesmo se não estivesse encurvada naquela posição desconfortável ela sabia que era menor que o guarda e qual é o truque que as garotas pequenas usam contra caras grandes?

Ela bateu com a cadeira na lateral do corpo do guardo fazendo-o se desequilibrar e em seguida acertou seu rosto com uma das pernas da mesma deixando o homem inconsciente.

Com a calma e a insensibilidade que foi treinada a ter, ela se sentou sobre a cadeira com as pernas cruzadas com uma expressão desafiadora no rosto, tudo para esconder o desconforto e o cansaço que erguer aquela pesada cadeira causou á ela.

O feiticeiro estava gritando de dor em um canto com a mão cheia do sangue que fluía pelo seu pescoço, quando viu os guardas caídos e Red sentada como se nunca tivesse se mexido soltou um grito de pavor.

– É só isso que você tem para me divertir? – ela falou inocente antes de sorrir e se levantar novamente.

–x-x-x-x-x-x-x-

(Alice)

Morfeu e eu saímos da sala do cinema para encarar o frio que dominava as ruas.

– Por que a loira é sempre burra e a ruiva vadia? – perguntei enquanto jogava o copo do meu refrigerante vazio no lixo.

– Não sei, mas queria saber por que em um filme de terror quem morre primeiro é o casal que transa.

– Alguém devia avisar pros roteiristas que esse clichê já deu o que tinha que dar.

Morfeu sorriu com meu comentário da mesma forma como fez tantas outras vezes no dia de hoje eu tive que sorrir também.

Sabe como é ver uma pessoa cativante sorrindo e ter a necessidade de sorrir também? É assim que é estar com o Morfeu. Durante todo o dia ele me levou para passear pela cidade de Wonderland mostrando locais históricos e contando piadas sobre como essa cidade parece ser velha e nova ao mesmo tempo. Caminhamos por jardins de antigos castelos medievais que hoje servem como hotéis para sobrenaturais e até entramos em uma pequena guerra de neve com um grupo de lobisomens. Ah, ele me conquistou quando comprou pizza antes de assistirmos o filme.

Existe alguém mais fofo que o Morfeu?

O céu estava escuro e cheio de estrelas enquanto caminhávamos até o Instituto com muita calma, já que essas botas escorregam muito bem na neve, mas ele não reclamou. Quando percebeu que eu estava com dificuldades para andar, segurou minha mão entrelaçando nossos dedos como um namorado faria com sua garota.

– Você é louca por usar um salto com toda essa neve na rua – ele comentou sorrindo.

– Foi ideia da Pudim – disse emburrada – Tive medo de discordar dela e receber um daqueles assustadores olhares cheios de ódio.

– Esses olhares ela guarda exclusivamente para mim – lá estava a risada que me faz rir sem saber porquê.

O calor da mão dele junto a minha era tão agradável. Esse é um momento que não devia ter fim.

– Por que será que ela te odeia tanto?

Atravessamos o portão do Instituto com as mãos juntas o que chamou a atenção de alguns alunos que estavam por perto.

– Ah, isso é fácil – ele olhou para o céu e depois para mim – Ela acha que vou roubar a Melody.

– Hãm?

– A Pudim é bem ciumenta e eu sou um canalha – ele desviou seu olhar para o chão – Quando entrei na escola até pensei em ficar com a Mel, mas agora sou um grande amigo dela e quero continuar assim.

– Caramba.

Pudim ciumenta com a Melody? Acho que isso explica os milhares de olhares mortais que ela lança para qualquer um que se aproxime da loba, mas que tipo de amizade cria um ciúmes tão grande?

Ao redor dos prédios dos dormitórios alguns corajosos alunos mais novos do que eu lutavam bravamente em uma guerra de neve. Tivemos sorte por escapar sem nenhuma bola de neve perdida ter nos acertado.

Morfeu parou em frente ao meu dormitório, ele ainda segurava a minha mão, mas encarava seus sapatos como se fossem a coisa mais incrível que já viu.

– Acho que vou entrar agora – murmurei.

– Não...

Ele falou tão baixo que mal escutei.

– O que? – perguntei confusa.

– Não entre ainda – ele voltou a me olhar – Só me dê um pouco mais de tempo.

Quis perguntar para que ele precisava de tempo, mas minha meu coração acelerou com as mil possibilidades que passavam pro minha mente.

Não sei dizer quanto tempo se passou até que ele soltou minha mão e olhou bem nos meus olhos.

– Desculpe – murmurou levando sua mão até minha bochecha desenhando pequenos círculos invisíveis nela – Eu só... preciso de mais tempo.

– Tempo para o que? – perguntei.

Ele se aproximou um pouco mais e encostou nossas testas sem parar de fazer carinho na minha bochecha. Sua outra mão veio para a minha cintura me puxando para mais perto dele.

– Para isso – ele fechou os olhos e algo dentro de mim explodiu sabendo que uma das possibilidades que minha mente criou estava certa.

Timidamente nossos lábios se encontraram, por instinto, uma das minha mãos começou a brincar com o cabelo dele. Aquilo era tão agradável.

Não era um beijo desesperado e cheio de luxuria, era um beijo calmo e cheio de carinho. Sabe quando você um casal em algum filme se beijando e pensa em como queria algo assim? É esse o tipo de beijo que Morfeu me deu. Um beijo que causaria inveja para qualquer um. Um beijo agradável.

Quando nos separamos os lábios dele estavam um pouco avermelhados e tive certeza que os meus também, ele sorriu de um jeito tímido, beijou minha testa e aproximou seus lábios da minha orelha.

– Thomas Bluemarker – sussurrou – Esse é meu nome.

Ele se afastou e olhando diretamente para os meus olhos me desejou boa noite antes de virar as costas e ir embora.

Flor não me perguntou porque minha boca estava vermelha, talvez porque ela não tivesse olhos para enxergar isso.

Morfeu me disse o nome dele! Morfeu me disse o nome dele! Minha mente gritava isso com o coração acelerado que praticamente dançava salsa no meu peito.

Abri a porta do quarto e me deparei com Alex sem camisa no chão fazendo flexões.

– Que merda é essa? – perguntei fechando a porta e sentindo o rosto esquentar com tamanha nudez no meio do meu quarto.

– Estou fazendo flexões – disse como se fosse óbvio – Oitenta e quatro...

Ai, caramba! Ele já fez mais de oitenta flexões? Que tipo de cara faz tantas flexões?

– Posso saber por que está fazendo isso no meu quarto? – perguntei casualmente, porque é muito normal encontrar um cara sem camisa no seu quarto fazendo flexões. Não que ele não seja gostoso, ele é muito gostoso. Que droga eu estou pensando?

Tirei o casaco de pelinhos e guardei no guarda-roupa, peguei meu pijama e fui até o banheiro.

– Eu não tinha o que fazer enquanto te esperava – ouvi responder.

– Mas você não é um deus da morte super ocupado?

Rapidamente troquei minha roupa de encontro por meu confortável pijama com sapinhos desenhados e pantufas de sapo para combinar. Quando voltei pro quarto, Alex estava perto do número duzentos e uma fina camada de suor grudava seu cabelo na nuca.

– Eu tirei o dia de folga pra ficar com você.

– Mas você sabia que eu ia sair.

– Tinha esperança que ia mudar de ideia ao me ver – ele ergueu o rosto e sorriu para mim – Como foi o encontro?

– Agradável –foi tudo que eu disse enquanto me deitava na cama e virava o rosto para encarar o Senhor Pikachu e não a explosão de testosterona no meio do meu quarto.

Eu queria estar lembrando do maravilhoso beijo que recebi há alguns minutos, mas tudo que consigo pensar é em Alex sem camisa (essa parte é muito importante) no meio do meu quarto. O cara tem força sobrenatural, precisa mesmo malhar no meu quarto?

Alguns minutos, que mais pareceram horas, depois ele resolveu quebrar o estranho silêncio entre nós.

– Tem algo errado?

– Nada – usei todo o sarcasmo que tenho nessa única palavra – Só acabei de voltar de um encontro com um cara super incrível e encontrei um deus da morte fazendo flexões no meio do quarto. Estou super bem, de verdade. Já me acostumei com coisas assim. – virei meu rosto para ver sua reação.

– Entendo – ele pareceu pensar um pouco, parou com as flexões e sentou com as pernas cruzadas no chão - Eu adorava pokemón.

– Mas o que? – praticamente gritei.

– É, até sei cantar a abertura – então ele começou a balançar de um lado pro outro sem se levantar – Esse meu jeito de viver, ninguém nunca foi igual.

– Alex, não começa – fechei os olhos pensando se é possível matar um deus da morte. Estou disposta a descobrir.

– A minha vida é fazer o bem vencer o mal – ele fez um barulho com a boca simulando o instrumental – Pelo mundo viajarei tentando encontrar...

– Sério, Alex. Para, por favor.

– ... Um pokemón e com o seu poder, tudo transformar.

– Alex... – cobri minha cabeça com o edredom – Para que isso está feio! Você tem seiscentos anos de vida, já passou da idade de cantar a abertura de pokemón.

Se ele me ouviu, ignorou.

– Pokemón! – gritou – Temos que pegar, isso eu sei. Pegá-los eu tentarei. Pokemón! – sua voz se tornou mais alta – Juntos teremos que, o mundo defender.

Senti o cobertor ser puxado revelando meu corpo encolhido diante do Alex, ainda sem camisa, de pé ao lado da minha cama.

– Agora você quer me matar de frio?

– Vai ser grande a emoção – ele se sentou na cama e se debruçou sobre mim – Pokemón! Temos que pegar... Temos que pegar... – sua voz ficou mais baixa e seus olhos castanhos olhavam diretamente pros meus.

– Alex – minha voz saiu quase um sussurro.

– Sim? – ele continuou olhando para meus olhos.

– Você cantou errado.

Ele sorriu e acomodou seu rosto na curva do meu pescoço.

– Então você estava prestando atenção em mim.

– Cala a boca, Alex.

Gritar para que ele saísse dali, vestisse uma roupa e fosse atrás de alguma alma pra levar pro além era o que eu devia ter feito, mas estar ali com ele deitado sobre mim parecia tão certo. Será errado desejar que alguns momentos não acabem nunca?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Roupa da Alice: http://3.bp.blogspot.com/-p5OzaaKEV4U/UZloqxkf7-I/AAAAAAAAB2w/IPdxISXq7hk/s1600/casaco.jpg
Eu estou tentando melhorar minhas descrições gente, peço desculpas se não ficou bom. Se alguém tiver alguma dica sobre como melhorar, estou aceitando kkkkk
Gostaram do capítulo? Como sempre, o Senhor Pikachu tem uma grande participação kkkkkk
AH, olhem que legal: a fic ganhou uma página no facebook! https://www.facebook.com/pages/The-Forgotten/673620072751917?fref=ts, foi criada pela Giu e achei bem legal então se alguém quiser curtir, sinta-se a vontade kkkkk Ela também fez o Pikachu com chapeu que eu achei fofo kkkkk Gentlemon!
Como as notas foram cortadas (alguém devia ter me avisado que os emotes apagam as notas antes) perdi meu texto gay pra vocês (Sabiam que é dificil se expressar sem os emotes? É MUITO DIFICIL!).
Obrigada por todo carinho que vocês estão me dando em cada review, estou muito feliz por não ter abandonada a fic como pretendia (longa história, mas depois de ser chamada de cara de pau por uma leitora e ser ofendida de forma bem sarcastica pensei seriamente nisso).
Beijos bolinhos com brigadeiro e obrigada por serem meus fiéis leitores



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "The Forgotten" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.