The Forgotten escrita por Panda Chan


Capítulo 3
Sempre desconfie de ursinhos de pelúcia


Notas iniciais do capítulo

OOOOOOOOOOOI PEQUENOS CUPCAKES SEXYS
Tuuuuuudo bom? Ah, feliz 2014 adiantado pra vocês
Estou adorando os reviews, mas, garotas, por que estao desgostando do Alex? Poxa, quero tentar fazer personagens que não são bad boys :c
Ah e um obrigada meio atrasado por favoritarem a fic Beatriz Barbosa, lcia10 e Uma Rockeira
Boa leitura



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Na hora do almoço o assunto do momento era a briga da aula de ginástica.

— Parece que Alex vai deixar essa escola mais agitada – Nana estava sentada na minha frente comendo um iogurte de frutas.

— Ele é um idiota.

Ela me olhou como se eu tivesse dito alguma besteira do tipo ‘O céu é roxo e feito de ornitorrincos’.

— Ele é o cara mais legal que eu conheci nessa escola.

— Ele é um idiota, aceite esse fato.

Ela revirou os olhos.

— Então, não vai perguntar o que eu estava fazendo na sua aula de ginástica?

— Não – respondi – Você devia estar fumando atrás da arquibancada.

Esse é um hábito nenhum pouco saudável sobre o qual já cansei de discutir, Nana parece gostar de errar.

Baaaaaaang— ela tentou imitar uma sirene de talk-show – Eu estava falando com um cara in-crí-vel...

— Falar as palavras separando as sílabas não as torna mais legal – comentei.

Ela me ignorou e continuou falando.

— O nome dele é David e o cara é muito gos-to-so— tenho certeza que ela falou assim só para me irritar – Ele estuda naquela escola só pra garotos aqui perto.

— Aquilo é um reformatório.

— Que seja – ela balançou as mãos – Ainda é muito gostoso e tá’ afim de mim – começou a bater palminhas rápidas – Isso não é incrível?

— Muito – mordi meu sanduíche sem qualquer interesse.

— Que melhor amiga você é – mostrou a língua – Você poderia ficar um pouco mais animada.

— Uhu – levantei os braços – Ele tá’ afim de você! Uhuuuuu! – me levantei e fiquei pulando e batendo palminhas – Ele está tããããããão afim de você – fiz uma dança da vitória e ela começou a rir.

— Para de ser boboca Alice! – disse entre risadas.

— Então me deixe comer – sentei e voltei a comer meu sanduíche.

Nana parou de rir e voltou a comer seu iogurte, mas alguém continuava rindo.

— Você acha que tem alguém nos espionando? – eu nem tive tempo de abrir a boca para responder antes que Alex aparecesse.

Ele caiu do galho de uma árvore e pousou com a elegância de um gato. Como alguém consegue fazer isso? Lembro de quando tentei pular de um galho na árvore e terminei com metade da perna presa em um gesso desconfortável.

— Desculpe – ele disse tentando esconder o riso – Eu queria almoçar com vocês, mas fiquei com vergonha de me intrometer.

— Então ficou nos espionando? – perguntei incrédula. Espionagem é o novo jeito de pedir para falar com alguém?

— Não era a intenção, mas quando te vi fazendo essa dança maluca – voltou a rir – Não aguentei, desculpe.

— Espero que tenha aproveitado a cena. Alice não gosta de mostrar para todos que sabe rir.

Fulminei minha melhor amiga com o olhar e ela apenas sorriu.

— Eu reparei, ela foi bem seca hoje quando me mostrou a escola.

— Se quer que eu seja menos seca – olhei para ele e sorri de forma bem maldosa – Me leve ao parque aquático.

Anna começou a rir descontroladamente enquanto Alex olhava confuso.

— Você está me convidando pra ir a um parque aquático com você? – perguntou.

Anna caiu do banco onde estava sentada e começou a se contorcer no chão rindo como uma pateta.

— Você está falando sério? – perguntei.

— Você não?

Ai. Meu.Deus. Ele é idiota?

Peguei minhas coisas e fui andando o mais rápido que consegui sem correr pra longe dele. Tenho certeza que Nana vai demorar para perceber que não estou lá e nem vai se importar com isso.

Como sou uma pessoa nascida com sorte, a alça da minha bolsa quebrou e meu material caiu no chão.

— Merda.

Comecei a recolher as coisas que haviam caído espalhadas pelo chão.

— Toma – Alex estendeu meu estojo.

— Obrigada – murmurei e guardei o estojo na bolsa.

— Por que você saiu correndo desse jeito?

— Porque você me irrita.

— Hãm?

Revirei os olhos.

— Você se faz de tonto ou é tonto mesmo?

— Eu não consigo entender porque você está sendo tão rude comigo.

— Porque você parece ter uma espécie de imã pra atrair garotas. Você é irresponsável, entrou em uma briga a toa hoje mais cedo e parece querer forçar algum tipo de amizade comigo. Você me assusta! – disparei sem me importar se iria magoá-lo, me arrependi logo que terminei de falar.

— Alice eu...

— Não... Quer saber, esquece isso. Acho que estou um pouco maluca hoje – suspirei.

— Alice eu não tento forçar amizade com você, só não sou bom com aproximações... Eu queria tanto que você se lembrasse de quem sou.

— Eu te conheço? – o olhei desconfiada.

— Sim, nos conhecemos quando você tinha cinco anos.

Fiquei parada como uma estátua encarando os olhos castanhos, os lábios finos e o cabelo preto. Nada nele parecia familiar, mas ao mesmo tempo parecia.

— Você conheceu minha família? – gaguejei um pouco, acho que ele não percebeu.

— Vagamente – respondeu. Ele abriu a mochila e começou a revirar lá dentro até achar o que queria – Talvez isso te ajude a quebrar o encanto e se lembrar de mim – estendeu um ursinho de pelúcia que parecia ser muito velho.

— O que é isso? – perguntei pegando o ursinho.

— Era seu – respondeu – Espero que com ele você se lembre de algo.

— Não vai funcionar – balancei a cabeça – Os médicos disseram que eu reprimo minhas lembranças. Não tenho acesso a elas por serem ruins para mim.

— Não é por isso – ele balançou a cabeça pros lados – Vamos voltar pra onde Anna está – estendeu a mão.

— Não, obrigada. Minha bolsa estourou a alça, vou para casa.

— Já?

Ele me olhou com a mesma cara que o cachorro da minha tia olhava pra ela todo dia quando saía para o trabalho. Sinto muito Alex, mas nem todas as carinhas de cachorros abandonados do mundo são capazes de me impedir de ir mais cedo para casa com uma ótima desculpa.

— Tchau – disse rápido e fui embora.

É oficial, Alexander River é o garoto mais estranho e irresponsável que já vi.

Cheguei em casa, joguei a bolsa com alça estourada no canto perto da porta e me joguei no sofá.

Totó, o yorkshire da minha tia, pulou na minha barriga com o ursinho de pelúcia velho na boca e deitou nela me olhando com aquela cara de quem quer carinho. Suspirei derrotada e comecei a fazer carinho na pequena criaturinha.

— Como você conseguiu trazer esse ursinho aqui?

Totó fechou os olhos contente pela atenção que recebia.

Peguei o ursinho e comecei a observá-lo. Ele era um ursinho normal caramelo com olhos pretos que brilhavam e uma gravata no pescoço, tinha uma presilha de cabelo em forma de laço em uma das orelhas e manchas vermelhas nas patas.

Vermelho como sangue.

Isso é sangue? Olhei mais atentamente.

Sangue da sua família.

Joguei o ursinho no chão e saltei do sofá.

— Totó! - gritei percebendo que devia ter deixado o pequeno cachorro cair.

Totó não estava lá ou eu não estava lá, como se fosse mágica não estava mais na minha casa.

As paredes ao meu redor não tinham nenhuma decoração e a pouca mobília que tinha era velha e parecia a usada em hospitais. Em um canto havia um monte de cobertores sujos e velhos. A falta de iluminação não era o suficiente para que eu não reconhecesse alguns objetos.

— Talvez morrer seja uma coisa boa – disse uma voz masculina.

— Socorro! – gritou uma criança desesperada.

Comecei a olhar ao redor procurando a fonte das vozes. Onde estão? Como posso ajudar a criança?

Minhas pernas pareciam ter sido coladas no chão, não conseguia me mover. Tudo começou a rodar passando rapidamente ao meu redor.

Consegui distinguir algumas coisas como uma garota amarrada em uma cama de hospital coberta de sangue, um homem de aparência estranha conversando com ela, um monte de corpos ensanguentados, a menina inconsciente, uma sombra e depois sangue.

Apenas o vermelho vivo do sangue.


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Notas finais do capítulo

Gostaram?
Muahaha Pobre Alice, vai ter muitas visões estranhas nos próximos capítulos.
Beijos pequenos bolinhos de brigadeiro :*



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