The Forgotten escrita por Panda Chan


Capítulo 2
Corajoso ou imprudente?


Notas iniciais do capítulo

HEEEEEEEEEEEEEEEY SEXY CUPCAKES
Estou feliz em ver que já tenho leitores *U*
Eu não postei antes por motivos de : EU FUI NO SHOW DO FLOW UHUUUUUUUUUL
Pra quem não é otaku, Flow é uma banda que interpreta diversas aberturas de animes *U* E EU ESTAVA LÁ *u*
Mas depois fiquei com intoxicação alimentar :c
Pois é jovens gafanhotos, para tudo que é bom vem algo ruim KOAKSOK
Boa leitura



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Encarei aquele showzinho sem acreditar no que via. Se as garotas tirassem a roupa e se jogassem em cima dele seria algo mais respeitável.

Quando o sinal que indicava o fim da aula tocou quase subi em cima da mesa e comecei a dançar macarena para comemorar.

— Alice, espere.

O professor Parker fez um sinal para que eu me sentasse novamente.

Ótimo, ele provavelmente vai me dar uma bronca por ter entregado meu trabalho sobre Revolução Francesa sem a bibliografia. Por que os professores pedem coisas como bibliografias em trabalho? Eu tenho certeza que eles não ficam entrando em todos os sites que colocamos só para ver se mentimos ou não.

Quando o último aluno saiu o professor me chamou para ir até a porta.

— Olha Sr. Parker – o melhor é começar a se desculpar antes de tudo – Eu sei que esqueci da...

— Alex – o professor me interrompeu – Levante-se também, quero que conheça alguém.

Aquele garoto ainda estava aqui? Me virei e o vi se aproximando calmamente.

— O que ele faz aqui? – perguntei.

— Senhorita Knight, como parece ser a única garota que mantém um pouco de sanidade perto do senhor River quero que mostre a escola a ele.

— O que? – coloquei a mão sobre a boca. Eu gritei com um professor? Oh céus, devia ter ouvido a voz que me mandou ficar na cama.

O professor estava abrindo a boca para começar a me dar uma bela lição de moral quando Alex o interrompeu com a voz mais calma do mundo.

— Senhor Parker, não vejo necessidade em atrapalhar a senhorita Knight, ela deve muitas coisas para fazer além de perder tempo com o novo aluno.

Isso! Boa Alex subiu no meu conceito.

O professor suspirou derrotado.

— Eu não quero que ela faça isso apenas como um favor – ele praticamente me fulminou com o olhar – Alice precisa de pontos comigo já que entregou um trabalho importante incompleto, pensei que essa seria uma boa forma de conseguir a nota que falta.

Alex olhou pra mim como se perguntasse “Isso é verdade?”.

— Culpada – admiti – Venha Alex, vamos conhecer a escola.

Sai da sala derrotada com o garoto imã de meninas atrás de mim.

Lembrete: Sempre ouvir a voz que me manda voltar a dormir.

— Espere um instante – Professor Parker apareceu com dois cartões verdes e nos entregou – Isso vai livrá-los de qualquer problema com os monitores de corredor – sorriu.

Alex pegou os cartões e agradeceu enquanto eu revirava os olhos.

— Que maravilha – disse – Vamos.

Levei Alex por um tour completo pela escola com direito até a chata história que ela tem.

Nossa escola é antiga e formal, o que significa que ela é velha e grande. Temos uma enorme biblioteca cheia de livros antigos e outros mais atuais, porém, muito complicados.

Cada professor tem uma sala para dar sua matéria, temos laboratórios incríveis (e complicados), um refeitório com uma grande variedade de bancos desconfortáveis e mesas de metal onde somos separados por ‘panelinhas’ (panelinhas complicadas). Deu para notar que tudo aqui é complicado, não é mesmo?

— E aonde você senta? – ele me perguntou quando falei sobre as panelinhas.

Olhei para o refeitório vazio e dei os ombros.

— Eu não almoço aqui dentro – disse – Prefiro comer lá fora, não me encaixo em nenhuma panelinha.

— E onde eu vou comer?

— Levando em conta o sucesso que fez com as meninas na primeira aula – apontei para a mesa que fica no centro o refeitório – Se sentaria ali.

— Ali? – ele perguntou franzindo a testa.

— Sim – respondi – É onde os populares ficam.

— Eu não quero me sentar ali – disse - Eu quero me sentar do lado de fora com você.

Fiquei olhando com cara de boba para ele. Esse garoto não sabe que só os sem panelinha, os deslocados socialmente e os drogados ficam fora? Aqueles que não aguentam o bullying e a simples imagem dos populares?

— Você não sabe de nada não, é?

Ele me olhou confuso, mas não disse nada.

Continuei nosso tour pelo lado de fora do campus. Temos algumas mesas do lado de fora para almoçar, mas só podemos usar no verão. Passeamos pelas arquibancadas, pelo campo de futebol, a pista de corrida e pela quadra fechada onde acontecem os jogos de basquete.

Andamos pela biblioteca que estava vazia com exceção de um casal quase transando no corredor de literatura estrangeira. Alex ficou assustado com isso e quando perguntei o que ele via de tão anormal na cena ele me disse que as pessoas não deviam fazer algumas coisas tão particulares em público.

— O amor não tem que ser demonstrado publicamente para existir – olhava para o casal com cara de nojo.

Pensei em explicar que aquele casal provavelmente não se amava e que deviam estar juntos por mera conveniência pros dois, mas desisti. Algo na inocência e na expressão dele quando disse isso me fez desistir.

É bom ver que ainda existem pessoas inocentes.

Andamos mais um tempo pelos corredores até que decidi pegar o papel de horários dele.

— Acho que você tem sorte – disse devolvendo o papel – Graças ao nosso tour, se salvou da aula de espanhol. Sua próxima aula é junto comigo, mas não se anime muito.

— Por que?

— É aula de ginástica.

Nem se fosse combinado teria sido tão perfeito. No exato momento em que disse isso o sinal tocou e o corredor ficou cheio de alunos.

— Alex – Elise, a namorada do astro do time de futebol da escola, saiu correndo da sala e veio no melhor jeito ‘ eu sou sexy e seu disso’ que conseguiu - Oi, qual sua próxima aula?

— Ginástica – respondeu.

— Não brinca! É a minha também! – ela ficou brincando com uma mecha de cabelo e me olhou com cara de nojo.

Suspirei e fui para o vestiário.

Ele com certeza vai se sentar á mesa central.

Você pode pensar que o vestiário é um simples lugar onde as pessoas trocam de roupa e deixam seus pertences seguros. Bem, isso é mentira.

Pelo que ouvi o vestiário masculino é o lugar onde meninos viram homens e homens maltratam os meninos, já no vestiário feminino temos mais... Crueldade.

As garotas populares são perfeitas como uma boneca e não perdem uma única oportunidade de menosprezar todas que não como elas.

Sutiã de renda, fofocas sobre como foi sair com um cara bonito, cheiro de maquiagem, fofocas sobre astros pop e desfile de lingerie são coisas que sempre acontecem no vestiário feminino e, ás vezes, quando uma aluna um pouco mais ‘cheinha’ ou ‘imperfeita’ chega acontecem as mais diversas pegadinhas com ela, desde jogar pó de mico na roupa até marcar com caneta permanente todas as partes imperfeitas do corpo dela.

Em resumo, é um inferno.

— Vocês viram o novo aluno? – perguntou uma garota.

— Sim – respondeu Aline – Ele é um gato.

— Me falaram que ele é gay – Izzy tirou um chiclete da boca e jogou no banco.

— Duvido – disse Aline – Ele é bonito demais para ser gay.

Uma garota sentou no lugar onde Izzy tinha deixado seu chiclete, logo ela e Aline estavam se divertindo rindo da garota que inocentemente havia se sentado onde não devia.

— Alice – Aline estava tentando disfarçar sua crise de risos – Você que passou uma aula toda com Alex, acha que ele é gay?

— Nem de longe – respondi – Mas acho que deviam perguntar a ele.

Percebendo que não estava afim de falar mais nada ela se virou e ficou encarando a garota que sentou no chiclete.

Quando a menina se levantou todas as garotas começaram a rir. Não porque achavam engraçado ver uma menina com chiclete na bunda, mas sim porque Aline, Izzy e as outras populares estavam rindo. A garota foi embora sem perceber que estavam rindo dela e eu tive vontade de vomitar.

Depois de amarrar meus tênis segui as outras meninas até o campo de futebol. Quer algo mais animador que uma corrida ao redor do campo de futebol pela manhã?

— Eu vou te mostrar onde é o seu lugar – alguém gritou.

— De quem é essa voz? – perguntou uma garota ao meu lado.

— Acho que o Josh – respondeu outra garota.

— O astro do time de futebol?

— Sim.

As meninas começaram a andar mais rápido, por instinto me apressei para acompanhá-las.

— Meu Deus!

Josh estava segurando Alex pela camisa, seu braço estava na posição ideal para dar um soco e em seus olhos podia ver a mais pura raiva. Atrás deles a menina que sentou no chiclete no vestiário estava sendo abraçada por Nana e chorando.

— Você pensa que pode chegar mandando na gente? – Perguntou Josh.

— Muito pelo contrário - Alex sorriu – Acho que não tem como mandar em vocês, só vão aprender a respeitar os outros depois de uma boa surra.

Josh não respondeu com palavras, deu um soco na cara de Alex que desviou facilmente e pegou o braço de Josh que segurava sua camisa torcendo para trás.

— Me solta seu bastardo! – gritou Josh com uma expressão de dor no rosto.

— Você ainda não aprendeu sua lição – ele puxou mais ainda o braço de Josh que gritou de dor.

— Alex! – gritei incrédula.

— Ah, oi Alice – ele sorriu – Tudo bem?

A maneira como ele falava era tão casual, nem parecia que estava machucando o nosso astro do time de futebol.

Um amigo de Josh tentou acertar Alex pelas costas. Alex pareceu prever e jogou Josh na frente, o amigo não conseguiu parar a tempo e acertou um soco na cara dele.

— Vocês são muito agressivos nessa escola, deviam ser comportar melhor.

— Quando você me soltar eu vou te matar seu filho da puta!

— Não se deve falar assim com a pessoa que pode quebrar seu braço – Alex soltou o braço de Josh e em seguida deu um lhe chute nas costas fazendo-o cair no chão.

— Filho da puta! – Josh tentou se levantar, mas Alex pisou em suas costas e o forçou a ficar com a cara na grama.

— Você vai se desculpar com aquela garota ou eu vou quebrar o seu pescoço agora.

Todos olharam assustados para Alex sem acreditar em suas palavras. Josh olhou para a menina que sentou no chiclete.

— M-Me desculpe.

— Pelo que? – disse Alex.

— Por ter zombado de você.

Alex saiu de cima dele.

— O que está acontecendo aqui? – gritou o treinador.

Em menos de vinte segundos ele percebeu o que havia acontecido e levou Josh e Alex para ter uma conversa com a diretora.

— Você viu como Alex é corajoso? – Nana estava do meu lado segurando a mão da garota que sentou no chiclete.

— Corajoso? – perguntei espantada – Ele foi totalmente imprudente! Josh nunca vai esquecer disso.

— Ele só fez isso para me defender – disse a garota – Josh começou a zombar de mim e Alex me defendeu. Ele foi incrível.

Resolvi não discutir, parece que mesmo quando Alex age como não deve ganha pontos com as meninas.


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Notas finais do capítulo

A partir do próximo capítulo vamos ter mais Alex :9 ~~pra alegria das meninas~~
Gostaram?
Beijos pequenos cupcakes sexys