The Forgotten escrita por Panda Chan


Capítulo 24
But still keep on, trying to breath in


Notas iniciais do capítulo

OOOOOOOI GENTE *-*
O nome do capítulo não tem nada a ver com o capítulo e só coloquei porque é um trecho da nova música do Tokio Hotel e eu sou fã da banda É A PRIMEIRA MÚSICA NOVA QUE ELES LANÇAM EM UNS 4 ANOS ENTÃO EU TENHO DIREITO DE COMEMORAR *-*
A tradução seria "Mas ainda sigo em frente, tentando respirar" e recomendo que ouçam Run, Run, Run porque sim u-u
A vencedora da mini enquete foi a UsaChan, o Alex é o coelho. Ela escolheu uma fanfic MelDim (MelodyxPudim) e por isso demorei tanto dessa vez, como postei a fic nova resolvi dar um tempo pra vocês lerem e só depois me toquei que não tinha como alguem ler sem que eu divulgasse e-e
Boa leitura



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Não sei como parar no meio do campo de treinamento, vulgo quadra, mais bizarro que já vi na vida, mas aqui estou. Certo, talvez eu faça uma ideia.

Depois do sair do refeitório com Pudim e Melody, fui me trocar no vestiário e guiada pela Pudim cheguei na “quadra” para aulas de combate com armas. O lugar é todo cercado por um vidro transparente (á prova de balas, de acordo com Pudim) que separa uma grande arquibancada (aparentemente existem muitas exibições aqui) das possíveis armas voadoras que vamos usar. Acho isso necessário porque seria constrangedor alguém parar uma exibição para perguntar se a adaga que caiu na arquibancada acertou a cabeça de um espectador. Um dos lados da quadra não era cercada pela arquibancada e mostrava o campo de treinamento de combate corpo-a-corpo onde Melody está se aquecendo já que lobisomens não gostam de combate com armas.

– Preparada? – perguntou Pudim.

Assim como eu ela vestia o uniforme de treino do Instituto – calça leggin preta, regata da mesma cor e tênis de corrida -, mas usava um rabo de cavalo alto enquanto eu optei por trancar meu cabelo para não me atrapalhar muito.

Sendo bem sincera, mesmo com o cabelo solto ele não iria ser o principal motivo para que eu vá mal nesse treino, a maioria dos alunos aqui são experientes em combate com armas ou tem uma força sobre humana o que me deixa em grande desvantagem e ninguém vai pegar leve comigo. Saudades de treinar com Alex.

– Você quer que eu seja sincera? – o tom da minha voz mostrou toda a minha desanimação e ansiedade com a tarefa que ia ter que desempenhar.

A professora cujo nome não gravei pediu para Pudim me ajudar com exercícios fáceis para treinar os meus reflexos, iriamos iniciar com golpes de luta para “ativar meu cérebro” (senti certo preconceito ao ouvir isso dela) e depois iríamos para a esquiva de adagas voadoras coisa que já treinei com Alex, mas não comentei.

Pudim começou com o básico do básico e se limitou a me atacar com socos e algumas rasteiras. No inicio estava difícil desviar, mas com o tempo peguei o ritmo e se tornou mais fácil.

– Muito bem, Sininho – pela primeira vez ela não me olhou com desprezo, os olhos verdes estavam animados – Pra uma garota sedentária você está se saindo muito bem.

– Obrigada – estava ofegante e o agradecimento saiu mais ou menos como “O..Bri..ruf.. Gaaa..Da”

– Vou buscar uma garrafa d’água pra você e algumas adagas para ver como você se sai.

Não respondi e fiquei apenas olhando o rabo de cavalo dela dançando conforme andava para buscar meu próximo instrumento de tortura.

Aproximei-me da parte da quadra que dá visão a de combate corpo-a-corpo e logo encontrei Melody e não foi graças ao cabelo, era impossível não nota-la.

Melody se movia rapidamente e nocauteava seus inimigos com poucos golpes sem desperdiçar energia, os olhos dela estavam amarelados como os de um lobo. Ela era sutil e fatal, os cabelos pintados dançavam ao redor do seu corpo como se tudo aquilo tivesse sido coreografado.

– Ela é incrível, não acha? – Pudim parou ao meu lado e me estendeu a garrafa de água.

– Ela é mais que incrível – dei alguns goles na água ainda encantada com a forma como Melody se movia – Será que um dia vou conseguir lutar assim? – perguntei esperançosa.

– Provavelmente não – os olhos da bruxa brilhavam ao ver a amiga lutando – Percebe que os olhos dela estão amarelos? – fiz um movimento afirmativo com a cabeça e ela prosseguiu – Isso significa que ela está usando uma parte da sua força de lobo coisa que você não tem.

–Obrigada por acabar com as minhas esperanças.

– De nada, agora vamos treinar.

Olhei uma última vez para minha amiga loba lutando contra seus inimigos e suspirei.

– Além de Melody ser divertida e amigável ela ainda é fatal, devem ter muitos caras querendo namorar com ela.

Pudim me olhou como se eu tivesse dito algo que não devia e depois sorriu daquele jeito assustador que os psicopatas sorriem nos filmes de terror.

– Claro que tem – foi tudo que ela disse antes de distanciar.

O rabo de cavalo dela não dançava enquanto caminhava para longe de mim, e depois mais longe, e mais, mais, mais até eu quase não conseguir enxergar seu rosto.

– Pudim essa distancia está certa? – ela estava tão longe que eu duvidava que alguma adaga fosse chegar até mim quanto mais me acertar.

– Confie em mim – gritou em resposta.

Poucos segundos depois veio a primeira adaga, foi tão rápida que tudo que consegui ouvir foi o som do ar se deslocando para dar passagem á ela. Mal conseguir me desviar da primeira e outra veio até mim no lugar exato para onde eu tinha me esquivado.

Tenho que agradecer o Alex pelas aulas.

Usando o som do ar consegui descobrir a trajetória das adagas e assim me esquivar delas o que parece não ter agradado Pudim.

– Hora de dificultar as coisas pra você – gritou.

Não tive como dar uma resposta á ela, só entre nós, do jeito que eu estava assustada a resposta provavelmente ia ser um pedido de desculpas por ter nascido e pra que ela parasse de jogar aquelas coisas afiadas em mim.

Por pouco desviei de uma que bateu no vidro atrás de mim e caiu no chão. Elas não ricocheteiam no vidro, interessante. Pudim começou a se mover correndo na minha direção e lançou duas adagas – da onde ela tira tantas?-, o som que elas fizeram no ar foi diferente.

O ar.. Como sou burra!

Ao invés de fugir dessas eu respirei fundo e me concentrei no ar ao meu redor fechando os olhos. Foi como se eu estivesse vendo tudo em câmera lenta, consegui ver cada objeto que se mexia dentro do campo e praticamente enxergava seus movimentos. Concentrei-me um pouco mais no ar ao meu redor imaginando uma esfera de ar que poderia ser usada como escudo, quando abri os olhos à esfera estava lá.

Uma adaga de Pudim bateu na esfera e ricocheteou no ar indo na direção da bruxa que desviou com facilidade a outra bateu no vidro ao meu redor e se quebrou. Era isso! Por isso ela tinha tantas adagas, ela estava materializando-as! A adaga que quebrou ao bater no vidro era feita de gelo, Stella falou comigo sobre essa magia.

Comecei a sentir uma fraqueza imensa causada pelo uso da magia na criação do escudo que estava ficando mais fraco, as adagas que batiam nele agora não ricocheteavam com tanta força. Como eu queria estar com meu amuleto.

Desfiz o escudo e resolvi usar uma técnica que Alex me ensinou uma vez, concentrei minha magia nas mãos e comecei a tocar o ar ( Leis da Física não se aplicam á magia), era estranho, gelado e parecia escorregar entre meus dedos mas era minha arma de salvação.

Quando as adagas vieram movi minhas mãos puxando o ar do caminho delas e jogando-as em outros lugares. Pudim se aproximava mais, já podia ver seus olhos raivosos com a eterna TPM que Pudim parece ter.

Desviei o percurso das adagas com o ar até ela se aproximar o suficiente para que eu pudesse desviar em segurança. Estava cansada, muito cansada.

Como Alex e Stella me alertaram fazer magia sem meu amuleto era perigoso e difícil, muito mais desgastante do que quando ele estava pendurado no meu pescoço.

Contra a minha vontade minhas pernas viraram gelatina e eu caio, cansada e ofegante, no chão duro e gelado do campo com pedaços de gelo ao meu redor. Pudim parou onde estava e começou a me avaliar.

– Desisto – falei.

Ao nosso redor vários sobrenaturais haviam se reunido para assistir ao show que eu e Pudim demos.

– Você não precisa desistir – Morfeu saiu da multidão de sobrenaturais e se aproximou de mim – Você já ganhou.

Confusa olhei ao redor e me surpreendi com a quantidade de gelo que estava espalhada e o número de adagas jogadas no chão. Percebi que Pudim não estava me avaliando, ela estava avaliando a situação e se perguntando como aquilo aconteceu.

A professora mandou Morfeu me levar para a enfermaria enquanto ia conversar com Pudim. O metamorfo levou o trabalho tão a sério que me carregou no colo, em outra situação teria protestado, mas minhas forças já tinham acabado.

Quando entramos na enfermaria a enfermeira quase teve um ataque do coração e se apressou fazendo um chá de ervas para recuperar a força e me dando várias pílulas para repor a magia que eu havia gastado. Após um tempo Melody chegou.

– Você está bem? – perguntou a baixinha de cabelos coloridos.

– Estou sim, você viu o que aconteceu? – perguntei.

– Sim –ela mordeu o lábio inferior – Pudim estava descontrolada vou falar com ela depois.

– Não se preocupe, era só um treino.

– Só um treino? Ela podia ter te matado! – Melody elevou sua voz, talvez nem tenha percebido – Você nunca treinou com armas, ela não devia ter te atacado daquele jeito!

Antes que eu pudesse argumentar de alguma forma sem revelar meus treinos com Alex, ela saiu como um furacão porta a fora.

Morfeu que ficou em silêncio o tempo todo se aproximou de mim.

– Ela parece bem brava – observou.

– É – respondi sem vontade – Você pode ir agora se quiser.

– Prefiro ficar aqui – ele deu aquele sorriso que rouba todas as palavras de todos os idiomas do mundo e se sentou em uma cadeira ao lado da cama onde estava deitada.

– Pare de usar Encanto, senhor metamorfo – ouvi a enfermeira dizer.

– Mas não é de proposito – ele revirou os olhos.

– Encanto? – perguntei confusa.

– Você não sabe o que é? – ele pareceu surpreso – Acho que é mancada usar isso com você então – suspirou.

Morfeu fechou os olhos e faíscas apareceram em sua pele menos de cinco segundos depois ele abriu os olhos, foi como se algo dentro de mim ligasse.

Morfeu continuava lindo, cabelos loiros com fios dourados bagunçados de um jeito não muito relaxado e olhos âmbar que pareciam brilhar, mas não era como um deus grego sua beleza estava menos sublime e não roubaria tantas palavras quanto pensei pela primeira vez. O que aconteceu?

– Encanto é uma magia que seduz aqueles ao meu redor – ele respondeu como se lesse meus pensamentos – Apenas metamorfose tem isso e é automático, mas podemos controlar com quem não vai funcionar – ele piscou de um jeito brincalhão – Pensei que você conhecesse.

– Não conhecia – pensei um pouco e depois coloquei meu dedo entre as sobrancelhas dele e fiz cara de má – Você estava me seduzindo? É isso mesmo? Seu idiota! – com a pouca força que recuperei soquei seu peitoral e que peitoral – Nunca mais faça isso!

– Calma revoltada – ele começou a rir e ergueu as mãos em um sinal de rendição – Prometo não seduzi-la a não ser que você deseje isso.

– Há-Há – ri secamente enquanto me levantava e saia da enfermaria.

– Pra onde você vai? – ele perguntou.

– Para um lugar onde loiros estupradores não entram – gritei.

A enfermeira me mandou tomar mais algumas pílulas e me liberou. Corri até o dormitório com uma estranha ansiedade em saber que Alex vem me visitar.

Acho que eu sinto falta dele.


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Notas finais do capítulo

Fiés leitores, muito obrigada pela participação na mini enquete e pelo entusiasmo comentando os capítulos, isso significa muito pra mim e espero que continuem acompanhando. O Alex é o Coelho porque é o coelho que mostra para a Alice o país das maravilhas e sim coloquei a caracteristica dos olhos para confundir muita gente e deu certo (dança da vitoria), os olhos vermelhso é por causa da música infantil "de olhos vermelhos, de pelo branquinho, dou mil cambalhotas eu sou coelhinho" EU GOSTO DE MÚSICA INFANTIL U-U ME PROCESSE n
Aqui está o link da fanfic que a vencedora escolheu : http://fanfiction.com.br/historia/539797/All_The_Things_She_Said/
beijos *-*



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