The Forgotten escrita por Panda Chan


Capítulo 19
I Kissed a Girl


Notas iniciais do capítulo

HEEEEEEEEEEEY CUPCAKES
Como estão as férias de vocês? As minhas estão tão geladas que quando sai na rua vi uma moça loira cantando Let It Go KKKKKKKKKKK
Boa leitura



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Alex e Stella são torturadores dignos da segunda guerra mundial.

Alex me chama toda madrugada para treinar em um parque ou terreno de construção diferente porque “usar o mesmo lugar duas vezes é muito arriscado”. Sinceramente, Alex precisa de um hobbie novo que não envolva me jogar facas ou tentar me chutar.

Stella tenta me ajudar a controlar o ar e a domina-la, de acordo com ela tudo seria mais difícil se eu não estivesse com o amuleto da minha família. Acho impossível tudo ficar mais difícil, ate agora só sei o básico da dominação de ar e não consigo fazer grandes objetos levitarem.

Eles fazem o possível para me ajudar com meu lado sobrenatural, mas meu lado humano está uma droga.

Aline resolveu que eu sou seu novo alvo para brincadeiras banais que só a fazem rir. Lembra-se que Nana a ameaçou? Pois é, ela parece ter percebido que Nana não deu as caras depois daquele dia e que Alex também sumiu. Estou muito mais sozinha que o garoto fedido da aula de história.

– Opa, desculpa – ela disse após esbarrar “acidentalmente” em mim.

Ignorei suas risadinhas de hiena e fui até meu armário guardar a minha roupa para a aula de ginastica.

– Alice – Elise, a namorada do jogador de futebol mais bonito e talentoso da escola e também uma das muitas garotas que babam por Alex me chamou.

– Sim? – falei um pouco confusa com a repentina atenção que ela me dava.

– Tenho um recado da Aline pra você – ela fez um barulho limpando a garganta – Quero seu armário, idiota. Você tem o melhor armário e Alex, eu fico com o armário e você com o garoto. Palavras dela, não minhas.

Trinquei os dentes sentindo a raiva subir pelo meu corpo.

– Avisa pra essa Barbie sem silicone que eu não vou ceder aos caprichos dela – disse bem séria – E tem mais, se ela não parar com essas malditas brincadeiras vamos ter uma conversa nenhum pouco pacifica.

– Calma ai, gata – Elise levantou as mãos em sinal de rendição – Eu só estou entregando um recado, nada mais.

Guardei a minha roupa normal e fechei com força a porta do armário. Os roxos que ficam escondidos pelo meu short e minha camiseta dois números maiores que o meu são provas que se eu quiser posso acabar com Aline usando apenas uma mão.

Sai do vestiário com o rosto vermelho de raiva e fumaça saindo pelos ouvidos. Hoje ela vai me escutar.

Narradora

Elise suspirou e revirou os olhos diante da cena que Alice fez ao sair do vestiário. O rosto da ruiva estava do mesmo tom que seus cabelos vermelho fogo um sinal claro que Aline estava indo longe demais. Ela caminhou até suas amigas e se sentou no banco próximo delas.

– Qual foi a resposta da nerd ruiva? – perguntou Izzy que diferente de Alice era ruiva graças á muitos potes de tinta que comprava na farmácia.

– Qual você acha que foi? – Elise nem precisava dizer para as garotas. Elas conheciam a resposta.

A briga entre Aline e Alice não era segredo pra ninguém, desde que se encontraram pela primeira vez na sétima série as duas viviam em pé de guerra.

– Ela é uma idiota – Aline passou um pouco de delineador em seus olhos puxados deixando-os parecidos com os de um gato – Vou por minhas coisas naquele armário mesmo assim.

– Não acho uma boa ideia – advertiu Elise.

– Você só não quer que eu a provoque porque acha que assim vai ter chances com o Alex – havia veneno na voz da asiática, um veneno que as amigas conheciam bem: inveja.

– Que seja – Izzy colocou um chiclete na boca e começou a mascar – Vou pra aula.

– Eu também – disse Elise.

Juntas as duas saíram do vestiário deixando Aline sozinha com seu estojo de maquiagem.

– Estou cercada por idiotas – resmungou enquanto levava o estojo até o armário de Alice.

Aline bateu com força na tranca que precisava de segredo e ela abriu, com um grande sorriso estampado no rosto ela começou a preencher o armário com suas próprias coisas deixando a calça jeans, blusa, tênis all star e o celular de Alice, os únicos pertences que a garota confiava deixar no armário, em cima de um banco onde qualquer um poderia achar.

– Perfeito – disse em comemoração ao ver que aquele armário era realmente perfeito para suas maquiagens.

Se isso é infantilidade? Com certeza e Aline não nega. Desde que viu a ruiva na escola soube que seria problema e passou a ignorara-la por isso. Alice atingia Aline onde mais dói, no orgulho e isso não é algo que Aline está pronta para perdoar.

– Esse armário é seu? – perguntou uma mulher de pele bronzeada, grandes olhos castanhos e cabelos cacheados também castanhos que iam até o meio das costas.

– É sim – Aline disse sem vacilar, agora aquele armário era dela – Por que a pergunta?

– Nada – a mulher sorriu com seus lábios pintados de vermelho escuro – Você terá que vir comigo.

– E se eu não quiser? – Aline não iria obedecer uma completa estranha.

– Eu tenho meios de força-la a vir por bem ou por mal – o sorriso da estranha deixou todo encanto que suas curvas e belo rosto causavam nas pessoas. Seus dentes eram pontudos e afiados como os de um tubarão.

Antes que Aline pudesse gritar sua boca foi tampada pela mão da mulher.

Alice

Aquele aquecimento antes da corrida ao redor da escola era fichinha perto do que Alex me faz passar todas as madrugadas. As amigas de Aline apareceram rindo como as boas avoadas que são e começaram a se aquecer também. Estava bem atenta esperando para ver aquela fuinha que não chegava nunca.

Uma mão tocou meu ombro e eu imediatamente me virei pronta para socar o infeliz que fez isso e descontar a raiva que sentia de Aline. Alex estava com uma camiseta branca que tinha estampada um relógio de bolso e a frase “Que horas são?” escrita do lado, usava calça jeans preta e coturnos também pretos.

– Temos problemas – foi tudo que ele disse.

Olhei ao redor para ver se sua presença havia sido notada e lamentei ao ver que a resposta era um grande sim.

– Vamos para outro lugar – disse.

Andamos em silencio até a porta do vestiário feminino, o corredor estava vazio.

– O que aconteceu?

– Hoje mais cedo Stella viu que uma súcubos viria atrás de você.

Quase perguntei como ela havia visto isso, mas me lembrei de um dom que Stella tinha. A visão, esse dom permite que ela veja coisas que já aconteceram ou que irão acontecer.

– Súcubos se alimentam apenas da energia dos homens – falei enquanto me lembrava de todas as lendas que envolviam esses demônios. Criaturas na pele de belas mulheres que muitas vezes representavam os desejos ocultos dos homens, elas se alimentavam dos homens através de relações sexuais.

– Era assim até um tempo atrás, mas agora as coisas mudaram – Alex corou um pouco – Hoje em dia é comum ver mulheres juntas e as súcubos se adaptaram a isso.

Para Alex devia ser difícil ver casais homossexuais nas ruas, se ele realmente nasceu no século quinze deve ter aprendido que isso vai contra os ensinamentos da igreja e a vontade de deus. Uma grande baboseira na minha opinião, se existe amor não importa o sexo, raça, etnia ou religião as duas pessoas devem ficam juntas e ponto final.

Antes que pudesse falar algo um grito chamou nossa atenção. Como dois verdadeiros policiais pronto para o confronto entramos no vestiário.

– Ali – Alex apontou para as duas mulheres num canto.

Mulheres? Não, uma mulher incrivelmente linda que só perdia pra Vida no quesito beleza segurava Aline contra a parede do vestiário. Aline estava pálida e seus cabelos haviam perdido o brilho que sempre tem. A mulher estava beijando Aline com uma mão no pescoço da menina e a outra no meio dos seus seios.

– Merda – Alex arrancou o colar com o pingente de foice que em instantes se tornar uma foice de verdade.

– O que é isso? – perguntei assustada.

– Ela está sugando as forças da menina, é uma súcubo!

Ao ouvir seu nome o demônio soltou o corpo de Aline no chão e lambeu os lábios olhando para nossa direção.

– Um anjo da morte – ela sorriu revelando seus enormes e pontudos dentes que não eram nada atrativos – E uma garotinha. O que fazem por aqui?

– Você quebrou as regras do pacto – Alex estava com a voz calma, mas sua postura revelava que ela estava pronto para atacar – Envolveu uma humana no mundo sobrenatural.

– Humana? Não me faça rir. Essa garota é Alice Knight, uma criança das fadas, fui contratada para absorver sua energia.

– Ela não é Alice Knight – falei séria – Eu sou Alice Knight.

– Então as coisas acabam de ficar mais interessantes – a súcubo lambeu os lábios e veio para cima de mim.

– Deixa comigo- gritei para Alex que se distanciou.

Quando a súcubo chegou foquei a minha energia no braço esquerdo e imaginei uma lamina saindo dele, logo vi um corte aparecendo na barriga da súcubo que parou me olhando intrigada.

– Dominadora de ar – ela falou com desprezo – Truque sujo esse, não acha?

– Beijar garotas no vestiário contra a vontade delas também é – sorri para disfarçar a concentração que tentava manter nos meus braços. As laminas de ar são complicadas de se manter.

– Eu beijo garotas e gosto disso.

A súcubo mais uma vez veio para cima de mim. Mudei o foco da minha energia e a concentrei nas pontas dos meus dedos, assim que ela ficou em cima de mim enfiei as laminas em seu peito. Ela tossiu.

– Garotinha idiota – a súcubo colocou uma mão no meio dos meus seios onde meu coração fica e com a outra mão começou a apertar o meu pescoço me segurando contra o chão.

Respirar se tornava uma tarefa mais difícil, a cada segundo ela segurava com mais força o meu pescoço me matando aos poucos. Ela se aproximou lentamente e trouxe seus lábios para perto dos meus. Congelei naquele instante sem saber o que fazer. O amuleto queimava a minha pele por debaixo da blusa.

– Não beije a minha garotinha – Foi tão rápido que mal tive tempo para processar a cena.

Alex usou a foice para cortar fora uma das pernas da súcubo, quando ela se virou ele cortou sua cabeça. Em poucos instantes seu corpo havia se tornado pó.

– Você está bem? – ele perguntou preocupado.

– Sim – respondi tossindo um pouco – Você demorou.

– Você me pediu pra deixar as coisas com você .

Ele me ajudou sentar em um banco e foi até o corpo imóvel de Aline, poucos segundos depois seu cabelo e sua pele estavam na mesma tonalidade de sempre.

– Ela vai ficar bem? – perguntei.

– Sim – ele respondeu – E vai pensar que tudo o que aconteceu aqui foi um sonho.

– Está mais pra pesadelo – observei.

– Você quase morreu – ele falou – De novo.

– Pela observação, mas eu já notei isso – apontei para meu pescoço.

– Chega – ele balançou a cabeça – Você vai hoje mesmo para o Instituto!

– Mas eu não estou pronta! – protestei.

– Eu não estou pronto para te ver morrer, Alice.

Algo no olhar dele me fez ter medo de reclamar novamente. Alex desapareceu deixando um pouco de fumaça preta para trás. Droga! Por que querem me matar?

– Onde eu... – Aline estava olhando ao redor do vestiário – O que aconteceu? – ela perguntou.

– Você desmaiou – falei – Eu te ajudei.

– Ah – ela pareceu surpresa – Obrigada.

– De nada – disse.

– Já que você me ajudou vou devolver seu armário.

Balancei a cabeça para ela saber que eu havia ouvido.

Maravilha! Ganhei um armário que nunca vou voltar a usar.


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Notas finais do capítulo

HUUUUUUUUUM ALICE SAFADÊNHA, IA TER SEU MOMENTO LESBICA KKKKKKK
Calma gente a fic não contém yuri/yaoi/hentai u-u
Ah eu estou fazendo uma loucura KKKK Estou escrevendo três fics ao mesmo tempo. Isso ai, três. Uma é a The Forgotten, a outra é a The Fallout (fanfic de Supernatural que escrevo com uma amiga ) e a nova ainda não tem nome e é do projeto adote uma fanfic do site All Time Fics . Minha nova bebê kkk Beijos jujubas vermelhas.