The Forgotten escrita por Panda Chan


Capítulo 20
Fashionably Late


Notas iniciais do capítulo

OLÁ QUERIDOS CUPCAKES, ESTÃO BEM?
O nome do capítulo veio da música Fashionably Late do Falling In Reverse e não tem nada a ver com o capítulo é só porque eu gosto kkkkkkkkk Já perdi a conta de em quantos capítulos eu faço isso.
Obrigada pelos comentários pessoas, vou usar as notas finais pra pedir a opinião de vocês sobre algo, se eu escrever tudo aqui vai ficar chato e-e
Boa leitura



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Joguei a última mala no porta-malas do carro e bati com força a porta para ter certeza que nada vai fugir de lá.

Contar para Stella sobre o incidente com a súcubo foi tarefa do Alex que depois de contar toda a história ouviu poucas e boas de uma Stella muito brava. Os contatos de Alex fizeram milagres para conseguir me colocar no Instituto como ‘aluna’ sem levantar suspeitas sobre meus pais e abrir um portal lá para irmos sem precisar de um avião até a Alemanha.

Stella me fez empacotar apenas o que é útil e deixou bem claro que minha coleção de mangás e HQs não está nessa categoria, mas dei um jeito de esconder os meus favoritos no meio das roupas nas malas.

– Falta mais alguma coisa? – perguntou Alex olhando para Stella e depois para mim.

– Acho que não – respondi – Já guardei minhas malas com roupas e o Senhor Pikachu vai comigo no banco de trás.

– Senhor Pikachu? – ele perguntou confuso.

Apontei pro Pikachu com uma gravata e cartola sentado no banco de trás do carro com uma cartola na cabeça. Os únicos bichinhos de pelúcia que estou levando comigo são ele e o ursinho da Lizzy.

– Não acredito que você vai levar esse rato elétrico – protestou Stella entrando no carro.

– Você só está com inveja porque eu sempre chamava ele pras minhas festas do chá e você não.

Alex olhou com uma cara confusa para mim enquanto se sentava no banco do carona.

– Claro que tenho! – gritou Stella – Esse maldito rato elétrico amarelo podia tomar chá com as bonecas enquanto eu não tinha esse direito por não ser elegante o suficiente – bufou irritada.

Sentei ao lado do Senhor Pikachu e ajeitei a cartola dele.

– Está elegante como sempre, Senhor Pikachu – disse orgulhosa pela elegância do meu Pokémon de pelúcia.

– Onde vocês arrumaram um ursinho de pelúcia que vem com gravata e cartola? – perguntou Alex.

– Ela me fez ir á todas as lojas de roupas infantis da cidade atrás de uma gravata pra esse rato amarelo – Stella deu partida no carro e logo estávamos passando pelas ruas indo até o ponto de encontro onde o portal vai ser aberto – Graças aos Imortais nenhum terno serviu nessa coisa gorda.

– Ei – protestei – Mais respeito com o peso dele!

– Ok – não precisei nem ver pra saber que ela revirou os olhos – Em uma das lojas a vendedora ofereceu fazer um terno sobre medida pra esse urso, você acredita nisso? Alice queria que o rato amarelo gigante usasse terno, gravata e cartola!

– Claro que queria – falei – Ele não pode sair pelado pela rua! É uma grande sorte que nenhum tarado tenha atacado o pobre Senhor Pikachu – abracei o ursinho – O pobrezinho nunca encontrou um par de calças para usar.

Alex começou a rir descontroladamente sendo seguido por Stella e depois por mim. A situação é cômica, estamos fugindo para uma cidade de seres sobrenaturais e discutindo sobre um ursinho de pelúcia.

Quando o ataque de risos passou ficamos todos em silencio.

A tensão era quase palpável ao nosso redor assim como o medo que parecia sussurrar coisas terríveis pra mim.

“ Quem você quer iludir? Não faz parte do mundo humano e nem do sobrenatural, você é uma farsa, Alice. Devia ter morrido no lugar da Lizzy”

Cala-se, falei mentalmente.

“ Você não conseguiu proteger nem a Nana, o que vai fazer no Instituto? Ser comida por lobisomens?”

– Calado – sussurrei sem perceber.

Alex se virou e me encarou. Dei um sorriso amarelo e ele correspondeu com um sorriso encantador.

– Chegamos – Stella anunciou.

Estávamos em alguma parte isolada da cidade, o carro estava no meio da grama alta. Pude ver uma única arvore á distância com um pneu amarrado para ser vir de balanço.

Alex saiu do carro e começou a fazer desenhos na grama alta, abri a porta pronta para ir ver mais de perto quando Stella colocou a mão no meu braço.

– Deixe ele se concentrar.

Assenti contra a minha vontade e fechei a porta. Quinze minutos depois ele se sentou no banco do carona.

– Pode ir – após dizer isso ele murmurou algo que não compreendi.

Stella acelerou o carro e de repente a grama á nossa frente começou a pegar fogo.

– Pare! – gritei agarrando o Senhor Pikachu.

Stella soltou uma gargalhada insana e acelerou ainda mais jogando o carro diretamente contra o fogo que podia nos matar. Fechei os olhos com força esperando pelo calor das chamas, mas ele não veio.

Abri os olhos confusa e olhei pela janela ao meu lado.

– Uau – deixei escapar – Com certeza não estamos em Sparks.

O carro agora andava por uma estrada no meio de uma alta montanha, ao longe podiam ser vistas montanhas como a que estamos e algumas tinham neve no pico. As montanhas estavam cheias de pequenas casas e rios que passeavam por elas como serpentes de água.

Depois de alguns minutos apreciando as montanhas distantes, Alex cutucou meu braço e apontou para frente. Sorri com o que vi.

Uma muralha de tijolos cinza cercava uma cidade com prédios altos que apareciam por cima dela. Ao invés de ter um portão comum como os que vejo em mansões, essa muralha tinha duas estatuas, uma de sereia e outra de fada, que juntas seguravam uma imensa placa que dizia : “Seja bem-vindo á Wonderland”.

O reflexo do meu rosto na janela confirmou que meus olhos brilhavam, incrédulos.

Wonderland parecia estar em várias épocas diferentes. Primeiro passamos por uma estrada de tijolos cercada de pequenas casas e pequenos comércios que me lembrou os vilarejos da Era Medieval, até mesmo as pessoas se vestiam como se ainda estivessem nela. Depois uma estrada de asfalto apareceu e algumas pessoas vestidas de um jeito mais comum também, as casas e lojas agora lembravam mais as que vejo em Sparks. Quando os prédios apareceram no caminho pessoas de vestidas de todas as formas possíveis apareceram. A região cercada por prédios altos era quase uma copia da Times Square, em Nova Iorque. Não pude deixar de me perguntar quem construiu tudo isso.

– Wonderland é uma das cidades sobrenaturais mais antigas do mundo – Alex disse de forma um pouco monótona – Foi fundada pouco antes da caça ás bruxas ter inicio e serviu de refugio para a maioria dos sobrenaturais da época. A cidade guarda lembranças de todos os períodos da história da humanidade, afinal, assim como os seres humanos os sobrenaturais estão pelo mundo há milhares de anos, se evoluindo. Essa área é o centro, chamamos de Toca do Coelho por causa de um bar que está aqui desde que a cidade foi fundada.

– Os humanos não sabem disso?

– Não – ele balançou a cabeça – Ao redor da cidade existem barreiras invisíveis que causam uma leve confusão nos seres humano. Se um avião for sobrevoar essa área , por exemplo, o piloto automaticamente vai mudar seu rumo contornando a cidade ao invés de passar por cima dela. Satélites e outras armas de espionagem humana vêem essa região como uma floresta totalmente fechada. Tudo que temos aqui funciona com magia.

– Alguns elfos estão abrindo uma usina hidroelétrica – Stella falou com orgulho – Assim vamos poder usar mais magia nas barreiras.

Fiquei impressionada com as diferenças físicas entre as pessoas que passavam. Vi um garoto pálido vestindo roupas escuras ao lado de uma elfa que segurava uma sombrinha pro sol não bater na pele dele. Um homem asiático corria nas ruas quando de repente virou um gato e passou a pular no telhado dos prédios mais baixos. Uma jovem ruiva estava discutindo com outra quando começou a criar pelo nos braços e garras nas mãos.

Continuamos passeando pela cidade. Os prédios começaram a diminuir de tamanho e casas comuns foram apareceram, depois ela sumiram e tudo que podia ver era uma colina coberta de grama e árvores frutíferas.

– Estamos indo pro lugar certo? – perguntei abraçando mais o Senhor Pikachu.

– Sim – Alex respondeu – O Instituto fica numa parte mais isolada da cidade.

– Você se lembra o que deve falar? – Stella perguntou.

– Lembro – suspirei fundo – Sou Alice Knight, uma fada que foi criada pela tia no mundo humano. Meus pais morreram e eu não sei como. Não tinha conhecimento nenhum sobre o mundo sobrenatural até que minha melhor amiga foi transformada em vampira e minha tia abriu o jogo pra mim.

Não era totalmente mentira, mas também não era verdade. Anjos da morte não são criaturas sociáveis e deuses da morte como Alex são inalcançáveis para os outros sobrenaturais. Meu envolvimento com Alex tem que ser mantido em segredo, caso contrário alguém pode desconfiar de quem eu verdadeiramente sou e chamar os amigos de Marloc.

Paramos em frente a um grande prédio de arquitetura gótica. O prédio era uma mistura de castelo e igreja que no final deram uma escola. Janelas que iam do teto até o chão, torres que pareciam tocar o céu e estatuas detalhadas nas paredes mostravam todo esplendor do lugar.

– Vamos – Alex sorriu – Hora de conhecer sua nova escola.

Descemos os três do carro e paramos diante das escadas que levavam até a entrada do Instituto.

– É lindo, não acha? – perguntou Stella observando os detalhes entalhados ao redor da porta.

– É incrível.

– Esse prédio foi construído por um sobrenatural para salvar a nossa raça de uma guerra.

– E funcionou?

– Por um tempo sim.

Alex apareceu com as minhas malas e minha caixa de pertences importantes.

– Melhor o Senhor Pikachu e o ursinho entrarem na caixa ou algum lobisomem podem confundi-los com seu jantar.

Relutante, coloquei meus preciosos amigos na caixa junto com alguns itens de higiene e fotos. Entramos no edifício que por dentro era ainda mais incrível. O teto abobado estava cheio de desenhos com figuras sobrenaturais que parecia contar uma história. As paredes eram cobertas de portas e corredores que chegavam a quase tocar o teto.

Cada detalhe, cada maçaneta, cada desenho, cada porta e até mesmo o piso daquele lugar despertavam a arquiteta que eu tanto sonhei em ser. Lembrei das palavras que Vida disse quando foi me visitar.

Se tentar esquecer isso e viver sua vida como fez até aqui, sendo apenas humana, vai conhecer um rapaz incrível. Vocês vão se apaixonar, se casar e ter dois belos filhos. Você será uma arquiteta muito famosa e bem sucedida, sua vida será longa e sua morte tranquila. Se seguir Alex, nem mesmo eu consigo ver o quanto poderá viver.”

Uma pontada de arrependimento acertou meu peito.

– Não – falei para mim – Isso não vai me atingir.

Depois que eu conseguir descobrir o que meus pais escondiam vou correr atrás do tempo perdido e entrar na minha tão sonhada faculdade de arquitetura e urbanismo. Não vou desistir do meu sonho só porque uma imortal disse.

De uma das portas saiu uma mulher muito elegante, ela tinha cabelos grisalhos, sua pele era de uma tonalidade que me lembrava caramelo , seus olhos pareciam miniaturas do sol com seu incrível tom de dourado. Ela usava um terninho preto com meia calça e sapatos da mesma cor.

– Ora, ora – ela disse – Vejo que nossa aluna especial finalmente chegou - um sorriso se formou no seu rosto e senti meu sangue congelando nas veias - Está atrasada.


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Notas finais do capítulo

Então gente, como estou de férias eu fui ler algumas fanfics mundo a fora ( só leio fics durante as ferias, é minha regra) e percebi que muitos autores além de descrever seu personagem no texto colocam fotos deles em blogs ou coisas do tipo e passam o link pros leitores com menos imaginação. Eu já fiz isso numa fic (para mais informações favor ler Querido Diário Otaku), e pensei: por que não?
MÃÃS, diferente do que fiz na outra fic queria pedir pra vocês ajudarem sugerindo atores para os personagens. Já estou fazendo uma pesquisa tenho alguns nomes, mas acho que seria legal ver o que vocês acham também. Gostaram da ideia? Mande um nome no review. Beijos.



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