The Forgotten escrita por Panda Chan


Capítulo 17
Cupcake Queimado


Notas iniciais do capítulo

HEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEY PESSOAS
Tudo bem com vocês? Capítulo quentinho que nem pão de manhã na padaria KOSAKODK
Estou trabalhando numa nova fic, calma, não vou abandonar essa. A fanfic é em parceria com uma amiga minha e não tem previsão de ser lançada (mentira, só estamos esperando sair a capa). Vai ser postada no SocialSpirit porque o Nyah não permite usar famosos (todos choram) e a minha 'personagem' é uma prostituta (masoi?), foi ideia dela e assumo que estou rindo demais enquanto escrevo as besteiras dessa nova fanfic.
Brûlée = Queimado, em francês
Boa leitura



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A Cupcake Brûlée é uma das melhores cafeterias da cidade e, sem dúvida, uma das mais bonitas. Por fora o lugar lembra uma casa de bonecas com as paredes pintadas de rosa bem claro, a porta branca com um sino que toca sempre que alguém passa por ela e sua grande vitrine de vidro com os mais belos e deliciosos bolos que já vi.

Por dentro a cafeteria é decorada com mesas redondas e cadeiras brancas. Um balcão de madeira com bancos altos na frente fica num canto próximo á porta que dá acesso á cozinha. Nas paredes existem várias prateleiras com flores e fotos dos funcionários sorridentes em confraternizações.

O barulho do sino avisou minha chegada, uma garçonete vestida de empregada veio até mim.

– Seja bem-vinda ao Cupcake Brûlée, posso ajuda-la? – perguntou de forma simpática com um sorriso no rosto.

O lugar estava praticamente deserto exceto por uma mulher sentada em uma mesa isolada e um grupo de adolescentes que ocupava os bancos altos do balcão.

Meu celular fez “ping” avisando que uma nova mensagem tinha sido recebida. Fiz um sinal pedindo para a garçonete esperar enquanto lia.

“Sente-se com a mulher sozinha”

– Obrigada, mas vou me sentar com aquela mulher – disse de maneira educada e fui até a mesa onde Stella estava.

Vestindo um vestido preto bem soltinho que ia até o inicio dos joelhos, um chapéu preto estilo anos 80 e óculos da Dior ela estava irreconhecível e lembrava uma espiã de filme antigo.

– Olá – disse com um pequeno sorriso brotando em seus lábios vermelhos.

– Oi – respondi me sentando na cadeira vaga.

– Sei que você tem muitas perguntas e pretendo responde-las.

Ela deu um gole em uma xicara que parecia conter café. Será que ela realmente acredita que é fácil assim? Ela sumiu por vários dias e de repente aparece toda espiã me prometendo respostas. Stella, você não deveria ser tão idiota.

– Certo – resolvi entrar no seu joguinho – Onde você estava?

– Presa no castelo do Drácula – respondeu com tanta naturalidade que me assustei – Imagino que você já saiba sobre o mundo sobrenatural.

O barulho do sino avisou que um novo cliente tinha acabado de chegar.

– Sim – falei – Ainda bem que você já sabe que eu sei, assim posso fazer minha segunda pergunta: por que nunca me falou nada?

Ela deu um longo suspiro e fez um sinal para que a garçonete viesse até nossa mesa.

– Gostaria de algo, senhorita? – perguntou educadamente.

– Sim, você poderia trazer um croissant de presunto e queijo e uma xicara de cappuccino para essa mocinha, por favor.

– Claro. Gostaria de experimentar um de nossos cupcakes?

– Não vai estar queimado?- Stella riu de sua própria piada com o nome da loja.

– Garanto que não.

– Então pode trazer um de chocolate , por favor

– Certo – com um sorriso ela se retirou.

– Me comprar com comida não vai funcionar - falei.

– Temos muito que falar, imagino que você vá sentir fome.

Pouco tempo depois um prato com um croissant quentinho e uma xicara com cappuccino fumegante estavam diante de mim. O cupcake de Stella não estava queimado.

– Pode começar.

Ela olhou para os lados se certificando que ninguém estava ouvindo. Espero que Alex esteja bem disfarçado.

– Os seus pais não queriam que você e sua irmã soubessem sobre isso até ter idade suficiente para compreender o quão perigosos é ser sobrenatural. Eles tinham medo de dizer que vocês são descentes de fadas e terminassem saindo pela rua com asas de cartolina tentando voar – não pude deixar de soltar um risinho imaginando a cena que não seria nada improvável de acontecer – Muito do que é dito nos contos infantis é verdade, mas muito também não é. Fadas não são criaturas pequenas e travessas, quer dizer, não mais. Quando os sobrenaturais começaram a ser caçados, as fadas assumiram permanentemente uma forma mais humana abrindo mão de muitas características como o tamanho pequeno e as asas brilhantes – limpou a garganta e continuou – Eu não sou sua tia de verdade sou uma elfa e era uma grande amiga de seus pais. Elfos e fadas são quase uma família, elfos descendem de fadas que se envolveram com ninfas e outras criaturas do bosque. Sou quase sua tia.

– Quase – repeti.

Comecei a comer meu croissant.

– Conheci seus pais no Instituto, eu tinha começado a estudar Cura Avançada com sua mãe quando ela começou a namorar seu pai – ela sorriu – Eles eram pessoas incríveis. Infelizmente havia Marloc, ele era o noivo oficial da sua mãe e vivia na Alemanha, quando Melissa tentou desfazer o casamento Marloc se corrompeu e virou um feiticeiro. Não sei se você vai entender isso muito bem, mas vou tentar explicar mesmo assim. Fadas tiram seu poder de amuletos antigos ou pegam emprestado da natureza ao seu redor, quanto mais velha uma fada é mais poder ela acumula dentro de si e deixa de depender desses empréstimos, se uma fada rouba o poder de outras criaturas ou usa seu próprio poder para praticar magia negra ela se torna uma bruxa ou, no caso de Marloc, um feiticeiro. Bruxas matam enquanto são fadas e vão totalmente para o lado negro enquanto feiticeiros apenas forma corrompidos, mas não mataram enquanto eram fadas.

– Certo, bruxas são más enquanto são fadas e feiticeiros são maus sempre. Não vi muita diferença.

– Ah, mas existe alguma diferença – ela deu de ombros – Marloc foi corrompido quando roubou o poder de um lobisomem o que causou a morte do pobre licantropo, graças a isso o casamento entre sua mãe e ele foi cancelado. Quando terminaram os estudos seus pais se casaram e vieram para o mundo mortal. Eu sempre estive o lado deles e fui escolhida como sua madrinha por isso quando soube da morte deles e da sua irmã corri para o hospital e a peguei pra mim.

– Isso explicou algumas coisas. Por que nunca me falou sobre a Lizzy?

– Ah – ela pareceu levemente abalada pela menção da minha irmã – Elizabeth. Não queria te deixar mais abalada ao saber que sua irmã também havia desaparecido então guardei essa informação pra mim, pareceu a coisa certa a se fazer.

– Mas não era – dei uma última mordida no meu croissant, agora só me resta o cappuccino – Você disse que estava no castelo do Drácula, explique.

– Essa parte é um pouco menos complicada de se explicar. Os sobrenaturais estão andando por ai desde que os primeiros relatos históricos foram escritos, muitos humanos os temiam e muitos os adoravam, Drácula não foi uma exceção. Ele é um dos vampiros mais antigos que se tem conhecimento, durante muitos séculos namorou donzelas humanas e revelou seu segredo para aqueles que ele escolhia como amigo. As historias de terror envolvendo seu nome são fruto de um erro de julgamento dele. Esse não é o único caso assim, dizem que alguns sobrenaturais ingenuamente revelaram informações que ajudaram autores no mundo todo a escrever obras literárias como Alice no país das maravilhas e O Corcunda de Notre-Dame. Drácula é um vampiro forte que tem um grande interesse em você, ele me sequestrou tentando conseguir informações sobre você. Todas as mensagens e ligações que você recebeu não eram feitas por mim, mas sim por ele.

– Como você fugiu?

– Eu sou esperta – ela sorriu – Elfos são para os sobrenaturais como os cientistas são para os seres humanos. Ardilosos, espertos e, se necessário, fatais.

Uma enorme vergonha tomou conta de mim. Eu estava com raiva de Stella e a culpava por desaparecer sem nem se quer pensar no porque ela desapareceu, fui injusta com a única pessoa que me quis depois que perdi minha familia.

– Sinto muito, Stella. Não imaginei eu lhe causaria tantos problemas.

– Tudo bem querida – ela pôs sua mão sobre a minha – Madrinha é pra essas coisas.

Quando entramos em casa Stella começou a gritar sobre a bagunça que o lugar estava. Por mais limpinha que eu seja, assumo a culpa pela minha preguiça e não arrumei nadinha nesse tempo em que ela esteve fora.

Mandei uma mensagem para Alex pedindo para nos encontrarmos amanhã antes da aula, ele não respondeu.

Stella jogou feitiços e armadilhas em todo o jardim e no quintal. A porta da frente foi enfeitiçada com tudo que se pode imaginar e uma armadilha para capturar ursos foi posta na porta dos fundos.

– Só pra garantir – ela disse.

Subi para meu quarto e comecei a tirar a roupa pensando em como um banho seria bom agora.

– Striptease pra mim? Não precisava.

A voz de Alex fez com quem eu parasse de desabotoar a calça e me virasse pra trás. Ele estava deitado na minha cama com meu mangá de Fairy Tail nas mãos como se aquele fosse seu quarto e não o meu.

Virei rapidamente e vesti um moletom como se minha vida dependesse disso.

– Agora você espiona garotas indefesas? – falei me esforçando para não gaguejar.

– Você pediu para me encontrar, não imaginei que estaria nessa situação.

Ele estava estranho. Alex não é tão assanhado normalmente, ele sempre foi um cavalheiro.

– Aconteceu alguma coisa com você?

– Nada – disse sorridente – Eu estava na cafeteria, ouvi tudo que Stella te contou.

– E?

– Tudo é verídico. Descobri que David é um dos muitos filhos de Drácula.

Um arrepio percorreu todo meu corpo.

– Mais algo importante?

– Se você quer saber sobre Nana, ela está bem – senti meus músculos relaxando com essa noticia – David não está muito bem.

– Por que?

– Ele veio até mim atrás de briga e vamos dizer que conseguiu – um sorriso travesso enfeitava seus lábios – Já disse que adoro uma boa briga?

Só então percebi que os olhos castanhos de Alex brilhavam num tom de avermelhado.

– O que tem seus olhos? Eles estão vermelhos.

Alex gargalhou com desdém.

– Ainda estou em modo batalha logo passa.

– Ótimo, então me faça um favor.

Ele fez uma expressão maliciosa, provavelmente pensando alguma besteira que prefiro nem comentar. Seus olhos percorreram meu corpo parando nas coxas e depois voltando para meu rosto.

– O que quiser.

– Saia agora da minha cama e nunca mais entre sem permissão!

Sua expressão confusa me fez rir, em poucos segundos seus olhos voltaram ao castanho habitual.

– Desculpe – disse com sinceridade – Quando fico em modo batalha me torno outra pessoa.

– Eu percebi, agora já pra fora.

Ele obedeceu e saiu murmurando mil desculpas diferentes para seu comportamento improprio ao invadir meu quarto. Depois que ele se foi fiquei rindo sozinha da situação. Garotos são sempre garotos, não importa se tem dezessete anos ou mais de seis séculos de vida.


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Notas finais do capítulo

Alex safadinho :9 Confesso que só coloquei isso pra quebrar o clima sério que ficou no capítulo KASODKAODK Calma garotas, Alex sempre será um belo cavalheiro cof cof ou não q
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Beijos com glitter