The Forgotten escrita por Panda Chan


Capítulo 16
Facas tentam me acertar


Notas iniciais do capítulo

AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA GENTEQUERO AGRADECER O CARINHO DE VOCÊS E A FIC TEVE MAIS UMA RECOMENDAÇÃO
AAAAAAAAAAAAAAA ~~ãtaques de menininha aqui~OBRIGADA LILY LUNA PELA SUA RECOEMDAÇÃO *-* SINTA-SE ABRAÇADA E ESSE CAPÍTULO É DEDICADO PRA VOCÊ
Boa leitura gente



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Quando pedi á Alex que me ajudasse não podia imaginar que ele confundiria ‘ajuda’ com ‘tortura’.

O sol vai nascer em poucos minutos. Estou em um parque usando uma calça preta de moletom com uma blusa de frio cinza por cima, o frio de 8ºC está tentando me congelar e talvez conseguisse, se eu não estivesse em constante movimento.

– Mais alto! – gritou Alex jogando uma faca em mim com toda a sua elegância.

– Você quer me matar? – gritei desviando por muito pouco da faca que quase acertou meu braço – Não sei se você se lembra, mas hoje é só o primeiro dia de treinamento!

O meu dia começou horrível, uma prova disso é que fui acordada ás 03hr00min da manhã por Alex que estava todo energético com uma expressão muito feliz no rosto.

– O sol diz bom dia estrelinha – depois que disse isso ele olhou pra janela – Hum, pensando bem, talvez a lua tenha dito bom dia.

– Que horas são? – perguntei enfiando a cara no travesseiro.

– Umas 3hr00min, um pouco cedo.

Tirei o rosto do travesseiro e o encarei.

– Um pouco? Que horas você vai dormir?

– Tecnicamente não preciso dormir – disse – Eu sou imortal, recebi o dom de nunca me cansar. É realmente difícil eu dormir, não tenho essa necessidade e só faço por prazer.

– O que você faz quando precisa de energia? – disse bocejando.

– Eu tomo refrigerante de laranja ou como algum doce, agora levante-se.

– Pra que? – enfiei-me ainda mais debaixo do cobertor.

– Você me pediu ajuda, certo?

– Não pedi ajuda para acordar cedo – respondi.

– Tem que ser agora – ele disse sério – Os humanos podem se assustar com o que faremos.

Algo em seu sorriso maligno fez com que eu me levantasse em tempo recorde e colocasse a primeira roupa confortável que vi pelo caminho. Infelizmente, esqueci de trocar a blusa do pijama.

Quando chegamos ao parque Alex me mandou fazer alongamentos simples, depois uma rápida corrida ao redor de todo o parque e agora ele queria que eu saltasse facas voadoras que tentavam decepar minhas orelhas ou pedaços da panturrilha.

Sempre que ele se distrai checo o celular em busca de respostas para o sumiço de Stella.

– Já vi mortos mais rápidos que você – gritou no modo sádico.

– Zumbis pulam mais que eu? – perguntei indignada enquanto desviava de uma adaga – Acabaram as facas?

– Quero dificultar um pouco pra você – respondeu – E todos os ceifeiros, anjos e deuses da morte estão mortos.

Aquilo me fez parar no lugar enquanto, por sorte, uma adaga voadora passava longe de mim.

– Você está morto? – perguntei incrédula.

– Sim, desde o século quinze mais ou menos.

– Desde o século quinze? – gritei – Porra, você tem quase seis séculos de vida!

– Olha a boca – advertiu – Na verdade, uns 18 anos de vida humana e o resto como servo da morte.

Alex era mais velho do que podia imaginar. Se ele foi servo da morte por uns trezentos anos presenciou algumas das maiores catástrofes da história da humanidade além das duas guerras mundiais.

– Século quinze – repeti em voz alta tentando acreditar nisso – O que teve no século quinze? Corrida pelas colônias? Descobrimento de novos continentes? – todos os fatos históricos que conheço começaram a se misturar na minha cabeça, me impedindo de pensar com clareza.

– Renascimento – disse Alex com a voz um pouco séria e sombria –Renascença. Renascentismo. Você pode escolher como quer chamar esse período.

Fiquei mais chocada ainda.

– Você nasceu durante uma das épocas mais importantes da história europeia. Alex, você é incrível!

– Não sei o que essa época tinha de tão especial, o banheiro era um buraco no chão e durante o inverno ninguém tomava banho pra não ter uma hipotermia.

– Mesmo assim foi importante nas artes.

Ele bocejou preguiçosamente e olhou para um relógio de bolso.

– Vamos tomar um café esse lugar vai ficar movimentado daqui a pouco – disse – E já que você parece se interessar tanto pela minha história eu a conto no dia em que você conseguir me imobilizar no chão por mais de cinco segundos.

Sorri diante do desafio.

– Então se prepare para me contar tudo em detalhes.

Juntos saímos do parque rumo a cafeteria mais próxima que estivesse funcionando.

Depois de voltar pra casa, tomar um banho e vestir uma roupa melhor que o moletom, fui pra escola com um muffin na mão.

Alex ser tão velho é algo mais surpreendente do que imaginava, talvez por ele ser imortal não devesse ser tão surpreendente assim.

Eu nunca chutaria que ele tem mais de um século de vida, o cara é tão vivo e animado que parece ser um adolescente com excesso de café e energético no sangue.

Meu telefone começou a tocar. Olhei o número no identificador, era desconhecido.

– Alô – falei sem emoção alguma.

– Alice – era a voz de Stella – Preciso falar com você. É urgente.

– Stella! – quase comecei a pular de alegria ao ouvir a voz dela. Quase. – Onde você está?

– Não posso falar, me encontre no Cupcake Bruleè. Tente ir disfarçada e vá sozinha.

– Que horas?

– Após a escola – ouvi alguns barulhos como passos num piso de metal – Se eu não aparecer, não me procure. Esqueça de mim. Não venha atrás deles.

– Quem são eles? – um toque mostrou que a ligação tinha sido finalizada.

O que está acontecendo aqui?

Assim que entrei na escola fui atrás de Alex, mas ele parece ter tomado um belo chá de sumiço da minha vida.

– Mas que droga! – murmurei e sem perceber soquei meu armário – Cadê você, Alex?

Como num passe de magica ele apareceu atrás de mim.

– Já está com saudades?

Seu ar brincalhão em nada se parecia com o torturador que atura faca em ruivas inocentes antes do sol nascer.

– Stella telefonou.

Assim que terminei de explicar toda a história, não havia nem sombra de bom humor no rosto de Alex.

– Você vai encontra-la? – perguntou.

– Tenho que ir – disse – Ela me deve respostas.

– Então vou com você – ele disse decidido.

– Mas eu devo ir sozinha – protestei – Foi um pedido da própria Stella.

– Deuses da morte sabem como se disfarçar – ele sorriu.

O resto do dia foi como qualquer outro dia normal, as aulas demoraram uma eternidade para acabar e os alunos seguiram suas rotinas. Aline provocava nerds me ignorando totalmente (Obrigada Nana). Os nerds choramingavam. Um casal tentava se engolir nos fundos da sala. Algumas garotas trocavam bilhetinhos e sorrisinhos. A maioria dos alunos dormia.

Na saída olhei para o céu enquanto esperava Alex vir para imos embora juntos. O céu azul sem nuvens começou a rodopiar diante de meus olhos até virar uma forma estranha que lembrava um coelho.

– Não vá com o coelho branco, Alice – dizia uma voz na minha cabeça – Não seja tola.

Uma música de piano começou. Olhei para os lados, mas tudo que via era um branco inacabável.

– Oh, pequena Alice, não se arrependa.

Não me arrepender do que? Queria perguntar, mas minha voz não saia.

De repente estava numa sala escura sem janelas. Tudo que via era a escuridão sem fim.

– Onde está a elfa? – perguntou uma voz masculina.

– Ela escapou – respondeu outra voz que não soube reconhecer como masculina ou feminina.

– Encontrem-na! – gritou a voz masculina.

– Isso é o que acontece quando não fazemos as coisas do meu jeito – disse uma voz feminina.

– Não se pode resolver tudo com mortes, Red – disse a voz masculina.

– Não – respondeu a voz que pertencia a provável Red – Mas muitos problemas podem ser resolvidos assim. Deixe-me matar Stella Knight, prometo que não vai se arrepender.

Antes que pudesse ouvi a resposta da voz masculina fui evada de volta pra realidade. O que foi isso? Uma memória? Uma visão?

Tudo que posso concluir é que a realidade me assusta e a minha mente também.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Bem, eu estou amando os comentários de vocês. Continuem assim.
No próximo capítulo teremos algumas coisas legal :3
Beijos cupcakes azuis