O Senhor de Gondor escrita por Will Snork


Capítulo 28
Capítulo 2 - Navios Chegam na Terra-Média




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Grodrick, Sangue Azul, e sua frota de navios finalmente chegam a Terra-Média, desembarcando pelas praias brancas de Baía de Belfalas. Muitos daqueles anões já se chamam de Vikings desde o nascimento, e nunca haviam posto os pés na Terra-Média, portanto era tudo novo para eles, e se encantaram com a linda praia branca das províncias de Harondor, também chamada de Gondor Sul, que era parte do território de Eithor, e por isso os anões ficaram atentos pois poderiam encontrar orcs patrulheiros a qualquer momento.

Grodrick direcionava seu povo até Minas Tirith, passando por terras secas, um campo totalmente infértil, onde encontravam várias árvores mortas e cactos pelo caminho, se tratava de um verdadeiro deserto. Mais ao norte, próximos ao Rio Poros, ou o que sobrou de sua corrente, seu povo se encantou ao ver criaturas que não eram encontradas em nenhum lugar além de Harondor, e muito menos em suas Ilhas do Norte. Muitos dos anões não sabiam nem mesmo do que se tratava aquela gigantesca criatura que se banhava ao rio. Eram os chamados “Olifantes” segundo os registros do Condado.

Seu povo passou sem incomodá-los, e após alguns dias de caminhada, chegaram até a Estrada de Marad, que os levaria até Minas Tirith, onde a vegetação começou a aparecer levemente. Pela estrada havias muitos vilarejos abandonados, possivelmente pertenciam às pessoas que fugiram para o norte após Eithor ter se tornado rei.

Ao chegar a Ithilien do Sul, encontraram pequenos povoados ainda habitados por pessoas magras e doentes, que provavelmente eram exploradas pelos Orcs, e observavam os anões passaram por suas terras com um brilho fosco no olhar, pois sabiam que eles iriam confrontar Eithor, então muitos abençoaram os anões enquanto eles passavam pela estrada empoeirada.

Poucos dias se passaram após a chegada dos anões na Terra-Média, que foi ao mesmo momento em que Sauron ergueu seu Dragão das profundezas de Mordor antes de atacar Rohan. E assim chegaram em Sinya Caras¹, onde atacaram os poucos orcs que guardavam o local, pois muitos já haviam sido convocados para a Batalha de Rohan, e a chegada dos anões foi inesperada, pois Eithor acreditava que seu monstro do mar havia os derrotado facilmente. Os orcs estavam despreparados e os anões chegaram sorrateiramente, com Grodrick na frente, massacrando os orcs facilmente com seu machado de ouro. Muitos orcs foram capturados como reféns e interrogados. Grodrick desejava descobrir o ponto fraco de Eithor, mas nenhum dos Orcs abriu a boca. Grodrick não teve piedade e executou todos, exceto um, que mandou rastejando sem uma das pernas até Minas Tirith para avisar que os anões do norte haviam chego.

Poucos caíram esse dia, e seu exército chegava a três mil anões. E Grodrick se preparava para logo atacar Minas Tirith.

Ora, em Rohan, eu conversava com Olórin em uma torre alta, onde podíamos observar as Montanhas Brancas.

— Sauron não se dará por vencido tão facilmente. – dizia o Mago Branco. – Ele deve estar furioso após a sua derrota, e depois tentará atacar novamente com toda a sua força.

— E quando ele atacar, o derrubaremos. – respondi.

— Você tem coragem, Wallor, filho de Guildor, Manwe escolheu bem o seu campeão. – Concluiu ele.

O sol estava descendo atrás das montanhas brancas, e o vento batia em nossos rostos como o alvorecer de uma nova temporada de batalhas e conquistas. A esperança de vitória iluminava os olhos de alguns, porém Olórin temia a força de Sauron, mesmo tendo-o derrotado na batalha, pois somente ele sabia que Sauron não estava usando toda a sua força e conhecimento.

Ora, escutamos passos correndo em nossa direção pelas escadas, subindo os degraus da torre branca. Tratava-se de Tom e Paladim, com suas pernas curtas e apressadas.

— Senhor Gandalf¹. – gritavam eles.

— Gandalf? – eu me perguntei, pois já havia escutado esse nome em antigas histórias.

— Veja, ao leste. – disse Paladim.

Então o mago se virou e pode observar uma grandiosa ave, abrindo suas poderosas asas em frente ao por do sol, como se estivesse abraçando o céu. Era uma Águia.

As águias, há muito não vistas por nenhum homem na Terra-Média. Diziam que as Grandes Águias, diferentes das comuns que facilmente eram vistas, haviam deixado a Terra-Média, e que apenas algumas ficaram e viviam em topos de montanhas inalcançáveis. A aparição dela foi espantosa, pois as Grandes Águias também não passavam de lendas paras os povos dos homens.

— Ah, finalmente. – disse Olórin.

Então a grande águia pousou suas asas sobre a beirada da torre. Poderosa ela era de fato, e os pequenos Hobbits estavam maravilhados com o que observavam.

— Fizemos como o pedido, Olórin. – disse a grande ave.

— E então? – perguntou o mago.

— Vigiamos todos os portos, e pela Baia, várias embarcações chegaram na Terra-Média. E com ela o povo anão das ilhas do norte. – respondeu a águia.

Então a expressão de Olórin mudou, e assim dispensou a ave a agradecendo pela informação.

— Navios de anões desembarcaram em Baia? – eu perguntei a Olórin. – O que eles desejam?

— A ganância de Sauron abalou não somente a Terra-Média. – respondeu ele. – Os anões possivelmente pretendem atacar Minas Tirith.

— Não! – eu disse espantado. – Eles não podem fazer isso. Se os anões entrarem em Minas Tirith, as pessoas que habitam lá serão feitas de reféns e executadas!

— Temos que ir até lá e impedir os anões de atacar Minas Tirith. – disse Paladim.

Corremos as escadas e chegamos ao palácio principal. Avisei a Barad sobre a notícia, e avisei que partiria até Gondor para impedir os anões antes que fosse tarde. Barad queria muito me ajudar, mas não podia deixar Rohan nesse momento, pois agora era o rei. Então comigo foram os Hobbits, Hildwyn, Tuandil, Glorick e Aratus, e junto a nós cinquenta homens.


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Notas finais do capítulo

1- Sinya Caras, antigamente chamada de Osgiliath.
2 - Olórin, foi o nome que Gandalf recebeu em sua juventude.