O Senhor de Gondor escrita por Will Snork


Capítulo 27
Capítulo 1 - A Vontade de Eithor




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Até onde vai a ganância do homem? Que desde o começo do mundo vem destruindo nossas gerações com guerra e batalhas muitas vezes sem um propósito concreto. As mesmas batalhas que nos exilaram, e que já defenderam causas nobres para os homens, hoje acontecem entre si, pois a sombra não deixou esse mundo, e irá nos atormentar por toda a eternidade, até os fins dos tempos, e assim as guerras nunca irão terminar, enquanto o homem continuar pisando no solo deste mundo.

Eithor estava sentado no jardim de pedra, observando a Árvore Branca de Gondor. Toda vez que ele olhava aquela árvore, muitas coisas passavam por sua mente, e um sentimento que ele não conseguia entender o dominava, um sentimento de dúvida, que o fazia refletir quem ele era, e quais eram os seus propósitos.

O portão do palácio foi aberto, e de lá entrou Sauron com os tenentes meio-orcs que participaram da batalha. E Sauron estava furioso; ele gritava e quebrava as coisas que enxergava em sua frente, tentando amenizar o ódio que sentia após a sua derrota.

— Eithor! – gritou Sauron. – Seus tenentes são inúteis. A batalha foi perdida, por culpa desses vermes.

Sauron retirou o capacete, e Eithor pode contemplar a primeira vez o rosto de Sauron. Ele era belo, com cabelos longos e negros, sua beleza era semelhante aos elfos. Seu rosto era sério, e seus olhos eram amarelados como os de um demônio.

— E você. – continuou Sauron. – Como pode ficar sentado aqui enquanto as pessoas de sua preciosa cidade tentavam fugir em baixo de seu nariz?

Então Eithor abaixou a sua cabeça e manteve-se em silêncio.

— Eithor. – repetiu Sauron, porém agora com a voz mais suave. – Dentre todos os homens desse mundo, você é o único que pretendo manter vivo. Não me faça mudar de ideia.

Um orc entrou no palácio, e se direcionou até Sauron.

— Meu senhor. – disse o orc curvando-se. – O que farei com os sobreviventes do motim?

— Mate todos. – disse Sauron. – E aproveitem e arranquem essa maldita árvore branca. Eu não aguento mais olhar para ela.

Algo despertou dentro do peito de Eithor, e ele gritou de uma forma que ecoou pelo palácio.

— Não! – gritou ele.

Sauron se aproximou de Eithor e olhou em seus olhos.

— Por que não? Está querendo me contrariar? – disse Sauron.

Eithor não sabia o motivo de ter dito aquilo, mas algo no fundo de seu peito disse a Sauron, se ajoelhando ao chão.

— Meu senhor, as pessoas da cidade não podem ser mortas; pois podemos usá-las como reféns caso o herdeiro apareça em nossos portões. E assim ele estaria perdido, e a nossa vitória seria concretizada. – disse Eithor.

— E porque não devo eliminar está árvore que me embrulha o estômago toda vez que a vejo. Pois me faz lembrar os antigos Valas e de Númenor. – disse Sauron.

— Ela é a esperança dos homens meu senhor, se ela for destruída, os homens não terão mais esperança alguma. – respondeu.

Então Sauron riu de Eithor.

— E por que acha que eu quero dar esperança aos homens? – disse Sauron.

— Pois assim seria mais divertido, meu senhor. – respondeu.

Sauron riu novamente.

— Levante-se, Eithor. – disse ele. – Agora compreendo suas intenções.

Sauron ordenou aos orcs que trancassem as pessoas em prisões, e que a única comida que tivessem fosse a que restasse dos orcs. Eithor não sabia o porquê, mas dentro de seu peito, ele sentia um grande alivio.

Ao sair do jardim junto a Sauron, percebeu que Krill estava deitada ao chão, e ao seu lado estava Brake, o meio orc louco.

— Meu senhor. - disse Brake a Sauron. – Krill está muito ferida, ela precisa de cuidados.

— O que houve com ela? – perguntou Eithor.

— Seu braço foi cortado após ela assassinar Théogard de Rohan. – respondeu Brake.

Krill estava pálida, havia perdido muito sangue, e se contorcia a todo o momento de dor.

— Muito bem. – disse Sauron. – De grande utilidade você foi por ter eliminado Théogard, porém não será mais de utilidade alguma se não pode mais segurar sua espada.

Então Sauron retirou sua espada negra da bainha, e a cravou no peito de Krill. Fazendo isso, o sangue de Krill espirrou ao rosto de Brake, o fazendo tremer. Brake sentiu um ódio imenso o consumir. Ele amava Krill, pois o sentimento de amor que os homens sentiam também foi passado para os meio-orcs.

Sauron retirou a espada do peito de Krill, e a guardou. Assim morreu Krill, a meia-orc. E Brake amaldiçoava Sauron em silêncio.

— Eithor. – disse Sauron. – Eu preciso que me empreste o seu melhor tenente, pois tenho uma missão para ele. E também se prepare, pois logo você irá atacar Rohan com o novo exército que irei criar. Logo essas terras conhecerão a ira de meu mestre.


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