Céu e Inferno escrita por HR


Capítulo 5
Capítulo 4 - A namorada de Dean


Notas iniciais do capítulo

Demorou, mas está aí o próximo capítulo...



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–Olha o que eu achei... É igual a foto que temos, mas o fundo é outro... – Sam comenta ao pegar uma foto que estava grudada na parede da cozinha, mostrando para os outros três integrantes com um pouco de receio.

–Eu conheço esse lugar! É perto da casa de Ana. – Dean fica intrigado.

–Que Ana? – Pergunta Stefan, curioso.

–Ana do Cláudio. – Dean dá de ombros.

–Cláudio? – Stefan franze o cenho. – Que Cláudio?

–Não conheço nenhum Cláudio. – Dean diz, confuso.

–Você acabou de...

–Ana é minha namorada. – Responde Dean. – E Cláudio é o nome da rua, dã.

–Então vamos para lá. – Sam diz um pouco confuso com a situação.

–Esperem! – Damon impede a passagem deles pela porta numa posição autoritária, mas agoniado – Vocês não acham isso muito... Estranho? É uma armadilha... Não sei se podemos confiar nessas benditas fotos. Encontramos um espírito aqui, o que acha que encontraremos lá? Um bosque com rosas vermelhas?

–Na verdade, lá não tem bosque nenhum. – Dean se intromete, vendo Damon encará-lo com aqueles olhos azuis perfurantes e intensos.

–Só há um jeito de descobrir o que vamos encontrar... – Stefan diz indo até o carro de Damon, que ainda está estacionado dentro da casa – Vamos lá.

–Pega o que sobrou do teu carro e pé na estrada! – Diz Dean empolgado, passando por Damon e indo até o seu amado Impala.

–A propósito... Quanto a isso o que fez no meu carro, terá troco. – Damon diz num tom vingativo.

–Não tenho medo de você. – Dean sorri.

–Deveria ter. – Damon trinca os dentes, fitando-o furiosamente.

–E por que eu deveria ter?

–Eu acho que você esqueceu que está irritando um vampiro. V-a-m-p-i-r-o. Um vampiro mau, a propósito.

–Ah, sério? Obrigado pela dica. – Dean dá sua famosa e irresistível piscada e ironicamente acena para Damon, entrando em seu carro.

Damon por fim, faz o mesmo, entrando no seu pobre Chevy, vendo Stefan ainda do lado de fora. E mesmo assim liga o carro. Ao virar a chave, a buzina toca sozinha, o rádio se liga de repente no volume máximo, os limpadores são acionados sem mais nem menos e o pisca do carro se acende. O coração de Damon está a mil por hora, mas Stefan está rindo do lado de fora, enquanto tenta desligar tudo, depois do enorme susto que levara. Stefan então entra no carro e põe o cinto ainda tentando conter a gargalhada.

–Mas que diabos foi isso?! – Damon pergunta exaltado, analisando o carro por dentro.

–Foi o seu troco. – Stefan sorri, deixando Damon ainda mais furioso.

–Quando você fez isso?!

–Sabe aquela briga entre você e Dean? Foi tão intensa que você nem me viu mexer no seu querido e adorável carro.

Sam e Dean olham a bagunça vinda do carro de Damon e apenas dão de ombros, não dando importância para tal acontecimento. Dean tira do seu bolso um mini pacote de salgadinhos e come durante o trajeto. Oferece à Sam; que recusa. Sam parece estar fazendo uma dieta ultimamente, tem ficado sarado e isso impressiona Dean.

–Isso é uma bomba química. Está escrito no rótulo e você deveria ler...

–Eu só consigo ler “salgadinhos”. O resto é bla bla bla. – Dean despeja os restos do saquinho dentro da boca e joga o papel no banco de trás, deixando Sam intrigado.

–Como você conseguiu uma namorada mesmo? – Sam faz uma pergunta retórica e Dean somente sorri, mas logo tira o sorriso ao lembrar do recente acontecimento com a namorada de Sam. Depois disso, durante a viagem os dois põem um fim na conversa e o silêncio ocupa todo o espaço do carro, cada centímetro do painel, até os últimos milímetros de couro.

Não demora muito para que cheguem ao local. Um museu de pintura mal feita, rodeada por rachaduras e que de certa forma, causa arrepio em qualquer um que o aviste. Mesmo sendo repleto de quadros e esculturas, está fechado há alguns anos por falência do proprietário. Sam e Dean avistam o carro de Bobby. Uma caminhonete velha que Bob o considera um xodó. Às vezes a camionete o deixa no meio da estrada, mas isso é detalhe, pois mesmo assim funciona perfeitamente. Os dois saem do carro e vão em direção à porta de entrada, quando a mesma se abre e Bob sai de lá um tanto quanto preocupado.

–Bob? – Dean pergunta.

–Dean? – Bob parece surpreso. – Sam? O que fazem aqui?

–Isso. – Stefan mostra a foto ao tal homem. Bob pega a foto na mão e analisa atentamente.

–Estão atrás de seu pai? – Bob olha para Dean e Sam, que afirmam. – Porque a única coisa que vão encontrar aqui dentro é um demônio.

Damon e Stefan se entreolham, um tanto quanto receosos com a situação. Stefan analisa o museu novamente por fora e parece ver algo se afastar rapidamente da janela ao vê-lo. Stefan distrai a sua mente, voltando a prestar atenção na conversa.

–Que tipo de demônio exatamente? – Sam pergunta.

Um grito ensurdecedor ecoa por dentro do museu. Parece uma mistura de grito feminino rouco, mas vinda também de uma voz mais grave, totalmente fria e ríspida, causando um calafrio em todos. Bob vai até o seu carro e tira duas armas e algumas facas, entregando aos quatro jovens. Eles carregam as armas, rapidamente.

–O que tem dentro dos cartuchos? – Pergunta Stefan pegando uma arma e carregando-a.

–Sal. – Responde Bob.

–Quer dizer que não vamos matar o demônio? – Damon pergunta intrigado. – Vamos simplesmente deixa-lo escapar? Qual é, é um demônio!

–Você também é uma espécie de demônio. – Bob dá de ombros - Tem uma pessoa lá dentro possuída. Você acha mesmo que deveríamos matar um ser humano inocente? – Bob pergunta indignado.

–Damon já faz isso. – Stefan murmura.

–Agora eu virei o vilão da história. Hello! Tem um demônio lá dentro. – Damon repete; pega uma faca pontiaguda e imagina o estrago que poderia fazer em Dean.

–Por que você está me encarando? Por acaso quer dissecar meu corpo? – Dean pergunta irônico, e então engole a seco ao ver que Damon não para de olhá-lo; então some para a porta de entrada do museu.

Bobby os acompanha até a porta, dando-lhes informações sobre o tal monstro. E então, Bobby se despede desejando “boa sorte” aos quatro, e se afasta do local atrás de mais aventuras, deixando-os sozinhos por lá. Dean é o primeiro a entrar junto com Stefan e os outros dois entram por último. Uma risada baixa ecoa pelo andar e então os quatro ficam a postos, paralisados.

Dean avista tinta na parede formando a frase: “Tarde demais”. Sente então um calafrio e teme ser algo relacionado a seu pai. Damon percebe que o clima por ali esfriou drasticamente e então, fica atendo a cada sombra duvidosa, cuidando para não ser enganado por nenhuma sombra dos galhos das árvores. Sam e Stefan vasculham os cômodos do andar, enquanto Dean analisa o grande salão em busca de algo relevante ou somente de alguma ação. Um estrondo alto estremece as janelas e o chão.

–Dean! – Sam grita.

Dean se vira rapidamente para trás e atira três vezes numa mulher alta e loira, que agora caíra no chão e de dentro de seu corpo, sai o demônio em forma de uma nuvem negra, que simplesmente foge pela janela. Os três estão boquiabertos, olhando para Dean, que está assustado com o próprio ato.

–Qual parte do “não vamos matar” você não entendeu?! – Sam se exalta e Dean engole a seco. – Que ótimo, agora temos um cadáver para encobrir!

–Eu posso cuidar disso. – Damon diz com desdém, indo até a mulher e pegando-a no colo.

–Para onde você vai levar ela? – Stefan pergunta.

Damon não responde e simplesmente sai com o corpo. Os três vasculham o local em busca de mais alguma pista e encontram algo escrito na parede em latim e tiram foto da frase com o celular de Sam. Stefan revela conhecer uma bruxa que fala latim e liga imediatamente para Bonnie que mesmo um pouco receosa, aceita ajuda-los. A linha fica silenciosa de repente e Stefan ouve a voz familiar de Elena.

Stefan? Você não sabe como eu estava preocupada com você! Onde você está? Por que não me ligou de volta?!

–Elena? Desculpa, eu não tive tempo... Estou no meio de uma confusão e não consegui te ligar.

Confusão? Que confusão? Stefan! Eu preciso de você, eu estou recebendo e-mails estranhos, eu queria a sua ajuda, porque o que pode ser mais confuso do que isso?

–E-mails estranhos? Que tipo de e-mails?

Coisas como “melhor pararem de procurar” e outras ainda “é inútil se arriscar”. Te diz alguma coisa?

–Amor, que tal você vir junto com Bonnie amanhã? Já expliquei a ela onde estamos...

Eu ia do mesmo jeito. Quero saber o que está aprontando. – Elena desliga.

Não demora muito para Dean sugerir visitar Ana em busca de talvez algumas respostas. Os quatro então dirigem até a Rua Cláudio Kitsch e é aí que todos entendem a confusão de antes. A casa mais parece uma mansão e o local é perfeitamente iluminado com pequenas lâmpadas até a entrada da casa, o que dá um ar de pacificidade por ali. Dean toca a campainha e como ninguém aparece por longos segundos, entra na casa, percebendo a porta aberta. Dean pede para que fiquem à vontade, enquanto ele checa o andar de cima.

Damon abre a geladeira e acha latas de cerveja. Stefan e Sam recusam a oferenda de Damon, que dá de ombros e abre a lata, aproveitando-se do tempo livre. Dean vai ao encontro dos quatro, um pouco mais aliviado.

–Ela está no banho. – Afirma Dean.

–Sozinha? – Damon pergunta, levando uma cotovelada de Stefan.

–Afinal, o que você fez com o corpo? – Pergunta Sam.

–Ah, eu enterrei. Não sou tão frio como vocês pensam, tenho prática em me livrar das vítimas. – Damon olha para Dean.

–E enterrou onde? – Sam faz outra pergunta.

–No barranco de um rio. Ninguém vai encontra-la lá. – Damon dá de ombro e vira a lata de cerveja.

Logo, uma mulher ruiva, esbelta e grávida de poucos meses, aparece na cozinha e Damon se engasga com a cerveja ao reconhecer a mulher, recebendo tapas nas costas e olhares preocupados. A ruiva também fica boquiaberta em vê-lo e todos parecem confusos.

–Damon?! – Ela pergunta intrigada.

–Espera aí, vocês se conhecem? – Dean pergunta desconfiado e um tanto quanto enciumado.


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Notas finais do capítulo

O que acharam?



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