Céu e Inferno escrita por HR
Sam e Dean se aproximam cautelosamente da porta em que o trinco se mexe. Sam se prepara para chutar a porta, mas Dean impede. Logo, a porta explode e Dean grita, fazendo com que Damon e Stefan se assustem também. E depois de longos segundos constrangedores, um olhando para a cara do outro e recuperando o fôlego, os quatro se olham agora pensativos.
–Então...? – Damon franze o cenho.
–Por acaso vocês estão procurando demônios também? – Dean pergunta receoso.
–Demônios? – Stefan ergue as sobrancelhas.
–Procuramos o pai de uma... Amiga nossa. – Damon diz.
–Minha namorada. – Stefan corrige, fazendo Damon revirar os olhos.
–O pai dela? – Sam franze o cenho, olhando para Dean.
–Não, vocês não acham que estamos atrás do mesmo... – Dean engole a seco. – John?
–Sim, John. – Damon diz em tom desconfiado.
Dean fica boquiaberto, segundos antes de ser prensado na parede por Damon. Incrivelmente, havia uma parede boa por ali que não se quebrara com o impacto. Dean deixou a arma cair no momento do golpe e tentou revidar, mas se viu impossibilitado.
–Damon! – Stefan tenta afastá-lo.
–Solta o meu irmão ou então estouro os seus miolos. – Sam diz, apontando uma arma para Damon, que solta Dean, erguendo as mãos.
–Me desculpem, achei que isso aqui precisasse de mais ação. Além do mais, estou com fome.
–Damon... – Stefan resmunga.
–Fome? – Sam abaixa a arma.
–É. Fome. – Damon diz, sentindo sua boca salivar e seu olho ficar vermelho de sede.
Damon voa na direção de Sam, mas é jogado longe por Stefan antes mesmo de tocá-lo. Damon se choca contra uma porta que se quebra, e dá de cara com um espírito encarando-o. Damon que estava rindo, paralisa na hora, chocado com o que vê. Se levanta receoso. O tal espírito avança na sua direção, e ele se joga no chão novamente. O espírito da mulher passa no meio dos outros três e se ouve um tiro.
–Atirar num Gasparzinho? Sério isso Sam?– Dean pergunta indignado para Sam.
–Ele ia te atacar, salvei a sua vida.
–Claro... – Dean finge acreditar.
–Pra onde foi? – Pergunta Stefan, olhando ao redor.
Damon percebe que caíra num quarto de casal e vê em cima da cama, várias folhas jogadas. Pega a primeira de seu alcance e vê um noticiário: “Mulher acusada de matar homens que entram na sua casa, mata novamente. Dessa vez, foram dois homens que a princípio eram moradores de rua querendo um lar. Mas quando os policiais chegaram não a encontraram.” Então Damon pega mais uma folha e vê um noticiário anunciando mais mortes e assim por diante. Então acha um noticiário mais recente: “No decorrer de todos esses anos, os ataques da mulher misteriosa cessaram, mas a sua casa continua lá, agora caindo aos pedaços.” Damon sai do quarto, pensando em algo a se fazer.
–Encontrou algum fantasma pelo caminho por acaso? – Dean brinca. – Está meio pálido.
–Não, mas descobri que essa coisa é doida da cabeça. Não é nada de mais, só achei notícias e mais notícias que saíram no jornal, dizendo que ela mata todos os homens que entram na sua casa. – Damon diz num tom quase irônico.
–Isso é um problema. – Sam diz, olhando ao redor.
–Tenho uma ideia. – Dean sorri.
–Vamos colocar a casa abaixo? Não é tão difícil, ela quase está caindo por conta própria... – Damon dá de ombros.
–Calma, vamos pensar em algum plano. – Sam interfere – Sabemos que é um espírito vingativo que mata homens que adentram sua casa. Sendo um espírito, ela não pode nos tocar, mas, precisamos distraí-la.
–Deixa comigo. – Damon diz, descendo as escadas como vulto.
–E eu já tenho meus planos em mente. – Dean diz descendo logo após, pelas beiradas.
–E nós? – Sam pergunta.
–Não podemos perder a ação. – Stefan diz, segurando o braço de Sam e o levando junto para o primeiro andar como vulto.
Sam fica um pouco assustado com a velocidade, mas prefere não comentar nada no momento. Dean sai da casa e Damon o segue, mas por algum motivo não consegue passar pela porta. Dean franze o cenho, confuso.
–Vai ficar aí?
–É... – Damon analisa a porta – Acho que sim.
–Beleza. Onde está o seu carro?
–Seguro. Por quê?
–Eu vou pegar ele. Chevy Camaro Convertible 69, né? Eu o vi no meio da estrada, não está totalmente seguro. Alguém poderia ter a ideia de pegar ele para derrubar uma casa. – Dean sorri indo na direção do carro de Damon.
–Filho da mãe! – Damon tenta sair de novo, mas está preso. Então se vira para Stefan – Podemos mata-lo depois, não é?
–Não. Não está vendo que ele está nos ajudando? Esse espírito pode nos matar a qualquer momento!
–Pense bem no que você falou... “Esse espírito pode nos matar”. Pois é, não faz sentido. Até porque é um espírito! Fantasminha! Gasparzinho! Não pode fazer nenhum mal para nós. – Damon dá de ombros.
–Não querendo interromper, mas... – Sam olha para o fundo da casa.
O espírito está ainda mais sombrio agora e está vindo na direção dos três. Damon dá um passo à frente e instantaneamente o espírito some e reaparece atrás de Damon, fazendo-o sentir uma terrível falta de ar. Stefan e Sam ficam imóveis e sem reação diante do acontecimento. Damon tenta se afastar, mas o espírito de alguma forma joga-o contra o chão e logo, os outros dois sentem uma queimação por dentro do corpo. O efeito só acaba quando Dean entra com o carro de Damon dentro da casa, estacionando a alguns centímetros da pia da cozinha. Ouve-se um grito feminino, mas logo, o silêncio novamente. Dean sai do carro e ainda faz uma pose de superioridade.
–Retiro o que eu disse. - Damon murmura, levantando-se do chão.
–Alguém chamou o Batman?
–Finalmente... – Sam levanta do chão respirando fundo.
–Então é isso? Acabou? – Stefan pergunta incrédulo, enquanto recupera o ar.
–De nada. – Dean sorri, dando tapinha no capô do carro.
–Se você tiver arranhado meu carro, você é um cara morto. – Diz Damon tocando seu pescoço, enquanto vê o seu capô levemente levantado. – Seu...
Damon está pronto para avança-lo novamente, mas Stefan – como sempre - o impede.
–Afinal, o que vocês são? – Sam pergunta, ao ver os olhos de Damon.
–Vampiros. – Responde Stefan um tanto quanto direto demais. – E vocês?
–Caçadores de talentos. Quer dizer, de demônios. – Dean responde, confuso.
–E eu achando que já vi louco pra tudo. – Diz Damon.
Dean e Damon estão brigando pelo carro arranhado, quando Stefan avista algo que chama a sua atenção. Há uma mensagem feita com tinta ainda fresca no balcão da cozinha, no qual ninguém havia notado. Uma mensagem dizendo: “Ainda não acabou”.
–Pessoal? – Stefan chama o grupo enquanto fita a mensagem.
O silêncio é sepulcral, enquanto todos encaram aquela mensagem anônima. Os quatro se entreolham num suspense, confusos.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
E então? Foi como esperavam ou foi pior? kkkkkk podem meter a boca se quiser, ou então, só dar uma opinião (: