Percabeth - O final está longe de chegar escrita por Storybroken


Capítulo 22
Capítulo 23 - Uma boa carona


Notas iniciais do capítulo

*Oie gente!
*Gostaram da nova capa da fic? *u*
*Estou de volta com o capítulo 23, dessa vez não atrasei hahahaah
*Gente, muito obrigada a todos que estão deixando reviews, um duplo obrigada áqueles que favoritam, e um triplo obrigada à Queen bee e ao titão que recomendaram a fic, eu estou muito feliz, muito feliz mesmo!
*Boa leitura e até as notas finais !



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POV PERCY

Acordei com um som, uma mistura de alarme de incêndio com a pior das sirenes de ambulância. Aquele barulho, que parecia mais um agouro, vinha do despertador. Se é que isso pode ser chamado de despertador, máquina-agonizante-que-você-ganhou-da-sua-namorada-ou-seja-você-não-pode-jogar-no-lixo é melhor.

Lentamente me levantei da cama, me espreguicei e fui me arrastando para o banheiro. Tomei um longo banho, coloquei uma calça preta, escolhi um dos meus tênis e fui para a minha gaveta, demorei alguns minutos escolhendo minhas meias, mas eu tenho tempo. Será que coloco uma preta, uma branca, uma azul, uma vermelha, uma colorida, tem uma com um tridente, também tem uma com uma caveira, e umas duas furadas, nossa... Resolvi que não vou usar meias. Sentei-me na cama, só agora percebi que o despertador, ou máquina agonizante, ah vocês já sabem. O despertador ainda estava tocando, acho que eu não desarmei, eu peguei ele e passei uma olhada rápida, espera, essa hora está certa?

Dei um pulo da cama.

–Droga, droga, droga, droga, 7 minutos, 7 minutos, 7 minutos – murmurei enquanto jogava a minha mochila em cima da cama. Já eram 7 para as quatro manhã e eu não posso me atrasar. É o seguinte para uma pessoa normal “amanhecer” É 4h30min da manhã, 4h40min, por aí, para a annabeth é de quatro horas da manhã, então eu tenho 7 minutos, opa 6, 6 minutos para me arrumar e chegar na colina. Comecei a correr pelo chalé atrás das coisas pra colocar na mochila, coloquei (na verdade joguei) algumas barras de cereal (que eu odeio, mas a annabeth diz que é importante para um semideus saudável) , ambrósia e néctar para emergências, alguns jeans, duas garrafas de água, umas camisas extras, uns 50 dólares e alguns dracmas. Nunca se sabe.

–Tudo certo? - perguntei pra mim mesmo. Apoiei a mochila nas costas e saí correndo do chalé 3, não posso me atrasar. A área dos chalés estava quieta, estava tudo escuro, algumas tochas iluminando alguns pontos do acampamento como sempre, mas a noite estava gelada. Estranho, eu estou com frio. Quando cruzei os braços para me esquentar percebi uma coisa: ainda estou sem camisa.

–Droga- murmurei e voltei às pressas para o chalé 3, me dirigi rapidamente para a gaveta, peguei a primeira camisa que encontrei, coloquei sem nem olhar e saí correndo. Passei pela arena, pelo arsenal, pulei pelos campos de morando (me furei em alguns espinhos), consultei meu relógio invisível no pulso, é invisível porque eu só agora me lembrei de que eu não tenho relógio.

Cheguei na base da colina meio-sangue, e ela já estava lá. Annabeth não faz o estilo garotinha princesinha, e isso é uma das coisas que eu mais amo nela, ela usava um short jeans rasgado, uma blusa amarela, um colete preto e tênis all star, ela estava com o cabelo preso em um rabo de cavalo, resumindo, estava linda.

Destampei contracorrente e avancei devagar, ela não notou a minha presença. Subi a colina, e fui me aproximando com a espada na mão, tentei segurar minha respiração, queria pegá-la de surpresa. Quando cheguei perto o suficiente, desferi um golpe direto pela esquerda e parei perto da garganta, mesmo de costas eu pude ver o volume em seu rosto, ela estava sorrindo. Ela tirou, devagar, a adaga da bainha e apoiou a parte superior do punhal na lâmina de contracorrente.

Ela rapidamente se virou, empurrando contracorrente com a adaga, eu fiquei surpreso, ela ficou com uma mão em meu ombro e a outra na mão que segurava contracorrente, pronta para quebrar meu braço.

Ela riu do meu atrapalhamento, já que eu realmente não esperava aquele movimento. Ela me puxou pelo pulso e me beijou. Eu não poderia estar mais perdido.

–Da próxima vez, seja mais silencioso – disse ela enquanto apoiava seus braços em meu pescoço.

–Pode deixar – disse eu desapontado, afinal eu tinha dado o meu melhor no quesito “ser silencioso”, ela sorriu.

–ah não fique assim – por mais que ela quisesse me botar pra cima ela não parava de rir- você...am.., equilibrou bem a lâmina.

–“equilibrou bem a lâmina” – fiz uma imitação engraçada da voz de Annabeth, bom, pelo menos engraçada pra mim. Ela me fitou séria, eu a puxei pela cintura e a beijei.

–Ok, perdoado – disse ela entre os beijos.

–Perdoado? foi você que quase quebrou meu braço – disse eu – você realmente tem que parar de fazer isso.

–Se eu parar saiba que eu fui abduzida por alienígenas e trocada por uma robô, um tipo de réplica idêntica que quer se passar por mim numa forma não tão autêntica – disse ela sorrindo e acariciando meu cabelo. E por acariciando eu quero dizer tentando arrumar.

Ela me beijou de novo quando percebeu que arrumar meu cabelo era uma tarefa falha. E como sempre fomos interrompidos, só que dessa vez não por alguém e sim por um som. Um barulho de folhas secas se amassando que vinha da floresta, Annabeth olhou pra mim e ouve um tipo de entendimento entre a gente, acho que estou começando a aprender aquela língua de expressões de rosto que ela tem com a Rachel. Destampei contracorrente, ela preparou a adaga e segurou em minha mão, eu retribui, estávamos prontos para atacar.

Eu esperava um monstro grande, talvez um ciclope asqueroso, ou um centauro raivoso e não uma garota ruiva seguida por um carro, ou o que eu achava que era um carro.

Annabeth relaxou e guardou a adaga, mas continuou a segurar minha mão.

–Até que enfim – disse ela.

–Ah foi mal, é que foi meio complicado entrar com isso aqui na floresta sem despertar alguns olhares curiosos – disse Rachel Dare apontando para a limusine, sim limusine. Tudo que ela tinha de fazer era conseguir um carro qualquer para que nós pudéssemos ir tranquilos para Dallas, e ela vem com isso. Não me leve a mal, eu não estou reclamando, eu apenas estou surpreso com a facilidade que ela tem em conseguir carros como esses.

–Isso aqui é... – eu não terminei de falar, ainda estava muito impressionado.

–é sim, meu pai queria ter certeza que eu não ia aprontar, por isso ele me mandou esse carro e o Charlie ali – disse ela – mas não se preocupe, o Charlie é de confiança, qualquer coisa que for dita ou vista por ele, vai ser como se nunca tivesse acontecido, não é Charlie?

–Senhora? - disse Charlie entrando no jogo da Rachel.

–Esse é o espírito – ela se voltou para nós – ah, relaxem ele só está aqui porque meu pai pediu pra ele garantir que eu vou realmente para Delaware.

–Mas você não vai para Delaware – ressaltei.

–Como eu disse, de confiança – ela apontou para o motorista – além do mais vocês não vão se cansar dirigindo, vão chegar a todo vapor em dallas, prontos pra matar... – ela pensou um pouco – seja lá o que vocês vão matar.

Eu olhei para Annabeth, ela ainda fitava a limusine com as sobrancelhas arqueadas.

–Am.. ok, então tá – disse Annabeth.

–Então, vamos? - Rachel perguntou.

–Ainda falta a Rachel – disse eu – sabe a outra Rachel -Annabeth me olhou sem entender, depois abriu os olhos como se finalmente tivesse se tocado de quem eu estava falando.

–Aliás, cadê ela? - Dare perguntou.

–Bem ali – Annabeth apontou para um pontinho amarelo que acabou de tropeçar em uma pedra, eu acho que amarrando o cabelo não seja a melhor maneira de andar. Você deve estar se perguntando, pontinho amarelo? sim, Ela estava com uma blusa amarela extremamente chamativa, acho que aquilo tem alguma coisa de neon, isso vai ser ótimo para não chamar a atenção dos monstros.

Ela redirecionou seu olhar para onde estávamos, ajeitou a mochila verde nas costas e continuou a andar, agora sorrindo.

–Cheguei, sentiu muito minha falta? Hey –ela soltou uma risadinha abafada- Nós estamos indo para algum enterro e eu não fui avisada?

Eu olhei para ela sem entender, suponho que Annabeth fez o mesmo porque ela apontou para mim e eu olhei para baixo. Eu estava com um tênis preto, uma calça preta, e droga. Estava usando minha camisa preta dos Beatles, eu não acredito nisso. Eu odeio usar essa camisa em lugares, que... bom, correm o risco de ela ser destruída, afinal se tem uma camisa que eu gosto, é essa aqui.

–Ei, não me leve a mal, a blusa é linda – disse Rachel – Adorei seu, am... alto astral por assim dizer.

–E de alto astral você entende bem não é? - disse eu apontando para a blusa chamativa e a mochila que também não fica muito para trás.

–Com certeza! Olha que coisa linda Annie, estamos combinando! – ela apontou para Annabeth que também usava uma blusa amarela.

–Agora você falou como uma verdadeira filha de Afrodite – disse Annabeth. Rachel deu um peteleco em sua testa, Annabeth exclamou um “aai” e ficou com a mão na testa. Eu comecei a rir, ela fez um peteleco parecer uma ameaça tão grande.

Rachel me fitou como se perguntasse “do quê você está rindo?”, sério eu estou ficando bom nessa linguagem “não use palavras”.

–Nada – disse eu sufocando o riso, mas não consegui segurar quando vi que Annabeth ainda massageava a testa e soltei uma gargalhada. Rachel chegou perto de mim e deu um peteleco na minha testa.

–Droga, isso arde – disse eu agora massageando a minha testa, parecia que ela tinha me tocado com um fósforo aceso – garota, vai cortar essa unha.

Rachel olhou para as próprias unhas como se não soubesse do que eu estava falando.

–Essas unhas? - perguntou ela mostrando as mãos.

–Garras você quer dizer, certo? - disse eu – agora eu sei de quem o Wolverine tirou aquelas lâminas mortais – toquei mais uma vez na minha testa - isso aqui está ardendo.

–Ah, quanto drama – disse Annabeth, ela se aproximou de mim, ficou nas pontas dos pés e deu um beijo na minha testa – tudo bem?

Eu sorri, ela entendeu isso como um sim.

–Vamos? ainda temos um longo caminho pela frente – ela disse e segurou minha mão, Dare e eu assentimos, mas a Rachel não.

–Ah podem ir, eu não vou com vocês – disse ela – não preciso de nenhum favor dela – ela apontou para Dare que cruzou os braços.

–Mas, Rachel, como você vai pra lá? - perguntou Annabeth.

–não se preocupe minha carona já deve estar chegando – disse Rachel, e olhou para o céu, não sei muito bem do que ela se referia.

–Você sabe que se não for agora, não vai chegar igual com a gente e vai acabar atrasando a missão toda, não sabe? - disse Dare.

–Eu ouço vozes – disse Rachel – mas, eu vou ignorar, não deve ser nada importante.

Dare bufou.

–Então tá... – disse Annabeth – vamos então?

Eu e Dare assentimos e começamos a descer a colina na direção da limusine. Rachel apenas acenou e se recostou perto do pinheiro de Thalia, e do dragão Peleu, que para a surpresa de ninguém estava dormindo, eu realmente não entendo a funcionalidade desse dragão, ele está sempre dormindo.

Nós chegamos perto da limusine e o cara, Charlie, se apressou para abrir a porta pra gente, Rachel entrou no carro seguida por Annabeth (que como uma pessoa educada agradeceu ao motorista) e eu.

Para falar a verdade eu já tinha andado de limusine antes uns dois anos atrás, e pensando bem também foi graças à Rachel Dare. Mas isso não me impede de ficar surpreso com esse carro. Era um máximo.

Tinha um sofá branco enorme com uns detalhes pretos que ia da ponta de trás da limusine até uma janelinha que dá para o motorista. Uma parte do sofá tinha uma superfície de couro, em cima tinha um controle com os nomes “luz, teto, divisória”, não sei bem o que isso significa. Entre o sofá e teto o tinha um tipo de caixa preta iluminada com um botão, parecia um interfone e tinha um nome “Choffeur” também não sei o que isso quer dizer. O teto era bastante iluminado.

–Céu de estrelas – esclareceu a Rachel –Basicamente várias luzes LED distribuídas pelo teto.

Eu fiquei me perguntando se é esse o tipo de coisa que ensinam na academia para garotas de Clarion.

–Ah, já ia me esquecendo – disse Annabeth puxando a mochila – toma, isso é pra você.

Ela entregou uma faca para Rachel, uma faca não, uma adaga. Não era maior que a de Annabeth, mas era bem bonita.

–Eu não...

–É para o caso de uma emergência – disse Annabeth interrompendo Rachel – só para garantir. É uma adaga de arremesso, pequena e se lançada o lugar certo, fatal. Mas você também pode usar ela para aparar e desferir golpes em um duelo serve para os dois.

Meio relutante Rachel aceitou, depois que tocou a adaga, ela ficou maravilhada e passou boa parte da viagem fitando e sentido a lâmina. A viagem foi boa... E rápida. Rachel pediu ao Charlie que ele fosse rápido porque nós queríamos chegar a Dallas ao anoitecer, se possível e digamos que ele levou isso bem a sério. Nós não paramos nem para comer, porque dentro da limusine já tinha basicamente tudo. Um frigobar para as bebidas não esquentarem, e um tipo de self-service em uma mesa, sim uma mesa. Quer uma dica? Quando você estiver em um carro, enquanto o motorista estiver acelerando, não tome nada, porque o liquído meio que corre o risco de voltar pelo mesmo lugar que foi.

Charlie nos deixou em Dallas eram mais ou menos umas 17h30min, um horário tipo recorde, até porque viajar de Long Island até Dallas em aproximadamente 13h não é pra qualquer um. Ele conversou alguma coisa com a Rachel, se despediu e foi embora.

–E agora? - perguntei. Estávamos parados em frente ao Klyde Warren Park, as pessoas que passavam perto da gente sempre ficavam olhando, não sei o porquê, somos apenas dois semideuses e um oráculo do acampamento meio-sangue, com mochilas nas costas à procura de uma coisa que pode apagar a memória de sátiros e também matar monstros, nada fora do comum.

–Agora nós esperamos a Rachel – disse Annabeth- pelo menos foi aqui que nós marcamos.

–Quando vocês marcaram? - perguntei.

Ela me fitou incrédula.

–Antes de sairmos, na colina meio-sangue – Ela pensou um pouco – Você estava lá!

Eu realmente não me lembro disso, o que não é nenhuma novidade, mas é melhor não dizer nada.

–Ah...é, Claro que eu me lembro – disse eu um tanto que suspeito, ela me olhou com os olhos semicerrados, com certeza ela não acreditou que eu me lembrava mas também não disse nada.

–Cadê ela? - perguntou a Rachel – Eu sabia, eu disse que ela iria se atrasar.

Annabeth murmurou em acordo e se virou para o parque. Estávamos literalmente parados em frente à entrada do Klyde Warren Park, muitas pessoas entrando e saindo com churros e pipocas, é um lugar extremamente movimentado, para a minha surpresa.

Agora é esperar que a Rachel magicamente apareça no meio dessa multidão. Ótimo.


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Notas finais do capítulo

*E aí gostaram?
*bem, só tem 2000 palavras pois como eu disse meus capítulos serão mais ou menos nessa faixa, não ficarão tão grandes e cansativos como os anteriores ;) **obrigada a todos que leram o capítulo e não se esqueçam de deixar reviews, com dicas, críticas, estou de braços abertos, até o próximo capítulo!**