POV PERCY

–Joelhada não vale – Reclamei.

–Sempre uma desculpa – Annabeth sorriu e me deu um selinho – Sempre.

O professor passou por mim sorrindo e murmurou um “você pediu um desafio”. Depois disso Annabeth me puxou para a arquibancada onde Rachel estava, ela apenas olhava com as sobrancelhas arqueadas para todo o treinamento.

–Vocês fazem isso todos os dias?

–Bom, todos os dias não, a maioria – respondi, e ela continuou a fitar os campistas treinando.

–Ela é boa – Rachel apontou para Bia, ela estava lutando com...Eu não sei bem com quem ela estava lutando porque ela era muito rápida, depois de uns 5 minutos o adversário dela já estava no chão com uma espada apontada para o rosto. Eu não acho que nunca tinha visto a Bia lutar, não entendo como uma pessoa tão doce como ela consegue ser tão ameaçadora assim.

–Porque você não tenta? - Annabeth sugeriu – A gente pode te ajudar.

Rachel fez que não com a cabeça, mas Annabeth insistiu e ela acabou cedendo. Eu entreguei contracorrente à Rachel, até que para uma mortal ela tem jeito com a espada. Ela e Annabeth ficaram fazendo simulações de movimentos até o final da aula enquanto eu estava sentado na arquibancada.

Depois que a aula acabou, eu me despedi do pessoal e fui para a minha próxima aula: Corrida. Digamos que eu não sou muito bom nisso, desde a primeira vez que treinei percebi que não é meu estilo. As instrutoras, as ninfas do bosque, sempre dizem para mim que elas são rápidas por prática, depois de tantos anos fugindo de deuses apaixonados. Mas mesmo assim não a nada que te faça sentir melhor se você não consegue ser mais rápido que uma árvore.

Logo depois eu me dirigi para a Arena, minha aula seguinte seria de arco e flecha, digamos que eu não era tão bom nisso também. Eu tentei aquela técnica da Rachel, de pensar em alguma coisa que te dê raiva, quando eu atirei a flecha não acertou bem no meio ,mas pelo menos ficou no alvo. Eu quase me arrependi de ter desarmado aquele filho de Apolo na aula de esgrima, digamos que ele deu o troco.

Quando essa aula acabou, fui ás pressas para o chalé 3. Tomei um bom banho, coloquei uma camisa qualquer, uma bermuda preta e um tênis, eu estava com pressa para chegar no pavilhão, é que eu meio que estou morrendo de fome, veja bem, eu não tomei café da manhã nem almocei então é de se esperar que eu esteja com fome.

Logo quando eu cheguei no pavilhão, Nico vem falar comigo sobre alguma coisa, eu não dei muita bola, mas ele ficou uns dois minutos falando comigo. Depois que ele acabou eu fiquei aliviado e corri para a mesa 3, mas antes que eu pudesse me sentar um campista que eu não conheço veio falar comigo sobre técnica de espadas. Ele se apresentou e começou a falar como eu era bom em manejar as espadas, em uma outra ocasião eu teria ficado lisonjeado e teria dado pelo menos um mínimo de atenção para ele. Mas para a minha sorte o cara é do tipo de pessoa que faz uma pergunta, mas também já dá uma resposta “sabe aquele movimento circular que você faz com a sua espada? ah é claro que você sabe” “você usa escudo? ah, é claro que você usa!” “Você poderia ir na arena amanhã para me ensinar aquilo? ah, é claro que você pode, até amanhã!” Então, eu praticamente não tive de falar nada, só acenar com a cabeça.

Eu finalmente sentei na mesa do chalé 3 e fiquei esperando as ninfas do bosque servirem o jantar.

Mas antes disso Annabeth se sentou ao meu lado (e por se sentou eu quero dizer me empurrou para o outro lado) e me beijou.

–Finalmente não está atrasado, não é cabeça de alga? - Eu acho que não correspondi bem o beijo porque ela me fitou séria – Algum problema?

–Não, não nada – eu passei meus olhos pelo pavilhão atrás das ninfas.

–Ok – ela assentiu decepcionada – eu vou para minha mesa, as ninfas estão chegando.

Ela saiu da mesa do chalé 3 e voltou para a do chalé dela. Todos estavam no pavilhão à espera do jantar, até que finalmente as ninfas chegaram com bandejas de comida, uvas, maçãs, morangos, queijo, pão fresco entre várias outras coisas. Pela primeira vez fiquei grato por estar sozinho na mesa 3, sobra mais para mim.

Enchi meu prato e então me lembrei da oferenda. Corri e rapidamente me aproximei do fogo, inclinei a cabeça e atirei um grande cacho de uvas.

–Poseidon – disse e me dirigi de volta à mesa. Me sentei, mas quando estava prestes a dar uma grande garfada, Rachel Dare e Annabeth chegam correndo na mesa.

–Quíron está chamando na casa grande, agora.

Isso só pode ser brincadeira. Deixei meu jantar de lado e juntos os três saímos correndo pelo acampamento em direção á casa grande.

Quando entramos na casa, demos de cara com um Quíron preocupado. Ele estava em pé, andando para frente e para trás. Andando é modo de falar já que ele é um centauro, ele estava trotando.

–Quíron, mandou chamar? - Annabeth soou delicada. Quíron se virou surpreso, provavelmente não percebeu que estávamos ali.

–Sim, temos um problema – Ele disse em um tom de preocupação o que me deixou um pouco apreensivo, ele indicou umas cadeiras e nós nos sentamos em uma mesa circular – Ataques.

–Ataques? - Annabeth franziu o cenho enquanto se sentava. Eu reconheci essa mesa, é aqui que normalmente o senhor D. e o Quíron ficam jogando Pinochle. Talvez eu não tenha reconhecido imediatamente porque não tinha nenhuma Diet Coke em cima da mesa dessa vez, ou talvez pelo fato de que essa mesa parece muito maior de perto.

–Sim, ataques. Desde o começo do verão estão havendo ataques seguidos em diversas partes dos estados unidos.

–Ataques à população? - Annabeth se mexeu inconfortável na cadeira.

–Não, ataques à monstros.

Eu achei estranho, até onde eu sei o objetivo de vida de um semideus é o ataque aos monstros, afinal é por isso que viemos para o acampamento, treinar para destruir essas criaturas, já que o objetivo de vida deles é ter semideus para o almoço.

–Mas, ataques aos monstros não é uma coisa, digamos assim... boa? - Perguntei.

–É, mas o problema não são os ataques, mas sim que está deferindo eles. Depois que tomamos consciência do primeiro ataque nós ignoramos, mas a partir do segundo começamos a desconfiar – Quíron estava sério – Concluímos que se tratava de um semideus não identificado, por isso mandamos um sátiro buscá-lo.

–E o sátiro não achou ele? - Annabeth estava desconfiada de alguma coisa. Eu ainda não entendi qual é o grande problema que me impediu de jantar.

Quíron suspirou.

–Nós não sabemos, porque quando ele voltou não se lembrava mais de nada. Não se lembrava nem que tinha saído do acampamento .

–Mas, pode ter sido um erro da missão. Porque não mandam outro? - Annabeth sugeriu.

–Dois dias depois tomamos consciência de um outro ataque, e mandamos sim mais um sátiro. O resultado foi o mesmo.

–okay isso é estranho – Annabeth disse - Quantos ataques ocorreram?

Quíron puxou um mapa para a mesa.

–7 ataques em 7 estados diferentes. – Quíron indicou no mapa todos os estados marcados. De cabeça para baixo só consegui reconhecer quatro, Pensilvânia, Ohio, Virgínia, e Alabama.

–Os sátiros sempre voltaram sem memória? - Ela perguntou meio sem querer saber a resposta, Quíron assentiu.

–Nós mandamos um sátiro para cada local dos ataques, eles sempre voltam da mesma forma. Mas o que me intriga é que sempre ocorre a cada dois dias.

–Você quer dizer que ocorre um ataque a cada dois dias? - perguntei. Quíron mais uma vez assentiu, e Annabeth não parava de olhar freneticamente o mapa, agora com um compasso, não me pergunte de onde ela tirou isso.

–Não faz sentido – Annabeth murmurou, eu não sabia do que ela estava falando.

–Não faz sentido...

–Os locais, não existe nenhuma correlação entre eles, quero dizer, não são locais comuns para ataques de monstros, estou certa? - Eu jurar que o cérebro dela fazia um esforço extra, Quíron fez que sim com a cabeça.

–O que você quer da gente? - eu perguntei fingindo que estava entendendo alguma coisa do que eles estavam falando.

–Eu preciso que voc...

–Opa, desculpa o atraso – Rachel fp entrou na sala, Quíron não brigou nem nada, só pediu que ela fechasse a porta, ela bufou quando viu que Rachel Dare estava aqui. Quíron contou toda história de novo, e ela só ouviu atentamente como se estivesse bolando um plano.

–E você quer que a gente vá para o local do último ataque tendo a possibilidade de termos nossa memória apagada? - Rachel chegou a uma conclusão.

Quíron assentiu.

–Vocês três são os melhores e mais experientes em missões pelo acampamento, não vejo porque não seriam vocês.

–Então, se é uma missão – disse eu - Precisamos de uma profecia, certo?

–Não, na verdade não – Quíron disse – Percy, sim é uma missão, mas vocês estarão fazendo um favor para mim, então tecnicamente não é uma missão por completo. Não precisam de uma profecia.

Eu não entendi muito o que ele quis dizer com aquilo mas achei melhor não discutir. Annabeth o fitou séria, mas acho que ela chegou à mesma conclusão que eu.

–Quando - Rachel fp disse – foi o último ataque?

–o último foi ontem, em Dallas no Texas – Quíron disse e indicou no mapa. Quando alguém fala Texas, sempre me vem na cabeça um bando de caipiras tocando banjo, comendo milho e cantando “Old Macdonald” ao redor de uma fogueira.

–Quando partimos? - Rachel FP perguntou.

–Ainda amanhã ao amanhecer – Quíron falou – Argos irá deixar vocês na rodoviária.

–Rodoviária? espera aí, Dallas fica a pelo menos uns 1000 quilômetros daqui – indaguei. Como eu sei disso? no sexto ano, mais ou menos, eu tinha de fazer um mapa passando por todos os estados do caminho de NY até o Kansas, bem, eu fiz o mapa ,mas meio que errado porque o caminho que eu fiz ia até Dallas, eu poderia culpar meu TDAH mas acho que o erro foi meu mesmo. Pra mim todo mundo come milho do mesmo jeito.

–1500 para ser exata – disse Annabeth – Viajem de um dia pelo menos.

–Um dia inteiro? - Rachel fp perguntou.

–Provavelmente – Annabeth respondeu. Um dia inteiro enfurnados dentro de um ônibus, para uma terra caipira em que tem alguma coisa misteriosa com chance de apagar nossa memória. Eba.

–Tem alguma outra forma de ir? - Rachel fp perguntou.

–Pégasos?- Annabeth sugeriu.

–Não – disse eu rapidamente- am... quer dizer, acho que não vai dar muito certo – o problema é que bom, eu talvez não tenha uma das melhores relações com o meu tio Zeus, sabe o deus dos céus? então, nós meio que nos resolvemos ano passado quando eu ajudei a salvar a casa dele e tal, mas quando eu exigi que os deuses olimpianos reclamassem seus filhos ele meio que se ofendeu eu acho, então ele continua a não ir muito com a minha cara.

Annabeth me olhou e ouve um tipo de entendimento entre a gente.

–Argos não pode nos deixar? - Ela sugeriu, Quíron fez que não.

–Não até Dallas, precisamos dele aqui.

–Então, como nós vamos? - Perguntei. Eu realmente não queria passar o dia inteiro em um ônibus.

–De ônibus, é o único jeito – disse Annabeth.

–Ou – Rachel D sorriu – eu poderia conseguir um carro pra vocês, para levar vocês até Dallas– ela sugeriu.

–Sério, Quero dizer, sério mesmo? – disse Annabeth.

Rachel d sorriu.

–Sério – disse ela– eu vou sim conseguir um carro, mas só se eu puder ir na missão.

Rachel fp bufou. Annabeth olhou para mim como se perguntasse “o que você acha?”, eu assenti, afinal à dois anos atrás a Rachel nos acompanhou no labirinto, sem falar que ela atirou uma escova de cabelo no grande titã, então eu acho que ela esteja qualificada. Annabeth redirecionou seu olhar para Quíron pedindo permissão, ele assentiu.

–Ótimo – disse Annabeth – então, Rachel você está na missão.

–Você só pode estar de brincadeira comigo – Rachel fp exclamou – ela nem sabe de... ah sei lá, ela não sabe de nada, ela não pode ir nessa missão.

–Rachel, está resolvido, ela vai – disse Annabeth colocando um ponto final silencioso na conversa. Rachel D vibrou e ficou rindo da cara da outra Rachel.

–Isso vai ser divertido – Rachel D provocou.

–ah, mas vai mesmo, pelo menos eu vou ter uma desculpa pra descer minha espada na sua garganta – Rachel FP disse transformando o arco em espada e o sorriso da outra Rachel desapareceu.

–Você tem certeza? - perguntei á Rachel Dare, ela voltou seu olhar para mim e sorriu.

–Foi a melhor proposta de verão que eu recebi, aliás é a segunda vez que vocês me salvam de um verão sem graça – Ela deu tapinhas nas minhas costas como se dissesse “não se preocupe”.

–Então, tá tudo certo... nós vamos ao amanhecer?- Annabeth perguntou, eu fiz que sim com a cabeça, Rachel dare também. Annabeth encarou a outra Rachel.

Rachel apenas revirou os olhos e fez que sim com cabeça. Ela não parava de encarar a Dare com um olhar mortal, essas duas juntas não vai dar muito certo.

Quíron nos deu um monte de recomendações, eu não escutei nenhuma, mas a Annabeth sempre presta atenção então contanto que eu faça o que ela diga, eu vou ficar bem. Por fim ele nos desejou boa sorte e nós saímos da casa grande.

–Alguma coisa está incomodando você – disse eu para Annabeth, enquanto caminhávamos em direção à área dos chalés.

–Não.. é que.. – disse annabeth – ah, não é nada.

–Sei que é – insisti, ela suspirou.

– é que, bom – disse ela -Vocês não acharam estranho o Quíron pedir sigilo?

–Quando o Quíron pediu sigilo? - perguntei.

–Não acredito Percy, não fazem nem dois minutos – disse Annabeth – lembra quando ele estava dando as recomendações.

–ah, eu meio que não escutei muito – cocei a nuca, ela sorriu de leve.

–Ele disse que deveria ser sigilo total e que os outros campistas não deveriam saber dessa missão – Rachel completou.

–Mas, porquê? - indaguei.

–é isso que eu não sei – disse Annabeth.

–E o mais estranho, porque ele disse nós não precisamos de uma profecia? até onde eu sei todas as missões precisam de uma profecia – Dare disse. Eu vou chamar ela de Dare agora porque é muito complicado narrar a minha vida com as duas Rachels, fica muito confuso.

Annabeth murmurou em concordância.

–Quem vocês acham que está por trás disso?- Dare perguntou.

–Um monstro qualquer? - Sugeri, Annabeth fez que não com a cabeça.

–Um monstro não tem estrutura mental pra organizar algo assim, sem falar que não é muito provável um matar o outro.

–Então... Um semideus? - Sugeri mais uma vez, agora foi a vez de Rachel negar com a cabeça.

–Talvez não, pra organizar alguma coisa assim tem que ser mais velho, e se for mais velho, porque ainda não foi trazido para o acampamento?

–Ah eu não sei, só estou dando sugestões! Vocês também deveriam dar - Me revoltei, Rachel sorriu, mas Annabeth ficou séria.

–Eu daria se eu fizesse a mínima ideia- Ela disse um pouco frustrada – então, ao amanhecer na colina meio-sangue? - ela disse quando finalmente chegamos na área dos chalés.

Nós assentimos.

–Rachel não se esqueça do carro – Annabeth recomendou.

–Não vou, agora mesmo vou providenciar isso – Ela sorriu – Boa noite.

Eu e Annabeth respondemos e a Rachel apenas olhou para cima como se perguntasse “como essa garota tem a ousadia se dar boa noite¿”. Rachel Dare saiu andando em direção a gruta, fica mais ou menos perto de... bem, eu não sei onde fica a gruta. A gruta é o “novo lar” do oráculo construído por Apolo. Pelo que ela me contou esse ano, o chão é coberto de espadas e ossos, com tochas na entrada e uma cortina de veludo vermelho com bordados púrpura de cobras, bem misterioso. Por dentro, um apartamento todo decorado com uma sala de jogos e um sistema de Home Theater, ideia de Apolo.

–Vocês duas deveriam se entender – disse eu.

–impossível, só em ela respirar já me irrita- ela sorriu – talvez essa missão tenha vindo em boa hora. Ah, não se preocupem, eu já estou indo, se tem uma coisa que eu odeio é segurar vela. Boa noite.

Ela saiu andando com a espada que tinha voltado a ser arco nas costas em direção ao chalé 7.

–Você – eu me virei para Annabeth – está preocupada com alguma coisa.

Ela suspirou.

–Essa história toda de missão secreta sem profecia, é tudo muito estranho.

–Também acho, mas nós somos as figuras do olimpo, temos de dar o exemplo – Sorri.

–As figuras do Olimpo? - Ela perguntou como se imaginasse a ideia.

–É, o herói e a arquiteta atacam juntos novamente – Fiz algumas cócegas em Annabeth tentando aliviar um pouco a tensão e acho que deu certo porque ela não parou de rir.

–Tá bom, tá bom – ela disse entre risos – Amanhã, colina meio-sangue, Percy, sem atrasos, ok?

–Aquele despertador é para garantir isso não é? Relaxe, eu não vou me atrasar.

–A última vez que você disse isso você se atrasou uma hora e meia.

–Foi só uma vez.

–Também teve aquela outra... – Ela ia falar ,mas eu a peguei de surpresa com um beijo. Se ela fosse falar de todas as vezes que eu me atrasei, iriamos passar a noite inteira ali. Até que isso não seria uma má ideia.

–Boa noite cabeça de alga.

–Boa noite sabidinha.

Ela me deu um selinho e nos despedimos, e eu fiquei observando ela ir para o chalé 6, eu sempre faço isso. Sempre observo ela ir para o chalé, e antes que ela entre na porta ela se vira, dá um tchau para mim, acena com a mão e entra no chalé. Eu passo uns 5 minutos com cara de bobo ali até que me toco disso e vou para o chalé 3.

Quando eu cheguei em meu chalé me joguei na cama, pensei em toda essa história de missão, eu não pensei que teria uma missão tão cedo, pensei no porquê dos sátiros perderem a memória, pensei que pela manhã iria para Dallas, pensei em passar o dia inteiro enfurnado dentro de um carro, pensei nos que encontraríamos lá, pensei no que tudo isso significava, e sobretudo pensei ... ainda estou com fome.