POV ANNABETH

– eu já disse garotinha, que daqui eu não passo, você já me fez entrar na floresta- Ele disse, mas, espera, me chamou de garotinha¿ Taxista idiota, imagina só, eu pago uma grana preta pra ele me levar até o acampamento, e ele diz que seu serviço não cobre florestas.

Eu abri a porta do táxi furiosa, saí e reclamei:

–ok, mas da próxima vez não espere que eu pague antes! – E então bati a porta do táxi com força, muita força. Eu me sentia como um, milk shake, uma mistura de raiva, cansaço, ódio e uma enxaqueca terrível, mas quando eu me virei, vi um rosto que fez tudo valer à pena.

Próximo ao pinheiro de Thalia estava um garoto de olhos verdes, com um sorriso estampado no rosto, ele era um pouco mais alto que eu, usava uma camisa do acampamento, jeans e all star, nossos olhares se encontraram e então toda a minha raiva se esvaiu do corpo, e eu dei um sorriso tão grande que doeu até nas minhas bochechas, como eu sentia falta dele.

POV PERCY

Ela veio em minha direção correndo, como uma maluca de braços abertos, eu juro, que ao meu redor o tempo parou, parecia a cena de um filme, ela correndo em câmera lenta até min, só que o filme teve que parar porque ela tropeçou e caiu, tipo, de cara no chão mesmo. Eu corri, fui onde ela tava e me abaixei e coloquei sua cabeça em meu colo, eu estava preocupado, mas ela só ria, não pude deixar de rir também, foi hilário.

–Cuidado corujinha- corujinha foi o primeiro nome que veio na minha cabeça, não sei o porquê.

–corujinha¿ - ela fez aquele olhar, como se estivesse me estudando, fazendo um tipo de raio-x com aqueles olhos azuis-cinzentos que só ela tinha.

–é tipo.... sabidinha eu já usei muito, e... eu queria fazer uma surpresa pra você e...e... – AH eu me atrapalhei todo, mas, era o que annabeth fazia comigo, eu ficava o mais lerdo possível que um meio-sangue pode ficar, e olhe que os meios-sangues podem ser beem lerdos.

–Sua cabeça está cheia de algas, mas eu prefiro o sabidinha- ela disse rindo, e se levantando, eu ajudei ela, estendi minha mão e ela a pegou. Ficamos cara-a-cara, como eu sentia falta daquilo.

–Eu senti sua falta- eu disse

–Eu também- ela me abraçou, eu afaguei seu cabelo e ela bagunçou (mais) o meu, e então eu a beijei. Um beijo longo e doce, como um “Faz muito tempo que não nos beijamos, não quero que acabe logo” ela retribui quase como um “eu também”.

Até que, como sempre, nosso beijo foi interrompido por um grito de Clarisse:

–Olha a pegação! – ela disse rindo, e saiu correndo. Annabeth olhou pra min e corou, soltou um leve sorriso com o canto da boca e disse:

–Eu tenho que ir pro meu chalé! Avisar que eu cheguei, e nós temos aula de... de..

–Grego – Eu completei depois eu me toquei que ainda era de dia, de manhã e sim ainda tínhamos aula de Grego antigo.

Então ela disse:

– pode ir pra aula se não você vai se atrasar!

–você acha mesmo que eu vou deixar você sozinha¿ - eu perguntei, ela sorriu (lindamente), e eu completei:

– e olha, eu não tenho problema algum com atrasos, invento alguma desculpa, sou particularmente bom nisso.

Então estendi a mão, e ela pôs a mão dela na minha, e então seguimos de mãos dadas rumo ao chalé 6.