Teddy escrita por Black


Capítulo 3
Hower, Teddy Hower!


Notas iniciais do capítulo

Hey oh. Bom voltei cedo né?

Digamos que eu fiquei mega emocionada com os reviews *-* Sério amei eles, um obrigado a Nath (u/242801/), Gabi (u/38272/), Gêmea (u/157186/), Morgana (u/282985/), Mary Rios (u/403257/), Summer (u/346356/), Lady (u/264862/), Bia (u/319254/) e Vitória (u/196487/)

Boa leitura, até as notas finais *-*



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Esbabacada, essa foi a melhor palavra de meu vasto vocabulário, que eu tinha a certeza, me descreveria no momento em que Ayres West colocou a chave na abertura da porta revelando o sonho de qualquer garotinha que ainda acredita em contos de fada.

Porra era uma casa na árvore. E sim logicamente eu amei, afinal não era todo dia que você podia se sentir com seus oito ou nove anos novamente, e ganhar de quebra a oportunidade de ficar hospedada por dois meses em uma casa da árvore.

Okey, eu poderia estar sonhando, se não fosse à muralha parada a minha frente. Muralha essa que tinha duas pernas, pele pálida e cabelos castanhos em cachos. Admito Ayres era lindo, mas só ficar no mesmo cômodo que ele me fazia querer pegar o primeiro voo para o Alasca e ir viver feliz da vida com alguns pinguins.

Não que fosse do meu fetiche não gostar das pessoas logo assim de cara, mas ele não fazia nada para tentar pelo menos dizer um “oi” pra mim, e isso era frustrante.

Eu já era invisível e eu faria de tudo para que ninguém notasse a minha presença nesse local pelos próximos dois meses, mas eu gostaria pelo menos de alguém para conversar por uns dez ou nove minutos diários.

– Você ouviu o que eu disse? – pisquei, saindo de meus devaneios – Escutou garota?

– Teddy – rebati, colocando minha mala no chão e me sentando na poltrona – Meu nome é Teddy, e não. Não ouvi nada.

– Tanto faz – Ayres deu de ombros e lançou a mochila que estava em suas costas, pelo chão – Sendo Teddy ou não, continua sendo uma garota.

E Ayres não me explicou onde ficava cada cômodo ou até mesmo, onde era o banheiro, ele saiu pela porta que entramos. Simples assim, como se eu não estivesse aqui presente ou como se eu já fosse de casa.

Afinal sejamos francos, Ayres West teria sorte mesmo se eu caísse, de cabeça no box do banheiro e entrasse em coma, ou até mesmo que eu virasse uma natureba assumida e decidisse morar pelada na mata pelos próximos dois meses. Ah isso sim seria sorte pra ele.

Arrumei meus óculos de armação quadrada, eu sei que eles estavam fora de moda, mas eu simplesmente os adorava. Eles estavam comigo há tanto tempo, que eu nem me lembrava se a armação era torta de fábrica ou por uso ao extremo.

Acho que era a segunda opção mesmo.

Peguei minha mala do chão e segui casa adentro ou chalé adentro, eu não teria ninguém para me ajudar em nada mesmo, então resolvi que o melhor por hora era me arrumar um quarto e tomar um banho.

Cada passo eu estava mais surpresa, ou o pai de Ayres era alguém muito rico ou o acampamento realmente tinha boas instalações para os seus campistas temporários. Porque nunca se passou pela minha cabeça, que nesse inferno eu viraria em uma casa da árvore, com direito a uma cama (que não fosse um beliche) e chuveiro com água quente.

Sim, isso ai. O chuveiro era quentinho e só havia um, o que deixou bem claro que Ayres iria partilha-lo comigo, ou sei não se ele preferisse nadar pelado na cachoeira aqui do lado, nada contra. Eu teria a água quente só para mim.

O corredor que seguia para os quartos – eu acho – ela repleto de espelhos, eram tantos que eu poderia ver meu reflexo de vários ângulos, e em todos eu via a mesma coisa: uma garota meio perdida, que rezava todas as noites, pedindo para que a família sentisse a falta dela.

Ignorei o último pensamento que se passou na minha mente, mas é claro que ninguém nunca sentiria minha falta. Eu era só a Teddy, a magricela, estranha que gosta de desenhos japoneses. Só isso.

Existiam duas portas no corredor, uma eu já sabia que era de Ayres. Como eu sabia? Simples, a placa de “Não entre” ou os outros adesivos de bandas de rocks ajudaram – e olha que eu nem comentei do nome West entalhado na madeira escura – sendo assim, segui para a outra porta.

Que no verão passado deveria ter sido de Hunter, mas agora era o meu quarto. E pra mim já estava de bom tamanho, já que eu não teria que dividi-lo com uma pestinha ou dormir em algum beliche com Ayres.

Pelo menos eu tive sorte nesse quesito.

O quarto não podia ser comparado ao meu, ele tinha uma cama de solteiro em madeira negra, como todo o resto da casa, e uma janela que me permitia ver as grandes árvores lá fora. Mesmo com o forte cheiro de perfume masculino no ar, o quarto me pareceu aconchegante e eu me senti acolhida ali.

– Então já achou seu lugar? – me virei, só para encontrar Ayres encostado ao batente da porta, de braços cruzados.

– Presumi que o outro era seu – indiquei o corredor com a cabeça – E ai sobrou esse.

– Uhum – murmurou – Então Teddy, por que está aqui?

– Não roubei ou matei ninguém para estar aqui – me apressei de dizer.

– Acredite isso não passou pela minha cabeça – olhou pra mim e riu – Está mais fácil acreditar que você fugiu de algum concurso de soletrar, foi isso?

Concurso de soletração? Era sério isso? Tudo bem, não que eu nunca tenha participado de alguns, vinte e sete para ser mais exata, só que a um bom tempo que eu não praticava isso.

– Eu realmente não fugi de porcaria de concurso de soletração nenhum – disse bufando e cruzando os braços. O que só acentuava a minha falta de altura em relação a Ayres.

– Olhem só, que baixinha mais equivocada – falou pegando meu livro de cima do criado mudo – Aline no País das Maravilhas?

– É Alice, ignorante – peguei meu livro de suas mãos, não antes de verificar se alguma página tinha sido amaçada.

– Acredite Teddy do não sei o que – apontou o dedo pra mim – Eu não desfaria a mala se fosse você, afinal não vai durar muito aqui.

E toda a minha pequena, bem pequena mesmo, esperança de que eu passaria dois longos meses, invisível de qualquer pessoa desapareceu. Afinal Ayres West deixou bem claro que já possuía aversão a minha pessoa, e eu não duvidava nada que ele fosse tornar minha estadia aqui um verdadeiro inferno.


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Notas finais do capítulo

Então o que acharam do Ayres meninas?

Bom, eu vou estipular uma meta para o próximo capítulo: Dez reviews (com conteúdo por favor), não vai ser difícil né? Poxa vocês são 31 leitoras, coloquem nos dedinhos para trabalhar.

Quem será que vai ser a primeira a recomendar Teddy, e me deixar muitoooo feliz?

Eu fiz uma One original, agradeço aquelas que aparecerem por lá: http://fanfiction.com.br/historia/465612/Insane/

Até



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